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Contextualizada de Citologia

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - CITOLOGIA
Maria Luiza de Oliveira
01426704
Farmácia
A doença falciforme de caráter genético, foi descrita pela primeira vez em 1910 por Herrick, frequente, mas não exclusivamente, em pessoas de origem africana, é causada por uma mutação no cromossomo 112 que leva à substituição do ácido glutâmico por valina na 6ª posição. da extremidade N-terminal da cadeia ß da globina, que dá origem à hemoglobina S. Os eritrócitos cujo conteúdo principal é a hemoglobina S assumem, em condições hipóxicas, a forma de foice daí o nome de célula falciforme, da qual a polimerização de hemoglobina S.
Os glóbulos vermelhos em forma de foice não circulam adequadamente na microcirculação, o que leva ao bloqueio do fluxo sanguíneo capilar e à sua destruição precoce. Esse processo fisiopatológico causa manifestações clínicas graves. Nos primeiros 6 meses de vida, essas pessoas geralmente são assintomáticas devido aos altos níveis de hemoglobina F. 
O gene da hemoglobina S é o gene com maior frequência em todas as Américas, e no Brasil é mais comum nas regiões Sudeste e Nordeste. Na África Equatorial, cerca de 40% da população é portadora, enquanto as taxas de doença falciforme variam de 2 a 3% da população. As hemoglobinopatias constituem uma das principais e mais comuns doenças genéticas que afetam o homem; e, dentre elas, a anemia falciforme é a doença genética mais comum no Brasil, atingindo 0,1 a 0,3% da população negra, que tende a atingir a maioria da população, devido ao alto nível de anormalidades. No Brasil estudos populacionais mostraram aumento da hemoglobina S em caucasianos.
A taxa de mortalidade para crianças menores de 5 anos com anemia falciforme é de aproximadamente 25 a 30%, e a maioria das mortes neste grupo ocorre após neoplasias, dissecção esplênica ou complicações aplásticas. A expectativa de vida atual dos americanos com anemia falciforme é de 42 anos para homens e 48 anos para mulheres. 
O tratamento para anemia falciforme é feito com o uso de medicamentos, principalmente penicilina nas crianças desde os 2 meses até aos 5 anos de idade, e em alguns casos pode ser necessária a transfusão sanguínea. O tratamento dessa doença deve ser realizado por toda a vida, pois os pacientes podem apresentar infecções frequentes. 
Por fim, podemos observar que a anemia falciforme compromete o desenvolvimento das atividades do cotidiano, diminuindo a qualidade e expectativa de vida dos portadores. 
Segue abaixo gráfico abordando a porcentagem de pessoas portadoras de Anemia falciforme: 
Gráfico 1. Expectativa de vida em comparação no gráfico de homens e mulheres portadores da anemia falciforme.
Fonte: Autora, 2022.
Gráfico 2. O gráfico representa a porcentagem da anemia falciforme em relação com a etnia.
Fonte: Autora, 2022.
Gráfico 3. Correlação entre diferentes idades e a doença falciforme.
Fonte: Autora, 2022.
REFERÊNCIAS:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Doença falciforme. Disponível em : chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/anvisa/paciente.pdf. Acessado em: 10 de setembro de 2022.
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