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Retinopatia Hipertensiva Retinopatia Hipertensiva: Conjunto de sinais retinianos em pessoas com pressão arterial elevada; Déficit visual; Acometimento ocular pode ser apresentação inicial da lesão de órgão-alvo; Análise retiniana é o método mais sensível para se detectar lesão nos órgãos-alvo; Biomarcador de lesão em órgão-alvo: estratificação do risco cardiovascular independente do controle pressórico e de outros fatores de risco; Auxilia no diagnóstico, tratamento, seguimento e prognóstico. Quando tem retinopatia hipertensiva, o paciente tem 3x mais chance de ter doença coronariana; 5 - 7x mais chance de desenvolver AVC; Pacientes hipertensos com AVC mais de 50% tem alterações fundoscópicas. Fundo de Olho: Disco óptico: observar bordas, colorações, escavação ocupando 30% dos disco óptico e com emergência vascular de vasos = normal; Mácula densa e fóvea; Proporção arterio-venosa 2:3 (em relação ao calibre) - a artéria tem que caber em 3 partes da veia; Artéria se apresenta mais clara e veia mais escura; Cruzamento arterio-venosos normais. Retinopatia Hipertensiva: Fase de vasoconstrição: ❖ Cruzamento arterio-venoso patológico -> não da para ver a veia atrás da artéria (artéria contraiu e parede ficou espessada -> perde a transparência); ❖ Vasoconstrição da artéria: é como se mais artérias coubessem na mesma veia; ❖ Veia está mais calibrosa em região distal do que em região proximal ao disco óptico devido a uma compressão da artéria vasoconstricta -> pode complicar com oclusão venosa e ruptura hemorrágica; ❖ Hemorragia: acúmulo de sangue na mácula densa (edema). Fase de extravasamento: ❖ Extravasamento de sangue e presença de exsudatos duros; ❖ Acúmulo de gordura - exsudato duro (estrela na mácula densa), exsudato algodonoso estreitamento arteriolar, cruzamento patológico, hemorragia; ❖ Com controle da PA melhora; ❖ Dislipidemia - lipemia retinalis (acúmulo de gordura dentro dos vasos). Fase de esclerose: ❖ Formação de tecido cicatricial na túnica média - (músculo liso) - perda da complacência; ❖ Tecido cicatricial / fibrose deixa a parede do vaso esbranquiçado = quadro irreversível. Complicações: Oclusões venosas - principal fator de risco: cruzamento arterio-venoso patológico; Oclusão venosa -> tratamento de edema na mácula -> laser no vaso com a permeabilidade alterada, 1º linha de tratamento: anti-angiogênicos, controle da PA; Oclusões arteriais por êmbolos. Exames Complementares: Avaliação sistêmica - cardiologista, nefrologista, neurologista; FO / retinografia; Angiografia fluoresceínica; Tomografia de coerência óptica. Tratamento: Tratamento pelo oftalmologista: indicado quando há presença de edema / extravasamento e neovasos na presença de oclusão venosa; Normalização gradual e progressiva da PA; Fotocoagulação retiniana para o edema macular e/ou neovascularização; Triancinolona intravítrea; Anti-angiogênicos intravítreo; Tratamento das oclusões arteriais: ❖ Cardiologista / neurologista; ❖ Paracentese de câmara anterior; ❖ Aspirina 300 mg/24h; ❖ β-bloqueador (tópico) de 12/12h; ❖ Inibidor da Anidrase Carbônica (tópico/ oral) de 12/12h.
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