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Ortopedia e artrologia em pequenos animais

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Osteomielite 
A osteomielite é uma inflamação óssea da medula e ela pode 
ser de origem bacteriana, fúngica ou por corpos estranhos. As vias 
de infecção podem ser: pós-traumática e pós cirúrgica. Ocorre 
principalmente por uma fratura exposta. 
O diagnóstico é feito por meio de sinais clínicos e radiográficos. 
O tratamento deve ser medicamentoso primeiramente, uma terapia 
antibacteriana, e deve-se fazer cultura e antibiograma 
obrigatóriamente para identificar a bactéria e o melhor tratamento 
para combatê-la. 
Como isso gera uma dor e inflamação, que precisam de 
medicamentos para controla-los. 
Os tratamentos adicionais indicam repouso e não permissão de 
lambedura. Caso o tratamento medicamentoso não funcione, em 
último caso, é feito o tratamento cirúrgico: debridamento, 
lavagem/retirada de sequestro, avaliar fixação e enxertos. 
Como profilaxia, é indicada a assepsia cirúrgica e implantes 
adequados. O prognóstico tende a ser reservado, a do membro já 
tende a ser reservado a ruim. 
 
Fraturas 
Lembrar sempre do ABCDE do trauma: 
Normalmente, primeiro se controla a dor, faz-se um exame 
ortopédico (não o completo) e anestesia geral. 
Em fraturas expostas, deve-se cobrir com curativo 
esterilizado, controlar a dor, sedar/anestesiar, avaliar a função 
neurológica e vascular do membro. Sempre precisa ter em mente 
que isso pode gerar uma osteomielite. 
 
Doenças articulares (artropatias) 
Doença articular degenerativa (DAD) 
É uma patologia de caráter degenerativa, progressiva, crônica, 
não-infecciosa e de evolução lenta que afeta uma ou mais 
articulações (principalmente sinoviais) em cães e gatos. 
 
Ortopedia e artrologia em pequenos animais 
clindamicina - 5-10mg/kg - BID - IV/SC/PO 
ceftriaxona - 25-50mg/kg - BID - IV/SC 
cefalexina - 22-30mg/kg - BID/TID - PO 
metronidazol - 10-30mg/kg VO - BID/SID OU 15mg/kg IV - BID 
norfloxacina - 10 mg/kg/SID) 
gentamicina (4%) - 1/5 em SF - sonda uretral - lavagem interna 
corticóides - deprimem metabolismo condrocítico (colágeno e 
proteoglicanos) 
cloridrato de tramadol - 1 a 2 mg/kg VO/TID 
 + dipirona - 25mg/kg - TID – PO; SC; IM; IV 
meloxicam - 0,1 a 02mg/kg - IV; SC; PO - SID 
• Airway = vias aéreas (checar se há obstruções nas vias 
aéres); 
• Breathing = respiração (observar movimento torácico e 
realizar ausculta/ventilação mecânica se necessário); 
• Circulation = circulação (controlar hemorragia/impedir 
hipovolemia); 
• Disability = incapacidade (determinar nível de consciência: 
alerta e resposta a estímulos); 
• Exposure = exposição (visualização de todo o 
corpo/controlar a hipotermia). 
• Primária (idiopática): 
o Ocorrência relativamente incomum; 
o Adultos jovens; 
o Chow-chow, dálmata, samoieda e labrador; 
o Bilateral. 
• Secundária à instabilidades, incongruências ou lesões de 
cartilagem articular: 
o Forma mais comum; 
o Causa identificável. 
• Erosiva: 
o Idiopática; 
o Ocorrem alterações erosivas articulares detectáveis 
ao exame radiográfico; 
o Diagnóstico diferencial: artrites reumatoides e 
infecciosas. 
As articulações mais acometidas em cães são as dos joelhos, 
as coxofemorais e as dos cotovelos. Em gatos, as mais acometidas 
são: cotovelos, coxofemorais e joelho, nesta ordem. 
Os fatores que aumentam a prevalência, são: 
• Presença de lesões articulares, como displasia coxofemoral, 
ruptura de ligamento e luxação de patela; 
• Sobrepeso; 
• Piso escorregadio; 
• Excesso de exercício na fase de desenvolvimento; 
• Cães de raças grandes ou gigantes (ex: labrador). 
A fisiopatogenia da DAD é graças a degradação enzimática da 
cartilagem articular. Na articulação saudável, os condrócitos são 
responsáveis por manter o equilíbrio entre a degradação da matriz 
cartilagínea e sua reparação. 
Este equilíbrio é mantido principalmente pela interação 
complexa entre condrócitos, citocinas e estímulos mecânicos. Na DAD 
ocorre quebra desta condição de homeostase, desencadeando 
predominantemente, um processo degradativo, que associado ao 
aumento na liberação de citocinas e mediadores inflamatórios, irão 
ocasionar no processo de degradação da cartilagem articular. 
A DAD é a mesma coisa que: artrite, artrose e osteoartrite 
(osteoartrose). Essa doença não há curo, apenas controle, sendo que, 
aquela parte degradada da articulação já não pode mais se regenerar. 
Para os pacientes que já possuem DAD, há várias soluções: suporte 
nutricional, controle de dor, manejo geral e terapias adjuvantes. 
Como suporte nutricional, temos várias opções 
medicamentosas que serve como aporte ao metabolismo das 
articulações: Condroton, Condromax Pet, Osteocart Plus e Colágeno 
Dog Tabs. O colágeno tipo 2 – UC II vai dissensibilizar o sistema 
imunológico. 
O controle da dor vai servir para diminuir o estresse, facilitar 
o movimento e aumentar a qualidade de vida. Pode-se fazer uma 
combinação de antiinflamatórios e analgésicos (dipirona). Jamais utilizar 
corticóides, pois eles deprimem o metabolismo dos condrócitos 
(colágeno e proteoglicanos). 
Os medicamentos mais utilizados nesse caso, são: 
• CIMICOXIB: comprimidos palatáveis de 8, 30 ou 80mg (bula diz 
até 6 meses, mas isso não é comprovado) 
• FIROCOXIB: comprimidos palatáveis de 57mg ou 227mg 
(5mg/kg/SID/VO) 
• ROBENACOXIB: comprimidos palatáveis 10, 20 ou 40mg, 
injetável 20mg/ml 
• GRAPIPRANT (antagonista seletivo do receptor de 
prostaglandina (PRA)): comprimidos palatáveis 20, 60 ou 
100mg (2mg/kg/SID) 
Como terapias adjuvantes, que serve como otimizadora do 
tratamento global, temos alguns medicamentos: 
Outras opções de terapias adjuvantes são as fisioterapias e 
acupuntura. 
Como manejo geral em animais com a DAD, é necessário fazer 
com que tenham o peso adequado para não ocorrer sobrecarga 
articular, e caso, o piso seja escorregadio, mudá-lo para um piso 
rústico, que vai garantir estabilidade articular. 
 
Displasia coxofemoral 
Tem alta prevalência em raças grande e em gatos persas. É 
uma infermidade biomecânica, relacionada com o crescimento do 
esqueleto e a massa muscular. Podendo ser multifatoral: hereditário 
ou ambiental. Ocorre lassidão articular e sinovite. 
É uma incongruência que gera muita dor, desuso e hipotrofia 
muscular. A obesidade é um dos fatores que intensifica o 
desconforto articular, assim como o piso liso que pode agravar a 
situação. 
O exame físico consiste em observar: claudicação, 
deslocamento do peso, atrofia muscular, dificuldade em levantar e 
sentar, crepitação articular, tensão do pectíneo e sinal de ortolani 
positivo. O diagnóstico é feito por meio de histórico, exame físico e 
exame radiográfico. 
O tratamento e o prognóstico tem muitas variantes, podendo 
mudar de acordo com: idade do animal, achados radiográficos, grau de 
dor e desconforto, expectativa e condições econômicas do tutor. 
Se identificado na fase inicial, faz-se uma união entre: AINEs, 
condroprotetores, analgésico, acupuntura e fisioterapia. É nessa fase 
que ocorre hipertrofia muscular. Com 60 a 90 dias, fazer uma 
reavaliação. 
Se não houver dor ou desconforto com os exercícios o 
resultaddo é satisfatório, porém deve-se manter as atividades 
regularmente. Se houver dor ou/e desconforto, receitar tratamento 
cirúrgico (ostectomia de cabeça e colo femoral). 
 
Ruptura do ligamento cruzado cranial 
O ligamento promove a estabilidade da articulação 
femorotibiopatelar, impedindo o deslocamento cranial da tíbia em 
relação ao fêmur (movimento de gaveta). 
O exame físico é feito por meio de: claudicação, dor, 
instabilidade, atrofia muscular e movimento de gaveta. Utilizar o 
mesmo tratamento medicamentoso que a DAD para animais com 
menor de 2Kg (reavaliar após 30 dias e reavaliar periodicamente). 
Em outros casos, o tratamento é cirúrgico: reconstrução 
extracapsular (técnica da fabela), osteotomia de nivelamento do platô 
tibial (TPLO) e avanço da tuberosidade tibial (TTA). No pós-operatório, 
deve-se: restringir atividade durante a cicatrização (+/- 3 meses) e 
realizar radiografiarperiodicamente (6 em 6 semanas). O prognóstico 
é bom. 
Luxação medial congênita da patela 
É o envolvimento da articulação femorotibiopatelar com 
deslocamento medial ou lateral da patela em relação ao eixo 
longitudinal do membro posterior. As deformidades no fêmur e tíbia 
desencadeiam o deslocamento patela em maior ou menor grau. 
Quando ocorre essa luxação, não se sabe ao certo se é por 
causa ou consequência, ocorre também: deslocamento medial do mm 
quadríceps, torção lateral do terço distal do fêmur, sulco troclear 
raso, deformidade da tíbia e, rotação medial e desvio medial da crista 
tibial. 
Os sinais clínicos são intermitentes (grau 1 a luxação patelar à 
palpação). Para o diagnóstico, é feito um exame radiográfico. Se o 
raio-x der normal e a patela sai do lugar à palpação, pode-se fechar 
o diagnóstico. Os graus são: 
O único grau que permite tratamento conservador é o grau 1, 
os outros, apenas através de cirurgia. Faz-se então: suturas 
antirotacionais, pregueamento do retináculo, trocleoplastia 
(aprofundamento do sulco) e transposição da tuberosidade da tíbia. 
O prognóstico é favorável se for feita a correção cirúrgica 
adequada. Pode haver recidiva ou o animal apresental luxação grau 1 
que não comprometa clinicamente a movimentação do animal. 
• Grau 1: luxação patelar intermitente, patela luxa por 
pressão manual e sem pressão se mantém no sulco; 
• Grau 2: sinais de claudicação são intermitentes e de 
natureza leve, principalmente na rotação lateral ou medial 
do membro. Reduz-se com manobras opostas; 
• Grau 3: a patela mantém-se luxada com rotação da tíbia e 
sua crista acompanha a rotação, o animal apoia em semi-
extensão; 
• Grau 4: a tíbia apresenta rotação e sua crista pode 
manifestar acentuado desvio. A patela é 
permanentemente luxada e o animal quando apoia, usa o 
membro flexionado por não fazer extensão.

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