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1 G.O I | LUCAS SILVA Planejamento Familiar Introdução • Atividade de saúde que visa oferecer informações e meios para que a população possa decidir livremente, com consciência e responsabilidade, o número de filhos e a época que desejam. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Critérios de elegibilidade da OMS • Categoria 1: Envolve métodos que podem ser usados sem restrições. • Categoria 2: Envolvem os métodos em que as vantagens de uso superam os riscos. • Categoria 3: Métodos em que, no geral, os riscos superam as vantagens. • Categoria 4: Envolve métodos em que o risco é inaceitável. • As condições das pacientes, que podem afetar a elegibilidade para um método são observadas na prática clínica. • Índice de Pearl → Mede o número percentual de gestação com um determinado método no tempo de um ano. o Indica o índice de falha que um método contraceptivo pode apresentar. o Quanto menor o Pearl maior é a eficácia do contraceptivo. Métodos Hormonais Constituição hormonal • Progestagênos: Promovem anovulação e inibição do muco cervical. É o responsável pela inibição da ovulação e pela anticoncepção. o Nortestosterona: Noretisterona, linestrenol e norgestrel (levonogestrel) o Espironolactona: Drospirenona o Pregnana: Acetado de ciproterona e Medroxiprogesterona. o Norpregnana: Nomegestrol • Estrogênio: Potencializa o efeito do progestagênio e dá estabilidade ao endométrio, determinando mais regularidade nas perdas sanguíneas. o Etinilestradiol (oral) o Estradiol: Valerianato, ciprionato e enantato. AC COMBINADOS • Possuem a combinação de um estrogênio e um progestogênio → Pílulas orais, injetável mensal, adesivo transdérmicos e anel intravaginal. • Os contraceptivos combinados promovem a anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo-hipofisário. o Suprimem o LH e o FSH e diminuem a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas quando estimulada pelo GnRH, além de possuírem ação hipotalâmica. o O componente progestagênico inibe predominantemente a secreção de LH, enquanto o componente estrogênico age predominantemente inibindo a secreção do FSH. o Com isso, os folículos ovarianos não amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH no meio do ciclo, que é fundamental para a ovulação. o A progesterona torna o muco cervical espesso, dificultando a espermomigração, reduz a motilidade tubária e ainda tem efeito antiproliferativo no endométrio. o O estrogênio estabiliza o endométrio, reduzindo os sangramentos e reduz a fração livre de testosterona. • Efeitos colaterais: Mal estar, náuseas, aumento de peso, diminuição da libido, cefaléia, tontura e mudanças no humor. • Fatores que influenciam na ação dos AC: Idade, função renal e hepática, percentual de gordura corpórea, enzimas bacterianas intestinais. • Contraindicações: Nível 4 → Gravidez, riscos cardiovasculares, lactação inferior a 6 meses, fumantes acima de 35 anos, doenças tromboembólicas, enxaqueca com aura. • Benefícios: Proteção contra câncer de ovário e endométrio, diminuição do fluxo e 2 G.O I | LUCAS SILVA regularização do ciclo menstrual, alívio da dismenorréia e melhora da endometriose. • Índice Pearl: 0,5% Obs.: O sangramento de privação ocorre durante a pausa/placebo. Esse sangramento não é da ovulação e sim da proliferação endometrial provocada pelo estrogênio durante o uso do ac. AC APENAS DE PROGESTAGÊNO • Índice de Pearl: 0,5% • Vias: Oral, injetável trimestral, implante subdérmico e intrauterino (DIU mirena). • Não provoca menstruação pois é o estrogênio que torna o método cíclico e promove proliferação endometrial. • Contraindicações: Trombose atual, amamentação, câncer hepático, cirrose hepática e câncer de mama. • Minipílula: Promovem efeito contraceptivo através do espessamento do muco cervical e inibição da implantação do embrião no endométrio. Não possuem efeitos anovulatórios. É mais apropriada para o período de lactação. Uso contínuo. • Injetável trimestral: bloqueia a ovulação através da inibição do LH, também levando à alteração nas características do muco e atrofia endometrial. • Implante subdérmico: Atua inibindo a ação do LH, impedindo a ovulação. Além disso, leva à atrofia endometrial e alteração do muco cervical. CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA • “Pílula do dia seguinte” • Altas doses de Levonogestrel 750mg • Tomar 1cp 12/12h até 72h após relação sexual. • Índice de Pearl: 3% SISTEMA LIBERADOR DE LEVONOGESTREL • DIU Mirena → Reservatório de LNG 52mg • Duração de 5 a 7 anos • Índice de Pearl: 0,1% • Ação principalmente local → Torna o muco ovariano hostil ao espermatozoide e apresenta efeito antiproliferativo do endométrio. Não consegue bloquear o eixo hipotalâmico, ou seja, não impede a ovulação. o Crescimento endometrial reduzido o Muco cervical hostil o Função, motilidade e capacitação espermática são comprometidos Métodos Não-hormonais MÉTODOS DE BARREIRA • Camisinha masculina e feminina (IP de 2 a 12%) • Diafragma (IP de 6-20%) → Mais efetivo com a utilização de espermicida. • Vantagens: Sem contraindicações, proteção contra ISTs • Desvantagem: Altas taxas de falha DISPOSITIVO INTRA-UTERINO • DIU de Cobre ou de Prata + Cobre • Corpo estranho que produz endometrite asséptica com efeito espermicida de alta eficácia potencializado pelo cobre. • IP: 1 a 3% • DIU de Cu ou Cu+Ag → Não impedem a ovulação, apenas criam um ambiente desfavorável para o espermatozoide. A prata é utilizada apenas para diminuir os efeitos adversos do cobre, não tendo ação anticoncepcional. • Vantagens: Segurança, baixo custo e tempo prolongado (até 5 anos) • Desvantagens: Implantação desconfortável, aumento do fluxo menstrual e cólicas uterinas. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • Tabelinha, Muco cervical, Temperatura basal, Coito interrompido. • Vantagem: Sem contraindicação • Desvantagem: Alto índice de falha MÉTODOS CIRÚRGICOS • Laqueadura tubária o Permitido para mulheres maiores de 25 anos com pelo menos 2 filhos ou mais. o Arrependimento é frequente → Troca de parceiro o Aumenta o fluxo menstrual o IP: 0,1 a 0,5% • Vasectomia o Não há aumento de CA de testículo o Pode ocasionar dor testicular o Deve haver confirmação de azospermia. o IP: 0,5%
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