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Abraão Filipe- @braozinnn 1 Propedêutica da cirurgia vascular ANAMNESE As doenças vasculares se referem às afecções que acometem: • Artérias • Veias • Vasos linfáticos O diagnóstico de uma afecção vascular pode ser corretamente realizado, na maior parte das vezes, através de uma anamnese cuidadosa, inclusive por médicos generalistas. O exame físico vascular serve de complemento e confirmação à hipótese diagnóstica já feita previamente a partir da história clínica. Pode ser crônica ou aguda. Exames complementares especializados raramente são necessários para a obtenção do diagnóstico, sendo realizados muitas vezes para programação da terapêutica, ou estudo detalhado de uma doença já reconhecida pela anamnese e exame físico bem-feitos. A avaliação inicial do paciente na propedêutica vascular não é diferente da realizada nas demais áreas da medicina, com destaque à: • Queixa principal e duração caracterizar o início, fatores desencadeantes, fatores de melhora e piora (quadro Doença arterial periférica crônica → claudicação intermitente, dor desencadeada pelo desequilíbrio da demanda e oferta de O2); • Antecedentes pessoais; • Fatores de risco (fatores de risco para todas as doenças cardiovasculares → oclusão arterial aguda / aterosclerótica? por embolia? Há descompensação?) • Antecedentes familiares O exame físico compreende: • Inspeção (normalmente é estática, mas pode haver dinâmica); • Palpação • Ausculta (frêmitos) Três queixas se destacam pela sua frequência no dia a dia do cirurgião vascular: • Dor • Edemas • Feridas acometendo os membros (complicações, sobretudo nos membros inferiores e populações tabagista e diabética) Em relação à dor, deve-se caracterizar: • Tempo início sintomas (agudo ou crônico... precoce ?? ou convive com essa dor há semanas/meses/anos?) • Localização (parâmetros anatômicos fixos→ ósseos ... dor bem localizada? Só ocorre em um membro? Se irradia para outras regiões? Tem sintomas associados? Tem perda de força motora?) • Fatores desencadeantes; • Fatores de melhora e piora; • Duração (tem início, meio e fim? ou dor crônica? Velocidade de evolução da intensidade...); • Sintomas e outros sinais associados (náuseas, vômitos sudorese, palidez cutânea, redução de temperatura...); Em relação aos edemas, é de grande auxílio no diagnóstico da sua causa (venosa periférica e/ou linfática): • Tempo de início • Duração e localização (proximal, distal, uni ou bilateral, piora no período vespertino ou quando acorda?) • Outros sinais e sintomas associados (insistir em outras queixas) Uso de medicações (uso de diuréticos, anti- hipertensivos, antiarrítmicos como betabloqueadores) e características do edema podem auxiliar no reconhecimento dos diagnósticos diferenciais de causa de edema. Abraão Filipe- @braozinnn 2 Em relação às feridas, úlceras ou lesões tróficas, devem ser observados: • Localização Incluindo interdígitos e planta do pé. Quanto mais distais, mais propensão de lesões irreversíveis, com necessidade de amputações, desbridamentos. • Tamanho Verificar sempre nos dois membros. • Profundidade • Aspecto da borda e fundo da ferida • Presença de infecção associada Verificar a presença de sinais flogísticos; • Perfusão do membro (diferença do tempo de enchimento capilar? diferença de temperatura? Pulso?) Vale lembrar que muitas vezes as feridas em cirurgia vascular correspondem ao estágio final ou avançado de uma doença já estabelecida (descompensação aguda). Dessa forma, o aspecto dos tecidos em volta da ferida ou no membro em que está presente, pode fornecer dados sobre qual sua etiologia (sobretudo nos tabagistas e nos diabéticos). ✓ Antecedentes pessoais e familiares são de extrema importância na anamnese vascular ✓ Em doenças arteriais, a principal etiologia (mais de 90% dos casos) é a aterosclerose e seus fatores de risco devem ser pesquisados: • Hipertensão arterial sistêmica (HAS); • Diabetes (insulinodependente); • Tabagismo; • Dislipidemias. Pacientes com antecedentes de acidente vascular cerebral (isquêmico), angina ou infarto agudo do miocárdio já apresentam aterosclerose, tornando-se fundamental lembrar o caráter sistêmico e difuso dessa doença → doença arterial periférica crônica. Esses pacientes são graves. Nas doenças venosas (ex: trombose venosa profunda e embolia pulmonar), sobretudo nas tromboses venosas, pesquisar antecedentes de: ✓ Neoplasias: (pacientes jovens sem nenhum fator de risco e começou a apresentar um quadro de trombose venosa profunda) ✓ Obesidade ✓ Imobilização recente (acamados de longa data) ✓ Uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal (Tabagismo) ✓ História familiar e episódios trombóticos (embolia pulmonar) recorrentes. Exame físico O exame físico vascular compreende: ✓ Exame físico geral (cardíaco – inferir ritmo cardíaco → estenose mitral é a mais ritmogênica, pulmonar e abdome) ✓ Exame físico específico (que pode e deve ser realizado também pelo médico generalista) ✓ Doenças vasculares acometem principalmente membros inferiores, sobretudo, mas podem acometer os superiores. Inspeção À inspeção devem ser observados: Alterações da pele: ✓ Integridade (ressaca? Quebradiça? lesões, úlceras) ✓ Coloração (normal e simétrica? avermelhada, arroxeada, palidez) ✓ Presença de cianose ou hiperemia Abraão Filipe- @braozinnn 3 ✓ Atrofia ou ressecamento (presença/ausência de pelos ); Alterações dos anexos: • Ausência de pelos • Aspecto anormal das unhas (espaços interdigitais, planta do pé bilaterais); ✓ Distrofia da musculatura ✓ Presença de varizes, edemas, pele ressecada, ulcerações e calosidades ✓ Atenção ao exame regiões interdigitais e plantar que podem evidenciar lesões. Palpação Na palpação, alterações de temperatura ou sensibilidade podem ser notadas, comparando-se os membros bilateralmente (estímulo tátil causa alguma queixa ao paciente?) Deve-se realizar a palpação: ✓ Região Inguinal ✓ Panturrilhas (região poplítea); ✓ Tornozelos e dorso dos pés SISTEMATICAMENTE DEVE-SE ESTABELECER UMA ROTINA. ✓ Avaliar atrofia (pele e musculatura) e presença de edemas, em busca do sinal de Cacifo (ou Godet → compressível ou não) Pesquisar pressionando um ou dois dedos na pele do paciente em uma região com edema. O sinal é positivo quando, após a descompressão, o tecido continua apresentando uma depressão. Palpação dos pulsos A palpação dos pulsos deve tentar identificar: ✓ Presença ou ausência ✓ Intensidade ✓ Amplitude (assimétricos) ✓ Ritmicidade Determinar a lateralidade, e intensidade em cruzes. Os principais pulsos a serem palpados são: ✓ Carotídeo ✓ Axilar, Braquial ✓ Radial, ulnar ✓ Aorta abdominal ✓ Femoral, Poplíteo ✓ Tibial anterior, posterior ✓ Pedioso A palpação do pulso é extremamente importante, se o especialista detectar uma embolia pode encaminhar paciente ao CC sem uso de propedêutica armada. A gradação dos pulsos em intensidade (+1, +2, +3, +4) pode ser subjetiva entre diferentes examinadores, mas pode servir para comparação entre pulsos bilaterais do mesmo paciente, por exemplo ao se comparar intensidade dos pulsos femorais esquerdo e direito de um paciente. SUBJETIVO. A presença de frêmitos à palpação dos pulsos traduz turbulência do fluxo arterial, podendo indicar a presença de estenoses (doença arterial periférica) ou estreitamento da luz do vaso, muitas vezes secundário a uma placa aterosclerótica (instável ou estável). Insuficiência arterial crônica (doença arterial periférica obstrutiva crônica) Redução da perfusãodo membro inferior Definição: Síndrome Clínica Decorrente da Diminuição do Aporte Sanguíneo aos Tecidos de Forma Progressiva por uma Doença do Sistema Arterial Etiologia Abraão Filipe- @braozinnn 4 •Degeneração da Camada Média Arterial (perda da capacidade vasodilatadora → diminuição da produção do óxido nítrico → aumento de demanda e diminuição de oferta de O2) •Hipertensão Arterial •Hipercolesterolemia •Tabagismo •Diabete Melito. Fisiopatologia LESÕES menos que 50% RAIO ARTERIAL / 75% SECÇÃO TRANSVERSA •Não Causam Repercussão Hemodinâmica •Lesões Sequenciais–Efeito Somatório CIRCULAÇÃO COLATERAL (decorrente do maior desequilíbrio entre demanda e oferta de O2 → maior acumulo de ácido lático → redução de pH → maior circulação colateral → mais sintomas de claudicação intermitente → mais dor ) •Vasos Pré-Existentes Dilatados •Atividade Autonômica Simpática •Fatores Metabólicos Secundários à Isquemia Tto: antiagregantes plaquetários, antilipêmicos, fisioterapia. SINTOMAS E SINAIS CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE •Desproporção Oferta x Demanda Oxigênio Panturrilha: dor em queimação. DOR EM REPOUSO •Isquemia Grave (marcador de doença aterosclerótica avançada → necessita-se na maioria das vezes de cirurgias, cuidado com população diabética); •Posição Antálgica LESÕES TRÓFICAS •Espontâneas (marcador de isquemia grave) •Traumáticas (sobretudo na pop. grave) Queixas autonômicas → PARESTESIAS (combinada com lesões tróficas é marcador de isquemia grave); DIMINUIÇÃO TEMPERATURA MEMBRO (chama atenção para isquemia grave); Sinais e sintomas EXAME FÍSICO •Palidez Cutânea •Cianose •Lesões Tróficas •Aumento Tempo Enchimento Capilar •Redução Fâneros TERRITÓRIO AORTO ILÍACO • Maior Rede de Colaterais • Claudicação Intermitente Coxas, Panturrilhas • Impotência. Território femoro poplíteo •Claudicação em panturrilhas (“queimação na batata da perna”) TERRITÓRIO TIBIO FIBULAR • Isquemias Mais Graves (menos circulação colateral) • Lesões Tróficas Precoces e Intensas Necessidade de amputações mais frequentes. Propedêutica vascular Podem ser realizadas manobras para identificação de alguns sinais: Abraão Filipe- @braozinnn 5 Prova de Buerger • Ocorre palidez e ou cianose com a elevação dos membros inferiores a 45º por 1 minuto Pode até desencadear dor. Nesse momento, pode ser avaliada a hiperemia reativa, na qual o pé fica hiperemiado após ser rebaixado, devido à vasodilatação cutânea tentando suprir a circulação comprometida. Ainda no exame físico, deve-se realizar o índice tornozelo-braquial O índice tornozelo-braquial é uma ferramenta útil na detecção de doenças cardiovasculares mesmo em fase inicial, sendo um exame simples, não invasivo, de baixo custo e grande confiabilidade. Representa a relação entre a pressão arterial sistólica do tornozelo e do braço. Seu cálculo é realizado pela relação da maior pressão arterial aferida na artéria tibial posterior ou pediosa (com aferição em ambos os membros) com a maior pressão arterial sistólica das artérias braquiais. ✓ O grau de isquemia é classificado de acordo com a gravidade da doença arterial ✓ O índice tornozelo-braquial é um exame objetivo para o diagnóstico de doença arterial crônica PROPEDÊUTICA VASCULAR ARMADA Mais para a programação terapêutica do que diagnostico. ✓ Ultrassom Dopler Arterial ✓ Angiotomografia ✓ Angioressonância ✓ Arteriografia Ultrassom Dopler Arterial Analisa a arquitetura vascular e das paredes arteriais, identificando a presença de placas e obstruções nos trajetos vasculares Técnica indolor, não invasiva, sem radiação, mas examinador dependente Angiotomografia Analisa as paredes arteriais, presença de placas e obstruções e define detalhes técnicos e de reconstrução nos casos de programação cirúrgica Arquitetura arterial, graus de calcificação. Desvantagens: Necessário contraste para a realização e uso de radiação Angioressonancia Também analisa as paredes arteriais, presença de placas e obstruções, não utiliza contraste iodado Desvantagens: Exame demorado, de maior custo e não disponível em todos os serviços Arteriografia Exame padrão-ouro Invasivo, que utiliza radiação e contraste, mas propicia execução da terapêutica endovascular no mesmo tempo cirúrgico. OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA Definição É a Parada Súbita de Fluxo a uma Artéria com Alteração da Perfusão Tecidual que leva a Isquemia com repercussões Locais e Sistêmicas Progressivas e de Intensidade Variável Coágulo sanguíneo → fluxo sanguíneo para a artéria é bloqueado → diâmetro diminui → a artéria pode ficar fria. Na maioria das vezes vem associado a embolia arterial. Fisiopatologia Abraão Filipe- @braozinnn 6 ✓ Diminuição da Oferta de Oxigênio ✓ Diminuição do Metabolismo ✓ Depleção das Reservas de ATP ✓ Metabolismo Anaeróbio ✓ Acúmulo de Ácido Lático → dor intensa Edema e Morte Celular Liberação de Mioglobina e CPK pelos Miócitos Quadro de emergência médica. Etiopatogenia • Embolia Arterial - Embolia do Coração ou Aorta • Trombose Arterial - Ruptura e Trombose de uma Placa Aterosclerótica • Dissecção Aguda Aorta Traumas • Lesão Direta • Síndrome Compartimental Aguda Drogas vasoconstritoras, sobretudo simpatomiméticas ilícitas ou lícitas. Embolia arterial DEFINIÇÃO Obstrução Arterial Aguda em Determinado Ponto da Circulação Arterial Sem Comprometimento Prévio por Doença Aterosclerótica Etiopatogenia Progressão (Corrente Sanguínea Arterial) Trombos/ Fragmentos de Placas Ateroscleróticas Células Tumorais Gases Corpos Estranhos (procedimentos vasculares, hemodinâmicos) Podem Levar a Oclusão Arterial Parcial ou Completa Comprometimento da Bifurcação Arterial (maiormente, localizada abaixo de uma articulação) Trombose Secundária com Oclusão de Ramos Colaterais Vasoespasmo: diminuição de produção de NO, intensifica o quadro clinico do paciente. FONTES EMBOLIGÊNICAS ✓ Cardíacas- 80% → arritmias sendo a principal, como a fibrilação atrial Comumente provém do átrio esquerdo, eventualmente vem do ventrículo esquerdo. ✓ Aneurismas Arteriais ✓ Placas Ulceradas ✓ Iatrogênicos ✓ Embolia paradoxal Sintomas O quadro clínico caracteriza-se pela presença de conjunto de sinais e sintomas habitualmente denominados de 6 “P”, do inglês: ✓ Dor aguda e intensa (pain) ✓ Ausência de pulsos (pulselessness), ✓ Parestesia ✓ Paralisia/paresia ✓ Palidez (pallor) ✓ Hipotermia (poikilothermia) A gravidade e a intensidade dos sintomas dependem: ✓ Tempo de apresentação (quanto maior o tempo de acometimento, maior o dano) ✓ Local da oclusão ✓ Presença de circulação colateral (na presença de colaterais, o quadro pode ser menos intenso, logo quanto mais jovem mais intenso é o quadro ) Abraão Filipe- @braozinnn 7 ✓ Extensão de trombose secundária ✓ Condições hemodinâmicas do paciente ✓ Resistência dos tecidos à isquemia. A oclusão arterial aguda é urgência vascular, uma vez que compromete a viabilidade do membro afetado, podendo acarretar perda dele se não devidamente diagnosticada e tratada em tempo hábil. Diagnóstico • Ultrassom Dopler Arterial • Angiotomografia • Angioressonância • Arteriografia Diagnóstico clínico → propedêutica armada é mais para condução da terapêutica Oclusão arterial aguda Por trombose arterial DEFINIÇÃO Oclusão arterial aguda que podem apresentar múltiplas causas: Mais frequente é a instabilização de placas ateroscleróticas (‘acidente’ de placa, com rotura da íntima, hemorragia intraplaca), precipitando a trombose local da mesma EtiologiaMuitas vezes as oclusões trombóticas agudas ocorrem em pacientes com história prévia de doença arterial obstrutiva crônica Outras causas são: Medicamentos; Trombose aguda de aneurisma (aneurisma poplíteo); Dissecção de aorta; Síndromes compressivas; Vasculites; Trombofilias. Ocorre mais comumente em locais onde a artéria é mais fixa o que favorece a formação de placas ateroscleróticas (ilíacas e no canal dos adutores) Diagnóstico • Ultrassom • Dopler Arterial • Angiotomografia • Angioressonância • Arteriografia Embolia X trombose arterial Trombose venosa profunda É a coagulação do sangue em uma veia profunda de um membro inferior (em geral de panturrilha, coxa), membros superiores ou pelve (4 a 13% dos casos). A aguda é a principal causa de embolia pulmonar. População tabagista, acamadas, oncológicas devem-se maior cuidado, pois são mais propensas ao desenvolvimento de TVP aguda. A trombose venosa profunda do membro inferior tem probabilidade muito maior de provocar embolia pulmonar, possivelmente em virtude da maior quantidade de coágulos. As veias superficiais femoral e poplítea das coxas e as veias fibulares e tibiais posteriores da panturrilha são as mais frequentemente comprometidas. A trombose venosa profunda das veias da panturrilha tem menor probabilidade de ser uma fonte de êmbolos volumosos, mas pode Abraão Filipe- @braozinnn 8 propagar-se para veias proximais da coxa e a partir daí desencadear embolia pulmonar. Cerca de 50% dos pacientes com trombose venosa profunda têm embolia pulmonar oculta e no mínimo 30% dos pacientes de embolia pulmonar têm trombose venosa profunda. Fatores de risco trombose venosa profunda: ✓ uso de anticoncepcional oral ✓ tabagismo ✓ doença oncológica ✓ imobilidade prolongada ✓ trombofilias SINAIS E SINTOMAS Assintomáticos Sintomáticos: ✓ edema membros inferiores ✓ desconforto respiratório (50 % dos pacientes já tiveram embolia pulmonar) ✓ instabilidade hemodinâmica (morte subita debvido a um trombo a cavaleiro, ex: fez cirurgia plastica teve alta, ao sair do hospital na porta teve um embolia pulmonar e morreu.) ✓ aumento de sensibilidade e edema do membro inferior ✓ diferença mais que 3 cm entre as circunferências das panturrilhas ✓ edema depressível e veias superficiais colaterais DIAGNÓSTICO ✓ História e exame físico ✓ Exames laboratório: dímero d ✓ Ultrassom dopler ✓ Angiotomografia / angioressonância DÍMERO D : Produto degradação fibrina com importante valor preditivo negativo no diagnóstico ✓ Quando positivo, pode indicar TVP, mas não confirma diagnóstico, pois se eleva em processos inflamatórios, cirurgias, traumas recentes ou sepse ✓ Quando negativo, permite afastar e descartar TVP com alta segurança ULTRASSOM DOPLER Exame não invasivo que permite a localização, visualização do trombo e verificação da ausência de fluxo venoso, confirmando o diagnóstico de TVP, porem é operador independente. ANGIOTOMOGRAFIA / ANGIORESSONÂNCIA Permite a identificação de trombos em veias de difícil acesso pelo ultrassom, como veia cava e ilíacas Além disso, tem valor no diagnóstico de embolia pulmonar Diagnostico diferencial Na avaliação de um paciente com edema de membros, é importante fazer diagnósticos diferencial com outras causas: ICC: Edema bilateral, crônico, com piora vespertina e Godet positivo, associado a outros sintomas como dispneia aos esforços e dispneia paroxística noturna Insuficiência renal: edema bilateral matutino e anasarca. Edema crônico Hipoalbuminemia: Anasarca. Pode estar associado com síndrome consumptiva, neoplasias ou insuficiência hepática (spiders, ascite e flapping podem estar presentes) Celulite e erisipela: edema unilateral, presença de sinais flogísticos, hiperemia, aumento do calor local no membro acometido e sinais sistêmicos de infecção (febre e queda estado geral). Normalmente associadas a lesões cutâneas como portas de entrada Linfedema: edema linfático progressivo e muito crônico, não compressível, causado por obstrução ou lesão da rede linfática Cisto de Baker roto: cisto sinovial na região poplítea que se rompe, causando dor intensa, Abraão Filipe- @braozinnn 9 edema e dificuldade de mobilização da perna Varizes de membros inferiores O sistema venoso membros inferiores, do ponto de vista anatômico, tem três componentes: Sistema venoso profundo: composto por veias que acompanham artérias de mesmo nome, no compartimento musculo-aponeurótico Sistema venoso superficial: veias habitualmente localizadas no plano subcutâneo, com ampla rede de comunicações e variações anatômicas. Ex: veias safenas interna e externa Veias perfurantes: comunicam sistemas venoso superficial e profundo, atravessando a fáscia muscular Definição Varizes, ou veias varicosas, são aquelas veias do sistema nervoso superficial que se apresentam dilatadas e tortuosas, com alteração de seu papel funcional e anatômico. Predomínio em mulheres → morbidade e prejuízo na qualidade de vida de trabalho Correlacionar com atividade laboral do paciente, como cirurgiões, por exemplo. Classificação Primárias: apresentam fator de hereditariedade, com fraqueza estrutural da parede venosa e fatores desencadeantes como idade, obesidade, gestação, ocupação profissional em longos períodos em ortostase, uso de hormônios Secundárias: ocorrem como complicação tardia de trombose venosa profunda, ou em decorrência de fístulas arteriovenosas congênitas ou adquiridas Sinais e sintomas Assintomáticos; Sintomáticos: queixa de dor em peso ou desconforto nas pernas, com piora com a postura ereta, ou após longos períodos em ortostase e melhora ao se elevar os pés Edema também pode estar presente. Úlceras varicosas frequentemente estão localizadas na face medial do terço distal da perna, atingindo muitas vezes grandes dimensões. As varizes podem apresentar complicações como tromboflebites (formação de trombos), e varicorragia, quando rompem, com sangramento importante. Exame físico ✓ Inspeção: reconhecimento visual das veias dilatadas e tortuosas → realizado com o paciente preferencialmente em pé (nessa posição, as varizes apresentam-se mais ingurgitadas, de fácil reconhecimento) ✓ Palpação. Diagnóstico: padrão-ouro é a ultrassonografia Doppler→ análise funcional e anatômica (Sistema Venoso Superficial e Sistema Venoso Profundo).
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