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Amostra-Gratis_Analista-TRT_20211207 (1)

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AMOSTRA GRÁTIS 
ANALISTA TRT 
ANALISTA TRT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 2 
 
Sobre os Materiais Enxutos 
Você pode estar se perguntando: “Afinal, o que é esse Material Enxuto?” 
 
Enxuto é a qualidade de algo que não possui desperdícios. Essa é a definição perfeita dos nossos 
materiais, que são focados apenas no perfil de cada prova. 
 
Os materiais enxutos foram feitos com base na Metodologia da Aprovação Ágil, para garantir a sua 
aprovação em tempo recorde. Com essa mesma técnica, o seu criador, Gustavo Nogueira de Sá, 
passou em 10 concursos concorridíssimos, estudando pouco tempo. 
 
O foco dessa ferramenta de estudos é na alta produtividade nos estudos, pois com ela você focará 
apenas naquilo que é efetivamente cobrado em cada prova de concurso. 
 
Você estudará menos e melhor que seus concorrentes, que estão presos aos gigantescos e 
tradicionais PDFs de cursinhos, com conteúdos redundantes e desconectados da realidade das 
provas. 
 
Para alcançar essa finalidade, nós, do Aprovação Ágil, fazemos uma análise minuciosa do perfil de 
cada disciplina em cada prova. Com esse levantamento criamos esses materiais sem desperdícios, 
que farão com que você tenha até 10x mais velocidade em seus estudos. 
 
A seguir, você verá uma breve amostra dos Materiais Enxutos, criado especificamente para o 
concurso de Analista do TRT. 
 
 
Para ter acesso ao nosso curso completo para esse concurso, inclusive com os 
Materiais Enxutos e suas atualizações, acesse: 
 
https://link.aprovacaoagil.com.br/trt-analista-oferta-amostra 
 
 
 
 
 
 
* Todos os integrantes do nosso curso terão pleno acesso às atualizações nos materiais, 
planejamentos e demais ferramentas. Para mais detalhes, você pode entrar em contato com nossa 
equipe de atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional 
O material enxuto de Direito Constitucional para o TRT possui 126 páginas e compreende os 
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais 
atualizações): 
 
 
Teoria geral da Constituição. 
Constituição: princípios fundamentais. 
Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena: contida e limitada; normas 
programáticas. 
Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos 
sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. 
Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e Municípios. 
Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. 
Da organização do Estado: Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo; do Poder Executivo; 
do Poder Judiciário. 
Das funções essenciais à Justiça: Do Ministério Público; da Advocacia Pública: da Advocacia e da 
Defensoria Públicas. 
Da Defesa do estado e das instituições. 
Lei do Mandado de Injunção (Lei n. 13.300/2016) 
Notas sobre as atualizações 
 
 
A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: 
 
Teoria geral da Constituição 
 
Classificação das constituições 
 
Quanto à forma: 
 
- escrita: há um documento escrito, como é a Constituição brasileira; 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 4 
 
- não escrita ou consuetudinária: não há um documento escrito estipulando regras constitucionais. 
 
Quanto à rigidez: 
 
- imutável: é a Constituição que não pode ser alterada; 
- rígida: é a Constituição que pode ser alterada, mas por um processo legislativo mais difícil do que 
o da alteração das leis ordinárias; 
- flexível: é a Constituição que, para ser alterada, não possui um processo legislativo diferente 
daquele das leis ordinárias; 
- semiflexível: parte do texto é rígido (alterado por processo legislativo mais difícil) e parte do texto 
é flexível (mesmo processo de alteração para leis ordinárias); 
- super-rígidas: tem um processo mais difícil do que o das leis ordinárias e ainda tem uma parte 
imutável. 
 
Nota: importante dizer que, embora a Constituição seja rígida (quórum qualificado para as Emendas 
Constitucionais), tem alguns conteúdos que são consideradas cláusulas pétreas. 
 
Quanto ao modo de elaboração: 
 
- dogmática: reflete a sistematização de ideias prevalecentes num determinado momento histórico; 
- histórica: reflete a evolução histórica da sociedade. 
 
Quanto à origem: 
 
- promulgada: é a democraticamente elaborada; 
- outorgada: imposta pelo Poder estabelecido; 
- cesarista ou bonapartista: feita pelo governante e submetida à apreciação do povo mediante 
referendo; 
- pactuada (ou dualista): é fruto de um acordo entre duas forças políticas. 
 
Quanto à extensão: 
 
- sintética: é aquela Constituição que trata apenas sobre matérias estritamente constitucionais; 
- analítica: é a que trata sobre diversas matérias estranhas à organização constitucional (é o caso 
da Constituição brasileira). 
 
Quanto à sistematização: 
 
- unitária: é composta por único documento; 
- variada: formada por mais de um documento. 
 
 
Poder constituinte 
 
De uma forma bem simples, Poder Constituinte é o poder de elaborar normas constitucionais. 
O Poder Constituinte pode ser originário ou derivado: 
 
1) Poder Constituinte originário 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 5 
 
Poder Constituinte originário é a possibilidade realizar uma nova Constituição. Diz-se que a nova 
Constituição rompe com o ordenamento jurídico anterior; ou seja, o topo da pirâmide das normas 
do ordenamento jurídico se altera e, com isso, todas as normas que estão abaixo da Constituição 
sofrem impacto. 
Características do poder originário: 
- inicial: inicia nova ordem jurídica; 
- incondicionado: não deve observar nenhuma forma pré-determinada; 
- ilimitado: não há limites materiais ou formais; 
- permanente ou latente. 
 
2) Poder Constituinte derivado 
O Poder Constituinte derivado é aquele que decorre da Constituição. Pode ser derivado decorrente 
e derivado reformador. 
 
a) Poder Constituinte derivado decorrente é o poder dos Estados-membros de elaborar suas 
Constituições. 
Características: 
- secundário, pois decorre da Constituição Federal; 
- condicionado, pois deve observar condições formais para elaboração; 
- limitado, pois tem limitação material. 
 
b) Poder Constituinte derivado reformador é o poder de alterar a Constituição já existente, ou seja, 
o poder de realizar Emendas Constitucionais. 
Características: 
- secundário, também decorrendo da Constituição; 
- condicionado, pois existe processo legislativo a seguir, limites circunstanciais etc.; 
- limitado, pois existem matérias que não podem ser tratadas (cláusulas pétreas). 
 
Limites do Poder Constituinte reformador: 
a) limites materiais: são as cláusulas pétreas; 
b) limites formais ou procedimentais: o quórum especial para aprovação de emendas e o modo de 
propositura; 
c) limites circunstanciais: ocasiões em que não se pode alterar a Constituição (estado de sítio, 
estado de defesa); 
d) limites implícitos: sobre os limites implícitos, vejamos a doutrina: 
 
“não podem ser alteradas regras de modificação da Constituição, embora não haja previsão 
constitucional expressa. São limitações implícitas. Não pode ser alterado o quórum de 3/5 para 
aprovação da emenda constitucional, reduzindo-o para maioria absoluta, assim como também não 
pode ser revogado o rol de cláusulas pétreas, previsto no art. 60, § 4º, da Constituição Federal. 
Embora não haja previsão expressa, trata-se de um corolário lógico do sistema. Permitir emendas 
constitucionais sobre esse tema seria permitir a extinção da rigidez constitucional e, por 
consequência, o fim da supremacia da Constituição. (…) elenca quatro limites implícitos ao poder 
de reforma constitucional: a) a manutenção dos direitos fundamentais do homem (…); b) 
inalterabilidade do titular do Poder Constituinte originário; c) a inalterabilidade do titular do Poder 
Constituinte derivado, ou seja, a inalterabilidade de quem pode fazera mudança da Constituição e 
d) a proibição de alteração das regras que disciplinam formalmente o procedimento de alteração 
constitucional” (Curso de Direito Constitucional, Flávio Martins, Ed. Saraiva, página 469). 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 6 
 
Mutação constitucional ou poder constituinte difuso: esses fenômenos consistem na 
alteração do conteúdo da Constituição sem a alteração de seu texto. É a possibilidade de alteração 
do sentido do texto constitucional sem a alteração formal, por Emenda Constitucional ou controle 
concentrado. Ocorre pela nova visão do texto constitucional pela evolução da sociedade. 
A mutação constitucional ocorre com: 
a) mudança de interpretação da Constituição; 
b) praxe constitucional: reiteração de atos políticos que alteram o sentido da Constituição; 
c) construção constitucional: criação doutrinária ou jurisprudencial que altera o significado da 
Constituição. 
 
Nota: a Emenda Constitucional é passível de controle de constitucionalidade. As normas 
originárias da Constituição não podem ser objeto de controle de constitucionalidade. Como 
fundamento disso, é só você se lembrar: as normas originárias da Constituição Federal são fruto 
do Poder Constituinte originário, que é ilimitado e incondicionado; já Emendas Constitucionais são 
exteriorização do Poder Constituinte derivado, sendo secundário, condicionado e limitado. Como é 
condicionado e limitado, pode haver controle sobre o conteúdo e a forma de elaboração da 
Emenda Constitucional. 
 
Sugestão: na leitura dessa matéria de poder constituinte, interessante você mesmo elaborar um 
mapa mental. 
 
 
Fenômenos constitucionais 
 
Recepção é o fenômeno pelo qual a nova Constituição recebe uma lei infraconstitucional anterior, 
desde que sejam compatíveis. 
Você viu que uma nova Constituição é decorrente do Poder Constituinte e ele é ilimitado, 
incondicionado; mas imagina se fosse necessário reescrever toda a legislação a todo momento em 
que uma nova Constituição surge. Haveria uma lacuna gigantesca de legislação no âmbito de um 
País. 
Diante disso, há o fenômeno da recepção. 
 
Não recepção, por outro lado, é a perda da vigência de uma Lei por nova Constituição incompatível 
com o ato infraconstitucional. Por exemplo, a Constituição Federal diz que é necessária a negociação 
coletiva para a redução do salário (artigo 7º, inciso VI, da Constituição Federal). Por isso, o artigo 
503 da Consolidação das Leis do Trabalho não foi recepcionado pela Constituição, pois dispensa a 
negociação coletiva para a redução salarial. 
 
E a repristinação? Repristinação é o retorno de uma lei ao ordenamento jurídico, por ter a lei 
revogadora deixado de existir. 
 
Exemplo: a Lei número 1 é revogada pela Lei 2. Ocorre que posteriormente a Lei 3 simplesmente 
revoga a Lei 2. A repristinação seria a volta automática da vigência da Lei 1. 
 
No entanto, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro diz que não há repristinação 
automática no Direito Brasileiro: 
 
Art. 2º, § 3º, da LINDB – Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 7 
 
 
Portanto, grave: em regra, não existe repristinação automática no Brasil. 
 
Mas olhe atentamente: a LINDB fala “salvo disposição em contrário”, ou seja, a lei revogadora pode 
restituir vigência à lei revogada, se assim dispuser expressamente. 
 
Outra questão: no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade, temos a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. Essa Ação Direta de Inconstitucionalidade visa declarar a 
inconstitucionalidade de um ato normativo. 
 
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, temos a possibilidade de concessão de medida cautelar 
(que seria uma espécie de liminar); a cautelar na ADI teria, por exemplo, a possibilidade de sustar 
o ato normativo até o julgamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal. 
A ADI é regulamentada pela Lei n. 9.868/1999. 
 
O artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999, que dispõe: “A concessão da medida cautelar torna aplicável 
a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário”. 
 
Voltemos ao exemplo: foi editada a Lei 1; a Lei 2 revoga a Lei 1. Sobre a Lei 2, é ajuizada uma ADI, 
com pedido de Medida Cautelar; a Medida Cautelar é deferida pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse 
caso, a Lei 1 volta a ser aplicada até o julgamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Duas observações: 
 
1) a doutrina não chama essa disposição do artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999 de repristinação, 
mas de efeito repristinatório da Medida Cautelar. 
 
2) Na Medida Cautelar, o Supremo Tribunal Federal pode dispor em contrário, por expresso texto 
da Lei: “salvo expressa manifestação em sentido contrário”. 
 
Declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto – basicamente é a interpretação 
conforme a Constituição. No caso, se existir mais de uma interpretação de uma norma 
infraconstitucional, mas com a possibilidade de adotar uma interpretação que não afronte a 
Constituição, opta-se por esta. 
 
Controle de constitucionalidade 
 
“Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade das leis e dos atos normativos 
com a Constituição. Decorre da supremacia formal da Constituição sobre as demais leis do ordenamento 
jurídico de um país. Ora, se a Constituição é a lei mais importante do ordenamento jurídico, sendo o 
pressuposto de validade de todas as leis, para que uma lei seja válida precisa ser compatível com a 
Constituição. Caso a lei ou o ato normativo não seja compatível com a Constituição, será inválido, 
inconstitucional” (FLÁVIO MARTINS, Curso de Direito Constitucional, pagina 601). 
Ou seja, o controle de constitucionalidade é a verificação da busca da validade da norma 
infraconstitucional com o texto da Constituição Federal. 
 
Primeira observação (tema já cobrado em prova): o controle de constitucionalidade só é possível 
em países com Constituição rígida. Ou seja, se a Constituição de um país for flexível (mesmo 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 8 
 
processo legislativo para alterar a Constituição e para criar leis), não há possibilidade de controle 
de constitucionalidade, por um aspecto de resultado da lógica. 
Histórico do controle de constitucionalidade – controle feito na Constituição norte-americana, pelo 
Chief Justice John Marshall, no caso Marbury vs. Madison. 
 
Segunda observação: no Brasil, adota-se a teoria da nulidade. A norma inconstitucional é nula 
(efeito ex tunc). A teoria da nulidade foi relativizada, com a possibilidade de modulação dos efeitos 
da decisão no controle de constitucionalidade (art. 27 da Lei n. 9.868/1999). 
 
Espécies de inconstitucionalidade: 
1) inconstitucionalidade por omissão (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – 
ADO); 
2) inconstitucionalidade por ação (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI), que pode ser: 
a) inconstitucionalidade material; 
b) inconstitucionalidade formal, que pode ser: 
b1) inconstitucionalidade formal orgânica; 
b2) inconstitucionalidade formal propriamente dita. 
 
Observação: tente fazer seu próprio mapa mental. 
 
Inconstitucionalidade por omissão – a inconstitucionalidade por omissão é a deliberada omissão do 
legislador em regulamentar uma norma de eficácia limitada. Lembre-se: a norma de eficácia plena 
não demanda regulamentação; a norma de eficácia contida (ou de conteúdo restringível) produz 
todos seus efeitos, não precisando de regulamentação; a lei pode apenas reduzir o alcance da 
norma constitucional, sem atingir seu núcleo essencial; a norma de eficácia limitada não produz 
efeitos concretos, podendo apenas servir como elemento de controle de constitucionalidade e 
condicionar a legislação futura. 
 
Portanto, apenas a norma de eficácia limitada pode ser objeto de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão. 
 
Vejamos a Lei n. 9.868/1999 (Art. 12-B, I): “a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao 
cumprimentode dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole 
administrativa”. 
 
Inconstitucionalidade por ação (material) – é a inconstitucionalidade mais clássica, que é a 
incompatibilidade direta da matéria infraconstitucional com o texto da Constituição. 
 
Inconstitucionalidade formal orgânica – é a incompetência para a elaboração de lei ou ato 
normativo. Exemplo é quando o Estado-membro legisla sobre Direito do Trabalho (ver o artigo 22, 
inciso I, da Constituição Federal). 
 
Inconstitucionalidade forma propriamente dita – é a inconstitucionalidade decorrente de vício no 
processo de formação da lei, ou seja, vício no processo legislativo. 
 
Momento do controle de constitucionalidade: 
 
a) preventivo, que pode ser: 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 9 
 
- pelo Poder Executivo, através do veto jurídico; 
- pelo Poder Legislativo, pelas Comissões e pelo debate da Lei, principalmente pela Comissão de 
Constituição e Justiça; 
- pelo Poder Judiciário. Essa hipótese é mais nova. Segundo o Supremo Tribunal Federal, poderá 
um parlamentar ou um conjunto de parlamentares impetrar mandado de segurança para obstar um 
processo legislativo inconstitucional. A legitimidade ativa para impetrar o mandado de segurança é 
dos parlamentares. Excepcionalmente, o Supremo Tribunal Federal tem admitida a impetração de 
mandado de segurança por partido político, quando estiver defendendo direito do próprio partido. 
 
Perda superveniente do mandato: “a perda superveniente de titularidade do mandato legislativo tem 
efeito desqualificador de legitimidade ativa do congressista que, apoiado nessa específica condição político-
jurídico, ajuizou ação de mandado de segurança com o objetivo de questionar a validade jurídica de 
determinado procedimento que ambas as Casas do Congresso Nacional têm adotado em matéria de 
apreciação das medidas provisórias. É que a atualidade do exercício do mandato parlamentar configura, 
nesse contexto, situação legitimante e necessária, tanto para a instauração, quanto para o prosseguimento 
da causa perante o STF” (STF, MS 27.971, Rel. Min. Celso de Mello). 
b) controle repressivo, que pode ser: 
- pelo Poder Legislativo, com a rejeição de medida provisória inconstitucional e pela suspensão de 
lei delegada ou decreto do Poder Executivo; 
- pelo Poder Executivo, pelo não cumprimento espontâneo de Lei que considere manifestamente 
inconstitucional; 
- pelo Tribunal de Contas – Súmula 347 do STF – O Tribunal de Contas, no exercício de suas 
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público; 
- pelo Poder Judiciário. 
 
O controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário pode ser: 
 
1) Difuso – é o controle feito por todos os órgãos jurisdicionais. Assim, até mesmo um juiz de 
primeira instância pode declarar a inconstitucionalidade de um ato normativo. 
 
O fundamento histórico do controle difuso de constitucionalidade é o caso Marbury vs. Madison, 
julgado pelo Chief Justice John Marshall, em 1803, nos Estados Unidos. 
 
Os Tribunais podem também declarar a inconstitucionalidade de leis e atos normativos. Nesse caso, 
no entanto, os Tribunais devem observar a chamada cláusula de reserva de plenário, prevista 
no artigo 97 da Constituição Federal. 
 
Importante a Súmula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal Federal: “Viola a cláusula de reserva 
do plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua 
incidência, no todo ou em parte”. Isso é chamado de declaração branca de 
inconstitucionalidade. 
 
O Supremo Tribunal Federal não exige a cláusula de reserva de plenário quando trata de não 
recepção de leis; exige apenas quando há declaração de inconstitucionalidade (AI 831.166, AdR, 
Rel. Min. Gilmar Mendes). 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 10 
 
No controle difuso, os efeitos são inter partes (entre as partes para as quais a decisão é dada) e ex 
tunc. 
 
2) Concentrado 
 
Art. 102 da CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I – processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
 
Art. 125, § 2º, da CF. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de 
leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a 
atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 
 
Em regra, no controle concentrado, os efeitos são erga omnes e ex tunc. No entanto, a Lei n. 
9.868/1999 admite a chamada modulação dos efeitos da decisão. O efeito ex tunc quer dizer que, 
em regra, a declaração de inconstitucionalidade torna o ato normativo nulo, e os seus efeitos vão 
até o nascimento da norma. A modulação de efeitos quer dizer que essa nulidade é trazida para 
outro tempo. 
 
[...] 
Processo do Trabalho 
 
O material enxuto de Processo do Trabalho para o TRT possui 221 páginas e compreende os 
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais 
atualizações): 
 
 
Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 
Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. 
Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos 
distribuidores. 
Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária 
do CPC) 
Condições e elementos da ação. 
Dos atos, termos e prazos processuais. 
Da Distribuição. 
Das custas e emolumentos. 
Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da 
assistência judiciária; dos honorários de advogado. 
Das exceções. 
Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do 
arquivamento do processo; da revelia e confissão. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 11 
 
Da defesa. 
Das provas. 
Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; 
da legitimidade para ajuizar 
Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 
Da tutela provisória. 
Da sentença e da coisa julgada: da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por 
arbitramento. 
Da execução: da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e 
penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei nº 
8.009/90 e alterações posteriores) 
Dos embargos à execução. 
Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. 
Dos recursos no Processo do Trabalho. 
Dissídios coletivos. 
Inquérito para apuração de falta grave. 
Súmula nº 244 do TST. 
Súmula nº 339 do TST. 
Súmula nº 369 do TST. 
Súmula nº 379 do TST. 
Súmula nº 378 do TST. 
Instrução normativa n. 38/2015 do Tribunal Superior do Trabalho. 
Instrução normativa n. 39/2016. 
Instrução Normativa n. 41/2018. 
Notas sobre as atualizações. 
 
 
 
 
A seguir, você verá um dos tópicos do material, gratuitamente: 
Da Justiça do Trabalho: organização e competência 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Seção V 
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais 
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho 
 
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 12 
 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
 
III - Juízes do Trabalho. 
 
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre 
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal, sendo: 
 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissionale membros 
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto 
no art. 94; 
 
Nota: Quinto constitucional. 
 
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da 
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
 
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 
 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, 
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
 
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo 
graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
 
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação 
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. 
 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do 
Trabalho. 
Nota: Portanto, caso não haja Vara do Trabalho em determinada comarca, a lei poderá fixar a 
competência para julgamento das ações trabalhistas por juiz de direito (vinculado ao Tribunal de 
Justiça Estadual). Porém, em caso de recurso, este será direcionado sempre para o TRT com 
jurisdição no local. 
 
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e 
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 13 
 
Nota: Portanto, qualquer ação decorrente de relação de trabalho (por exemplo o trabalho eventual, 
autônomo, avulso, etc.), e não apenas relação de emprego (aquela decorrente de contrato de 
trabalho, com os requisitos caracterizadores do vínculo empregatício) é de competência para 
julgamento pela Justiça do Trabalho. 
 
Atenção! Ante o conteúdo da decisão proferida pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade 
nº 3.395, está suspensa qualquer interpretação deste inciso I do art. 114 da CF/88 que inclua na 
competência da Justiça do Trabalho “a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder 
Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou jurídico-
administrativa”. 
Portanto, de acordo com o STF, a Justiça do Trabalho não é competente para julgar ações 
decorrentes de relação de trabalho de servidores estatutários (servidores regidos por estatuto). É 
competente para julgamento de ações oriundas de relação de trabalho celetista (servidores regidos 
pela CLT), apenas. 
 
Observação: veja que o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, estabelece que os entes de 
direito público externo também podem ser julgados pela Justiça do Trabalho, pois se inserem em 
sua competência. Nesse ponto, ver que o Tribunal Superior do Trabalho tem entendimento 
sumulado: 
 
OJ 416 da SDI-1 do TST – As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade 
absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento 
jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos 
atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia 
expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
Entes de direito público externo são os Estados estrangeiros e organizações internacionais. 
No que se refere aos Estados estrangeiros, a jurisprudência divide em atos de império e atos de 
gestão. 
Atos de império são aqueles que o Estado estrangeiro pratica usando de sua soberania; portanto, 
não há competência da Justiça do Trabalho. Fala-se que existe imunidade absoluta de jurisdição 
quanto aos atos de império, sob pena de um Estado ofender a soberania de outro Estado. 
Os atos de gestão são os que o Estado estrangeiro pratica em matérias privadas, parecido com o 
que o particular. Como exemplo, é a contratação de empregados por Estado estrangeiro. O Tribunal 
Superior do Trabalho não admite a imunidade de jurisdição, nesse caso. Assim, quando contrata 
empregado, o Estado estrangeiro está sujeito à competência (jurisdição) da Justiça do Trabalho. 
A Orientação Jurisprudencial n. 416 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho trata sobre 
organismos ou organizações internacionais. Nesse caso, a imunidade é absoluta, inclusive quanto 
aos “atos de gestão”, pois nesses casos, a imunidade do organismo internacional é prevista no 
tratado ou convenção internacional. 
 
Atenção! Você pode se deparar com alguns posicionamentos do Tribunal Superior do Trabalho em 
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre complementação de aposentadoria. 
O Tribunal Superior do Trabalho tinha entendimento de que, após a Emenda Constitucional n. 
45/2004, a era da Justiça do Trabalho a competência para tratar sobre complementação de 
aposentadoria. De uma maneira bem simplória, complementação de aposentadoria é a instituição 
de uma previdência privada, com contribuições autônomas do empregador para essa entidade. O 
fundamento que o Tribunal Superior do Trabalho utilizava era no sentido de que a complementação 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 14 
 
de aposentadoria decorre da relação de trabalho, ou seja, fazia uma interpretação literal e extensiva 
do artigo 114, inciso I, da Constituição Federal. 
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, nos RE 586.453 e 583.050 decidiu que a competência para 
o julgamento de processos envolvendo complementação de aposentadoria é da Justiça Comum, 
quando se tratar de entidade privada e previdência complementar. Utilizou-se como fundamento o 
artigo 202, § 2º, da Constituição Federal, no sentido de que a previdência complementar não integra 
o contrato de trabalho. 
O Supremo Tribunal Federal modulou os efeitos da decisão: os processos que não tinham sentença 
até 20.02.2013 (data do julgamento) deveriam ser remetidos à Justiça Comum. 
 
Súmula 19 do Tribunal Superior do Trabalho – A Justiça do Trabalho é competente para 
apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira. 
 
OJ 138 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho – Compete à Justiça do Trabalho julgar 
pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente ao período anterior à 
Lei n. 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A 
superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença limita a 
execução ao período celetista. 
 
OJ 129 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho – Em se tratando de ação anulatória, a 
competência originária se dá no mesmo juízo em que praticado o ato supostamente eivado de vício. 
 
Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal – Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações 
que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas a segurança, 
higiene e saúde dos trabalhadores. 
 
Como se vê, a Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal trata sobre um tema bem abrangente, 
que se relaciona diretamente com o meio ambiente do trabalho ou meio ambiente laboral. Nesse 
ponto, uma das medidas mais comuns para tutelar coletivamente o ambiente do trabalho é a ação 
civil pública, regida pela Lei n. 7.347/1985 e que tem aplicabilidade ampla à Justiça do Trabalho. 
 
Na questão relacionada à competência territorial da ação civil pública, o Tribunal Superior do 
Trabalho tem entendimento da OJ 130 da SDI-2 do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
OJ 130 da SDI-2do Tribunal Superior do Trabalho 
I – A competência para a ação civil pública fixa-se pela extensão do dano. 
II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinge cidades sujeitas à jurisdição de mais de 
uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda 
que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. 
III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente 
para a ação civil pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída. 
 
 
Empregado Público 
 
Empregado público é espécie do gênero servidor público. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 15 
 
É aquele contratado mediante concurso público, para trabalhar sob o regime da legislação 
trabalhista (são os chamados celetistas). 
Diferenciam-se dos servidores estatutários (regidos por determinado estatuto – por exemplo, os 
servidores públicos federais são regidos pela Lei nº 8.112/90). 
 
Adotam o regime celetista, contratando empregados públicos, as empresas públicas, sociedades de 
economia mista e subsidiárias (entes da administração pública indireta), por terem natureza de 
pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 173, §1º, inciso II da CF/88: 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou 
de prestação de serviços, dispondo sobre: 
 
... 
 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
 
Não é mais possível a adoção do regime celetista para servidores de entes da Administração Pública 
Direta (União, Estados, Distrito Federal e Município) e de autarquias e fundações públicas (estas 
duas integrantes da Administração Indireta), ante o conteúdo da decisão da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade nº 2.135-4, que declarou inconstitucional a redação dada pela Emenda 
Constitucional 19/1998 ao caput do art. 39 da CF/88. 
 
Redação atual do art. 39 da CF: 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 
Em outras palavras, servidores públicos da Administração Pública Direta e de autarquias e 
fundações públicas não podem mais ser contratados sob o regime celetista! Apenas podem contratar 
empregados públicos (servidores celetistas) as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
 
Nota: A Lei nº 7.783/89 – Lei de Greve trata do tema; 
 
Súmula Vinculante nº 23 do STF – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
iniciativa privada. 
 
Súmula nº 189 do TST - Greve. Competência da Justiça do Trabalho. Abusividade - A Justiça do 
Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 16 
 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores; 
 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição; 
 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no 
art. 102, I, o; 
 
Nota: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
... 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre 
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
 
Súmula 420 do Tribunal Superior do Trabalho – Não se configura conflito de competência 
entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
 
Nota: Súmula Vinculante nº 22 do STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e 
julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho 
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença 
de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
Súmula nº 392 do TST. Dano moral e material. Relação de trabalho. Competência da 
justiça do trabalho - Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do 
Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, 
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele 
equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho; 
Súmula 424 do TST – O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência de prova do depósito 
prévio do valor da multa cominada em razão de autuação administrativa como pressuposto de 
admissibilidade de recurso administrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, 
ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º. 
 
Supremo Tribunal Federal (ADPF 156) 
“1. Incompatibilidade da exigência de depósito prévio do valor correspondente à multa como 
condição de admissibilidade de recurso administrativo interposto junto à autoridade trabalhista (§ 
1º do art. 636, da Consolidação das Leis do Trabalho) com a Constituição Federal de 1988. 
Inobservância das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa (arts. 5º, 
incs. LIV e LV); do princípio da isonomia (art. 5º, caput); do direito de petição (art. 5º, inc. XXIV, 
alínea a)”. 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 17 
 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 
Nota: Súmula Vinculante nº 53 do STF - A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 
114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias 
relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela 
homologados. 
 
Súmula nº 368 do TST - Descontos previdenciários e fiscais. Competência. 
Responsabilidade pelo pagamento. Forma de cálculo. 
I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A 
competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-
se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, 
que integrem o salário de contribuição. 
 
Súmula nº 454 do TST. Competência da Justiça do Trabalho. Execução de ofício. 
Contribuição social referente ao seguro de acidente de trabalho (SAT). Arts. 114, VIII, 
e 195, I, “A”, da Constituição da República - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de 
ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de 
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao 
financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no 
trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na formada lei. 
 
Nota: Súmula nº 300 do TST - Competência da Justiça do Trabalho. Cadastramento no 
PIS - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face 
de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). 
 
Súmula nº 389 do TST - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho. 
Direito à indenização por não liberação de guias. 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e 
empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem ao direito à indenização. 
 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
 
§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às 
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do 
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem 
como as convencionadas anteriormente. 
 
Nota: Este é o fundamento para o poder normativo da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula nº 190 do TST - Poder normativo do TST. Condições de trabalho. 
Inconstitucionalidade. Decisões contrárias ao STF - Ao julgar ou homologar ação coletiva ou 
acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 18 
 
podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue 
iterativamente inconstitucionais. 
 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o 
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho 
decidir o conflito. 
 
Nota: Art. 10 da Lei nº 7.783/89 - São considerados serviços ou atividades essenciais: 
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e 
combustíveis; 
II - assistência médica e hospitalar; 
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV - funerários; 
V - transporte coletivo; 
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII - telecomunicações; 
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea; (Redação dada pela Lei nº 13.903, de 2019) 
XI compensação bancária. 
XII - atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a 
assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
XIII - atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, 
intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes 
multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos em lei, em 
especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com 
Deficiência); e (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis ao 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
XV - atividades portuárias. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020) 
 
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, 
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros 
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto 
no art. 94; 
 
Nota: Quinto constitucional. 
 
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, 
alternadamente. 
 
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de 
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva 
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 19 
 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases 
do processo. 
 
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 20 
 
Direito Processual Civil 
 
O material enxuto de Direito Processual Civil para o TRT possui 222 páginas e compreende os 
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais 
atualizações): 
 
 
Breves considerações iniciais. 
Fundamentos do Processo Civil 
Das normas fundamentais do processo civil e da aplicação das normas processuais. 
Princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil 
Jurisdição - Dos limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação internacional. Competência. Critérios 
de fixação e de modificação. Conexão. Continência. Prevenção. 
Dos sujeitos do processo. Das partes e dos procuradores. Da capacidade processual. Deveres das 
partes e dos procuradores. Responsabilidade por dano processual. Das despesas, dos honorários 
advocatícios e das multas. Da gratuidade de justiça. Sucessão das partes e dos procuradores. 
Ação. Conceito e natureza. Condições para o exercício da ação. Elementos da ação. Cumulação da 
ação. 
Processo. Conceito e natureza. Espécies. Pressupostos processuais. 
Do juiz e dos auxiliares da Justiça. Dos poderes, dos deveres e da responsabilidade do Juiz. Dos 
impedimentos e da suspeição. 
Do Ministério Público. Da Advocacia Pública. Da Defensoria Pública. 
Atos processuais. Forma, tempo e lugar. Dos pronunciamentos do órgão jurisdicional. Regime de 
invalidades processuais. Prazos processuais. Preclusões. Comunicação dos atos processuais. Atos 
processuais eletrônicos. Da citação e das intimações. Modalidades e efeitos. 
Partes e terceiros no processo civil. Conceitos. Litisconsórcio. Modalidades de intervenção de 
terceiros. 
Da formação, da suspensão e da extinção do processo. 
Procedimento comum. Petição inicial. Da improcedência liminar do pedido. Audiência de conciliação 
ou de mediação. Resposta do réu. Contestação e reconvenção. Revelia. 
Providências preliminares e do saneamento. Julgamento conforme o estado do processo. Da 
audiência de Instrução e Julgamento. 
Provas, disposições gerais. Ônus da prova. 
Sentença. Elementos, conteúdo e efeitos. Vícios das sentenças. Coisa julgada. Limites subjetivos e 
objetivos. 
Execução. Competência. Responsabilidade patrimonial. Título executivo: espécies e requisitos. 
Liquidação. Cumprimento de sentença para pagamento de quantia. Execução por quantia certa 
contra devedor solvente. 
Cumprimento provisório e definitivo da sentença. 
Defesa do executado no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial 
Dos processos nos tribunais. 
Da reclamação. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 21 
 
Dos recursos em geral e recursos em espécie. 
Das disposições especiais do CPC de 2015. 
Notas sobre a atualização 
 
 
 
 
 
 
A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: 
 
Princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS 
 
Princípio da Igualdade (Isonomia) 
 
Art. 5º, caput da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” 
 
A igualdade prevista pelo referido dispositivo constitucional deve ser entendida como igualdade 
material, ou seja, a igualdade aplicada no plano fático, e não apenas formalmente. 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
 
Art. 5º, LIV da CF/88: “LIV - ninguém será privado da liberdade oude seus bens sem o devido 
processo legal”. É consagrado pela doutrina como o fundamento constitucional dos demais 
princípios processuais. Neste sentido Nelson Nery Júnior (Princípios do Processo Civil na Constituição 
Federal, 2000): “É, por assim dizer, o gênero do qual todos os demais princípios constitucionais do 
processo são espécies”. 
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
 
Art. 5º, LV da CF/88: “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” 
 
Estes dois princípios constitucionais são extremamente conectados. 
 
O princípio do contraditório permite aos litigantes manifestarem-se sobre as alegações da parte 
adversa. Pense no significado de contradizer, que significa exatamente dizer o contrário, ou seja, 
defender-se. Assegura ao litigante a possibilidade de impugnar as manifestações da parte contrária. 
 
O princípio da ampla defesa proporciona à parte utilizar em juízo todos métodos previstos pelo 
ordenamento jurídico para a defesa de seus interesses. 
 
Princípio da Imparcialidade do Julgador 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 22 
 
 
Obviamente, para julgar determinado litígio, o juiz deve ser imparcial, ou seja, não deve ter interesse 
em beneficiar qualquer uma das partes. E para isso o sistema processual criou diversos mecanismos 
de proteção ao juiz (as garantias dos magistrados são exemplos) e também às partes (necessidade 
de fundamentação das decisões e exceções de suspeição e impedimento do juiz, por exemplo). 
 
Princípio da publicidade e da motivação das decisões 
 
Art, 93, IX da CF/88: “IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais 
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à 
informação”. 
 
Princípio do Juiz Natural 
 
Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente”. 
 
 
Princípio da Investidura 
 
Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente”. 
 
A jurisdição só pode ser ecercida por aquele que tenha sido regularmente investido na autoridade 
de juiz, conforme o dispositivo legal acima. 
 
Princípio da Inafastabilidade da Jurisidição 
 
Art. 5º, XXXV da CF/88: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito”. 
 
Princípio da Razoável Duração do Processo 
 
Art. 5º, LXXVIII da CF/88: “LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. 
 
 
 
PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS 
 
Princípio Dispositivo ou da Inércia da Jurisdição 
 
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
as exceções previstas em lei.”. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 23 
 
Ao autor cabe provocar o Poder Judiciário para proferir a decisão sobre determinado litígio. Sem 
provocação, não pode o Judiciário determinar solução para determinado conflito (inércia da 
Jurisdição). 
 
 
Princípio do Impulso Oficial 
 
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
as exceções previstas em lei.”. 
 
 
Princípio da Instrumentalidade das Formas 
 
Art. 188 e 277 do CPC: 
 
“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial.” 
 
“Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado 
de outro modo, lhe alcançar a finalidade.” 
 
O processo não é um fim em si mesmo. Ele é apenas uma forma de se alcançar a tutela de 
determinado bem da vida. Portanto, ele é apenas um instrumento, e, quando alcançada a finalidade 
perseguida, mesmo que presente algum vício, deve ser considerado válido. 
 
Princípio da Impugnação Especificada 
 
Art. 341 do CPC: 
 
“Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato 
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
 
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do 
ato; 
 
III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, 
ao advogado dativo e ao curador especial.” 
 
Princípio da Eventualidade 
 
Art. 336 do CPC: “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que 
pretende produzir..” 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 24 
 
As partes devem, portanto, no momento oportuno, apresentar o conjunto de suas alegações, sob 
pena de não poder mais fazê-lo (preclusão – vide abaixo). 
 
Princípio da Preclusão 
 
Art. 278 do CPC: “Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que 
couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, 
nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.” 
 
Art. 507 do CPC: “É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo 
respeito se operou a preclusão.” 
 
 
 
Princípio da Lealdade Processual 
 
CAPÍTULO II 
DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES 
Seção I 
Dos Deveres 
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de 
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de 
fundamento; 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do 
direito; 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar 
embaraços à sua efetivação; 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou 
profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer 
modificação temporária ou definitiva; 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 
VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, 
no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações 
e intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas 
no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. 
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, 
devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao 
responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 25 
 
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como 
dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução 
observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. 
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas 
nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. 
§ 5o Quando o valorda causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada 
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério 
Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser 
apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. 
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado 
anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo 
da aplicação do § 2o. 
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. 
Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e 
da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas 
nos escritos apresentados. 
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz 
advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. 
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam 
riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das 
expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. 
 
Seção II 
Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual 
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
 
Atenção! As bancas costumam exigir o rol deste artigo dos candidatos. 
 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que 
deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 26 
 
a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com 
todas as despesas que efetuou 
Nota: O termo “de ofício” quer dizer que o juiz ou Tribunal pode, sem requerimento da parte, tomar 
determinada decisão ou providência. Esta é uma das exceções do princípio da inércia da jurisdição 
(art. 2º deste Código). 
 
§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção 
de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte 
contrária. 
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) 
vezes o valor do salário-mínimo. 
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado 
por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 27 
 
LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
O material enxuto de LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO para o TRT possui 14 páginas e 
compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de 
eventuais atualizações): 
 
 
Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética e democracia: exercício da cidadania. Ética e função 
pública. 
Lei nº 8.112/1990 e alterações posteriores: Provimento, vacância, remoção, redistribuição e 
substituição; Direitos e vantagens; Regime disciplinar: deveres, proibições, acumulação, 
responsabilidades, penalidades, processo administrativo disciplinar 
Lei nº 8.429/1992, e alterações: disposições gerais; atos de improbidade administrativa. 
 
 
A seguir, você verá uma parte do material, gratuitamente: 
 
Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética e democracia: 
exercício da cidadania. Ética e função pública 
 
Breves considerações sobre o perfil da prova sobre ética 
 
Historicamente as questões de concursos que envolvem a disciplina "Ética no Serviço Público" 
priorizam o conhecimento da legislação sobre o tema, conforme descrito em cada conteúdo 
programático. Portanto, recomendamos que você priorize tal conhecimento em seus estudos, nos 
termos da legislação contida neste material de estudo. 
 
E, para complementar seu conhecimento e evitar qualquer surpresa no momento da prova, 
mostraremos breves definições sobre: Ética, moral, princípio, valores, democracia, exercício da 
cidadania e função pública. 
 
Ética e moral 
 
A palavra ética tem origem da palavra grega "ethos", que significa aquilo que pertence ao "bom 
costume". Pode ser classificada como o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral 
de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 
 
Moral pode ser definida como o "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, 
quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa 
determinada"(definição contida no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa) 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 28 
 
 
Diferenciação: 
 
Ética, como um conceito, diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência 
a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais 
exclusivamente pela razão. A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa 
frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum 
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, 
nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto 
a questões abrangidas no escopo da ética. (trecho extraído de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética) 
 
Para aprofundar o estudo destes conceitos, recomendo a leitura dos seguintes artigos: 
 
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral 
 
Princípios e valores éticos 
 
Princípios éticos são diretrizes imprescindíveis que balizam a conduta ética do ser humano, que 
refletem os valores abrigados pelo consciente humano. 
 
Veja as definições de valor a seguir, extraídas de https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(ética): 
 
Para o antropólogo Clyde Kluckhohn, valor é "uma concepção do 
desejável explícita e implícita, característica de um indivíduo ou grupo, e 
que influencia a seleção dos modos, meios e fins da ação". 
 
Para a filósofa Agnes Heller, o valor é um "modo de preferência 
consciente". 
 
Para o psicólogo Alpport, "um valor é uma crença em que o homem se 
baseia para atuar por referência" (apud Viana, 2007). 
 
Para o sociólogo Nildo Viana, "o valor é algo significativo, importante, 
para um indivíduo ou grupo social". Este sociólogo distingue entre 
valores fundamentais (ligados a valoração primária) e valores derivados 
(valoração derivada) e entre valores dominantes (axiologia) e valores 
autênticos (axionomia). Valor é algo útil na vida de um indivíduo que 
quer se enquadrar numa sociedade. 
 
Ética e cidadania 
 
Cidadania corresponde à um dos fundamentos da República Federativa do Brasil: 
 
Art. 1º da CF/88: A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 29 
 
... 
II - a cidadania 
[...] 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
O material enxuto de Direito Previdenciário para o TRT possui 187 páginas e compreende os 
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais 
atualizações): 
 
 
Seguridade Social: Origem e evolução legislativano Brasil 
Seguridade Social: Conceituação. 
Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais. 
Legislação Previdenciária: Conteúdo, fontes, autonomia. 
Regime Geral de Previdência Social - Segurados obrigatórios. 
Regime Geral de Previdência Social: Filiação e inscrição. 
Regime Geral de Previdência Social: Conceito, características e abrangência: empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial 
Regime Geral de Previdência Social - Segurado facultativo: conceito, características, filiação e 
inscrição. 
Regime Geral de Previdência Social - Trabalhadores excluídos do Regime Geral 
Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 
Financiamento da Seguridade Social - Receitas da União. 
Financiamento da Seguridade Social – Introdução. 
Receitas das contribuições sociais: dos segurados. 
Receitas das contribuições sociais: das empresas. 
Receitas das contribuições sociais: do empregador doméstico. 
Receitas das contribuições sociais: do produtor rural 
Receitas das contribuições sociais: do clube de futebol profissional 
Receitas das contribuições sociais: sobre a receita de concursos de prognósticos. 
Receitas das contribuições sociais: receitas de outras fontes. 
Salário-de-contribuição: Conceito; Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes; Limites mínimo 
e máximo; Proporcionalidade; e Reajustamento. 
Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social 
Obrigações da empresa e demais contribuintes. 
Decadência e prescrição. 
Crimes contra a seguridade social 
Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: espécies de prestações - benefícios: disposições gerais. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: Aposentadoria por Invalidez. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 30 
 
Plano de Benefícios: Aposentadoria por Idade. 
Plano de Benefícios: Aposentadoria por Tempo de Serviço (ou por Tempo de Contribuição) 
Plano de Benefícios: Aposentadoria Especial 
Plano de Benefícios: Auxílio-Doença. 
Plano de Benefícios: Salário-Família. 
Plano de Benefícios: Salário-Maternidade. 
Plano de Benefícios: Pensão por Morte. 
Plano de Benefícios: Auxílio-Reclusão. 
Plano de Benefícios: Auxílio-Acidente. 
Plano de Benefícios: Abono Anual 
Plano de Benefícios: Seguro-desemprego. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: períodos de carência. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: salário-de-benefício. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: renda mensal do benefício. 
Plano de Benefícios da Previdência Social: reajustamento do valor dos benefícios. 
Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 
Lei Complementar n. 108/2019 
Lei Complementar n. 109/2001 
Nota sobre a atualização. 
 
 
A seguir, você verá um dos tópicos do material, gratuitamente: 
 
Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais 
 
Constituição Federal 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
Atenção! Lembre-se: Seguridade Social = SAP - Saúde + Assistência + Previdência. 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 31 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
Nota: Universalidade da cobertura e do atendimento– significa que a seguridade social tem por 
objetivo atender a todos infortúnios previstos na legislação, tais como o falecimento do segurado, 
acidente de trabalho, idade avançada, entre outros. Permite-se o acesso de todas pessoas às 
prestações oferecidas pela seguridade, quando atendidos os requisitos legais (especialmente em 
relação à previdência social). 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
Nota: Uniformidade refere-se às modalidades de auxílioem caso de ocorrência de infortúnios 
sociais, que devem ser cobertas pelos benefícios (pagamentos feitos aos segurados e dependentes 
pelo sistema de seguridade social). A equivalência trata da igualdade de valores a serem pagos para 
à população, sem diferenças em decorrência de se originarem de trabalho urbano ou rural. 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
Nota: Seletividade – selecionam-se as prioridades de acordo com a disponibilidade orçamentária 
da seguridade social. Os benefícios e serviços não são pagos ou prestados de forma infinita e sem 
critérios, mas escolhidos diante da necessidade e da possibilidade orçamentária. 
 
Distributividade – este princípio trata da distribuição de renda. Enfatiza a face social da seguridade, 
que deve priorizar pessoas com menor renda. 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 
Nota: os benefícios devem preservar seu valor real (vide §4º do art. 201 da CF/88 - que trata da 
preservação dos valores reais dos benefícios previdenciários). 
 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
Nota: Equidade neste caso traduz o princípio da igualdade material (art. 5º, caput, da CF/88). A 
contribuição deve ser de acordo com a condição financeira de cada contribuinte: por exemplo, a 
legislação já prevê a aplicação de alíquotas de contribuição gradativas, em conformidade com o 
salário recebido (11%, 9% e 8%). Quanto maior o salário, maior a alíquota. 
 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para 
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, 
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: Diversidade na base de financiamento - o custeio da seguridade deve advir de várias fontes 
– neste sentido o art. 195 abaixo. 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 32 
 
Nota: Caráter democrático – conforme previsto pelo próprio inciso que trata deste princípio, a 
seguridade será gerida de forma democrática, com a participação de todos interessados: 
trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo. 
 
Nota: Caráter descentralizado - Descentralização é a transferência da execução das atividades 
próprias do Estado para entidades criadas com esta finalidade, que compõem a Administração 
Indireta. Lembre-se que INSS é uma autarquia federal. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
 
Nota: "É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário." (Súmula 688 do 
STF) 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
b) a receita ou o faturamento; 
 
c) o lucro; 
 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Modificado pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
Nota: concurso de prognósticos – são os sorteios com números: as loterias e demais jogos. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior,ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos 
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e 
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de 
seus recursos. 
 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, 
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 33 
 
 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
Nota: Este é o “princípio da pré-existência do custeio em relação ao benefício” – Não é possível 
criar ou majorar qualquer benefício sem a fonte de custeio. 
 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
Nota: Princípio da noventena. 
 
Atenção! “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita 
ao princípio da anterioridade." (Súmula 669 do STF) 
 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência 
social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
Nota: Portanto, não é qualquer entidade beneficente de assistência social que será isenta. É 
necessário ainda atender aos requisitos estabelecidos em lei ordinária. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas 
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte 
da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção 
de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. 
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: Expressa o princípio da equidade da participação no custeio. 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações 
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados 
para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na 
forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea 
"a" do inciso I e o inciso II do caput. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na 
forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 
 
§ 13. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103/2019)). 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 34 
 
 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima 
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
 
Seção II 
DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser 
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento 
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras 
fontes. 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e 
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados 
sobre: 
 
I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 
 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, 
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
 
I – os percentuais de que trata o § 2º; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 35 
 
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, 
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 
 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal; 
 
IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde 
e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza 
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. . 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes 
para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e 
agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência 
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do 
referido piso salarial. 
 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, 
o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de 
combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, 
fixados em lei, para o seu exercício. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de 
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos

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