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Hepatite� Virai� - Infectologi� Emyll� Pinheir� 4°C Hepatit� Vira� - Epidemiologi� Existe um equilíbrio na região norte e Hepatite E - maior na região Norte e Nordeste Hepatite B - grande parte do Nordeste Hepatite C- parte do Sudeste Hepatite D - região Norte é muito maior que todas as regiões juntas, lembrando que precisa ser associada a hepatite B - Maior predominância no sexo masculino Hepatit� B A maioria é de transmissão sexual. Família: Hepadnaviridae Gênero: Orthohepadnavirus Espécie: Hepatite B vírus ● Doença infecciosa de transmissão inter humana, evolução aguda ou crônica com alta mortalidade ● Tem a capacidade de causar patogenicidade ao tecido hepático ● Transmissão: percutânea-mucosa, sexual e vertical ● Incubação: 2 a 8 meses ● Cronifica ● Prevenção: vacina contra a hepatite B ● Possui tropismo pela célula hepática ● Ao se ligar a receptores presentes na superfície celular, é internalizado e perde seu envoltório ● O conteúdo viral migra para o núcleo e replica-se por meio de um sistema semelhante ao dos retrovírus ● Causada por vírus DNA com fita dupla incompleta a replicação do genoma viral por enzima transcriptase reversa ● Partículas virais com diâmetro de 42 nm e são compostas de envelope externo proteico que constitui o HBsAg ● Considerado oncogênico, com 10 genótipos (A a J), distintos entre si e pela sequência de nucleotídeos no genoma, patogenicidade e distribuição geográfica. Alguns genótipos são classificados em sub genótipos, exceto E, G e H (>30 sub genótipos) No Brasil, há predominância de sub genótipos AI, A2, F2 e F4. Transmissã� d� Hepatit� B ● Parenteral - solução de continuidade (pele e mucosas), compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure, lâminas de barbear, etc ● Relações sexuais. ● Vertical (materno-infantil), tem maior chance de cronificação. ● Permanece viável durante longo período fora do corpo. ● Tem maiores chances de se infectar do que os vírus da hepatite C e HIV. ● Infecta outros líquidos orgânicos: semen, secreção vaginal, leite materno. ● Aprox 5 a 10% dos indivíduos cronificam. ● Cerca de 20% a 25% dos casos crônicos evoluem para cirrose hepática e hepatocarcinoma. ● A infecção pelo HBV é condicional para hepatite Delta. Diagn�stic� d� Hepatit� B ● Teste rápido: são capazes de detectar o HBsAg (refere-se a antígeno) ● Imunoensaios: exames sorológicos que detectam anticorpos ● Biópsia hepática: padrão ouro para investigar fibrose hepática (o vírus ataca os hepatócitos e faz processo inflamatório e cicatrização gerando fibrose); tem que estar com doença hepática compensada, plaquetas >60.000 e TAP >50% ● Classificação da biópsia hepática (METAVIR) para fibrose: F0 (normal); F1 (fibrose trato portal); F2 (septos escassos); F3 (septos numerosos); F4 (cirrose). Cu�s� Sorológic� d� Hepatit� B agud� Cu�s� Sorológic� d� Infecçã� Crônic� pel� HBV Fase� d� infecçã� d� Hepatit� B Fase imunotolerante ● Elevada replicação viral ● Positividade do HBeAg - está replicando ● Elevados índices de HBV - DNA sérico ● Aminotransferases (AST, ALT) normais ou pouco alteradas, pouca atividade necroinflamatória no fígado e lenta progressão de fibrose ● Mais longa em indivíduos infectados por transmissão vertical ● Elevada viremia e transmissão da doença com maior facilidade Fase imunorreativa ● Esgota-se a tolerância devido a incapacidade do sistema imune de eliminar o vírus. ● Teste HBeAg reagente e por menores índices de HBV-DNA sérico, indicativo de menor replicação viral. ● Aminotransferases podem apresentar flutuações e a atividade necroinflamatória no fígado pode ser moderada ou grave ● Progressão de fibrose é acelerada ● Pode durar de várias semanas a vários anos é alcançada mais rapidamente por indivíduos infectados na idade adulta ● Encerra-se com a soroconversão para anti-HBe Estad� d� po�tado� inativ� ● Necessário acompanhar os níveis de aminotransferases e HBV-DNA sérico antes de classificar o paciente nessa fase ● Níveis muito baixos ou até indetectáveis de HBV-DNA sérico com normalização das aminotransferases e habitualmente soroconversão anti-HBe ● Sistema imunológico é capaz de reprimir a replicação viral, reduzindo o risco de cirrose e CHC ● Corresponde a um bom prognóstico ● Pacientes que estejam estabelecidos nessa fase devem ser acompanhados regularmente e submetidos a investigação clínica se apresentarem elevações de transaminases com baixos títulos de HBV-DNA sérico ● Acompanhamento regular permite rápida detecção de escape viral, resultado da imunossupressão ou de mutações que conferem ao vírus a capacidade de evadir a resposta imune do hospedeiro Fase� d� infecçã� d� Hepatit� B Fase de reativação ● Pode surgir após período inativo ● Atividade necroinflamatória e de fibrose no fígado persistem durante essa fase ● HBeAg não reagente está associada a baixas taxas de remissão espontânea e risco elevado para complicações, como cirrose descompensada e CHC ● Acompanhamento regular indicado Fase HBeAg negativa (não reagente) ● Após resposta imune com eliminação do HBsAG ● Infecção oculta e persistente ● Pode ocorrer reativação ● Acompanhamento regular Tratament� d� Hepatit� B Objetivo: reduzir o risco de progressão da doença hepática Resultado ideal ● Perda sustentada do HBsAg, com ou sem soroconversão para anti-HBs (ocorre com pouca frequência) Pacientes com HBsAg persistente ● ALT e a redução do HBV-DNA para menos de 2.000 ou no limite HBeAg não reagente e anti - HBe reagente ● Desfecho que busca a normalização de ALT e redução do HBV - DNA Pacientes portadores de cirrose hepática ● Redução da carga viral Critéri�� d� inclusã� par� Tratament� d� Hepatit� B ● Paciente com HBeAg reagente e ALT > 2x limite superior da normalidade. ● Adulto maior de 30 anos com HBeAg reagente. ● Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA >2.000 e ALT >2x LSN Outr�� critéri�� d� inclusã� par� tratament� independentement� d�� resultad�� d� HBeA�, HBV -DNA � ALT par� Hepatit� B se� agent� Delt� ● História familiar de CHC ● Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculite, glomerulonefrite e poliarterite nodosa. ● Coinfecção HIV/HBV ou HCV/HBV. ● Hepatite aguda grave ● Reativação de Hepatite B crônica. ● Cirrose/insuficiência hepática. ● Biópsia hepática METAVIR > ou = A2F2 ou elastografia hepática > 7 ● Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora ou quimioterapia Identificaçã� d� cirr�s� descompensad� ● A cirrose compensada é geralmente distinguida da cirrose descompensada por meio do escore de Child-Pugh. ● Utilizado para avaliar o grau de deterioração da função hepática, além de ser marcador prognóstico. ● As classes de Child-Pugh são: A (escore de 5 a 6), B (7 a 9), C (acima de 10). Acompanhament� d� Hepatit� B Acompanhamento da infecção ● Marcadores séricos de imunidade (anti-HBs) ● Avaliação da presença do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) ● Quantificação do vírus na corrente sanguínea (carga viral/HBV-DNA) ● O aparecimento do anti-HBs e o desaparecimento do HBsAg e da carga viral indicam resolução da infecção pelo HBV na maioria dos casos ● A doença pode evoluir para a forma crônica, mesmo com esse perfil sorológico e viral Em indivíduos adultos expostos exclusivamente ao HV, a cura espontânea se dá em cerca de 90% dos casos. Evolução para infecção crônica, por sua vez, ocorre em menor proporção - definida como a persistência do vírus ou a presença do HBsAg por mais de seis meses. Extremos de idade e outros fatores comportamentais e genéticos, características demográficas ou concomitância de substâncias tóxicas (incluindo álcool, fumo), história familiar de CHC e contato com carcinógenos aumentam o risco de cirrose hepática e de CHC em pacientes portadores de hepatite B crônica. Replicação viral persistente, cirrose hepática, genótipo C, a mutação na região promotora do pré-core e a coinfecção com o HIV ou HCV também são fatores que aumentam a probabilidade de evolução paraformas graves. A cirrose hepática é fator de risco para CHC, contudo, cerca de 30% a 50% dos casos de CHC por HBV ocorrem na ausência da CH. Diagn�stic� � Estadiament� d� Hepatit� C Tratamento indicado da infecção aguda ou crônica pelo HCV, independentemente do estadiamento da fibrose hepática. Deve-se saber se o paciente tem fibrose avançada (F3) ou cirrose (F4), pois a confirmação desse diagnóstico poderá afetar a condução clínica do paciente e o esquema de tratamento proposto. O estadiamento deve ser realizado para todos os pacientes infectados pelo HCV, coinfectados ou não pelo HIV, para caracterizar ausência ou presença de doença avançada. O estadiamento poderá ser realizado por qualquer um dos métodos: APRI ou FIB 4, biópsia hepática ou elastografia hepática. Características clínicas ou ultrassonográficas que definem doença hepática avançada/cirrose são: ● presença de circulação colateral ● fígado e bordas irregulares ● esplenomegalia ● aumento do calibre da veia porta ● redução do fluxo portal ● ascite ● varizes esofágicas Biópsia hepática: ● Exame padrão-ouro para avaliação de fibrose hepática ● Pode ser realizada com diferentes técnicas e tipos de agulha ● Útil no diagnóstico de outras doenças hepáticas concomitantes ● Procedimento invasivo, que requer estrutura apropriada ● Não está indicada para casos de hepatite C aguda, que se caracteriza pela presença predominante de alterações necro inflamatórias no parênquima ● Hepatite crônica, cuja inflamação é predominantemente portal e sem atividade de interface ● Quando houver dúvida em relação ao diagnóstico, ou quando outros diagnósticos diferenciais estiverem sendo investigados, a biópsia hepática poderá ser indicada ● Resultados da biópsia hepática devem ser avaliados conforme a classificação da alteração arquitetural (estágio da fibrose) e da atividade inflamatória - escala METAVIR. Grup�� prioritári�� par� testage� anua�: ● Pessoas vivendo com HIV ● Pessoas sexualmente ativas prestes a iniciar profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV ● Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas infecções sexualmente transmissíveis ● Trabalhadores (as) do sexo ● Pessoas em situação de rua Grup�� prioritári�� par� testage� únic�: ● Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos ● Pacientes ou profissionais de saúde que estiverem em ambientes de hemodiálise em qualquer época ● Pessoas que usam álcool e outras drogas ● Pessoas com antecedente de drogas injetáveis ● Pessoas privadas de liberdade ● Pessoas transfundidas antes de 1993 ou transplantes ● Pessoas com exposição a materiais biológicos ● Crianças nascidas de mães que vivem com HCV ● Familiares ou outros contatos íntimos ● Pessoas com história de uso de agulhas, seringas de vidro, seringas não adequadamente esterilizadas ou compartilhadas ● Pacientes com diagnóstico de diabetes, doenças cardiovasculares, antecedentes psiquiátricos, histórico de patologia hepática sem diagnóstico, elevação de ALT e/ou AST, antecedente de doença renal ou de imunodepressão a qualquer tempo.
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