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propedeutica da cirurgia vascular

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Prévia do material em texto

Abraão Filipe- @braozinnn 1 
Propedêutica da cirurgia vascular 
ANAMNESE 
As doenças vasculares se referem às 
afecções que acometem: 
• Artérias 
• Veias 
• Vasos linfáticos 
O diagnóstico de uma afecção vascular 
pode ser corretamente realizado, na maior 
parte das vezes, através de uma anamnese 
cuidadosa, inclusive por médicos 
generalistas. 
O exame físico vascular serve de 
complemento e confirmação à hipótese 
diagnóstica já feita previamente a partir da 
história clínica. 
Pode ser crônica ou aguda. 
Exames complementares especializados 
raramente são necessários para a obtenção 
do diagnóstico, sendo realizados muitas vezes 
para programação da terapêutica, ou estudo 
detalhado de uma doença já reconhecida 
pela anamnese e exame físico bem-feitos. 
A avaliação inicial do paciente na 
propedêutica vascular não é diferente da 
realizada nas demais áreas da medicina, 
com destaque à: 
• Queixa principal e duração 
caracterizar o início, fatores 
desencadeantes, fatores de melhora e 
piora (quadro Doença arterial 
periférica crônica → claudicação 
intermitente, dor desencadeada pelo 
desequilíbrio da demanda e oferta de 
O2); 
• Antecedentes pessoais; 
• Fatores de risco (fatores de risco para 
todas as doenças cardiovasculares → 
oclusão arterial aguda / 
aterosclerótica? por embolia? Há 
descompensação?) 
• Antecedentes familiares 
 
O exame físico compreende: 
• Inspeção (normalmente é estática, 
mas pode haver dinâmica); 
• Palpação 
• Ausculta (frêmitos) 
Três queixas se destacam pela sua frequência 
no dia a dia do cirurgião vascular: 
• Dor 
• Edemas 
• Feridas acometendo os membros 
(complicações, sobretudo nos 
membros inferiores e populações 
tabagista e diabética) 
 
Em relação à dor, deve-se caracterizar: 
• Tempo início sintomas (agudo ou 
crônico... precoce ?? ou convive com 
essa dor há semanas/meses/anos?) 
• Localização (parâmetros anatômicos 
fixos→ ósseos ... dor bem localizada? Só 
ocorre em um membro? Se irradia para 
outras regiões? Tem sintomas associados? 
Tem perda de força motora?) 
• Fatores desencadeantes; 
• Fatores de melhora e piora; 
• Duração (tem início, meio e fim? ou dor 
crônica? Velocidade de evolução da 
intensidade...); 
• Sintomas e outros sinais associados 
(náuseas, vômitos sudorese, palidez 
cutânea, redução de temperatura...); 
 
Em relação aos edemas, é de grande auxílio 
no diagnóstico da sua causa (venosa 
periférica e/ou linfática): 
• Tempo de início 
• Duração e localização (proximal, 
distal, uni ou bilateral, piora no período 
vespertino ou quando acorda?) 
• Outros sinais e sintomas associados 
(insistir em outras queixas) 
Uso de medicações (uso de diuréticos, anti-
hipertensivos, antiarrítmicos como 
betabloqueadores) e características do 
edema podem auxiliar no reconhecimento 
dos diagnósticos diferenciais de causa de 
edema. 
 
Abraão Filipe- @braozinnn 2 
Em relação às feridas, úlceras ou lesões 
tróficas, devem ser observados: 
• Localização 
Incluindo interdígitos e planta do pé. 
Quanto mais distais, mais propensão 
de lesões irreversíveis, com 
necessidade de amputações, 
desbridamentos. 
 
• Tamanho 
Verificar sempre nos dois membros. 
 
• Profundidade 
 
• Aspecto da borda e fundo da ferida 
 
 
• Presença de infecção associada 
Verificar a presença de sinais 
flogísticos; 
 
• Perfusão do membro (diferença do 
tempo de enchimento capilar? 
diferença de temperatura? Pulso?) 
 
Vale lembrar que muitas vezes as 
feridas em cirurgia vascular 
correspondem ao estágio final ou 
avançado de uma doença já 
estabelecida (descompensação 
aguda). 
 
Dessa forma, o aspecto dos tecidos em 
volta da ferida ou no membro em que 
está presente, pode fornecer dados 
sobre qual sua etiologia (sobretudo nos 
tabagistas e nos diabéticos). 
 
✓ Antecedentes pessoais e familiares são 
de extrema importância na anamnese 
vascular 
✓ Em doenças arteriais, a principal 
etiologia (mais de 90% dos casos) é a 
aterosclerose e seus fatores de risco 
devem ser pesquisados: 
• Hipertensão arterial sistêmica 
(HAS); 
• Diabetes (insulinodependente); 
• Tabagismo; 
• Dislipidemias. 
Pacientes com antecedentes de acidente 
vascular cerebral (isquêmico), angina ou 
infarto agudo do miocárdio já apresentam 
aterosclerose, tornando-se fundamental 
lembrar o caráter sistêmico e difuso dessa 
doença → doença arterial periférica crônica. 
Esses pacientes são graves. 
Nas doenças venosas (ex: trombose venosa 
profunda e embolia pulmonar), sobretudo nas 
tromboses venosas, pesquisar antecedentes 
de: 
✓ Neoplasias: (pacientes jovens sem 
nenhum fator de risco e começou a 
apresentar um quadro de trombose 
venosa profunda) 
✓ Obesidade 
✓ Imobilização recente (acamados de 
longa data) 
✓ Uso de anticoncepcionais ou 
reposição hormonal (Tabagismo) 
✓ História familiar e episódios trombóticos 
(embolia pulmonar) recorrentes. 
 
Exame físico 
O exame físico vascular compreende: 
✓ Exame físico geral (cardíaco – inferir 
ritmo cardíaco → estenose mitral é a 
mais ritmogênica, pulmonar e 
abdome) 
✓ Exame físico específico (que pode e 
deve ser realizado também pelo 
médico generalista) 
✓ Doenças vasculares acometem 
principalmente membros inferiores, 
sobretudo, mas podem acometer os 
superiores. 
 
Inspeção 
À inspeção devem ser observados: 
Alterações da pele: 
✓ Integridade (ressaca? Quebradiça? 
lesões, úlceras) 
✓ Coloração (normal e simétrica? 
avermelhada, arroxeada, palidez) 
✓ Presença de cianose ou hiperemia 
Abraão Filipe- @braozinnn 3 
✓ Atrofia ou ressecamento 
(presença/ausência de pelos ); 
Alterações dos anexos: 
• Ausência de pelos 
• Aspecto anormal das unhas (espaços 
interdigitais, planta do pé bilaterais); 
✓ Distrofia da musculatura 
✓ Presença de varizes, edemas, pele 
ressecada, ulcerações e calosidades 
✓ Atenção ao exame regiões interdigitais e 
plantar que podem evidenciar lesões. 
 
Palpação 
Na palpação, alterações de temperatura ou 
sensibilidade podem ser notadas, 
comparando-se os membros bilateralmente 
(estímulo tátil causa alguma queixa ao 
paciente?) 
Deve-se realizar a palpação: 
✓ Região Inguinal 
✓ Panturrilhas (região poplítea); 
✓ Tornozelos e dorso dos pés 
SISTEMATICAMENTE DEVE-SE ESTABELECER UMA 
ROTINA. 
 
✓ Avaliar atrofia (pele e musculatura) e 
presença de edemas, em busca do 
sinal de Cacifo (ou Godet → 
compressível ou não) 
Pesquisar pressionando um ou dois dedos na 
pele do paciente em uma região com 
edema. 
O sinal é positivo quando, após a 
descompressão, o tecido continua 
apresentando uma depressão. 
 
Palpação dos pulsos 
A palpação dos pulsos deve tentar identificar: 
✓ Presença ou ausência 
✓ Intensidade 
✓ Amplitude (assimétricos) 
✓ Ritmicidade 
Determinar a lateralidade, e intensidade em 
cruzes. 
 
Os principais pulsos a serem palpados são: 
✓ Carotídeo 
✓ Axilar, Braquial 
✓ Radial, ulnar 
✓ Aorta abdominal 
✓ Femoral, Poplíteo 
✓ Tibial anterior, posterior 
✓ Pedioso 
A palpação do pulso é extremamente 
importante, se o especialista detectar uma 
embolia pode encaminhar paciente ao CC 
sem uso de propedêutica armada. 
 
A gradação dos pulsos em intensidade (+1, 
+2, +3, +4) pode ser subjetiva entre diferentes 
examinadores, mas pode servir para 
comparação entre pulsos bilaterais do 
mesmo paciente, por exemplo ao se 
comparar intensidade dos pulsos femorais 
esquerdo e direito de um paciente. 
SUBJETIVO. 
 
A presença de frêmitos à palpação dos 
pulsos traduz turbulência do fluxo arterial, 
podendo indicar a presença de estenoses 
(doença arterial periférica) ou estreitamento 
da luz do vaso, muitas vezes secundário a 
uma placa aterosclerótica (instável ou 
estável). 
 
Insuficiência arterial crônica (doença arterial 
periférica obstrutiva crônica) 
Redução da perfusãodo membro inferior 
Definição: Síndrome Clínica Decorrente da 
Diminuição do Aporte Sanguíneo aos Tecidos 
de Forma Progressiva por uma Doença do 
Sistema Arterial 
 
 
Etiologia 
Abraão Filipe- @braozinnn 4 
•Degeneração da Camada Média Arterial 
(perda da capacidade vasodilatadora → 
diminuição da produção do óxido nítrico → 
aumento de demanda e diminuição de 
oferta de O2) 
•Hipertensão Arterial 
•Hipercolesterolemia 
•Tabagismo 
•Diabete Melito. 
 
Fisiopatologia 
LESÕES menos que 50% RAIO ARTERIAL / 75% 
SECÇÃO TRANSVERSA 
•Não Causam Repercussão Hemodinâmica 
•Lesões Sequenciais–Efeito Somatório 
 
CIRCULAÇÃO COLATERAL (decorrente do 
maior desequilíbrio entre demanda e oferta 
de O2 → maior acumulo de ácido lático → 
redução de pH → maior circulação colateral 
→ mais sintomas de claudicação intermitente 
→ mais dor ) 
•Vasos Pré-Existentes Dilatados 
•Atividade Autonômica Simpática 
•Fatores Metabólicos Secundários à Isquemia 
Tto: antiagregantes plaquetários, 
antilipêmicos, fisioterapia. 
 
SINTOMAS E SINAIS 
CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE 
•Desproporção Oferta x Demanda Oxigênio 
Panturrilha: dor em queimação. 
 
DOR EM REPOUSO 
•Isquemia Grave (marcador de doença 
aterosclerótica avançada → necessita-se na 
maioria das vezes de cirurgias, cuidado com 
população diabética); 
•Posição Antálgica 
LESÕES TRÓFICAS 
•Espontâneas (marcador de isquemia grave) 
•Traumáticas (sobretudo na pop. grave) 
Queixas autonômicas → PARESTESIAS 
(combinada com lesões tróficas é marcador 
de isquemia grave); 
DIMINUIÇÃO TEMPERATURA MEMBRO (chama 
atenção para isquemia grave); 
 
Sinais e sintomas 
EXAME FÍSICO 
•Palidez Cutânea 
•Cianose 
•Lesões Tróficas 
•Aumento Tempo Enchimento Capilar 
•Redução Fâneros 
 
TERRITÓRIO AORTO ILÍACO 
• Maior Rede de Colaterais 
• Claudicação Intermitente Coxas, 
Panturrilhas 
• Impotência. 
 
Território femoro poplíteo 
•Claudicação em panturrilhas (“queimação 
na batata da perna”) 
 
TERRITÓRIO TIBIO FIBULAR 
• Isquemias Mais Graves (menos circulação 
colateral) 
• Lesões Tróficas Precoces e Intensas 
Necessidade de amputações mais 
frequentes. 
 
Propedêutica vascular 
Podem ser realizadas manobras para 
identificação de alguns sinais: 
Abraão Filipe- @braozinnn 5 
Prova de Buerger 
• Ocorre palidez e ou cianose com a 
elevação dos membros inferiores a 45º 
por 1 minuto 
Pode até desencadear dor. 
 
Nesse momento, pode ser avaliada a 
hiperemia reativa, na qual o pé fica 
hiperemiado após ser rebaixado, devido à 
vasodilatação cutânea tentando suprir a 
circulação comprometida. 
 
Ainda no exame físico, deve-se realizar o 
índice tornozelo-braquial 
O índice tornozelo-braquial é uma ferramenta 
útil na detecção de doenças 
cardiovasculares mesmo em fase inicial, 
sendo um exame simples, não invasivo, de 
baixo custo e grande confiabilidade. 
Representa a relação entre a pressão arterial 
sistólica do tornozelo e do braço. Seu cálculo 
é realizado pela relação da maior pressão 
arterial aferida na artéria tibial posterior ou 
pediosa (com aferição em ambos os 
membros) com a maior pressão arterial 
sistólica das artérias braquiais. 
 
✓ O grau de isquemia é classificado de 
acordo com a gravidade da doença 
arterial 
✓ O índice tornozelo-braquial é um 
exame objetivo para o diagnóstico de 
doença arterial crônica 
 
PROPEDÊUTICA VASCULAR ARMADA 
Mais para a programação terapêutica do que 
diagnostico. 
✓ Ultrassom Dopler Arterial 
✓ Angiotomografia 
✓ Angioressonância 
✓ Arteriografia 
 
Ultrassom Dopler Arterial 
 Analisa a arquitetura vascular e das paredes 
arteriais, identificando a presença de placas 
e obstruções nos trajetos vasculares 
Técnica indolor, não invasiva, sem radiação, 
mas examinador dependente 
 
Angiotomografia 
 Analisa as paredes arteriais, presença de 
placas e obstruções e define detalhes 
técnicos e de reconstrução nos casos de 
programação cirúrgica 
Arquitetura arterial, graus de calcificação. 
Desvantagens: Necessário contraste para a 
realização e uso de radiação 
 
Angioressonancia 
Também analisa as paredes arteriais, 
presença de placas e obstruções, não utiliza 
contraste iodado 
Desvantagens: Exame demorado, de maior 
custo e não disponível em todos os serviços 
 
Arteriografia 
Exame padrão-ouro 
Invasivo, que utiliza radiação e contraste, 
mas propicia execução da terapêutica 
endovascular no mesmo tempo cirúrgico. 
 
OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA 
Definição 
É a Parada Súbita de Fluxo a uma Artéria com 
Alteração da Perfusão Tecidual que leva a 
Isquemia com repercussões Locais e 
Sistêmicas Progressivas e de Intensidade 
Variável 
Coágulo sanguíneo → fluxo sanguíneo para a 
artéria é bloqueado → diâmetro diminui → a 
artéria pode ficar fria. 
Na maioria das vezes vem associado a 
embolia arterial. 
Fisiopatologia 
Abraão Filipe- @braozinnn 6 
✓ Diminuição da Oferta de Oxigênio 
✓ Diminuição do Metabolismo 
✓ Depleção das Reservas de ATP 
✓ Metabolismo Anaeróbio 
✓ Acúmulo de Ácido Lático → dor 
intensa 
 
Edema e Morte Celular 
Liberação de Mioglobina e CPK pelos 
Miócitos 
Quadro de emergência médica. 
 
Etiopatogenia 
• Embolia Arterial - Embolia do Coração 
ou Aorta 
• Trombose Arterial - Ruptura e 
Trombose de uma Placa 
Aterosclerótica 
• Dissecção Aguda Aorta 
 
Traumas 
• Lesão Direta 
• Síndrome Compartimental Aguda 
Drogas vasoconstritoras, sobretudo 
simpatomiméticas ilícitas ou lícitas. 
 
Embolia arterial 
 
DEFINIÇÃO 
Obstrução Arterial Aguda em Determinado 
Ponto da Circulação Arterial Sem 
Comprometimento Prévio por Doença 
Aterosclerótica 
 
Etiopatogenia 
Progressão (Corrente Sanguínea Arterial) 
Trombos/ Fragmentos de Placas 
Ateroscleróticas 
Células Tumorais 
Gases 
Corpos Estranhos (procedimentos vasculares, 
hemodinâmicos) 
Podem Levar a Oclusão Arterial Parcial ou 
Completa 
 
Comprometimento da Bifurcação Arterial 
(maiormente, localizada abaixo de uma 
articulação) 
Trombose Secundária com Oclusão de 
Ramos Colaterais 
Vasoespasmo: diminuição de produção de 
NO, intensifica o quadro clinico do paciente. 
 
FONTES EMBOLIGÊNICAS 
✓ Cardíacas- 80% → arritmias sendo a 
principal, como a fibrilação atrial 
Comumente provém do átrio esquerdo, 
eventualmente vem do ventrículo 
esquerdo. 
✓ Aneurismas Arteriais 
✓ Placas Ulceradas 
✓ Iatrogênicos 
✓ Embolia paradoxal 
Sintomas 
O quadro clínico caracteriza-se pela 
presença de conjunto de sinais e sintomas 
habitualmente denominados de 6 “P”, do 
inglês: 
✓ Dor aguda e intensa (pain) 
✓ Ausência de pulsos (pulselessness), 
✓ Parestesia 
✓ Paralisia/paresia 
✓ Palidez (pallor) 
✓ Hipotermia (poikilothermia) 
A gravidade e a intensidade dos sintomas 
dependem: 
✓ Tempo de apresentação (quanto 
maior o tempo de acometimento, 
maior o dano) 
✓ Local da oclusão 
✓ Presença de circulação colateral (na 
presença de colaterais, o quadro 
pode ser menos intenso, logo quanto 
mais jovem mais intenso é o quadro ) 
Abraão Filipe- @braozinnn 7 
✓ Extensão de trombose secundária 
✓ Condições hemodinâmicas do 
paciente 
✓ Resistência dos tecidos à isquemia. 
 
A oclusão arterial aguda é urgência vascular, 
uma vez que compromete a viabilidade do 
membro afetado, podendo acarretar perda 
dele se não devidamente diagnosticada e 
tratada em tempo hábil. 
 
Diagnóstico 
• Ultrassom Dopler Arterial 
• Angiotomografia 
• Angioressonância 
• Arteriografia 
 
Diagnóstico clínico → propedêutica armada 
é mais para condução da terapêutica 
Oclusão arterial aguda 
Por trombose arterial 
DEFINIÇÃO 
Oclusão arterial aguda que podem 
apresentar múltiplas causas: 
Mais frequente é a instabilização de placas 
ateroscleróticas (‘acidente’ de placa, com 
rotura da íntima, hemorragia intraplaca), 
precipitando a trombose local da mesma 
 
EtiologiaMuitas vezes as oclusões trombóticas agudas 
ocorrem em pacientes com história prévia de 
doença arterial obstrutiva crônica 
 
Outras causas são: Medicamentos; Trombose 
aguda de aneurisma (aneurisma poplíteo); 
Dissecção de aorta; Síndromes compressivas; 
Vasculites; Trombofilias. 
 
Ocorre mais comumente em locais onde a 
artéria é mais fixa o que favorece a formação 
de placas ateroscleróticas (ilíacas e no canal 
dos adutores) 
 
Diagnóstico 
• Ultrassom 
• Dopler Arterial 
• Angiotomografia 
• Angioressonância 
• Arteriografia 
 
Embolia X trombose arterial 
 
Trombose venosa profunda 
É a coagulação do sangue em uma veia 
profunda de um membro inferior (em geral de 
panturrilha, coxa), membros superiores ou 
pelve (4 a 13% dos casos). 
A aguda é a principal causa de embolia 
pulmonar. 
População tabagista, acamadas, 
oncológicas devem-se maior cuidado, pois 
são mais propensas ao desenvolvimento de 
TVP aguda. 
A trombose venosa profunda do membro 
inferior tem probabilidade muito maior de 
provocar embolia pulmonar, possivelmente 
em virtude da maior quantidade de 
coágulos. 
 
As veias superficiais femoral e poplítea das 
coxas e as veias fibulares e tibiais posteriores 
da panturrilha são as mais frequentemente 
comprometidas. 
A trombose venosa profunda das veias da 
panturrilha tem menor probabilidade de ser 
uma fonte de êmbolos volumosos, mas pode 
Abraão Filipe- @braozinnn 8 
propagar-se para veias proximais da coxa e a 
partir daí desencadear embolia pulmonar. 
Cerca de 50% dos pacientes com trombose 
venosa profunda têm embolia pulmonar 
oculta e no mínimo 30% dos pacientes de 
embolia pulmonar têm trombose venosa 
profunda. 
 
Fatores de risco trombose venosa profunda: 
✓ uso de anticoncepcional oral 
✓ tabagismo 
✓ doença oncológica 
✓ imobilidade prolongada 
✓ trombofilias 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Assintomáticos 
Sintomáticos: 
✓ edema membros inferiores 
✓ desconforto respiratório (50 % dos 
pacientes já tiveram embolia 
pulmonar) 
✓ instabilidade hemodinâmica (morte 
subita debvido a um trombo a 
cavaleiro, ex: fez cirurgia plastica teve 
alta, ao sair do hospital na porta teve 
um embolia pulmonar e morreu.) 
✓ aumento de sensibilidade e edema do 
membro inferior 
✓ diferença mais que 3 cm entre as 
circunferências das panturrilhas 
✓ edema depressível e veias superficiais 
colaterais 
DIAGNÓSTICO 
✓ História e exame físico 
✓ Exames laboratório: dímero d 
✓ Ultrassom dopler 
✓ Angiotomografia / angioressonância 
 
DÍMERO D : Produto degradação fibrina com 
importante valor preditivo negativo no 
diagnóstico 
✓ Quando positivo, pode indicar TVP, 
mas não confirma diagnóstico, pois se 
eleva em processos inflamatórios, 
cirurgias, traumas recentes ou sepse 
✓ Quando negativo, permite afastar e 
descartar TVP com alta segurança 
 
ULTRASSOM DOPLER 
Exame não invasivo que permite a 
localização, visualização do trombo e 
verificação da ausência de fluxo venoso, 
confirmando o diagnóstico de TVP, porem é 
operador independente. 
ANGIOTOMOGRAFIA / ANGIORESSONÂNCIA 
Permite a identificação de trombos em veias 
de difícil acesso pelo ultrassom, como veia 
cava e ilíacas 
Além disso, tem valor no diagnóstico de 
embolia pulmonar 
 
Diagnostico diferencial 
Na avaliação de um paciente com edema 
de membros, é importante fazer diagnósticos 
diferencial com outras causas: 
 ICC: Edema bilateral, crônico, com piora 
vespertina e Godet positivo, associado a 
outros sintomas como dispneia aos esforços e 
dispneia paroxística noturna 
Insuficiência renal: edema bilateral matutino 
e anasarca. Edema crônico 
Hipoalbuminemia: Anasarca. Pode estar 
associado com síndrome consumptiva, 
neoplasias ou insuficiência hepática (spiders, 
ascite e flapping podem estar presentes) 
Celulite e erisipela: edema unilateral, 
presença de sinais flogísticos, hiperemia, 
aumento do calor local no membro 
acometido e sinais sistêmicos de infecção 
(febre e queda estado geral). Normalmente 
associadas a lesões cutâneas como portas de 
entrada 
Linfedema: edema linfático progressivo e 
muito crônico, não compressível, causado 
por obstrução ou lesão da rede linfática 
Cisto de Baker roto: cisto sinovial na região 
poplítea que se rompe, causando dor intensa, 
Abraão Filipe- @braozinnn 9 
edema e dificuldade de mobilização da 
perna 
 
Varizes de membros inferiores 
O sistema venoso membros inferiores, do 
ponto de vista anatômico, tem três 
componentes: 
Sistema venoso profundo: composto por veias 
que acompanham artérias de mesmo nome, 
no compartimento musculo-aponeurótico 
Sistema venoso superficial: veias 
habitualmente localizadas no plano 
subcutâneo, com ampla rede de 
comunicações e variações anatômicas. Ex: 
veias safenas interna e externa 
Veias perfurantes: comunicam sistemas 
venoso superficial e profundo, atravessando a 
fáscia muscular 
 
Definição 
Varizes, ou veias varicosas, são aquelas veias 
do sistema nervoso superficial que se 
apresentam dilatadas e tortuosas, com 
alteração de seu papel funcional e 
anatômico. 
Predomínio em mulheres → morbidade e 
prejuízo na qualidade de vida de trabalho 
Correlacionar com atividade laboral do 
paciente, como cirurgiões, por exemplo. 
Classificação 
Primárias: apresentam fator de 
hereditariedade, com fraqueza estrutural da 
parede venosa e fatores desencadeantes 
como idade, obesidade, gestação, 
ocupação profissional em longos períodos em 
ortostase, uso de hormônios 
Secundárias: ocorrem como complicação 
tardia de trombose venosa profunda, ou em 
decorrência de fístulas arteriovenosas 
congênitas ou adquiridas 
 
Sinais e sintomas 
Assintomáticos; 
Sintomáticos: queixa de dor em peso ou 
desconforto nas pernas, com piora com a 
postura ereta, ou após longos períodos em 
ortostase e melhora ao se elevar os pés 
Edema também pode estar presente. 
Úlceras varicosas frequentemente estão 
localizadas na face medial do terço distal da 
perna, atingindo muitas vezes grandes 
dimensões. 
As varizes podem apresentar complicações 
como tromboflebites (formação de trombos), 
e varicorragia, quando rompem, com 
sangramento importante. 
 
Exame físico 
✓ Inspeção: reconhecimento visual das 
veias dilatadas e tortuosas → realizado 
com o paciente preferencialmente em 
pé (nessa posição, as varizes 
apresentam-se mais ingurgitadas, de 
fácil reconhecimento) 
✓ Palpação. 
Diagnóstico: padrão-ouro é a ultrassonografia 
Doppler→ análise funcional e anatômica 
(Sistema Venoso Superficial e Sistema Venoso 
Profundo).

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