Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS DE PESCADO Alunos: Arthur Souza Galvão; Bianca Thais Baumann O porquê do aproveitamento de subprodutos do pescado • Segundo dados da Peixe BR (2020) no ano de 2014, a piscicultura obteve uma produção de 578.800 toneladas, e para o ano de 2019 a produção obteve um crescimento aproximado de 4,9% em relação ao ano anterior, chegando a produzir 758.006 toneladas de peixes. • Contudo, no beneficiamento do pescado são geradas quantidades significativas de resíduos (cabeça, vísceras, nadadeiras, cauda, coluna vertebral, escamas, pele e restos de carne), que representam cerca de 65% da biomassa total dos peixes, e são muitas vezes descartados no meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento de forma inadequada na natureza, além de perder uma possível fonte de renda através do processamento. Importância • A sustentabilidade têm sido uma das principais preocupações da sociedade atual e atrelado a isso, as indústrias processadoras de pescado, que atualmente geram quantidades significativas de resíduos, buscam meios tecnológicos sustentáveis que permite o aproveitamento desses resíduos, agregando valor a esta matéria prima por meio da geração de subprodutos de pescado Tipos de resíduos do pescado Que podem ser utilizados na elaboração de produtos destinados à alimentação humana, como a carcaça com carne aderida após a retirada do filé e as aparas durante o recorte dos filés. Não adequados para a elaboração de produtos destinados à alimentação humana, como as vísceras, escamas, esqueletos e a cabeça. Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Sobre a Ensilagem ácida de peixe • O material é ensilado e há promoção da hidrólise e preservação dos resíduos através da redução do pH do material, com adição de ácidos ou através da fermentação láctica promovida por bactérias incorporadas ao material ensilado. • Simples e não implica na utilização de maquinários específicos • Não exige mão de obra especializada • Não atrai insetos como moscas e nem apresenta problemas com alguns microrganismos • Aproveita os restos como um todo • O material só não pode estar em estado de deterioração Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Processamento dos biocombustíveis • Biodiesel: formado a partir do processo de transesterificação. O processamento consiste em uma série de reações químicas, sendo formado por um álcool especifico de cadeia curta + base ou um ácido forte + triglicerídeos presente nos óleos de peixe (obtidos a partir do processamento da carcaça de pescado após seu processamento industrial), que por fim reagem produzindo éster e glicerina. • Biogás: produzido a partir de biodigestor, onde ocorre a mistura de gases em um processo conhecido como biodigestão. Nesse processo, os carbonos presentes nos resíduos como vísceras de peixes, por exemplo, são metabolizados pelas bactérias obtendo CH4 e CO2. Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Curativo biológico • A pele de tilápia age como um curativo para queimaduras de 2º e 3º grau e o seu uso acelera o processo de cicatrização além de diminuir a dor do paciente. Curativo biológico • Antes de ser utilizada, a pele do peixe é submetida a um processo de limpeza em que são retirados as escamas, o tecido muscular, as toxinas e o odor característico do peixe. Depois, é estirada em uma prensa e cortada em tiras de 10 cm por 20 cm. O resultado é um tecido flexível, similar à pele humana. As tiras de pele são armazenadas em um congelador a uma temperatura entre 2 e 4 graus Celsius por no máximo dois anos. Subprodutos não comestível dos Peixes ▪ Vísceras, esqueleto, cabeça e escamas • Farinha de peixe • Ensilagem ácida de peixe •Fertilizantes •Rações • Biocombustível •Biogás e Biodiesel ▪ Pele • Curativo biológico • Couro Subprodutos não comestíveis da rã • Couro de rã • Pele de rã • Tecido adiposo Subprodutos não comestíveis dos elasmobrânquios • Pele • Artigos de luxo • Pele sintética (traje de natação; carros e aviões → menor atrito no ar) • Estudos para uso hospitalar e em telas touchscreen de celulares (o tratamento do material torna impenetrável as bactérias) • Fígado • Lubrificante para indústria de curtumes e têxteis; cosméticos (Hipoglós); produtos de saúde e alimentos; revestimento de cascos de barcos de madeiras; combustíveis de lâmpadas de rua; Aquicultura de caminhões. • Vivos • Aquários • Carranca, esqueleto, dentes • Restaurantes, museus e artefatos • Cartilagem, ovários, cérebro, estômago • Fins farmacêuticos Transformação da pele em couro • Couro: Produto derivado da pele de animais, imputrescível, com características de maciez, elasticidade, flexibilidade, resistência à tração e rasgamento, o que permite sua utilização na confecção de diversos produtos. • Para o curtimento, a pele é submetida a determinados processos, em que as fibras são previamente separadas pela remoção do material interfibrilar e ação de produtos químicos ou vegetais. Nesse procedimento é mantida a natureza fibrosa da pele e as fibras colágenas reagem com agentes curtentes, que as preservam da putrefação ou ataque bacteriano. • Todavia, a produção total de couro de pescado é menos de 0,1% e dentre as espécies mais utilizadas mundialmente estão as de tubarão, arraias, bacalhau, salmão e enguias • Remolho→ Descarne→ Caleiro→ Desencalagem→ Purga→ Desengraxe Legislação vigente sobre os elasmobrânquios • Portaria 445/2014 (MMA): reconhece as espécies de peixes e invertebrados aquáticos da fauna brasileira ameaçada de extinção (ficam protegidas de formas integrais) • IN 29/2015 (MAPA): Correlaciona os nomes comuns de peixes comerciais e os respectivos nomes científicos Subprodutos não comestíveis dos bivalves • Conchas • Carbonato de cálcio - complementação da alimentação - agente fortificante - construção civil – bloco verde - misturas asfálticas - corretor de pH - adubos e pesticidas - produção de tintas, talcos e impermeabilizantes - sistemas de tratamento de efluentes - cosméticos Subprodutos não comestíveis dos bivalves • Conchas • Óxido de cálcio - produção de plásticos - catalisador de reações - cal virgem e hidratada Referências: • APROVEITAMENTO de elasmobrânquios para consumo humano - Dr. André Luiz Medeiros de Souza (FIPERJ). Produção: Dr. André Luiz Medeiros de Souza. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://youtu.be/HO2c9TblUNg. Acesso em: 27 fev. 2023. • Comastri-Filho, J. A. (1981). Independência energética do pantanal matogrossense. EMBRAPA, Corumbá-MS, Circular Técnica, 9. • COMO REAPROVEITAR os subprodutos do processamento de pescado?. [S. l.], 6 jul. 2020. Disponível em: https://www.criacaodepeixes.com.br/como- reaproveitar-os-subprodutos-do-processamento-de-pescado. Acesso em: 1 mar. 2023. • Costa, G. R. R. (2017). Óleo extraído das vísceras da tilápia do Nilo: pré-tratamento, adequação e produção de biodiesel. Monografia (Graduação em Engenharia de Petróleo) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.• Cunha, M. E., Krause , C. L., Moraes, M. S. A., Faccini, CS., Jacques , R. A., Almeida , S. R., Rodrigues, M. R. A & Caramão, E. B. (2009). Beef tallow biodiesel produced in a pilot scale. Fuel Processing Technology, 90(4), 570-575 • Ferreira, A. G. (2017). Prospecção tecnológica sobre as técnicas de obtenção de óleo de resíduos de peixe. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Energia)—Universidade de Brasília, Brasília. • GALVÃO, Juliana Antunes e OETTERER, Marilia. Qualidade e processamento de pescado. . Rio de Janeiro: Elsevier. . Acesso em: 27 fev. 2023. , 2014 • GRANCHI, Giulia. Como a pele de tilápia ajuda na cicatrização de vítimas de queimaduras. VivaBem UOL, 7 ago. 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/08/07/como-a-pele-de-tilapia-ajuda-vitimas-de-queimaduras.htm. Acesso em: 1 mar. 2023. • Krause, L. C. (2008). Desenvolvimento do processo de produção de biodiesel de origem animal (p. 147). Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. • Kristinsson, H. G., & Rasco, B. A. (2000). Biochemical and Functional Properties of Atlantic Salmon ( Salmo salar ) Muscle Proteins Hydrolyzed with Various Alkaline Proteases. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 48(3), 657– 666. https://doi.org/10.1021/jf990447v • Peixe BR. (2020). Anuário Peixe Br da Piscicultura 2020. São Paulo: Associação Brasileira de Piscicultura. • Pittigliani, A. H. (2014). Resíduos de pescado: produção de biodiesel e extração de colágeno produção de biodiesel e extração de colágeno. Monografia de Conclusão de Curso em Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. • "PROCESSAMENTO de Pescado: Produtos e Coprodutos de Rã" - Prof. Andre Muniz Afonso. Produção: Andre Muniz Afonso. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://youtu.be/kRdx8iXb0GU. Acesso em: 27 fev. 2023. https://youtu.be/HO2c9TblUNg https://www.criacaodepeixes.com.br/como-reaproveitar-os-subprodutos-do-processamento-de-pescado https://www.criacaodepeixes.com.br/como-reaproveitar-os-subprodutos-do-processamento-de-pescado https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/08/07/como-a-pele-de-tilapia-ajuda-vitimas-de-queimaduras.htm https://doi.org/10.1021/jf990447v https://youtu.be/kRdx8iXb0GU Referências: • ROSSETTO, Janaina; SIGNOR, Altevir. Inovações tecnológicas empregadas em coprodutos gerados pelo processamento do pescado. Pubvet, [s. l.], 2021. Disponível em: https://www.pubvet.com.br/artigo/7735/inovaccedilotildees-tecnoloacutegicas-empregadas-em-coprodutos-gerados-pelo-processamento- do-pescado. Acesso em: 1 mar. 2023. • Rufino, J. P. F., Cruz, F. G. G., Guimarães, C. C., Silva, A. F., & Batalha, O. S. (2019). Uso de subprodutos do pescado na alimentação de aves. Revista Científica de Avicultura e Suinocultura, 5(1). • Schmidell, W., de Almeida Lima, U., Borzani, W., & Aquarone, E. (2001). Biotecnologia industrialvol. 2: engenharia bioquímica (Vol. 2). Editora Blucher. • Silva, C. D. M., Pires, C. R. F., Sousa, D. N., Chicrala, P. C. M. S., & Santos, V. R. V. (2016). Evaluation sensory of canned matrinxã (Brycon amazonicus) in vegetable oil. Journal of Bioenergy and Food Science, 3(3), 161–169 • Sousa, V. F. (2019). Preparação e caracterização de hidrolisados proteicos de tilápia [Lisboa: ISA]. http://hdl.handle.net/10400.5/18374 • Weiland, P. (2010). Biogas production: current state and perspectives. Applied Microbiology and Biotechnology, 85(4), 849–860. https://doi.org/10.1007/s00253- 009-2246-7 https://www.pubvet.com.br/artigo/7735/inovaccedilotildees-tecnoloacutegicas-empregadas-em-coprodutos-gerados-pelo-processamento-do-pescado https://www.pubvet.com.br/artigo/7735/inovaccedilotildees-tecnoloacutegicas-empregadas-em-coprodutos-gerados-pelo-processamento-do-pescado http://hdl.handle.net/10400.5/18374 https://doi.org/10.1007/s00253-009-2246-7 https://doi.org/10.1007/s00253-009-2246-7 Slide 1: PRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS DE PESCADO Slide 2: O porquê do aproveitamento de subprodutos do pescado Slide 3: Importância Slide 4: Tipos de resíduos do pescado Slide 5: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 6: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 7: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 8: Sobre a Ensilagem ácida de peixe Slide 9: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 10: Processamento dos biocombustíveis Slide 11: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 12: Curativo biológico Slide 13: Curativo biológico Slide 14: Subprodutos não comestível dos Peixes Slide 15: Subprodutos não comestíveis da rã Slide 16: Subprodutos não comestíveis dos elasmobrânquios Slide 17: Transformação da pele em couro Slide 18: Legislação vigente sobre os elasmobrânquios Slide 19: Subprodutos não comestíveis dos bivalves Slide 20: Subprodutos não comestíveis dos bivalves Slide 21: Referências: Slide 22: Referências:
Compartilhar