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UNIDADE CURRICULAR – Relações Trabalhistas Professores: Eduardo Rodrigues de Melo Sousa e Marcella Pagani Componentes do grupo: Yago Mateus Bento de Almeida. – RA: 321221616 Vinicius Wenzel Oliveira – RA: 318214164 Rafaela Hadassa Martiniano Ramos – RA: 321129300 Stephanny de Fátima Fonseca – RA: 320138503 Rafael Camargos – RA: 318118745 Vanderleia Corlaite – RA: 318116685 Taynah Carolainy Viggiano – RA: 320112141 Rebeca Mariane Cardoso Nogueira – RA: 319227404 1 COMPLIANCE O que é o “compliance”? É o procedimento responsável por adequar as atividades da empresa e de todos que a envolvem às leis trabalhistas e aspectos que envolvam o ambiente de trabalho. Qual a finalidade de um programa de “compliance” ? Programas de Compliance têm por finalidade disseminar diretrizes voltadas para o atingimento do estado de conformidade e sustentabilidade dos negócios, possibilitando o aumento da prevenção de atos ilícitos, redução de perdas financeiras e de danos à reputação da instituição. DOS ASPECTOS QUE DEVEM SER ANALISADOS EM UM PROGRAMA DE “COMPLIANCE” Existem, dentre outros, 7 principais fatores primordiais a serem analisados, sendo eles: Conhecimento da empresa; Suporte da Alta Administração; Diagnóstico prévio e avaliação dos riscos; Código de Conduta; Treinamento corporativo; Canal de denúncia; “Due Dilligence” ou diligência prévia. CONHECIMENTO DA EMPRESA: O compliance tem caráter personalíssimo, se adequando as necessidades e interesses de cada empresa, por isso é de suma importância que o profissional estude seu cliente, bem como características da atividade, o mercado em que está inserido, os valores e a missão da empresa. SUPORTE DA ALTA ADMINISTRAÇÃO: Para que o programa tenha efeito, é fundamental que exista o suporte da alta administração, alinhamento entre os gestores, metas a serem alcançadas e o caminho a ser percorrido pela empresa. DIAGNÓSTICO PRÉVIO E AVALIAÇÃO DE RISCOS: Como citado anteriormente no fator “conhecimento da empresa”, o programa de “compliance” tem caráter personalíssimo, ou seja, deve se adequar a necessidades de cada empresa no caso concreto. Por isso, é necessário que seja realizado um diagnóstico dos problemas a serem enfrentados na empresa, mapeando os riscos externos e internos, com base nas normas internas e legislação vigente. CÓDIGO DE CONDUTA DA EMPRESA: Documentos como o Regulamento Interno e o Código de Conduta contribuem para uma gestão mais transparente. Dessa forma, contribuindo para um ambiente laboral mais harmônico, tanto para gestores quanto para os empregados. TREINAMENTO CORPORATIVO: Definidos os procedimentos internos a serem seguidos, é necessário que todos na empresa possuam conhecimento sobre seus direitos e deveres dentro do ambiente de trabalho, então, passa-se ao treinamento corporativo objetivando disseminar a cultura ética nos negócios e nas atividades desenvolvidas pelos trabalhadores. Aqui serão disseminadas novas condutas, novos conceitos e princípios que afetam e melhoram a performance de cada colaborador. - CANAL DE DENÚNCIA: Deve ser criado para detectar problemas de gestão, assédio sexual ou moral, etc. Cuida-se de procedimento eficiente de averiguação capaz de revelar se houve condutas impróprias, suas circunstâncias, enfim, uma importante ferramenta para verificar se, de fato, ocorreu à violação de leis ou políticas da empresa. “DUE DILLIGENCE” OU DILIGÊNCIA PRÉVIA: Essa ferramenta se relaciona principalmente as empresas que operam seus negócios com participação de terceiros. Por isso, é importante ficar atento às suas regras e cultura vigentes antes de celebrar contrato com o terceiro, verificando se há histórico de práticas trabalhistas contrárias à ética e às leis, dentre outras informações relevantes, sempre no intuito de evitar que a empresa seja exposta a riscos legais. “Due Diligence” – traduzido do inglês, significa “diligência prévia” e refere-se ao processo de investigação, avaliação e análise para aceitação dos riscos de transações comerciais, sendo utilizada na confecção de parcerias comerciais e contratação de fornecedores. - “DUE DILLIGENCE” E A LEI DE ANTICORRUPÇÃO (12.846/2013): A responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, imposta pela Lei Anticorrupção (12.846/2013), levou as companhias a reverem seus processos internos. Assim a “Due Dilligence” passa a ser cada vez mais necessária para mitigar os riscos de diversas naturezas, inerentes aos negócios em que há terceirização. O COMPLIANCE DENTRO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: Atualmente, não existe legislação específica que regulamente o “compliance”, porém, qualquer programa a ser feito deve se pautar em algumas leis dentro do arcabouço jurídico, servindo de sustentação e orientação para essas atividades. Além da relação entre a “Due Dilligence” e a lei de Anticorrupção (12.846/2013), sendo elas: Lei da Reforma Trabalhista (13.467/2017) Lei da Terceirização (13.429/2017) Lei da Lavagem de Dinheiro (9.613/1998) - LEI DA REFORMA TRABALHISTA - (Lei 13.467/2017) Dentre as alterações trazidas por essa lei em 2017, está a modernização das relações de trabalho, trazendo maior flexibilidade nas negociações entre patrão e empregado. Diante dessas alterações, os profissionais que realizam o compliance trabalhista devem se atentar aos contratos de trabalho realizados dentro da empresa, de modo que, mesmo com a flexibilidade existente, ainda sejam cumpridas todas as normativas da CLT e preservados os direitos das partes. – LEI DA TERCEIRIZAÇÃO - (Lei 13.429/17) Conforme citado anteriormente, quando de atividades que envolvam terceirização, é necessário maior atenção. Essa lei trouxe novos aspectos as atividades terceirizadas, regulamentando os tipos de empresas que podem prestar esse serviço, além dos requisitos necessários. - LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO - (Lei 9.613/98) Por meio dessa lei, buscou-se reprimir qualquer ato com objetivo de ocultar ou dissimular a origem ilícita de bens para serem reaproveitados no sistema financeiro regular. Assim, é necessário que tais condutas sejam avaliadas dentro do compliance, principalmente na relação dos sócios que concedem capital a empresa. - FISCALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE COMPLIANCE: Fator importante para que efetivamente haja mudanças, a fiscalização do compliance deve ser feita pela própria empresa. Geralmente, a organização designa uma equipe ou colaborador — compliance officer — devendo ter representantes do departamento jurídico, recursos humanos, auditoria, e, sendo o caso, de especialistas contratados para essa finalidade. O comitê responderá perante a alta administração e deverá apresentar os resultados do programa a ela. DAS PRINCIPAIS VANTAGENS DO “COMPLIANCE” TRABALHISTA: Aumento da produtividade – ao perceber que a empresa a qual prestam serviços se preocupa com os aspectos trabalhistas, aumenta a confiança e a segurança para que sejam realizadas suas atividades. Valorização da imagem da empresa – a preocupação com as leis trabalhistas e a mitigação de riscos inerentes à atividade refletem no mercado externo, transmitindo confiança e credibilidade à sociedade e parceiros. Redução dos acidentes de trabalho – a atenção a saúde e segurança laboral, consequentemente, contribuirá para a diminuição dos acidentes de trabalho e desenvolvimento de doenças laborais, evitando assim a propositura de ações nesse sentido. Redução do passivo trabalhista - Com a (re)adequação dos contratos de trabalho, das políticas internas e dos aspectos de segurança e saúde laboral, a organização não somente corrige suas relações com os funcionários, como também evita resultados negativos (como a aplicação de multas) frente às fiscalizações dos órgãos trabalhistas. Assim sendo, nota-se que o compliance do trabalho possibilita à empresa a manutenção do seu fluxo de caixa e orçamentos dentro do esperado, sem ser surpreendida por demandas trabalhistas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FACHINI,Tiago. Compliance Trabalhista: O que é, vantagens e como aplicar. 2020. Disponível em: https://www.projuris.com.br/compliance-trabalhista/#:~:text=O%20compliance%20trabalhista%20%C3%A9%20um,e%20conven%C3%A7%C3%B5es%20coletivas%20de%20trabalho.. Acesso em: 05 nov. 2021 MORAES, Vanessa de. Compliance trabalhista: o que é, como funciona e como se preparar? 2020. Disponível em: www.aurum.com.br/blog/compliance-trabalhista/. Acesso em: 06 nov. 2021. Banco do Brasil. www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/ComplianceAno18PT.pdf. Acesso em: 07 nov. 2021
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