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Centro Universitário Regional do Brasil - UNIRB Nil Ellen Dayane Régis Santos Estágio hospitalar supervisionado EXAMES LABORATORIAIS Os exames laboratoriais são procedimentos que visam analisar amostras biológicas (como sangue, urina, fezes, saliva, entre outros) para avaliar o funcionamento do organismo e detectar possíveis alterações ou doenças. Eles podem ser solicitados por médicos em diferentes situações, como parte de um check-up, para auxiliar no diagnóstico de sintomas, para monitorar tratamentos e avaliar a evolução de doenças. Existem muitos tipos de exames laboratoriais específicos que podem ser solicitados de acordo com a necessidade de cada paciente. A seguir, listamos alguns exemplos: 1. A gasometria arterial é um exame de sangue que avalia o pH sanguíneo, a concentração de bicarbonato, a pressão parcial de CO2 e outros parâmetros sanguíneos. É solicitada para verificar a função pulmonar, principalmente em crises de asma ou bronquite e em caso de insuficiência respiratória - Saiba quais são os sintomas e como é feito o tratamento da insuficiência respiratória; ajuda avaliar o pH e acidez do sangue, o que é útil para auxiliar o diagnóstico de insuficiência renal e fibrose cística, por exemplo. Avaliar o funcionamento do metabolismo, o que é importante na identificação de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) ou diabetes tipo II, por exemplo, dos pulmões após procedimento cirúrgico ou transplante. https://www.tuasaude.com/insuficiencia-respiratoria/ Valores de referência ● pH: 7.35 - 7.45 ● pO2 (pressão parcial de oxigênio): 80 - 100 mmHg ● Bicarbonato (HCO3): 22 - 26 mEq/L ● PCO2 (pressão parcial de gás carbônico): 35 - 45 mmHg ● 2- Hemograma completo: avalia a quantidade e qualidade de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. O hemograma serve para auxiliar diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que provocam alterações no sangue, como: ● Anemias; ● Distúrbios da medula óssea; ● Infecções bacterianas, fúngicas ou virais; ● Inflamações; ● Câncer, especialmente leucemias ou linfomas; ● Alterações nas plaquetas, como o seu aumento (plaquetose) ou diminuição (plaquetopenia); ● Acompanhamento de situações que possam comprometer o funcionamento da medula óssea, como durante a quimioterapia, por exemplo. 3- Glicemia: mede o nível de açúcar no sangue e pode ajudar a diagnosticar e monitorar diabetes. 4- Colesterol e triglicerídeos: avaliam os níveis de gordura no sangue e podem indicar risco de doenças cardiovasculares. 5- Hormônios tireoidianos: avaliam a função da glândula tireoide, que é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo. 6- Função hepática: avalia a função do fígado por meio de exames como TGO, TGP, bilirrubina e fosfatase alcalina. 7- Função renal: avalia a função dos rins por meio de exames como creatinina, ureia e eletrólitos. 8- PCR (Proteína C Reativa): avalia o nível de inflamação nos organismos. 9- Sorologias: testes que detectam anticorpos para doenças infecciosas, como HIV, hepatite B e C, sífilis e outras. 10- Urina tipo I: avalia características físicas e químicas da urina e pode indicar possíveis infecções ou doenças renais. 11- Dosagem de vitaminas e minerais: avalia os níveis de nutrientes importantes para o organismo, como vitamina D, ferro, cálcio e outros. É importante ressaltar que a escolha dos exames a serem realizados depende da avaliação clínica de cada paciente e pode variar de acordo com a idade, histórico médico e outros fatores. Por isso, é essencial seguir as recomendações do médico ou profissional de saúde responsável pelo acompanhamento. Os exames laboratoriais podem ser úteis para os profissionais de fisioterapia em diversas situações, como no diagnóstico e acompanhamento de condições de saúde, na avaliação de riscos e complicações relacionados a determinadas intervenções terapêuticas, e na identificação de fatores que possam influenciar a recuperação do paciente. Alguns exemplos de situações em que exames laboratoriais podem ser relevantes para fisioterapeutas incluem: ● Doenças crônicas: pacientes com condições como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, entre outras, podem se beneficiar de exames laboratoriais para avaliar o controle da doença e monitorar possíveis complicações que possam interferir no tratamento fisioterapêutico. ● Pré-operatório: em algumas situações, exames laboratoriais podem ser solicitados antes de procedimentos cirúrgicos para avaliar a saúde geral do paciente e identificar possíveis fatores de risco que possam influenciar na recuperação pós-operatória. ● Trauma: em casos de lesões traumáticas, exames laboratoriais podem ser úteis para avaliar possíveis alterações metabólicas, como desidratação ou desequilíbrios eletrolíticos, que possam afetar a resposta do organismo à lesão. ● Dor crônica: em alguns casos de dor crônica, exames laboratoriais podem ser solicitados para avaliar possíveis alterações hormonais, inflamatórias ou metabólicas que possam estar contribuindo para a dor e que possam ser abordadas por meio de intervenções fisioterapêuticas. ● Intervenções terapêuticas: em algumas situações, exames laboratoriais podem ser solicitados para avaliar possíveis riscos e complicações relacionados a intervenções terapêuticas específicas, como exercícios físicos intensos, uso de medicações, entre outros. As condutas fisioterapêuticas podem ser baseadas em exames laboratoriais de diferentes maneiras, dependendo da situação clínica de cada paciente e dos objetivos do tratamento. Algumas possibilidades incluem: ● Adequação do programa de exercícios: exames laboratoriais como hemograma completo, glicemia, colesterol e triglicerídeos, função renal e hepática, entre outros, podem fornecer informações importantes para a elaboração de um programa de exercícios adequado à condição de saúde do paciente. Por exemplo, em pacientes com diabetes descompensada ou com colesterol alto, pode ser necessário adaptar o programa de exercícios para evitar picos de glicemia ou de gordura no sangue. ● Monitoramento de complicações: exames laboratoriais podem ajudar a monitorar possíveis complicações relacionadas à condição de saúde do paciente ou ao tratamento fisioterapêutico em si. Por exemplo, em pacientes com doença renal crônica, pode ser necessário monitorar regularmente os níveis de creatinina e ureia para avaliar a progressão da doença e ajustar o tratamento. ● Identificação de fatores que influenciam na recuperação: exames laboratoriais podem fornecer informações importantes sobre fatores que possam estar influenciando na recuperação do paciente, como deficiências nutricionais, inflamação crônica, desequilíbrios hormonais, entre outros. A partir dessas informações, o fisioterapeuta pode adaptar o tratamento para abordar esses fatores e melhorar a efetividade da terapia. ● Avaliação de riscos: exames laboratoriais podem ser úteis para avaliar possíveis riscos relacionados à intervenção fisioterapêutica. Por exemplo, em pacientes com alterações de coagulação sanguínea, pode ser necessário adaptar o tratamento para evitar riscos de hemorragia. Os exames laboratoriais são uma ferramenta importante para a intervenção fisioterapêutica, pois permitem avaliar a saúde geral do paciente, monitorar possíveis complicações relacionadas a condições de saúde e ao tratamento fisioterapêutico em si, e identificar fatores que possam influenciar na recuperação do paciente. A partir dessas informações, o fisioterapeuta pode adaptar o tratamento para atender às necessidades específicas do paciente, evitando possíveis riscos e maximizando a efetividade do tratamento. No entanto, é importante ressaltar que a interpretação dos resultados dos exames laboratoriais deve ser feita por profissionais capacitados, que devem ser consultados em caso de dúvidas ou necessidade de avaliação clínica mais específica. Além disso,é fundamental que o fisioterapeuta considere a condição clínica geral do paciente e a presença de outras comorbidades que possam influenciar na escolha das condutas fisioterapêuticas, de forma a garantir uma abordagem integrada e eficaz.