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Percepção Sensorial Olfato: É uma forma de quimiorrecepção - considerado um dos sentidos mais antigos no contexto evolutivo. ➔ Microorganismos unicelulares utilizam quimiorrecepção para perceber o meio externo. ➔ Organismos sem SN organizado utilizam a quimiorrecepção para busca de alimento e reprodução. Órgão vomeronasal (OVN) - gatos: comunicação por cheiros. Sistema Olfatório: Epitélio olfatório→ Bulbo Olfatório→ Córtex Olfatório. → O epitélio olfatório reveste a cavidade nasal e está presente na lâmina crivosa do osso etmóide. → Ele contém neurônios sensoriais primários, que se projetam do epitélio para o bulbo olfatório (extensão do prosencéfalo, acima do osso etmóide), e transferem a informação para o nervo olfatório (NC I), que faz sinapse com neurônios secundários no bulbo olfatório. → Do bulbo, neurônios secundários de ordem superior, fazem sinapse com o córtex olfatório, sem passar pelo tálamo(na via primária). Ou seja, na via primária, não há percepção consciente do odor. Epitélio olfatório: → A mucosa olfatória é constituída por diversas células, como: - células produtoras de muco (glândula de Bowman) - células de suporte e basais (células-tronco de reposição) - receptores olfatórios, cujas fibras se projetam para fora do epitélio (nos cílios). As fibras dos receptores olfatórios se projetam na lâmina crivosa do osso etmóide, e se conectam com os neurônios sensoriais secundários do nervo olfatório. → As células olfatórias sobrevivem aproximadamente 2 meses, e são renovadas pelas células tronco da camada basal. → Elas são bipolares: possuem 1 dendrito e 1 axônio. Percepção Sensorial Há uma relação física entre o epitélio olfatório, o bulbo olfatório e o córtex cerebral: Efeitos da COVID-19 sobre o olfato: O vírus SARS-CoV-2 induz a perda dos cílios do epitélio olfatório. ● OBS: A carga viral no epitélio olfatório na Covid-19, é um fator de proteção! Segundo pesquisas, as pessoas que pegam Covid e perdem o olfato não costumam ter problemas respiratórios mais graves, já que o vírus fica alojado apenas no trato respiratório superior. → O epitélio infectado é destruído perifericamente no 4° dia após infecção, e ocorre perda de cílios, o que pode ocasionar alteração do olfato ou anosmia. A partir do 14° dia, geralmente ocorre a resolução da infecção. → Algumas partículas virais podem migrar para o bulbo olfatório, e prolongar a anosmia. No entanto, a carga viral concentrada no epitélio e bulbo olfatório permite que não haja migração das Percepção Sensorial partículas virais para outros sistemas, assim impedindo sintomas pulmonares moderados ou intensos. → O vírus pode infectar todas as células do epitélio olfatório, mas possuem preferência pelas células olfatórias, que expressam na superfície da mucosa olfatória as proteínas: enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2) e protease transmembrana serina 2, as quais são aderidas pelo vírus pela proteína spike. → A ligação entre os dois é fosforilada e o vírus é endocitado pela célula, controlando-a e proliferando suas partículas virais pelo epitélio. ● As manifestações dependem da carga viral e da cepa do vírus. ● Vírions que migram para o bulbo olfatório podem migrar para o SNC, podendo causar alterações neurológicas. Transdução do Sinal: → Os dendritos dos neurônios olfatórios primários possuem cílios móveis que se inserem na lâmina de muco onde moléculas odoríferas se dissolvem. → Os neurônios (células primárias) possuem uma proteína G (golf) - receptora odorífera - nos cílios, que se subdivide em vários tipos ao entrar em contato com moléculas/substâncias odoríferas. Cada tipo dessa proteína é sensível a uma faixa limitada de substâncias, que se ligam a elas. → A ativação dessa proteína aumenta o AMP cíclico, induzindo abertura de canais de cátion e despolarização da célula olfatória primária. Como o córtex cerebral interpreta os sinais olfatórios? → Os sinais de muitos neurônios primários convergem para poucos neurônios secundários no bulbo e o sinal é levado para o córtex por uma única via. → O encéfalo integra os múltiplos sinais olfatórios e cria a percepção de muitos odores distintos. Trato Olfatório: Percepção Sensorial Áreas corticais olfatórias primárias: Não passam pelo tálamo: • Núcleo olfatório anterior • Amígdala e Tubérculo olfatório – efeitos endócrinos, viscerais e emocionais dos odores. • Córtex piriforme e periamigdaloide – percepção olfatória. • Córtex entorrinal - memórias olfativas
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