Buscar

Aula 9_Raciocínio profissional em TO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Raciocínio profissional em 
Terapia Ocupacional
PREFª. TUYANY VASCONCELOS
BOA VISTA/2022
O QUE É O TRATAR EM TERAPIA 
OCUPACIONAL???
 NÃO EXISTEM DE RECEITAS (DE BOLO) 
PARA O DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA 
(Nascimento, 1990).
“O que se faz, como se faz,
como colocar em palavras o
que se faz, qual sentido e qual
significado se remete a opção
por determinadas palavras
para comunicar sobre o que se
faz e possivelmente, como
contribui para a identidade
profissional” (Marcolino et al.,
2019).
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 No final da década de 1980 a AOTA financiou um
estudo sobre o raciocínio clínico em Terapia
Ocupacional inaugurando um arcabouço inicial
para a compreensão da condução dos casos
clínicos em TO (Marcolino, 2014).
 Objetivos avançar sobre o tema devido à falta de
consenso em alguns pontos sobre o tema e
ampliar o debate sobre os referenciais teórico-
metodológicos que sustentam o raciocínio clínico.
DEFINIÇÃO DE RACIOCÍNIO CLÍNICO
 Raciocínio é um processo usado por profissionais para
planejar, dirigir, executar e refletir sobre o cuidado do cliente
(Schell et al., 2014).
 O termo raciocínio profissional, considerado mais amplo, as
vezes também é empregado.
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 O raciocínio é de base narrativa.
 Se preocupa com as particularidades dos casos, tanto para
construir nossa compreensão, ao contar as histórias sobre os
pacientes, como conduzir o processo terapêutico de modo a
construir a história terapêutica de sucesso.
 Possibilitar ao paciente uma vivência de experiência significativa
que transforme seu modo de ver, na qual assume um papel mais
ativo (Mattingly, 1998; Mattingly & Fleming, 1994).
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 A prática profissional é mais intuitiva na medida em que os
profissionais vão ganhando experiência profissional.
 Capacidades de reflexão sobre a prática e produção de
conhecimento prático do que pelo tempo de prática (Schon,
2000).
 O profissional precisa avaliar se há coerência entre o que se
pensa e o que se faz na prática profissional.
 Durante o estágio supervisionado o docente avalia
constantemente se o aluno está desenvolvendo o raciocínio
profissional a partir da prática.
 É o desenvolvimento deste raciocínio que irá nortear se houve
ou não a incorporação de todas as teorias, técnicas e
conceitos discutidos ao longo da graduação.
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 O raciocínio clínico permite que:
 Identificar as múltiplas demandas, as habilidades necessárias e o
potencial significado das atividades e ocupações
 Obter uma compreensão mais profunda das inter-relações entre
os aspectos do domínio que afetam o desempenho e apoiam as
intervenções centradas no cliente e resultados.
 Seleção precisa e aplicação de avaliações, intervenções e
medidas de resultado centrado no cliente (Cavalcanti et al.,
2015).
RACIOCÍNIO CIENTÍFICO
 Raciocínio envolvendo o uso de métodos lógicos e científicos
aplicados, como teste de hipótese, reconhecimento de padrão,
tomada de decisão baseada em teoria e evidência estatística.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Impessoal, focando no diagnóstico, condição, teoria de
orientação, evidência de pesquisa ou que “tipicamente”
acontece a clientes semelhantes àqueles que estão sendo
considerado.
RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO
 Raciocínio investigativo e de análise da causa ou natureza das
condições que necessitam do tratamento de terapia
ocupacional.
 Pode ser considerado um componente do raciocínio científico.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Uso de informações pessoais e impessoais. Os terapeutas tentam
explicar porque o cliente está experimentando os problemas pelo
uso de uma mistura de informações baseadas na ciência e no
cliente.
RACIOCÍNIO PROCEDIMENTAL
 Raciocínio em que o terapeuta ocupacional considera e utiliza as
rotinas de tratamento para condições identificadas.
 Pode ser baseado na ciência e pode refletir os hábitos e a cultura
do ambiente de tratamento.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Caracterizado pelo terapeuta que utiliza modelos ou rotinas de
tratamento considerados efetivos para os problemas identificados
e que são tipicamente empregados com clientes nesses
ambientes. Tende a ser mais impessoal e direcionado ao
diagnóstico.
RACIOCÍNIO PRAGMÁTICO
 Raciocínio prático que é utilizado para adequar as possibilidades de
tratamento à realidade atual de prestação de serviço, como agendar
opções, pagamento por serviços, disponibilidade de equipamento,
habilidades de terapeutas, diretrizes de tratamento e situação pessoal do
terapeuta.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Geralmente não focado no cliente ou na condição do cliente, mas, em
vez disso, nos “dados” físicos e sociais que cercam o encontro
terapêutico, bem como no sentimento interno do terapeuta do que ele é
capaz de e tem tempo e energia para realizar.
RACIOCÍNIO ÉTICO
 Raciocínio direcionado para a análise de um dilema ético,
aquisição de soluções alternativas e determinações das ações a
serem empreendidas.
 Abordagem sistemática do conflito moral.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Com frequência, a tensão é evidente quando o terapeuta tenta
determinar qual é a coisa certa a fazer, principalmente quando
enfrenta dilemas no tratamento, princípios em competição, riscos e
benefícios.
RACIOCÍNIO INTERATIVO
 Pensamento direcionado para a construção de relações
interpessoais positivas com os clientes, permitindo a identificação
colaborativa do problema e a resolução do problema.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 O terapeuta se preocupa com que o cliente gosta ou não gosta.
Uso do elogio, comentários empáticos e comportamentos não
verbais para incentivar e apoiar a cooperação do cliente.
RACIOCÍNIO CONDICIONAL
 Mistura de todas as formas de raciocínio com objetivo de
responder com flexibilidade às condições dinâmicas ou predizer as
possibilidades futuras do cliente.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Encontrado tipicamente nos terapeutas mais experientes, que
podem “enxergar” múltiplos futuros, baseados nas experiências
pregressas dos terapeutas e nas informações atuais.
RACIOCÍNIO NARRATIVO
 Processo de raciocínio utilizado para compreender as
circunstâncias particulares das pessoas, projetar o efeito da
doença, incapacidade ou problema de desempenho ocupacional
sobre suas vidas diárias, e criar uma história colaborativa que seja
desempenhada pelos clientes e famílias por meio de tratamento.
 PISTAS PARA RECONHECER NAS DISCUSSÕES COM O TERAPEUTA:
 Pessoal, focado no cliente, incluindo passado, presente e futuro
antecipado. Envolve a apreciação da cultura do cliente como a
base para a compreensão da narrativa do cliente. Relaciona-se “ao
que importa” da condição para a vida da pessoa.
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 O manejo da relação terapêutica é entendido como
procedimento e desse modo, implica na compreensão do
terapeuta sobre os aspectos relacionais do paciente e dos
modos de se colocar na relação para que novas mudanças
possam ocorrer (Marcolino, 2014).
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 Não há atividade terapêutica, senão aquela que é feita em um
determinado contexto, como uma determinada pessoa-
terapeuta (Di Loreto, 1998).
 A atividade para ser terapêutica tem que estar em uma dinâmica
triádica.
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
 Raciocínio associativo: próprio do MTOD, que
vai ligando e tecendo as relações entre as
informações obtidas e as hipóteses
construídas no processo diagnóstico e que se
oferece de matriz para procedimentos em
busca da construção de narrativas clínicas
(Benetton, 2012).
RACIOCÍNIO CLÍNICO 
O quanto ainda é difícil colocar em palavras a prática.
Compreender e avaliar a coerência entre o que 
fazemos e dizemos que fazemos
Necessidade de colocar o que fazemos, como fazemos 
e o que pensamos obre o que fazemos como objetos 
de estudos nas nossas pesquisas (Marcolino, 2014).
Atuaçãoda Terapia Ocupacional
Estabelecer uma reflexão de 
sentimentos na relação e comunicação 
com o paciente, para oferecer-lhe meios 
de lidar com os “fantasmas” que 
surgem como resultados da doença, 
bem como respeitar e entender o 
sujeito/indivíduo como um todo, que 
possui uma história de vida, dentro de 
um contexto que é dinâmico e 
complexo. 
Mesmo uma conversa 
(sem a realização de uma 
atividade como produto) 
entre terapeuta 
ocupacional e paciente 
provavelmente estará 
voltada para auxiliar o 
paciente a “...se mover 
nas suas ações, nos seus 
projetos, nas suas 
atividades” (Marcolino et 
al., 2019). 
REFERÊNCIAS:
 CAVALCANTI, A.; DUTRA, F.C.M.S.; ELUI, V.M.C. Estrutura da prática da terapia ocupacional:
domínio & processo - 3ed. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 26(Ed. Especial), p. 1-49, 2015.
 MARCOLINO, T. Q. Reflexões sobre a investigação do raciocínio clínico em terapia
ocupacional em saúde mental: o caso do Método Terapia Ocupacional Dinâmica. Cad. Ter.
Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 3, p. 635-642, 2014.
 MARCOLINO, T. Q.; et al. “É uma porta que se abre”: reflexões sobre questões conceituais e
de identidade profissional na construção do raciocínio clínico em terapia ocupacional. Cad.
Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v. 27, n. 2, p. 403-411, 2019.
 SCHELL, B.A.B. Raciocínio Profissional na Prática. In: NEISTADT ME, CREPEAU EB. WILLARD &
SPACKMAN. Terapia Ocupacional. 11a edição, Editora Guanabara Koogan, RJ. 2011. cap.
32, p. 318-331.

Continue navegando