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Medicina Laboratorial - PSA (3 Período)

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Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
Página | 1 
 
Antígeno Prostático Específico 
MEDICNA LABORATORIAL: SP 3.4 
PRÓSTATA 
→ A próstata é uma glândula presente nos homens, 
localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, 
envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde 
passa a urina). 
Seu funcionamento consiste na produção do líquido 
prostático que compõe o sêmen. Essa secreção é 
fundamental para o sucesso reprodutivo, pois liquefaz 
o ejaculado, além de possuir enzimas (PSA), nutrientes 
e gradientes iônicos que favorecem o ambiente e 
garante, a motilidade dos espermatozoides. 
Fatores que influenciam a função da próstata: 
→ Agentes infecciosos como vírus e bactérias; 
→ Mudanças hormonais; 
→ Trauma físico; 
→ Refluxo de urina; 
→ Hábitos alimentares. 
DOENÇAS DA PRÓSTATA 
→ Prostatite (20% da população masculina); 
→ Tumor Benigno - Hiperplasia Benigna da Próstata 
(70% dos homens com idade superior a 70 anos; 90% 
acima dos 90 anos); 
→ Câncer de Próstata (10 a 20% da população 
masculina e incidência aumenta com a idade); 
PROSTATITE 
→ Doença inflamatória que afeta 20% homens adultos 
(30 a 50 anos) e, mais raramente, meninos pré-
adolescentes associada a diferentes causas e 
diferentes manifestações clínicas. 
As Prostatites bacterianas aguda e crônica são sempre 
causadas por uma infecção bacteriana na próstata e 
está relacionada a infecções do trato urinário 
(infecções urinárias). 
→ Microrganismos associados: Escherichia Coli, 
Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, 
Serratia. 
A Prostatite Não Bacteriana e a Prostatodinia (ou 
síndrome da dor pélvica crônica): ocorrem em 
pacientes que apresentam uma inflamação na 
próstata, sem, no entanto, terem histórico de infecções 
do trato urinário por bactérias (microrganismos não 
identificados). 
 
Diagnóstico de Prostatite Bacteriana Aguda e Crônica: 
→ Histórico do paciente: Febre, Tremores, Fraqueza, 
Dor, Urgência para urinar. 
→ Urina (Urina tipo I): Escura, Turva e Odor forte; 
positiva para Nitrito; Hematúria, Leucocitúria e Piúria; 
→ Exame da próstata e da secreção prostática; 
→ Aumento discreto de PSA. 
 
HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA 
Hiperplasia prostática benigna (HPB) é condição clínica 
frequente a partir 50 anos de vida, causada por 
hiperplasia das células do estroma e do tecido epitelial 
sendo a neoplasia benigna mais comum no homem. 
→ Aos 75 anos, cerca de 50% dos homens queixam-se 
de redução da força e do volume do jato urinário. 
→ Envelhecimento é o principal fator de risco para 
desenvolvimento da HPB e seus sintomas 
Fisiopatologia da HBP: 
→ Multifatorial 
→ A testosterona por ação da enzima 5-aredutase II 
presente nas células estromais é convertida em di-
hidrotestosterona (DHT); 
→ A DHT é cerca de 10 vezes mais potente que a 
Testosterona livre. 
→ DHT age no DNA (células estromais e epiteliais) 
transcrevendo genes responsáveis pela síntese de 
fatores de crescimento (EGF e IGF) que se ligam aos 
receptores nas células estromais e epiteliais 
acarretando um aumento na proliferação celular e 
consequente aumento do tecido prostático. 
Diagnóstico da HBP: 
→ Histórico clínica do paciente: “prostatismo”, que 
podem ser divididas em obstrutivas (esforço miccional, 
jato fraco e interrompido, esvaziamento incompleto da 
bexiga) e irritativas (polaciúria, nictúria, incontinência 
de urgência). 
→ Pacientes com HBP podem evoluir com 
complicações: retenção urinária, litíase vesical, 
infecção urinária, insuficiência renal e hematúria. 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
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→ Exame digital da próstata: volume, consistência, 
regularidade, limites, sensibilidade e mobilidade. 
→ Dosagem de PSA: os níveis de PSA sérico elevam-se 
discretamente elevados nos pacientes com HBP. Os 
métodos mais utilizados para determinação do PSA 
referem como normal valores inferiores a 2,5ng/mL em 
indivíduos abaixo de 50 anos de idade. 
→ Ultrassonografia da próstata: permite avaliar as 
dimensões da próstata. 
ADENOCARCINOMA (CÂNCER) DE PRÓSTATA 
→ Câncer mais comum no homem; 
→ 2° causa de morte por câncer em homens após os 
50 anos de idade; 
→ Aumenta com a idade e, portanto, é mais 
prevalente em idosos; 
→ O diagnóstico de CaP é suspeitado após a realização 
do exame digital da próstata e da dosagem do antígeno 
prostático específico (PSA); 
→ O diagnóstico definitivo é estabelecido por meio da 
biópsia do tecido prostático; 
→ Diagnóstico precoce está associado a 90% de cura. 
→ Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de 
próstata e descobrir se a doença está presente ou não, 
são realizados de exames iniciais o exame digital da 
próstata (toque retal) e a dosagem de PSA. Porém o 
diagnóstico definitivo é estabelecido por meio da 
biópsia. 
Exame digital da próstata: 
→ Nódulo endurecido; 
→ Superfície irregular; 
→ Próstata fixa; 
→ Possibilidade de avaliação 
apenas da parte posterior da 
próstata; 
→ Sensibilidade de 48-59% e especificidade de 89-
92%; 
OBS.: Sensibilidade é a capacidade do teste de 
identificar corretamente os indivíduos que possuem a 
doença (casos). Especificidade é a capacidade do teste 
de identificar corretamente os indivíduos que não 
possuem a doença (não-casos). 
Antígeno prostático específico: 
→ Glicoproteína sintetizada pelas células epiteliais 
prostáticas humanas que possui atividade relacionada 
com a liquefação do líquido seminal induzindo a 
viabilidade dos espermatozoides. 
→ Possui meia vida biológica de 52,8 horas sendo 
componente do tecido prostático saudável e do líquido 
seminal; 
→ Valores normais devem ser 
inferiores a 2,5 ng/mL em 
indivíduos abaixo de 50 anos 
de idade. 
→ Aumento de risco em 55% diante de PSA ≥ 4 ng/ml; 
→ Apresenta sensibilidade de 91,3%, especificidade de 
14,37% para um ponto de corte de 2,5ng/mL. 
→ Há benefício na associação do antígeno prostático 
específico e com o exame digital da próstata pois 
juntos há até 80% de diagnóstico confirmatório. 
ASPECTOS BIOQUÍMICOS DO PSA 
→ Glicoproteína monomérica com 237 a.a. com 
atividade de protease, produzida exclusivamente pelas 
células epiteliais e pelos ductos das células prostáticas 
e secretado no lúmen dos ductos pra liquefazer o 
coágulo seminal que adiciona ao esperma motilidade e 
cria condições pra fertilização. 
→ Produzido pelo tecido prostático saudável, 
hiperplásico ou neoplásico. No entanto, o tecido 
neoplásico produz PSA em níveis dez vezes superiores 
ao normal. 
→ Útil para identificação, diferenciação, classificação, 
estadiamento e localização de tumores, monitorização 
pré-operatória, monitorização pós-operatória e 
recorrência de tumores. 
→ Avaliação de protocolos e estratégias de 
tratamento. 
OBS.: O PSA é um marcador órgão-específico e não 
doença específica. Três das afecções prostáticas mais 
comuns podem elevá-lo, a saber: Postatite, Hiperplasia 
Benigna de Próstata e Câncer de Próstata. 
TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO - DETECÇÃO DE PSA 
→ O PSA presente na amostra se une ao anticorpo 
anti-PSA marcado com ouro coloidal, formando um 
complexo. Por capilaridade, este complexo formado 
(PSA-anticorpo marcado) fluirá através da membrana e 
se unirá aos anticorpos antiPSA imobilizados na área de 
reação gerando uma banda de cor rosa na área teste 
(T). O anticorpo marcado que não se uniu gera uma 
banda de cor rosa na área controle (C), indicando o 
correto funcionamento do ensaio T. 
Interpretação dos resultados: 
→ Negativo: Haverá a formação de uma banda rosa-
clara na área do controle (C). PSA abaixo de 2,5 ng/mL. 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2022.1 
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→ Positivo: Haverá a formação de duas bandas, ambas 
rosa-clara. Sendo uma na área de teste (T) e outra na 
área do controle (C). PSA acima de 2,5 ng/mL 
→ Inválido: O teste será considerado inválido se 
ocorrer a situação descrita a seguir: Ausência de 
formaçãode banda na área controle.

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