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PSA para Diagnóstico de CA de próstata

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PSA para Diagnóstico de CA de próstata 
 
PRÓSTATA 
A próstata é uma glândula presente nos homens, 
localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, 
envolvendo a parte superior da uretra. 
É responsável por produzir uma secreção 
fundamental para o sucesso reprodutivo capaz de 
liquefazer o ejaculado, além de possuir enzimas 
(PSA), nutrientes e gradientes iônicos que 
favorecem o ambiente e garantem a motilidade 
dos espermatozoides. 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM A FUNÇÃO 
DA PRÓSTATA 
 Agentes infecciosos 
 Bactérias 
 Mudanças hormonais 
 Trauma físico 
 Hábitos alimentares 
 Refluxo de urina 
 
 
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
Entre os principais fatores de risco associados ao 
câncer de próstata destacam-se: 
 Idade 
 Fatores genéticos e hereditários 
 Sedentarismo 
 Excesso de gordura abdominal 
(sobrepeso/obesidade) 
 Dieta associada à gordura animal, carne 
vermelha e pobre em fibras 
 Tabagismo 
 
SINAIS E SINTOMAS DO CÂNCER DE 
PRÓSTATA 
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não 
apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais 
comuns são: 
 Dificuldade de urinar 
 Aumento na frequência urinaria 
 Diminuição do jato urinário 
 Hematúria 
 Sensação de queimação e ardência 
 Dores ósseas e corporais 
 Outras: disfunção erétil, insuficiência renal 
e infecção generalizada 
 
 
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
É possível adotar hábitos de vida mais saudáveis, 
como não fumar, ter uma alimentação equilibrada 
e praticar exercícios regularmente, controlando os 
fatores externos. 
Além disso, é um dever com a sua saúde e para a 
sua família, monitorar qualquer modificação no 
seu corpo, realizando o acompanhamento médico 
adequado com um urologista e fazendo os exames 
de rotina. 
 
 
FATORES RELEVANTES NA AVALIAÇÃO DO 
PSA 
PSA é um marcador órgão-especifico e não doença 
especifica. 
Três das afecções prostáticas mais comuns podem 
elevá-lo, a saber: 
 Prostatite 
 Hiperplasia prostática benigna e câncer de 
próstata 
 
 
DOENÇAS DA PRÓSTATA 
 Prostatite  20% da população masculina 
 Tumor benigno  HPB  70% dos homens 
com idade superior a 70 anos – 90% acima 
dos 90 anos 
 Câncer de próstata  10 a 20% da 
população masculina e incidência aumenta 
com a idade 
 
↳ Prostatite 
Doença inflamatória que afeta 20% homens 
adultos (30 a 50 anos) e, mais raramente, meninos 
pré-adolescentes associada a diferentes causas e 
diferentes manifestações clinicas 
As prostatites bacterianas aguda e crônica são 
sempre causadas por uma infecção bacteriana na 
próstata e está relacionada a infecções do trato 
urinário (infecções urinarias) 
A prostatite não bacteriana e a prostatodinia (ou 
síndrome da dor pélvica crônica): ocorrem em 
pacientes que apresentam uma inflamação na 
próstata, sem, no entanto, terem histórico de 
infecções do trato urinário por bactérias. 
Prostatites bacterianas aguda e crônica – 
diagnóstico 
 Histórico do paciente 
 Febre 
 Tremores 
 Fraqueza 
 Dor 
 Urgência para urinar 
 Urina (urina tipo I) 
 Escura, turva e odor forte 
 Positivo para nitrito 
 Hematúria, leucocitúria e piúria 
 Exame de próstata e da secreção prostática 
 Aumento discreto de PSA 
 
 
↳ Hiperplasia prostática benigna 
HPB é uma condição clinica frequente a partir de 
50 anos de vida, causada por hiperplasia das 
células do estroma e do tecido epitelial sendo a 
neoplasia benigna mais comum no homem 
Aos 75 anos, cerca de 50% dos homens queixam-
se de redução da força e do volume do jato 
urinário 
 
 
 
↳ Adenocarcinoma de próstata (câncer) 
Câncer mais comum no homem; 
2ª causa de morte por câncer em homens após os 
50 anos de idade; 
Aumenta com a idade e portanto é mais 
prevalente em idosos; 
O diagnóstico de CaP é suspeito após a realização 
do exame digital da próstata e da dosagem do 
antígeno prostático especifico (PSA); 
O diagnóstico definitivo é estabelecido por meio 
da biopsia do tecido prostático; 
Diagnóstico precoce está associado a 90% de cura; 
 
DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
Para investigar os sinais e sintomas de um câncer 
de próstata e descobrir se a doença está presente 
ou não, são realizados basicamente dois exames 
iniciais 
Exame digital da próstata (toque retal): o médico 
avalia tamanho, forma e textura da próstata. 
Dosagem de PSA: é um exame de sangue que 
mede a quantidade de uma glicoproteína 
produzida pela próstata – PSA 
Porém o diagnóstico definitivo é estabelecido por 
meio da biopsia. 
 
 
↳ Exame digital da próstata (toque retal) 
 Nódulo endurecido 
 Superfície irregular 
 Próstata fixa 
 Possibilidade de avaliação apenas da parte 
posterior e lateral da próstata 
 Sensibilidade de 48-59% e especificidade 
de 89-92% 
 
Sensibilidade: é a capacidade do teste de 
identificar corretamente os indivíduos que 
possuem a doença (casos) 
Especificidade: é a capacidade do teste de 
identificar corretamente os indivíduos que não 
possuem a doença (não casos) 
 
 
ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECIFICO (PSA) 
Glicoproteína sintetizada pelas células epiteliais 
prostáticas humanas que possuem atividade 
relacionada com a liquefação do liquido seminal, 
induzindo a viabilidade dos espermatozoides; 
Possui meia vida biológica de 52,8 horas sendo 
componente do tecido prostático saudável e do 
liquido seminal; 
Valores normais dever ser inferiores a 2,5ng/mL 
em indivíduos abaixo de 50 anos de idade; 
Aumento do risco em 55% diante de PSA ≥ 
4ng/mL; 
Apresenta sensibilidade de 91,3%, especificidade 
de 14,37% para um ponto de corte de 2,5ng/mL; 
Há benefício na associação do antígeno prostático 
especifico e com o exame digital da próstata, pois 
juntos há 80% de possibilidade no diagnostico 
confirmatório de câncer de próstata 
Volume prostático aumenta com a idade, 
portanto, os valores de PSA tendem a aumentar 
paralelamente; 
 
A dosagem do PSA total não pode ser usada 
isoladamente como fator preditivo da extensão 
tumoral na glândula prostática ou da presença de 
metástases, mas fornece informações 
importantes que podem ser usadas no momento 
da decisão da terapêutica a ser empregada. 
Determinações periódicas do PSA devem ser 
realizadas para diagnostico da recidiva do CP após 
tratamento definitivo. 
 
 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
 
 
ASPECTOS BIOQUÍMICOS DO PSA 
Glicoproteína monomérica com 237 a.a. com 
atividade de protease, produzida exclusivamente 
pelas células epiteliais e pelos ductos das células 
prostáticas e secretado no lúmen dos ductos para 
liquefazer o coagulo seminal que adiciona ao 
esperma motilidade e cria condições para 
fertilização; 
Produzido pelo tecido prostático saudável, 
hiperplásico ou neoplásico; 
No entanto, o tecido neoplásico produz PSA em 
níveis dez vezes superiores ao normal; 
Útil para identificação, diferenciação, 
classificação, estadiamento e localização de 
tumores, monitorização pré-operatória e pós-
operatória e recorrência de tumores; 
Avalição de protocolos e estratégias de 
tratamento. 
TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO PARA 
DETECÇÃO DE PSA 
O PSA presente na amostra se une ao anticorpo 
anti-PSA marcado com ouro coloidal, formando 
um complexo; 
Por capilaridade, este complexo formado (PSA-
anticorpo marcado) fluirá através da membrana e 
se unirá aos anticorpos anti-PSA imobilizados na 
área de reação gerando uma banda de cor rosa na 
área teste (T). o anticorpo marcado que não se 
uniu gera uma banda de cor rosa na área controle 
(C), indicando o correto funcionamento do ensaio. 
 
 
Interpretação dos resultados: 
 Negativo: haverá a formação de uma 
banda rosa-clara na área de controle (C). 
 PSA abaixo de 2,5ng/mL 
 Positivo: haverá a formação de duas 
bandas, ambas rosa-clara. Sendo uma na 
área de teste (T) e outra na área de 
controle (C).  PSA acima de 2,5ng/mL Invalido: o teste será considerado invalido 
se ocorrer a situação descrita a seguir: 
ausência de formação de banda na área de 
controle

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