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Semiologia oftálmica

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LFB – 09/03/2023 
1 FPM VII – OFTALMO 
SEMIOLOGIA OFTALMOLÓGICA 
GLOBO OCULAR 
 O globo ocular é formado por conjuntiva, córnea, 
íris, corpo ciliar, ângulo camerular, cristalino, esclera e 
coroide. 
 
ANAMNESE 
ROTEIRO SEMIOLÓGICO 
Deve-se realizar a identificação do paciente e a 
coleta de dados gerais, como nome, data de nascimento, 
idade, sexo, raça, ocupação, naturalidade e procedência 
– informar-se sobre o acompanhante também. É 
importante conhecer a origem do encaminhamento. 
Na consulta, é necessário questionar a queixa 
principal, a história da doença atual, além de quando foi 
o início e a evolução. Avaliar também consultas 
anteriores e a necessidade do uso de óculos, 
antecedentes familiares, pessoais, oftalmológicos e o uso 
de medicações (e alergias). 
Nunca se deve dar um diagnóstico sem antes 
esgotar todas as maneiras de pesquisa. Tudo deve ser 
anotado em prontuário e após o término, abrir para 
dúvidas e indagações do paciente. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
 É preciso escutar atentamente e se esclarecer e 
entender o que o paciente traz. Questiona-se, aqui, o 
tempo e como iniciou a queixa (foi súbito ou gradual?), a 
gravidade (melhorou, piorou ou continuou igual?), se 
existe influência do esforço, se é constante ou não, se 
tem lateralidade e a documentação e registros 
anteriores. 
VISÃO CENTRAL 
A acuidade visual trata-se do status da visão, isso 
é, mede a capacidade do sistema visual de reconhecer o 
alvo. Assim, deve-se medir a AV do OD e OE, s/c e c/c (ex.: 
dinâmica e estática). 
A forma mais comum de avaliação da acuidade 
visual é por meio da tabela de Snellen, representada por 
fração ou decimal, em que 20/20 representa uma visão 
normal (numerador é a 
distância em que o exame 
está sendo realizado – 20 
pés ou 6 metros –, e o 
denominador é a distância 
em que o observador 
normal deveria ver a 
letra). 
Para avaliar a 
acuidade visual para perto 
é utilizada a tabela de 
Jaeger. 
O teste de visão de 
cores mais comum utilizado é o teste de Ishihara, para 
identificação das deficiências congênitas para a visão de 
cores. 
Por fim, para avaliar a visão da criança é utilizado 
o tambor optocinético, em que há listras escuras com 
espessuras diferentes e o olho acompanha o sentido da 
faixa – cada espessura de faixa tem uma medida de visão 
diferente. É sempre bom lembrar que a visão é complexa 
e exige interação de fatores fisiológicos e psicológicos. 
DIAGNÓSTICO DE BAIXA VISUAL 
Deve-se identificar ametropias (miopia, 
hipermetropia, astigmatismo), avaliar os meios 
transparentes (córnea, cristalino, corpo vítreo), se há 
retina neurossensorial (degeneração retinianas, 
descolamentos). Além disso, avaliar o nervo óptico 
(neurites, glaucoma), as vias ópticas (AVCs, tumores) e o 
córtex cerebral (cegueira cortical, paciente não tem 
percepção). O exame do reflexo do olho vermelho 
detecta opacidades. 
REFRAÇÃO 
A luz que se propaga através de uma interface, 
separando dois meios ópticos diferentes, como a água e 
o ar, pode sofrer três tipos de fenômenos ópticos: a 
reflexão, absorção ou a refração. 
A refração é o desvio do feixe de luz quando este 
atravessa a interface entre dois meios transparentes que 
conduzem a luz com velocidades diferentes. Para 
prescrever óculos é preciso inicialmente fazer a 
refratometria, ou seja, medir o poder dióptrico 
necessário da lente que corrija a alteração refracional do 
paciente. 
ESQUIASCOPIA 
Também chama de retinoscopia, é uma técnica 
para determinar objetivamente o erro de refração do 
olho (miopia, hipermetropia e astigmatismo) e a 
necessidade de óculos. 
 
LFB – 09/03/2023 
2 FPM VII – OFTALMO 
 
https://www.spoftalmologia.pt/wp-
content/uploads/2014/06/Protocolo_Retinoscopia_Esquiascopia.pdf 
PROPRIEDADES DO SISTEMA VISUAL 
Pode-se avaliar o alinhamento dos olhos e se há 
a presença do estrabismo – utiliza-se o teste do reflexo 
corneano e o método de Hirschberg (avaliação objetiva 
do alinhamento ocular). 
 
 Além disso, avalia-se o movimento dos olhos 
(motilidade ocular) e binocularidade (fusão). 
BIOMICROSCOPIA 
O método mais utilizado é a lâmpada de fenda, 
que analisa anexos oculares, segmento anterior e 
posterior. É útil da realização da tonometria, gonioscopia 
e fundoscopia – lentes acessórias. Apresenta 
basicamente três sistemas: o biomicroscópio, de 
iluminação e mecânico (focalização). Pode ser direta 
(focalização no mesmo plano) ou indireta (em planos 
diferentes). 
GONIOSCOPIA 
É um exame realizado para análise do ângulo 
entre a córnea e a íris para regular a pressão intraocular 
e da câmara anterior – avaliação do seio camerular, a 
junção da córnea e a esclera adjacente à raiz da íris. É 
realizada por auxílio da lâmpada de fenda e de lentes 
acessórias. No olho normal não é possível a visualização 
direta do ângulo camerular, é indicada para diagnosticar 
glaucoma, traumas oculares e tumores na íris. Não 
existem orientações específicas para o paciente antes da 
realização deste exame. 
 
TONOMETRIA 
Na tonometria temos a medição da pressão intra-
ocular. A subjetiva mede a tensão bi-digital e a objetiva 
realiza a tonometria – acoplado à LF, a esfera faz pressão 
para aplanar área fixa da córnea (a rigidez da córnea 
interfere no resultado). Córneas mais finas tendem a 
subestimar a PIO e córneas mais espessas superestimam 
a PIO. 
 
É o principal parâmetro para dx e 
acompanhamento no glaucoma. 10 a 21 mmHg: maior, 
hipertenso. 
Técnicas de campimetria: campimetria de 
confrontação, campimetria manual e campimetria 
computadorizada. 
FUNDOSCOPIA 
Permite a avaliação das estruturas posteriores – 
vítreo, retina, vasos, disco óptico. Pode ser direta ou 
indireta (equipamento utilizado). 
A fundoscopia direta utiliza o oftalmoscópio 
direto. Forma imagem direta, com magnificação em 15x 
e campo pequeno de visualização. O paciente fixa um 
ponto à sua frente, ao longe, e o examinador deve se 
aproximar com o oftalmoscópio procurando ver retina, 
vasos, disco óptico e mácula. Ajusta-se o foco no botão 
lateral do aparelho. Identifica-se um vaso, deve-se seguir 
https://www.spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2014/06/Protocolo_Retinoscopia_Esquiascopia.pdf
https://www.spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2014/06/Protocolo_Retinoscopia_Esquiascopia.pdf
 
LFB – 09/03/2023 
3 FPM VII – OFTALMO 
seu trajeto em direção proximal, localizando, então, o 
disco óptico – imagem direta e magnificada; frente, OD 
com OD e OE com OE; procure reflexo vermelho, disco 
óptico e depois mácula. 
A fundoscopia indireta consiste no mapeamento 
de retina, gerando uma imagem invertida. O 
oftalmoscópio indireto é um capacete de Skepens que 
permite a visualização ampliada de toda topografia 
retiniana. O OI consiste em um adaptador posicionado na 
cabeça do examinador com uma fonte de luz e uma lente 
acessória para focalizar a parte posterior do olho. A 
imagem visualizada pelo médico é ampliada pela lente 
acessória e depende da dioptria dela. É necessário a 
dilatação pupilar e a distância entre o paciente e o 
examinador é por volta de 40 a 50 cm. Examina-se um 
olho de cada vez. O reflexo vermelho e o fundo são 
localizados e solicita-se ao paciente que mova os olhos e 
a cabeça em todas as direções do olhar, direcionando a 
luz emitida pelo OI para a região do fundo do olho a ser 
examinada. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
O olho humano engloba praticamente todos os 
tecidos. Está interrelacionado com patologias sistêmicas 
e de etiologias diversas. Após esgotar a propedêutica 
básica realiza-se os exames complementares. São 
auxiliares no diagnóstico, fazem controle da terapêutica, 
evolução e prognóstico da patologia. Deve-se associar os 
achados com a clínica oftalmológica.

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