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Introdução D = degenerativas I = inflamação, infecção, intoxicação, idiopática N = neoplasias A = Anomalia congenita M = Metabólica I = intoxicação, infecção, inflamação, idiopática T = Traumatismo - V = vascular As doenças neurológicas podem ser divididas em dois grandes grupos: Congênitas (hidrocefalites, hipoplasias e má-formações) e adquiridas (Síndrome vestibulares e epilepsia). Síndrome vestibular ou doença vestibular É uma doença neurológica que ocorre no tronco encefálico, cerebelo e/ou nervo vestibulococlear (inerva o ouvido e é responsável pelo equilibrio). Tem etiologia neoplasica, nutricional (hipoglicemia), metabólica, inflamatória (verminose), infecciosa (bacteriana, erlichiose), traumática, tóxica, vascular e pode ser por conta de anomalias congênitas (hipoplasia cerebelar). Pode ocorrer inflamação do nervo vestibulococlear com etiologia inflamatória (otite), infecciosa ou idiopática. Outros sintomas da SVC é: estado mental deprimido, déficits proprioceptivos e de nervos cranianos, nistagmo vertical, ataxia, quedas, base ampla, head tilt, andar em círculos e desorientação Outra patologia é a Síndrome de Horner, uma disfunção da inervação simpática, causada por inflamações das inervações da face (facial), por causa traumática ou idiopáticas. É observado anisocoria e ptose palpebral, sintomas clássicos, porém não possui head tilt. A doença pode ser autolimitante e pode estar sozinha, porem com a presença de head tilt, ocorre associação a síndrome vestibular periférica. A síndrome vestibular periférica possui também nistagmo horizontal. Diagnóstico O diagnóstico consiste na identificação, anamnese, exame físico completo e exame neurológico. Grande parte das vezes, a sindrome vestibular periférica é causada por uma otite. Como exames complementares, usa-se o diferencial em relação a causa (DINAMIT- V), exames de triagem + específicos, como citologia auricular (otites), traumas (radiografias), hemograma, biquimico de função renal e hepática, tomografias e ressonância (neoplasias), sorológico (infeccioso), analíse de liquido cefalorraquidiano (pesquisa de hematozoário, neoplasias), etc. Principais neuropatias em cães e gatos Tratamento O tratamento é instituido de acordo com a causa. Em muitos soentes é importante instituir um tratamento de suporte devido a anorexia, náusea e vomito. Para o controle de náusea, anorexia, ansiedade e sinais vestibulares, usa-se: difenidramida ou meclizina. Também pode-se usar anti-vertiginosos: Betaístina e maropitant. Em causa de traumas, utiliza-se: corticóides, antinflamatórios, vitaminas do complexo B e analgésicos. É indicado estimular a atividade motora normal com fisioterapia e acupuntura. Epilepsia e convulsão A crise epilética é uma manifestação clínica desencadeada por uma descarga elétrica neuronal anormal e excessiva, acarretando ou não em perda de consciência. As crises podem ser classificadas de diversas formas, sendo a primeira a parcial (ou focal), onde ocorre movimentos involuntários de pequenos grupos musculares. A segunda é a generalizada, onde ocorre movimentos tônicos clônicos (de pedalar), perda de consciência, salivação, tremores, micção e defecação involuntárias. Também pode ser classificada pelas fases: pródromo ou aura (duração variável de horas a dias), ictus (logo após a crise - minutos) e pós-ictus (imediatamente após com duração variável). Além dessas classificações, ainda pode ser isolada (2 minutos ou menos), aglomerada ou Cluster (2 ou + em um período de 24 horas) e Status epilético (crises seriadas). A etiologia está envolvida com a DINAMIT-V, podendo ser qualquer uma delas. Em casos de intoxicação, pode ocorrer por conta de medicamentos, como cipermetrina, deltametrina e inseticidas doméstocos e repelentes de insetos, bufotoxinas e por conta de plantas tóxicas. Epilepsia idiopática Quando se exclui todas as possíveis causas, diz-se que a epilepsia é idiopática. Geralmente, tem inicio entre 6 meses a 5 anos, com predisposição as raças: pastor alemão, border collie, beagle, labrador, fox, pit bull, entre outras raças. Tratamento Para se tratar as epilepsias, deve-se definir as metas, efeitos colaterais, calendário das crises (data, duração e intensidade), ter rigor nas doses e horarios, e definir situações de emergência. A terapia epilética emergencial, constitui-se de cessar as convulsões, proteger o encéfalo e fazer a manutenção da temperatura corpórea. Os fármacos utilizados são: Diazepam (IV a cada 15 minutos até 3 vezes), Propofol (em bolus por infusão contínua), e como prevenção de edema cerebral o manitol (1 mg/kg em 15 minutos). Em casos de status epilético, faz-se a manutenção da via respiratória e temperatura corporal, Diazepam (IV repetindo a cada 15 minutos por até 5 vezes) e indução de propofol, Glicose 5%, Vitamina B1, Manitol 20% e corticosteróide. Como terapia de manutenção, instituí-se Fenobarbital (2 a 6 mg/Kg BID em cães e 1-5 mg/kg SID/BID em gatos), além de terapias adicionais como o Epi Control. Outros anticonvulsivantes que podem ser utilizados são: Brometo de potássio, Bromazepan, Carbamazepina, Clonazepan e Gabapentina. Pode-se fazer uma associação de Fenobarbital + Brometo de potássio (30 a 40 mg/kg/dia VO). Falhas na terapia anticonvulsivantes Em casos de falhas na terapia anticonvulsivantes, podem estar ocorrendo: doença primária ou concomitante, interação medicamentosa irregular, uso de vários anticonvulsivantes, estro, obesidade, distúrbios gastrointestinais e hepáticos, e dose e nível sérico da droga irregulares.