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O objetivo do texto é apresentar as abordagens feitas durante os tempos pela Educação Física. Mostra que o que se pensa estar fazendo é diferente do que realmente realizamos. O contexto anterior ao surgimento das novas concepções a partir da década de 1980 A educação física surgiu no Brasil a partir de 1851. Uma das reformas que aconteceu foi em 1882 por Rui Barbosa que recomendou a ginástica obrigatória nas escolas normais para ambos os sexos. Mesmo que a educação física, ginástica, era obrigatória, só algumas escolas militares aderiram primeiramente, depois, a partir da década de 1920 outros estados além do RJ incluíram também. Desde aquele tempo as leis estavam presentes, mas demoravam a serem cumpridas. Higienismo e militarismo Primeiramente a educação física foi incluída na escola como higienismo e militarismo. A preocupação central no modelo higienista, era dos hábitos de higiene e saúde que valorizavam o desenvolvimento físico e moral. Já no modelo militarista era de capacitação para combate e atuação nas guerras, assim selecionavam os indivíduos fisicamente perfeitos e excluíam os incapacitados. Nas duas concepções, era valorizada apenas a prática e não necessitava de uma fundamentação teórica que a desse suporte. Quem ensinava não precisava dominar conhecimentos e sim ter sido um ex-praticante. Então surge o discurso da Educação física como meio de educação. O que fica é só o discurso, porque os sistemas de ensino continuam inalterados nessas percepções. Esportivista Devido ao sucesso da Seleção Brasileira de Futebol em duas copas do mundo, 1958 e 1962, o esporte foi inserido na escola, principalmente o futebol. Consistia em dispor as necessidades básicas da população, assim como os meios para o seu entretenimento. Preparavam, dentro da escola, atletas para competições de alto nível, tentando mostrar ao mundo o Brasil-Potência, eliminando as críticas internas e transparecendo prosperidade e desenvolvimento. Priorizavam o rendimento e selecionavam os mais habilidosos, a técnica era baseada em movimentos mecânicos e repetitivos. Recreacionista Nessa perspectiva, os alunos decidem o que farão na aula, desde o exercício até como praticá-lo. O professor praticamente não interfere em nada. Quando e por que as coisas começaram a mudar? Em 1980 ocorrem mudanças nas concepções da educação física escolar. Primeiro, por que aconteceu uma redemocratização na política brasileira que trouxe movimentos instituídos de organização civil que contavam com professores e acadêmicos da área da educação física. Segundo por que foi dada a liberdade efetiva da comunidade acadêmica para pesquisar todas as áreas de conhecimento cientifico e filosófico, mesmo sendo opostas ao governo. E terceiro, por que foram realizados encontros e debates entre profissionais e acadêmicos para discussão de interesses com diferentes concepções da área. Algumas abordagens pedagógicas da Educação Física escolar A abertura feita pelo governo levou a educação física ampliar suas áreas de conhecimento. Começou a tentativa de romper com os modelos mecanicistas, esportivista e tradicional, com outras concepções chamadas de Humanista, Fenomenológica e Psicomotricidade baseadas em jogos, e Cooperativos, Cultural, Desenvolvimentista, Interacionista-construtivista, Crítico-superadora, Sistêmica, Crítico-emancipatória, Saúde Renovada baseadas nos parâmetros curriculares nacionais. Psicomotricidade Tem como objetivo principal o desenvolvimento da criança. Traz atividades que revelem movimentos espontâneos e criação de personalidade. É a formação de base da criança, o intercambio entre ela e o meio em que ela vive. Abordagem Desenvolvimentista A educação física deve proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo experiências de movimento adequadas à sua faixa etária. Abordagem construtivista-interacoinista Nela a criança constrói seu conhecimento a partir das interações com o meio em que ela vive e com a bagagem cultural que ela já tem. Acontece principalmente por meio de jogos e brincadeiras lúdicas, que trazem prazer e não punições. Abordagem crítico-superadora Os conteúdos devem ser aprendidos tanto na prática quanto teoricamente. Para que aquilo tenha surgido, aconteceu muitas coisas, e esse “aquilo” tem uma história, a qual deve ser apresentada ao aluno para que ele entenda melhor como fazer e o benefício que isso trará a ele. Abordagem crítico-emancipadora Aumenta o grau de liberdade do raciocínio critico e autônomo dos alunos. Procura transcender limites através das etapas: encenação, problematização, ampliação e reconstrução coletiva do conhecimento. Saúde renovada Procura informar, mudar algumas atitudes e promover a prática sistemática de exercícios. Abrange todos os alunos, não somente os mais aptos. Dá ênfase a percepção corporal. PCNs Trazem um processo para favorecer a autonomia dos alunos de forma critica em relação ao próprio processo de ensino e aprendizagem ao qual eles estão submetidos.
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