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AMOSTRA GRÁTIS ANALISTA TRT ANALISTA TRT APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 2 Sobre os Materiais Enxutos Você pode estar se perguntando: “Afinal, o que é esse Material Enxuto?” Enxuto é a qualidade de algo que não possui desperdícios. Essa é a definição perfeita dos nossos materiais, que são focados apenas no perfil de cada prova. Os materiais enxutos foram feitos com base na Metodologia da Aprovação Ágil, para garantir a sua aprovação em tempo recorde. Com essa mesma técnica, o seu criador, Gustavo Nogueira de Sá, passou em 10 concursos concorridíssimos, estudando pouco tempo. O foco dessa ferramenta de estudos é na alta produtividade nos estudos, pois com ela você focará apenas naquilo que é efetivamente cobrado em cada prova de concurso. Você estudará menos e melhor que seus concorrentes, que estão presos aos gigantescos e tradicionais PDFs de cursinhos, com conteúdos redundantes e desconectados da realidade das provas. Para alcançar essa finalidade, nós, do Aprovação Ágil, fazemos uma análise minuciosa do perfil de cada disciplina em cada prova. Com esse levantamento criamos esses materiais sem desperdícios, que farão com que você tenha até 10x mais velocidade em seus estudos. A seguir, você verá uma breve amostra dos Materiais Enxutos, criado especificamente para o concurso de Analista do TRT. Para ter acesso ao nosso curso completo para esse concurso, inclusive com os Materiais Enxutos e suas atualizações, acesse: https://link.aprovacaoagil.com.br/trt-analista-oferta-amostra * Todos os integrantes do nosso curso terão pleno acesso às atualizações nos materiais, planejamentos e demais ferramentas. Para mais detalhes, você pode entrar em contato com nossa equipe de atendimento. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 3 Direito Constitucional O material enxuto de Direito Constitucional para o TRT possui 126 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações): Teoria geral da Constituição. Constituição: princípios fundamentais. Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena: contida e limitada; normas programáticas. Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e Municípios. Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. Da organização do Estado: Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo; do Poder Executivo; do Poder Judiciário. Das funções essenciais à Justiça: Do Ministério Público; da Advocacia Pública: da Advocacia e da Defensoria Públicas. Da Defesa do estado e das instituições. Lei do Mandado de Injunção (Lei n. 13.300/2016) Notas sobre as atualizações A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: Teoria geral da Constituição Classificação das constituições Quanto à forma: - escrita: há um documento escrito, como é a Constituição brasileira; APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 4 - não escrita ou consuetudinária: não há um documento escrito estipulando regras constitucionais. Quanto à rigidez: - imutável: é a Constituição que não pode ser alterada; - rígida: é a Constituição que pode ser alterada, mas por um processo legislativo mais difícil do que o da alteração das leis ordinárias; - flexível: é a Constituição que, para ser alterada, não possui um processo legislativo diferente daquele das leis ordinárias; - semiflexível: parte do texto é rígido (alterado por processo legislativo mais difícil) e parte do texto é flexível (mesmo processo de alteração para leis ordinárias); - super-rígidas: tem um processo mais difícil do que o das leis ordinárias e ainda tem uma parte imutável. Nota: importante dizer que, embora a Constituição seja rígida (quórum qualificado para as Emendas Constitucionais), tem alguns conteúdos que são consideradas cláusulas pétreas. Quanto ao modo de elaboração: - dogmática: reflete a sistematização de ideias prevalecentes num determinado momento histórico; - histórica: reflete a evolução histórica da sociedade. Quanto à origem: - promulgada: é a democraticamente elaborada; - outorgada: imposta pelo Poder estabelecido; - cesarista ou bonapartista: feita pelo governante e submetida à apreciação do povo mediante referendo; - pactuada (ou dualista): é fruto de um acordo entre duas forças políticas. Quanto à extensão: - sintética: é aquela Constituição que trata apenas sobre matérias estritamente constitucionais; - analítica: é a que trata sobre diversas matérias estranhas à organização constitucional (é o caso da Constituição brasileira). Quanto à sistematização: - unitária: é composta por único documento; - variada: formada por mais de um documento. Poder constituinte De uma forma bem simples, Poder Constituinte é o poder de elaborar normas constitucionais. O Poder Constituinte pode ser originário ou derivado: 1) Poder Constituinte originário APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 5 Poder Constituinte originário é a possibilidade realizar uma nova Constituição. Diz-se que a nova Constituição rompe com o ordenamento jurídico anterior; ou seja, o topo da pirâmide das normas do ordenamento jurídico se altera e, com isso, todas as normas que estão abaixo da Constituição sofrem impacto. Características do poder originário: - inicial: inicia nova ordem jurídica; - incondicionado: não deve observar nenhuma forma pré-determinada; - ilimitado: não há limites materiais ou formais; - permanente ou latente. 2) Poder Constituinte derivado O Poder Constituinte derivado é aquele que decorre da Constituição. Pode ser derivado decorrente e derivado reformador. a) Poder Constituinte derivado decorrente é o poder dos Estados-membros de elaborar suas Constituições. Características: - secundário, pois decorre da Constituição Federal; - condicionado, pois deve observar condições formais para elaboração; - limitado, pois tem limitação material. b) Poder Constituinte derivado reformador é o poder de alterar a Constituição já existente, ou seja, o poder de realizar Emendas Constitucionais. Características: - secundário, também decorrendo da Constituição; - condicionado, pois existe processo legislativo a seguir, limites circunstanciais etc.; - limitado, pois existem matérias que não podem ser tratadas (cláusulas pétreas). Limites do Poder Constituinte reformador: a) limites materiais: são as cláusulas pétreas; b) limites formais ou procedimentais: o quórum especial para aprovação de emendas e o modo de propositura; c) limites circunstanciais: ocasiões em que não se pode alterar a Constituição (estado de sítio, estado de defesa); d) limites implícitos: sobre os limites implícitos, vejamos a doutrina: “não podem ser alteradas regras de modificação da Constituição, embora não haja previsão constitucional expressa. São limitações implícitas. Não pode ser alterado o quórum de 3/5 para aprovação da emenda constitucional, reduzindo-o para maioria absoluta, assim como também não pode ser revogado o rol de cláusulas pétreas, previsto no art. 60, § 4º, da Constituição Federal. Embora não haja previsão expressa, trata-se de um corolário lógico do sistema. Permitir emendas constitucionais sobre esse tema seria permitir a extinção da rigidez constitucional e, por consequência, o fim da supremacia da Constituição. (…) elenca quatro limites implícitos ao poder de reforma constitucional: a) a manutenção dos direitos fundamentais do homem (…); b) inalterabilidade do titular do Poder Constituinte originário; c) a inalterabilidade do titular do Poder Constituinte derivado, ou seja, a inalterabilidade de quem pode fazera mudança da Constituição e d) a proibição de alteração das regras que disciplinam formalmente o procedimento de alteração constitucional” (Curso de Direito Constitucional, Flávio Martins, Ed. Saraiva, página 469). APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 6 Mutação constitucional ou poder constituinte difuso: esses fenômenos consistem na alteração do conteúdo da Constituição sem a alteração de seu texto. É a possibilidade de alteração do sentido do texto constitucional sem a alteração formal, por Emenda Constitucional ou controle concentrado. Ocorre pela nova visão do texto constitucional pela evolução da sociedade. A mutação constitucional ocorre com: a) mudança de interpretação da Constituição; b) praxe constitucional: reiteração de atos políticos que alteram o sentido da Constituição; c) construção constitucional: criação doutrinária ou jurisprudencial que altera o significado da Constituição. Nota: a Emenda Constitucional é passível de controle de constitucionalidade. As normas originárias da Constituição não podem ser objeto de controle de constitucionalidade. Como fundamento disso, é só você se lembrar: as normas originárias da Constituição Federal são fruto do Poder Constituinte originário, que é ilimitado e incondicionado; já Emendas Constitucionais são exteriorização do Poder Constituinte derivado, sendo secundário, condicionado e limitado. Como é condicionado e limitado, pode haver controle sobre o conteúdo e a forma de elaboração da Emenda Constitucional. Sugestão: na leitura dessa matéria de poder constituinte, interessante você mesmo elaborar um mapa mental. Fenômenos constitucionais Recepção é o fenômeno pelo qual a nova Constituição recebe uma lei infraconstitucional anterior, desde que sejam compatíveis. Você viu que uma nova Constituição é decorrente do Poder Constituinte e ele é ilimitado, incondicionado; mas imagina se fosse necessário reescrever toda a legislação a todo momento em que uma nova Constituição surge. Haveria uma lacuna gigantesca de legislação no âmbito de um País. Diante disso, há o fenômeno da recepção. Não recepção, por outro lado, é a perda da vigência de uma Lei por nova Constituição incompatível com o ato infraconstitucional. Por exemplo, a Constituição Federal diz que é necessária a negociação coletiva para a redução do salário (artigo 7º, inciso VI, da Constituição Federal). Por isso, o artigo 503 da Consolidação das Leis do Trabalho não foi recepcionado pela Constituição, pois dispensa a negociação coletiva para a redução salarial. E a repristinação? Repristinação é o retorno de uma lei ao ordenamento jurídico, por ter a lei revogadora deixado de existir. Exemplo: a Lei número 1 é revogada pela Lei 2. Ocorre que posteriormente a Lei 3 simplesmente revoga a Lei 2. A repristinação seria a volta automática da vigência da Lei 1. No entanto, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro diz que não há repristinação automática no Direito Brasileiro: Art. 2º, § 3º, da LINDB – Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 7 Portanto, grave: em regra, não existe repristinação automática no Brasil. Mas olhe atentamente: a LINDB fala “salvo disposição em contrário”, ou seja, a lei revogadora pode restituir vigência à lei revogada, se assim dispuser expressamente. Outra questão: no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade, temos a Ação Direta de Inconstitucionalidade. Essa Ação Direta de Inconstitucionalidade visa declarar a inconstitucionalidade de um ato normativo. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, temos a possibilidade de concessão de medida cautelar (que seria uma espécie de liminar); a cautelar na ADI teria, por exemplo, a possibilidade de sustar o ato normativo até o julgamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal. A ADI é regulamentada pela Lei n. 9.868/1999. O artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999, que dispõe: “A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário”. Voltemos ao exemplo: foi editada a Lei 1; a Lei 2 revoga a Lei 1. Sobre a Lei 2, é ajuizada uma ADI, com pedido de Medida Cautelar; a Medida Cautelar é deferida pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, a Lei 1 volta a ser aplicada até o julgamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal. Duas observações: 1) a doutrina não chama essa disposição do artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999 de repristinação, mas de efeito repristinatório da Medida Cautelar. 2) Na Medida Cautelar, o Supremo Tribunal Federal pode dispor em contrário, por expresso texto da Lei: “salvo expressa manifestação em sentido contrário”. Declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto – basicamente é a interpretação conforme a Constituição. No caso, se existir mais de uma interpretação de uma norma infraconstitucional, mas com a possibilidade de adotar uma interpretação que não afronte a Constituição, opta-se por esta. Controle de constitucionalidade “Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade das leis e dos atos normativos com a Constituição. Decorre da supremacia formal da Constituição sobre as demais leis do ordenamento jurídico de um país. Ora, se a Constituição é a lei mais importante do ordenamento jurídico, sendo o pressuposto de validade de todas as leis, para que uma lei seja válida precisa ser compatível com a Constituição. Caso a lei ou o ato normativo não seja compatível com a Constituição, será inválido, inconstitucional” (FLÁVIO MARTINS, Curso de Direito Constitucional, pagina 601). Ou seja, o controle de constitucionalidade é a verificação da busca da validade da norma infraconstitucional com o texto da Constituição Federal. Primeira observação (tema já cobrado em prova): o controle de constitucionalidade só é possível em países com Constituição rígida. Ou seja, se a Constituição de um país for flexível (mesmo APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 8 processo legislativo para alterar a Constituição e para criar leis), não há possibilidade de controle de constitucionalidade, por um aspecto de resultado da lógica. Histórico do controle de constitucionalidade – controle feito na Constituição norte-americana, pelo Chief Justice John Marshall, no caso Marbury vs. Madison. Segunda observação: no Brasil, adota-se a teoria da nulidade. A norma inconstitucional é nula (efeito ex tunc). A teoria da nulidade foi relativizada, com a possibilidade de modulação dos efeitos da decisão no controle de constitucionalidade (art. 27 da Lei n. 9.868/1999). Espécies de inconstitucionalidade: 1) inconstitucionalidade por omissão (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO); 2) inconstitucionalidade por ação (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI), que pode ser: a) inconstitucionalidade material; b) inconstitucionalidade formal, que pode ser: b1) inconstitucionalidade formal orgânica; b2) inconstitucionalidade formal propriamente dita. Observação: tente fazer seu próprio mapa mental. Inconstitucionalidade por omissão – a inconstitucionalidade por omissão é a deliberada omissão do legislador em regulamentar uma norma de eficácia limitada. Lembre-se: a norma de eficácia plena não demanda regulamentação; a norma de eficácia contida (ou de conteúdo restringível) produz todos seus efeitos, não precisando de regulamentação; a lei pode apenas reduzir o alcance da norma constitucional, sem atingir seu núcleo essencial; a norma de eficácia limitada não produz efeitos concretos, podendo apenas servir como elemento de controle de constitucionalidade e condicionar a legislação futura. Portanto, apenas a norma de eficácia limitada pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. Vejamos a Lei n. 9.868/1999 (Art. 12-B, I): “a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimentode dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa”. Inconstitucionalidade por ação (material) – é a inconstitucionalidade mais clássica, que é a incompatibilidade direta da matéria infraconstitucional com o texto da Constituição. Inconstitucionalidade formal orgânica – é a incompetência para a elaboração de lei ou ato normativo. Exemplo é quando o Estado-membro legisla sobre Direito do Trabalho (ver o artigo 22, inciso I, da Constituição Federal). Inconstitucionalidade forma propriamente dita – é a inconstitucionalidade decorrente de vício no processo de formação da lei, ou seja, vício no processo legislativo. Momento do controle de constitucionalidade: a) preventivo, que pode ser: APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 9 - pelo Poder Executivo, através do veto jurídico; - pelo Poder Legislativo, pelas Comissões e pelo debate da Lei, principalmente pela Comissão de Constituição e Justiça; - pelo Poder Judiciário. Essa hipótese é mais nova. Segundo o Supremo Tribunal Federal, poderá um parlamentar ou um conjunto de parlamentares impetrar mandado de segurança para obstar um processo legislativo inconstitucional. A legitimidade ativa para impetrar o mandado de segurança é dos parlamentares. Excepcionalmente, o Supremo Tribunal Federal tem admitida a impetração de mandado de segurança por partido político, quando estiver defendendo direito do próprio partido. Perda superveniente do mandato: “a perda superveniente de titularidade do mandato legislativo tem efeito desqualificador de legitimidade ativa do congressista que, apoiado nessa específica condição político- jurídico, ajuizou ação de mandado de segurança com o objetivo de questionar a validade jurídica de determinado procedimento que ambas as Casas do Congresso Nacional têm adotado em matéria de apreciação das medidas provisórias. É que a atualidade do exercício do mandato parlamentar configura, nesse contexto, situação legitimante e necessária, tanto para a instauração, quanto para o prosseguimento da causa perante o STF” (STF, MS 27.971, Rel. Min. Celso de Mello). b) controle repressivo, que pode ser: - pelo Poder Legislativo, com a rejeição de medida provisória inconstitucional e pela suspensão de lei delegada ou decreto do Poder Executivo; - pelo Poder Executivo, pelo não cumprimento espontâneo de Lei que considere manifestamente inconstitucional; - pelo Tribunal de Contas – Súmula 347 do STF – O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público; - pelo Poder Judiciário. O controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário pode ser: 1) Difuso – é o controle feito por todos os órgãos jurisdicionais. Assim, até mesmo um juiz de primeira instância pode declarar a inconstitucionalidade de um ato normativo. O fundamento histórico do controle difuso de constitucionalidade é o caso Marbury vs. Madison, julgado pelo Chief Justice John Marshall, em 1803, nos Estados Unidos. Os Tribunais podem também declarar a inconstitucionalidade de leis e atos normativos. Nesse caso, no entanto, os Tribunais devem observar a chamada cláusula de reserva de plenário, prevista no artigo 97 da Constituição Federal. Importante a Súmula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal Federal: “Viola a cláusula de reserva do plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”. Isso é chamado de declaração branca de inconstitucionalidade. O Supremo Tribunal Federal não exige a cláusula de reserva de plenário quando trata de não recepção de leis; exige apenas quando há declaração de inconstitucionalidade (AI 831.166, AdR, Rel. Min. Gilmar Mendes). APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 10 No controle difuso, os efeitos são inter partes (entre as partes para as quais a decisão é dada) e ex tunc. 2) Concentrado Art. 102 da CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Art. 125, § 2º, da CF. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. Em regra, no controle concentrado, os efeitos são erga omnes e ex tunc. No entanto, a Lei n. 9.868/1999 admite a chamada modulação dos efeitos da decisão. O efeito ex tunc quer dizer que, em regra, a declaração de inconstitucionalidade torna o ato normativo nulo, e os seus efeitos vão até o nascimento da norma. A modulação de efeitos quer dizer que essa nulidade é trazida para outro tempo. [...] Processo do Trabalho O material enxuto de Processo do Trabalho para o TRT possui 221 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações): Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos distribuidores. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC) Condições e elementos da ação. Dos atos, termos e prazos processuais. Da Distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 11 Da defesa. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar Do procedimento ordinário e sumaríssimo. Da tutela provisória. Da sentença e da coisa julgada: da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Da execução: da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei nº 8.009/90 e alterações posteriores) Dos embargos à execução. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Dos recursos no Processo do Trabalho. Dissídios coletivos. Inquérito para apuração de falta grave. Súmula nº 244 do TST. Súmula nº 339 do TST. Súmula nº 369 do TST. Súmula nº 379 do TST. Súmula nº 378 do TST. Instrução normativa n. 38/2015 do Tribunal Superior do Trabalho. Instrução normativa n. 39/2016. Instrução Normativa n. 41/2018. Notas sobre as atualizações. A seguir, você verá um dos tópicos do material, gratuitamente: Da Justiça do Trabalho: organização e competência Constituição Federal de 1988 Seção V Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 12 II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissionale membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; Nota: Quinto constitucional. II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. Nota: Portanto, caso não haja Vara do Trabalho em determinada comarca, a lei poderá fixar a competência para julgamento das ações trabalhistas por juiz de direito (vinculado ao Tribunal de Justiça Estadual). Porém, em caso de recurso, este será direcionado sempre para o TRT com jurisdição no local. Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 13 Nota: Portanto, qualquer ação decorrente de relação de trabalho (por exemplo o trabalho eventual, autônomo, avulso, etc.), e não apenas relação de emprego (aquela decorrente de contrato de trabalho, com os requisitos caracterizadores do vínculo empregatício) é de competência para julgamento pela Justiça do Trabalho. Atenção! Ante o conteúdo da decisão proferida pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395, está suspensa qualquer interpretação deste inciso I do art. 114 da CF/88 que inclua na competência da Justiça do Trabalho “a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou jurídico- administrativa”. Portanto, de acordo com o STF, a Justiça do Trabalho não é competente para julgar ações decorrentes de relação de trabalho de servidores estatutários (servidores regidos por estatuto). É competente para julgamento de ações oriundas de relação de trabalho celetista (servidores regidos pela CLT), apenas. Observação: veja que o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, estabelece que os entes de direito público externo também podem ser julgados pela Justiça do Trabalho, pois se inserem em sua competência. Nesse ponto, ver que o Tribunal Superior do Trabalho tem entendimento sumulado: OJ 416 da SDI-1 do TST – As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Entes de direito público externo são os Estados estrangeiros e organizações internacionais. No que se refere aos Estados estrangeiros, a jurisprudência divide em atos de império e atos de gestão. Atos de império são aqueles que o Estado estrangeiro pratica usando de sua soberania; portanto, não há competência da Justiça do Trabalho. Fala-se que existe imunidade absoluta de jurisdição quanto aos atos de império, sob pena de um Estado ofender a soberania de outro Estado. Os atos de gestão são os que o Estado estrangeiro pratica em matérias privadas, parecido com o que o particular. Como exemplo, é a contratação de empregados por Estado estrangeiro. O Tribunal Superior do Trabalho não admite a imunidade de jurisdição, nesse caso. Assim, quando contrata empregado, o Estado estrangeiro está sujeito à competência (jurisdição) da Justiça do Trabalho. A Orientação Jurisprudencial n. 416 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho trata sobre organismos ou organizações internacionais. Nesse caso, a imunidade é absoluta, inclusive quanto aos “atos de gestão”, pois nesses casos, a imunidade do organismo internacional é prevista no tratado ou convenção internacional. Atenção! Você pode se deparar com alguns posicionamentos do Tribunal Superior do Trabalho em Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre complementação de aposentadoria. O Tribunal Superior do Trabalho tinha entendimento de que, após a Emenda Constitucional n. 45/2004, a era da Justiça do Trabalho a competência para tratar sobre complementação de aposentadoria. De uma maneira bem simplória, complementação de aposentadoria é a instituição de uma previdência privada, com contribuições autônomas do empregador para essa entidade. O fundamento que o Tribunal Superior do Trabalho utilizava era no sentido de que a complementação APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 14 de aposentadoria decorre da relação de trabalho, ou seja, fazia uma interpretação literal e extensiva do artigo 114, inciso I, da Constituição Federal. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, nos RE 586.453 e 583.050 decidiu que a competência para o julgamento de processos envolvendo complementação de aposentadoria é da Justiça Comum, quando se tratar de entidade privada e previdência complementar. Utilizou-se como fundamento o artigo 202, § 2º, da Constituição Federal, no sentido de que a previdência complementar não integra o contrato de trabalho. O Supremo Tribunal Federal modulou os efeitos da decisão: os processos que não tinham sentença até 20.02.2013 (data do julgamento) deveriam ser remetidos à Justiça Comum. Súmula 19 do Tribunal Superior do Trabalho – A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira. OJ 138 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho – Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente ao período anterior à Lei n. 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença limita a execução ao período celetista. OJ 129 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho – Em se tratando de ação anulatória, a competência originária se dá no mesmo juízo em que praticado o ato supostamente eivado de vício. Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal – Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas a segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. Como se vê, a Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal trata sobre um tema bem abrangente, que se relaciona diretamente com o meio ambiente do trabalho ou meio ambiente laboral. Nesse ponto, uma das medidas mais comuns para tutelar coletivamente o ambiente do trabalho é a ação civil pública, regida pela Lei n. 7.347/1985 e que tem aplicabilidade ampla à Justiça do Trabalho. Na questão relacionada à competência territorial da ação civil pública, o Tribunal Superior do Trabalho tem entendimento da OJ 130 da SDI-2 do Tribunal Superior do Trabalho. OJ 130 da SDI-2do Tribunal Superior do Trabalho I – A competência para a ação civil pública fixa-se pela extensão do dano. II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinge cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a ação civil pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída. Empregado Público Empregado público é espécie do gênero servidor público. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 15 É aquele contratado mediante concurso público, para trabalhar sob o regime da legislação trabalhista (são os chamados celetistas). Diferenciam-se dos servidores estatutários (regidos por determinado estatuto – por exemplo, os servidores públicos federais são regidos pela Lei nº 8.112/90). Adotam o regime celetista, contratando empregados públicos, as empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias (entes da administração pública indireta), por terem natureza de pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 173, §1º, inciso II da CF/88: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: ... II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; Não é mais possível a adoção do regime celetista para servidores de entes da Administração Pública Direta (União, Estados, Distrito Federal e Município) e de autarquias e fundações públicas (estas duas integrantes da Administração Indireta), ante o conteúdo da decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.135-4, que declarou inconstitucional a redação dada pela Emenda Constitucional 19/1998 ao caput do art. 39 da CF/88. Redação atual do art. 39 da CF: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Em outras palavras, servidores públicos da Administração Pública Direta e de autarquias e fundações públicas não podem mais ser contratados sob o regime celetista! Apenas podem contratar empregados públicos (servidores celetistas) as empresas públicas e sociedades de economia mista. II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; Nota: A Lei nº 7.783/89 – Lei de Greve trata do tema; Súmula Vinculante nº 23 do STF – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Súmula nº 189 do TST - Greve. Competência da Justiça do Trabalho. Abusividade - A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 16 III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; Nota: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: ... o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; Súmula 420 do Tribunal Superior do Trabalho – Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; Nota: Súmula Vinculante nº 22 do STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Súmula nº 392 do TST. Dano moral e material. Relação de trabalho. Competência da justiça do trabalho - Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; Súmula 424 do TST – O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência de prova do depósito prévio do valor da multa cominada em razão de autuação administrativa como pressuposto de admissibilidade de recurso administrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º. Supremo Tribunal Federal (ADPF 156) “1. Incompatibilidade da exigência de depósito prévio do valor correspondente à multa como condição de admissibilidade de recurso administrativo interposto junto à autoridade trabalhista (§ 1º do art. 636, da Consolidação das Leis do Trabalho) com a Constituição Federal de 1988. Inobservância das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa (arts. 5º, incs. LIV e LV); do princípio da isonomia (art. 5º, caput); do direito de petição (art. 5º, inc. XXIV, alínea a)”. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 17 VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; Nota: Súmula Vinculante nº 53 do STF - A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. Súmula nº 368 do TST - Descontos previdenciários e fiscais. Competência. Responsabilidade pelo pagamento. Forma de cálculo. I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita- se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. Súmula nº 454 do TST. Competência da Justiça do Trabalho. Execução de ofício. Contribuição social referente ao seguro de acidente de trabalho (SAT). Arts. 114, VIII, e 195, I, “A”, da Constituição da República - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na formada lei. Nota: Súmula nº 300 do TST - Competência da Justiça do Trabalho. Cadastramento no PIS - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). Súmula nº 389 do TST - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho. Direito à indenização por não liberação de guias. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro- desemprego dá origem ao direito à indenização. § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Nota: Este é o fundamento para o poder normativo da Justiça do Trabalho. Súmula nº 190 do TST - Poder normativo do TST. Condições de trabalho. Inconstitucionalidade. Decisões contrárias ao STF - Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 18 podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Nota: Art. 10 da Lei nº 7.783/89 - São considerados serviços ou atividades essenciais: I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações; VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea; (Redação dada pela Lei nº 13.903, de 2019) XI compensação bancária. XII - atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) XIII - atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência); e (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) XV - atividades portuárias. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; Nota: Quinto constitucional. II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 19 § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 20 Direito Processual Civil O material enxuto de Direito Processual Civil para o TRT possui 222 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações): Breves considerações iniciais. Fundamentos do Processo Civil Das normas fundamentais do processo civil e da aplicação das normas processuais. Princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil Jurisdição - Dos limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação internacional. Competência. Critérios de fixação e de modificação. Conexão. Continência. Prevenção. Dos sujeitos do processo. Das partes e dos procuradores. Da capacidade processual. Deveres das partes e dos procuradores. Responsabilidade por dano processual. Das despesas, dos honorários advocatícios e das multas. Da gratuidade de justiça. Sucessão das partes e dos procuradores. Ação. Conceito e natureza. Condições para o exercício da ação. Elementos da ação. Cumulação da ação. Processo. Conceito e natureza. Espécies. Pressupostos processuais. Do juiz e dos auxiliares da Justiça. Dos poderes, dos deveres e da responsabilidade do Juiz. Dos impedimentos e da suspeição. Do Ministério Público. Da Advocacia Pública. Da Defensoria Pública. Atos processuais. Forma, tempo e lugar. Dos pronunciamentos do órgão jurisdicional. Regime de invalidades processuais. Prazos processuais. Preclusões. Comunicação dos atos processuais. Atos processuais eletrônicos. Da citação e das intimações. Modalidades e efeitos. Partes e terceiros no processo civil. Conceitos. Litisconsórcio. Modalidades de intervenção de terceiros. Da formação, da suspensão e da extinção do processo. Procedimento comum. Petição inicial. Da improcedência liminar do pedido. Audiência de conciliação ou de mediação. Resposta do réu. Contestação e reconvenção. Revelia. Providências preliminares e do saneamento. Julgamento conforme o estado do processo. Da audiência de Instrução e Julgamento. Provas, disposições gerais. Ônus da prova. Sentença. Elementos, conteúdo e efeitos. Vícios das sentenças. Coisa julgada. Limites subjetivos e objetivos. Execução. Competência. Responsabilidade patrimonial. Título executivo: espécies e requisitos. Liquidação. Cumprimento de sentença para pagamento de quantia. Execução por quantia certa contra devedor solvente. Cumprimento provisório e definitivo da sentença. Defesa do executado no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial Dos processos nos tribunais. Da reclamação. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 21 Dos recursos em geral e recursos em espécie. Das disposições especiais do CPC de 2015. Notas sobre a atualização A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: Princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS Princípio da Igualdade (Isonomia) Art. 5º, caput da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” A igualdade prevista pelo referido dispositivo constitucional deve ser entendida como igualdade material, ou seja, a igualdade aplicada no plano fático, e não apenas formalmente. Princípio do Devido Processo Legal Art. 5º, LIV da CF/88: “LIV - ninguém será privado da liberdade oude seus bens sem o devido processo legal”. É consagrado pela doutrina como o fundamento constitucional dos demais princípios processuais. Neste sentido Nelson Nery Júnior (Princípios do Processo Civil na Constituição Federal, 2000): “É, por assim dizer, o gênero do qual todos os demais princípios constitucionais do processo são espécies”. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa Art. 5º, LV da CF/88: “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” Estes dois princípios constitucionais são extremamente conectados. O princípio do contraditório permite aos litigantes manifestarem-se sobre as alegações da parte adversa. Pense no significado de contradizer, que significa exatamente dizer o contrário, ou seja, defender-se. Assegura ao litigante a possibilidade de impugnar as manifestações da parte contrária. O princípio da ampla defesa proporciona à parte utilizar em juízo todos métodos previstos pelo ordenamento jurídico para a defesa de seus interesses. Princípio da Imparcialidade do Julgador APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 22 Obviamente, para julgar determinado litígio, o juiz deve ser imparcial, ou seja, não deve ter interesse em beneficiar qualquer uma das partes. E para isso o sistema processual criou diversos mecanismos de proteção ao juiz (as garantias dos magistrados são exemplos) e também às partes (necessidade de fundamentação das decisões e exceções de suspeição e impedimento do juiz, por exemplo). Princípio da publicidade e da motivação das decisões Art, 93, IX da CF/88: “IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”. Princípio do Juiz Natural Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. Princípio da Investidura Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. A jurisdição só pode ser ecercida por aquele que tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz, conforme o dispositivo legal acima. Princípio da Inafastabilidade da Jurisidição Art. 5º, XXXV da CF/88: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Princípio da Razoável Duração do Processo Art. 5º, LXXVIII da CF/88: “LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS Princípio Dispositivo ou da Inércia da Jurisdição Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 23 Ao autor cabe provocar o Poder Judiciário para proferir a decisão sobre determinado litígio. Sem provocação, não pode o Judiciário determinar solução para determinado conflito (inércia da Jurisdição). Princípio do Impulso Oficial Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”. Princípio da Instrumentalidade das Formas Art. 188 e 277 do CPC: “Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.” “Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.” O processo não é um fim em si mesmo. Ele é apenas uma forma de se alcançar a tutela de determinado bem da vida. Portanto, ele é apenas um instrumento, e, quando alcançada a finalidade perseguida, mesmo que presente algum vício, deve ser considerado válido. Princípio da Impugnação Especificada Art. 341 do CPC: “Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I – não for admissível, a seu respeito, a confissão; II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.” Princípio da Eventualidade Art. 336 do CPC: “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir..” APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 24 As partes devem, portanto, no momento oportuno, apresentar o conjunto de suas alegações, sob pena de não poder mais fazê-lo (preclusão – vide abaixo). Princípio da Preclusão Art. 278 do CPC: “Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.” Art. 507 do CPC: “É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.” Princípio da Lealdade Processual CAPÍTULO II DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES Seção I Dos Deveres Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações e intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 25 § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valorda causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o. § 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados. § 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. § 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. Seção II Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: Atenção! As bancas costumam exigir o rol deste artigo dos candidatos. I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 26 a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou Nota: O termo “de ofício” quer dizer que o juiz ou Tribunal pode, sem requerimento da parte, tomar determinada decisão ou providência. Esta é uma das exceções do princípio da inércia da jurisdição (art. 2º deste Código). § 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 27 LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO O material enxuto de LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO para o TRT possui 14 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações): Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética e democracia: exercício da cidadania. Ética e função pública. Lei nº 8.112/1990 e alterações posteriores: Provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; Direitos e vantagens; Regime disciplinar: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades, processo administrativo disciplinar Lei nº 8.429/1992, e alterações: disposições gerais; atos de improbidade administrativa. A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética e democracia: exercício da cidadania. Ética e função pública Breves considerações sobre o perfil da prova sobre ética Historicamente as questões de concursos que envolvem a disciplina "Ética no Serviço Público" priorizam o conhecimento da legislação sobre o tema, conforme descrito em cada conteúdo programático. Portanto, recomendamos que você priorize tal conhecimento em seus estudos, nos termos da legislação contida neste material de estudo. E, para complementar seu conhecimento e evitar qualquer surpresa no momento da prova, mostraremos breves definições sobre: Ética, moral, princípio, valores, democracia, exercício da cidadania e função pública. Ética e moral A palavra ética tem origem da palavra grega "ethos", que significa aquilo que pertence ao "bom costume". Pode ser classificada como o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Moral pode ser definida como o "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada"(definição contida no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa) APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 28 Diferenciação: Ética, como um conceito, diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão. A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética. (trecho extraído de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética) Para aprofundar o estudo destes conceitos, recomendo a leitura dos seguintes artigos: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral Princípios e valores éticos Princípios éticos são diretrizes imprescindíveis que balizam a conduta ética do ser humano, que refletem os valores abrigados pelo consciente humano. Veja as definições de valor a seguir, extraídas de https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(ética): Para o antropólogo Clyde Kluckhohn, valor é "uma concepção do desejável explícita e implícita, característica de um indivíduo ou grupo, e que influencia a seleção dos modos, meios e fins da ação". Para a filósofa Agnes Heller, o valor é um "modo de preferência consciente". Para o psicólogo Alpport, "um valor é uma crença em que o homem se baseia para atuar por referência" (apud Viana, 2007). Para o sociólogo Nildo Viana, "o valor é algo significativo, importante, para um indivíduo ou grupo social". Este sociólogo distingue entre valores fundamentais (ligados a valoração primária) e valores derivados (valoração derivada) e entre valores dominantes (axiologia) e valores autênticos (axionomia). Valor é algo útil na vida de um indivíduo que quer se enquadrar numa sociedade. Ética e cidadania Cidadania corresponde à um dos fundamentos da República Federativa do Brasil: Art. 1º da CF/88: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 29 ... II - a cidadania [...] DIREITO PREVIDENCIÁRIO O material enxuto de Direito Previdenciário para o TRT possui 187 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações): Seguridade Social: Origem e evolução legislativano Brasil Seguridade Social: Conceituação. Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais. Legislação Previdenciária: Conteúdo, fontes, autonomia. Regime Geral de Previdência Social - Segurados obrigatórios. Regime Geral de Previdência Social: Filiação e inscrição. Regime Geral de Previdência Social: Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial Regime Geral de Previdência Social - Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. Regime Geral de Previdência Social - Trabalhadores excluídos do Regime Geral Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. Financiamento da Seguridade Social - Receitas da União. Financiamento da Seguridade Social – Introdução. Receitas das contribuições sociais: dos segurados. Receitas das contribuições sociais: das empresas. Receitas das contribuições sociais: do empregador doméstico. Receitas das contribuições sociais: do produtor rural Receitas das contribuições sociais: do clube de futebol profissional Receitas das contribuições sociais: sobre a receita de concursos de prognósticos. Receitas das contribuições sociais: receitas de outras fontes. Salário-de-contribuição: Conceito; Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes; Limites mínimo e máximo; Proporcionalidade; e Reajustamento. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social Obrigações da empresa e demais contribuintes. Decadência e prescrição. Crimes contra a seguridade social Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários. Plano de Benefícios da Previdência Social: espécies de prestações - benefícios: disposições gerais. Plano de Benefícios da Previdência Social: Aposentadoria por Invalidez. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 30 Plano de Benefícios: Aposentadoria por Idade. Plano de Benefícios: Aposentadoria por Tempo de Serviço (ou por Tempo de Contribuição) Plano de Benefícios: Aposentadoria Especial Plano de Benefícios: Auxílio-Doença. Plano de Benefícios: Salário-Família. Plano de Benefícios: Salário-Maternidade. Plano de Benefícios: Pensão por Morte. Plano de Benefícios: Auxílio-Reclusão. Plano de Benefícios: Auxílio-Acidente. Plano de Benefícios: Abono Anual Plano de Benefícios: Seguro-desemprego. Plano de Benefícios da Previdência Social: períodos de carência. Plano de Benefícios da Previdência Social: salário-de-benefício. Plano de Benefícios da Previdência Social: renda mensal do benefício. Plano de Benefícios da Previdência Social: reajustamento do valor dos benefícios. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. Lei Complementar n. 108/2019 Lei Complementar n. 109/2001 Nota sobre a atualização. A seguir, você verá um dos tópicos do material, gratuitamente: Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais Constituição Federal CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Atenção! Lembre-se: Seguridade Social = SAP - Saúde + Assistência + Previdência. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 31 I - universalidade da cobertura e do atendimento; Nota: Universalidade da cobertura e do atendimento– significa que a seguridade social tem por objetivo atender a todos infortúnios previstos na legislação, tais como o falecimento do segurado, acidente de trabalho, idade avançada, entre outros. Permite-se o acesso de todas pessoas às prestações oferecidas pela seguridade, quando atendidos os requisitos legais (especialmente em relação à previdência social). II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; Nota: Uniformidade refere-se às modalidades de auxílioem caso de ocorrência de infortúnios sociais, que devem ser cobertas pelos benefícios (pagamentos feitos aos segurados e dependentes pelo sistema de seguridade social). A equivalência trata da igualdade de valores a serem pagos para à população, sem diferenças em decorrência de se originarem de trabalho urbano ou rural. III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; Nota: Seletividade – selecionam-se as prioridades de acordo com a disponibilidade orçamentária da seguridade social. Os benefícios e serviços não são pagos ou prestados de forma infinita e sem critérios, mas escolhidos diante da necessidade e da possibilidade orçamentária. Distributividade – este princípio trata da distribuição de renda. Enfatiza a face social da seguridade, que deve priorizar pessoas com menor renda. IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; Nota: os benefícios devem preservar seu valor real (vide §4º do art. 201 da CF/88 - que trata da preservação dos valores reais dos benefícios previdenciários). V - eqüidade na forma de participação no custeio; Nota: Equidade neste caso traduz o princípio da igualdade material (art. 5º, caput, da CF/88). A contribuição deve ser de acordo com a condição financeira de cada contribuinte: por exemplo, a legislação já prevê a aplicação de alíquotas de contribuição gradativas, em conformidade com o salário recebido (11%, 9% e 8%). Quanto maior o salário, maior a alíquota. VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) Nota: Diversidade na base de financiamento - o custeio da seguridade deve advir de várias fontes – neste sentido o art. 195 abaixo. VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 32 Nota: Caráter democrático – conforme previsto pelo próprio inciso que trata deste princípio, a seguridade será gerida de forma democrática, com a participação de todos interessados: trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo. Nota: Caráter descentralizado - Descentralização é a transferência da execução das atividades próprias do Estado para entidades criadas com esta finalidade, que compõem a Administração Indireta. Lembre-se que INSS é uma autarquia federal. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: Nota: "É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário." (Súmula 688 do STF) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) III - sobre a receita de concursos de prognósticos. Nota: concurso de prognósticos – são os sorteios com números: as loterias e demais jogos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior,ou de quem a lei a ele equiparar. § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 33 § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Nota: Este é o “princípio da pré-existência do custeio em relação ao benefício” – Não é possível criar ou majorar qualquer benefício sem a fonte de custeio. § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". Nota: Princípio da noventena. Atenção! “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade." (Súmula 669 do STF) § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Nota: Portanto, não é qualquer entidade beneficente de assistência social que será isenta. É necessário ainda atender aos requisitos estabelecidos em lei ordinária. § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) Nota: Expressa o princípio da equidade da participação no custeio. § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. § 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. § 13. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103/2019)). APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 34 § 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) Seção II DA SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: I – os percentuais de que trata o § 2º; APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 35 II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. . § 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. § 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º - É vedada a destinação de recursos
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