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Centro Universitário Hermínio Ometto 
UNIARARAS 
 
ALINE OLIVEIRA PEIXOTO XAVIER 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENTES TÉCNICAS EMPREGADAS 
PARA VERTICALIZAÇÃO DE MOLARES 
INFERIORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARAS/SP 
OUTUBRO/2006 
 
 
 
 
 
Livros Grátis 
 
http://www.livrosgratis.com.br 
 
Milhares de livros grátis para download. 
 
 1 
 
Centro Universitário Hermínio Ometto 
UNIARARAS 
 
ALINE OLIVEIRA PEIXOTO XAVIER 
CIRURGIÃ DENTISTA 
alineoliveirapeixoto@yahoo.com.br 
 
 
 
 DIFERENTES TÉCNICAS EMPREGADAS PARA 
VERTICALIZAÇÃO DE MOLARES INFERIORES 
 
DIFFERENT TECHNIQUES USED FOR THE 
UPRIGHTING OF INFERIOR MOLARS 
 
Dissertação apresentado ao Centro 
Universitário Hermínio Ometto – 
UNIARARAS, para obtenção do Título 
de Mestre em Odontologia, Área de 
Concentração em Ortodontia. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Paulo César 
 Raveli Chiavini 
e-mail: pchiavini@hotmail.com 
Co-orientador: Dra. Eloísa Marcantonio 
Boeck 
 e-mail: eloisamarcantonio@ig.com.br 
 
 
ARARAS/SP 
OUTUBRO/2006 
 2 
Campus Universitário “Duse Rüegger Ometo” 
 
 
 
UNIARARAS 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO 
 
 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
A Dissertação intitulada: “Diferentes técnicas empregadas para 
verticalização de molares inferiores” , apresentada a UNIARARAS – Centro 
Universitário Hermínio Ometto, para obtenção do grau de Mestre em 
Odontologia área de concentração em Ortodontia em 20 de novembro de 2006, 
à Comissão Examinadora abaixo nominada, foi aprovada após liberação pelo 
orientador. 
 
 
 
 
Prof. Dr. Paulo César Raveli Chiavini – Presidente (Orientador) 
 
 
 
Prof. Dr. Manoel Gomes Tróia Júnior – 1º Membro 
 
 
 
Prof. Dr. João Sarmento Pereira Neto – 2º Membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedico este trabalho aos meus avós 
Antônio, Guilhermina, Antenor e Virgínia, que 
mesmo sem muito estudo, souberam me 
ensinar os maiores valores do mundo. 
 
 
 
Ao meu esposo Célio e à minha irmã 
Renata, por serem os bens mais preciosos 
que Deus pôde me trazer. 
 
 
 
Dedico, entretanto, especialmente aos 
meus pais Wander e Eliane, que são meu 
alicerce, minha fortaleza, meu estímulo para 
continuar crescendo e meu maior exemplo de 
vida. 
 4 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, por ter me iluminado sempre no decorrer deste caminho. 
 
Ao Centro Universitário Hermínio Ometto; à Magnífica Reitora Prof. Dra. Miriam 
de Magalhães Oliveira Levada; e ao Magnífico Pró-Reitor de Pós-Graduação e 
Pesquisa Prof. Dr. Marcelo Augusto Marretto Esquisatto, pela oportunidade de 
nos aperfeiçoarmos nos estudos. 
 
Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do Programa de Mestrado da 
Uniararas, pela oportunidade da realização desse trabalho. 
 
Ao Prof. Dr. Ricardo de Oliveira Bozzo coordenador do curso de odontologia, 
pelo ótimo trabalho realizado. 
 
Aos professores, que me permitiram realizar meus ideais de profissão e de 
vida, em especial ao meu orientador Prof. Dr. Paulo César Raveli Chiavini. 
 
Aos funcionários da Biblioteca da UNIARARAS, pelo auxílio dispensado nas 
tarefas de levantamento bibliográfico. 
 
Aos funcionários do Centro de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro 
Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS, pelo carinho nos dedicado. 
 
À minha família, pelo apoio constante e incondicional. 
 
Aos meus colegas de curso, pelo companheirismo e amizade eterna. 
 
 
 
 5 
RESUMO 
 
 A inclinação mesial dos molares inferiores é comum na ortodontia. Essa 
inclinação pode ser por perda de dentes adjacentes ou por impacção dos 
molares devido às suas características de formação e à não auto-correção 
destes para irromperem. A proposta desse trabalho consistiu numa revisão da 
literatura ortodôntica, com intuito de diagnosticar esse problema, bem como 
tratá-lo, descrevendo os métodos e dispositivos de tratamento, tomando ciência 
de suas indicações, vantagens e desvantagens. Existem vários procedimentos 
para correção de segundos e terceiros molares inferiores impactados, como: 
reposicionamento cirúrgico; extração dos segundos molares com transposição 
dos terceiros; simplesmente deixar os terceiros molares irromperem na posição 
dos segundos; por meio de molas verticalizadoras associadas aos aparelhos 
ortodônticos e utilizando mini implantes como ancoragem. Conclui-se que as 
conseqüências da inclinação são: acúmulo de placa bacteriana e formação de 
bolsas periodontais na região mesial do molar inclinado, trauma oclusal e 
impossibilidade de restauração protética do dente, se necessário; que as 
vantagens do tratamento são: maior facilidade de higiene na região mesial do 
dente, eliminação do ambiente periodontal patológico, correção do defeito 
ósseo proximal, melhor relação coroa/raiz e prevenção do trauma oclusal, 
sendo que as desvantagens só ocorrem quando o caso não for corretamente 
diagnosticado e tratado. 
 
Palavras-chaves: verticalização dentária / molar 
 
 6 
 ABSTRACT 
 
 The mesially tipped lower molars are common in orthodontics. This cases 
are due to the early loss of deciduous end permanent adjacent molars or for 
impaction of seconds and thirds molars, resulted from their characteristics of 
these formation and the not self-correction. The proposal of this work was a 
literary revision, with intention to diagnosis this problem, as well as treating it, 
describing the methods and devices of treatment, taking science of its 
indications, advantages and disadvantages. Some procedures for correcting 
lower seconds and third molar impactions are: surgical repositioning, extraction 
of the second molar with transposition of third or simply leaving the third molar 
ones to burst in the position of the seconds, by means uprighting springs 
associates to the orthodontic devices and using mini implantations as 
anchorage. The conclusion are that the consequences of the inclination are: 
accumulation of bacterial plate and formation of periodontais defects in their 
mesial region, oclusal trauma and impossibility of prosthetic restoration the 
tooth; the advantages of the treatment are: bigger easiness of hygiene in the 
mesial region of the tooth, elimination of the pathological periodontal 
environment, correction of infrabony defects, better relation crown/root and 
prevention of the oclusal trauma, and the disadvantages alone occur when the 
case will be correctly diagnosised and treated. 
 
Key words: uprighting tooth / molar 
 
 
 
 7 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figuras 1A e 1B - Molas em aparelhos removíveis .......................................... 13 
Figura 2 - Mola com helicóide e braço de apoio............................................... 14 
Figura 3 - Mola em forma de caixa................................................................... 14 
Figura 4 - Mola com mecanismo “tip back”....................................................... 19 
Figura 5 - Alça em “T” dupla............................................................................. 20 
Figura 6 - Mola de verticalização...................................................................... 21 
Figura 7 - Mola de verticalização...................................................................... 22 
Figura 8 - Alça de verticalização tipo “piggyback” ............................................ 26 
Figura 9A e 9B - Mola em forma de dedo: Primeira fase do tratamento e 
Mola em TMA: Segunda fase do tratamento.................................................... 28 
Figura 10 - Mola em espiral comprimida .......................................................... 29 
Figura 11 - Cantilever curto de TMA ................................................................ 30 
Figura 12 - Cantilever longo de TMA................................................................ 30 
Figura 13 - Verticalização de molar com TSVM 1 ............................................32 
Figuras 14A e 14B - Molas ou cantilevers para verticalização de molares ...... 35 
Figura 15 - Mola soldada à banda, atuando sobre o segundo molar inferior ... 37 
Figura 16A - Dente a ser verticalizado com mini implante ............................... 38 
Figura 16B - Dente sendo verticalizado com mini implante...............................38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
TMA.......................................................................................... titânio-molibdênio 
mm .......................................................................................................milímetros 
Niti .................................................................................................... níquel-titânio 
PLA .............................................................................................placa lábio ativa 
AEB ............................................................................................. arco extra bucal 
TSVM .................................................técnica simples de verticalização de molar 
 
 
 
 9 
SUMÁRIO 
 
Resumo............................................................................................................ 05 
Abstract ............................................................................................................ 06 
Lista de ilustrações........................................................................................... 07 
Lista de abreviaturas ........................................................................................ 08 
Introdução ........................................................................................................ 10 
Objetivo ............................................................................................................ 12 
Revisão da Literatura ....................................................................................... 13 
Discussão......................................................................................................... 41 
Conclusão ........................................................................................................ 47 
Referências Bibliográficas................................................................................ 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
INTRODUÇÃO 
 
A inclinação mesial dos molares inferiores, tanto isolados como em 
conjunto, é um quadro clínico muito comum dentro da ortodontia, 
principalmente em adultos. 
De acordo com MAJOURAU; NORTON (1995), durante o crescimento e 
desenvolvimento normal da mandíbula, os segundos e terceiros molares têm 
sua formação distalmente ao primeiro molar, mas possuem uma inclinação 
mesial. Essa inclinação é usualmente auto-corrigida com a reabsorção da 
borda inferior do ramo ascendente da mandíbula. Infelizmente, não é sempre 
que essa correção acontece, tornando, muitas vezes, os segundos e terceiros 
molares inferiores impactados e mésio-angulados. 
Os terceiros molares inferiores impactados têm sido encontrados com 
maior freqüência que os segundos molares, sendo que, os tratamentos de 
verticalização desses dentes, tem sido um desafio atual na ortodontia (GAZIT; 
LIEBERMAN, 1993). 
De acordo com a pesquisa de McABOY et al. (2003), a prevalência de 
impacção de segundos molares foi de aproximadamente três em 1000 
indivíduos, sendo que ocorreram mais na mandíbula do que na maxila, com 
maior freqüência unilateral. Houve uma predileção para o gênero feminino e a 
ocorrência mais comum foi a inclinação mesial. 
 Em alguns casos, os segundos molares inferiores impactados irrompem 
parcialmente, ficando a parte mesial da coroa abaixo da gengiva. Porém, 
existem ocorrências mais severas, nas quais a coroa do dente fica totalmente 
coberta pela mucosa, tornando o tratamento um pouco mais difícil (SINHA et al. 
1995). 
A impacção dos segundos molares permanentes inferiores pode ser 
resultado de procedimentos ortodônticos na fase da dentadura mista, que 
poderiam ocasionar a perda de espaço na região dos molares ou a 
insuficiência da reabsorção óssea na borda inferior do ramo ascendente da 
mandíbula durante o período de crescimento, associado à tendência de direção 
distal que caracteriza a irrupção dos dentes inferiores. A impacção, ainda, pode 
 11 
estar associada à formação de cisto folicular ou a anquilose dentária 
(QUEIROZ, 1997). 
É sabido que a inclinação mesial dos molares ocorre devido à perda 
precoce de molares decíduos ou permanentes, anadontia de segundos pré-
molares, irrupção ectópica ou ainda a utilização prolongada de PLA ou AEB, 
resultando em impacção de segundos e terceiros molares. Associado à 
inclinação mesial, pode ser encontrado, frequentemente, defeitos infra ósseos 
verticais e bolsas infra ósseas na região mesial dos molares, bem como a 
migração distal dos pré-molares, extrusão do molar antagonista, contatos 
prematuros em relação cêntrica, interferências oclusais nos movimentos de 
látero-protrusão, além de dificultar a confecção de prótese quando a inclinação 
é excessiva (SAKIMA et al. 1999). 
Segundo DAIANESI et al. (2000) existem vários procedimentos para 
correção de segundos molares inferiores impactados, como o 
reposicionamento cirúrgico dos segundos molares, extração destes dentes com 
transposição do terceiro molar inferior ou simplesmente deixando o terceiro 
molar irromper na posição do segundo. 
Porém, foi sugerido que a conduta mais segura e que causa menor dano 
ao indivíduo seria a verticalização dos molares inferiores por meio de molas 
verticalizadoras associadas aos aparelhos ortodônticos e por meio de 
dispositivos associados aos mini implantes de ancoragem. Sendo assim, 
procuramos revisar a literatura com o objetivo de descrever esses dispositivos, 
bem como tomar ciência de suas indicações, vantagens e desvantagens. 
 
 
 
 
 
 12 
OBJETIVO 
 
Este trabalho teve como proposta estudar por meio de uma revisão da 
literatura ortodôntica, a verticalização de molares inferiores, abordando: 
• causas; 
• conseqüências; 
• tipos de tratamento; 
• vantagens; 
• desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
REVISÃO DA LITERATURA 
 
CHIPMAN (1961) discutiu os papéis dos segundos e terceiros molares na 
terapia ortodôntica. O autor relatou as vantagens e desvantagens da extração 
dos primeiros molares para posterior ocupação dos segundos molares por meio 
de tratamento ortodôntico e também da extração dos segundos molares para 
posterior ocupação dos terceiros molares, demonstrando alguns casos. 
Concluiu, então, que o mais importante, antes da extração de qualquer dente, 
seja ele primeiro ou segundo molar, ou até de pré-molar, deveria ser o 
minucioso e correto diagnóstico. 
NORTON; PROFFIT (1968) citaram os problemas de verticalização de 
molares antes da fabricação de próteses fixas, pois esses dentes deveriam ter 
uma inclinação axial própria para funcionar como retentores das próteses. Os 
autores sugeriram três tipos de molas usadas em aparelhos removíveis: mola 
com dois helicóides curvados em forma de dedo, com retenção no acrílico da 
região oclusal até o molar a ser verticalizado (figura 1B); mola contendo dois 
arcos em forma de “loop”, os quais conectam pela vestibular e pela lingual o 
molar a ser verticalizado; e mola com gancho lançador, em forma de sela, 
coberta por acrílico por mesial e por distal, exceto no meio da mola (figura 1A). 
 
A B 
Figuras 1A e 1B: Molas em aparelhos removíveis 
Fonte: NORTON; PROFFIT 1968. p. 312 e 313. 
 
Os autores também sugeriram alguns dispositivos fixos, como a mola em 
espiral aberta, mola contendo um helicóide e um braço de apoio (Figura 2) e 
mola em forma de caixa (Figura 3), e ainda demonstraram como fabricar e 
como ativar cada uma dessas molas. 
 14Figura 2 - Mola com helicóide e braço de apoio 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p. 82. 
 
 
Figura 3 - Mola em forma de caixa 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p. 89. 
 
PESKIN; GRABER (1970) defenderam o tratamento de verticalização de 
molares inferiores por meio de reposicionamento cirúrgico. De acordo com os 
autores, os casos deveriam ser muito bem diagnosticados pelo ortodontista e 
pelo cirurgião, assim como o plano de tratamento deveria ser monitorado pelos 
mesmos. Se a avaliação e o procedimento fossem realizados corretamente, 
poderia ser observado um pequeno distúrbio sensorial de resposta inflamatória, 
mas, o dente reposicionado, permaneceria vital, e, provavelmente, não 
ocorreria anquilose dentária. 
GOTTLIEB (1971) indicou uma mola para verticalização de segundos pré-
molares e de segundos molares inferiores. A mola verticalizadora era composta 
por um apoio no dente contíguo, sendo que no caso do segundo molar era 
apoiada em um arco lingual soldado na banda do primeiro molar, por um 
helicóide no meio e por um braço para inserir no dente o qual deveria ser 
ativado. O autor demonstrou um caso de verticalização de segundo pré-molar 
 15 
inferior e um de segundo molar inferior, sendo que ambos tiveram sucesso, em 
curto período de tempo, confirmando a efetividade dessa mola. 
JOHNSON; TAYLOR (1972) deram algumas opções de tratamento para 
os molares inferiores impactados que estavam intra-ósseos. Selecionaram 
vinte segundos molares inferiores impactados, com inclinação mesial variando 
entre 30 e 50 graus. Todos os dentes tiveram exposição cirúrgica para a 
colagem dos dispositivos ortodônticos, sendo que foram utilizados três tipos de 
dispositivos: tipo A: arco ideal com molas auxiliares soldadas a ele, uma em 
cada ponta para adaptar nos segundos molares inclinados, orientando-os 
distalmente; tipo B: mola semelhante à do tipo A, com a mesma orientação 
distal, porém usada apenas quando os molares eram bandados, não possuindo 
o arco ideal (nesse caso, utilizou-se um arco lingual para ancoragem); e mola 
tipo C: semelhante aos tipos A e B, porém com um “loop” na vertical para 
levantar o molar no momento que isso fosse necessário. Os autores concluíram 
que a mola tipo C provou ser a melhor e que as vantagens dessa técnica foram 
as facilidades de aplicação e a capacidade de não produzir trauma no dente 
impactado. 
De acordo com BUCHNER (1973), um método simples e familiar de 
desempacção de segundos molares inferiores era usar um fio de separação no 
ponto de contato do molar do lado da inclinação. Porém, se a impacção for 
severa, são necessários outros métodos, como em alguns casos, os quais é 
necessária a remoção cirúrgica de osso, para colagem de algum acessório. O 
autor usava o método o qual era feito um “loop” parcial no final de um arco, 
inserindo-o na convexidade do segundo molar impactado, aplicando uma força 
distal e vertical quando o arco era inserido na vestibular do primeiro molar. 
Contudo, apesar de efetivo, era um método muito dificultoso, não sendo mais o 
tratamento de escolha do autor. Assim sendo, sugeriu-nos o uso de pinos 
inseridos nos segundos molares e apoiando molas, que poderiam ser em forma 
de hélice e em forma espiral. Segundo ele, ambas eram eficientes, sendo que, 
a em forma de hélice fazia o movimento necessário mais rápido, porém, eram 
usadas em casos menos severos e que precisavam de menos ancoragem. A 
mola em espiral, requeria um espaço na distal do segundo molar, e a em forma 
de hélice não requeria este espaço, mas, poderia irritar os tecidos, os quais 
 16 
estavam perto dela. No final do tratamento os pinos deveriam ser removidos e 
ser providenciadas restaurações, para os espaços deixados por eles. 
Segundo SAFIRSTEIN (1974), as técnicas para desimpacção de molares 
inferiores incluíam o uso de fios separadores, arcos linguais com molas 
acessórias, dispositivos removíveis e a colocação de pinos nos dentes 
impactados. O método de escolha do autor, no entanto, foi a colagem direta. 
Para realização dessa técnica, o operador deveria colar o acessório na base da 
superfície disponível do dente, podendo ser um tubo ou um braquete, 
dependendo do espaço disponível. Existiam duas maneiras para a preparação 
do acessório: na primeira, o suporte do tubo ou do braquete eram unidos à uma 
base perfurada de aço inoxidável (GAC), e, na outra, requeria soldar o 
acessório à uma tira de 0,02”, o qual, por sua vez estaria soldado ao aço 
inoxidável. O autor explicou detalhadamente o procedimento de colagem do 
acessório no dente impactado e depois fixou algumas maneiras de 
verticalização do dente, podendo ser apenas com fios , quando o dente 
estivesse pouco inclinado, ou com algum tipo de mola, quando a posição do 
dente fosse mais horizontal. Com esse trabalho, foi concluído que embora a 
impacção de terceiros molares fosse comum, os segundos molares 
impactados, também estavam sendo relatados com bastante freqüência, sendo 
que, sua etiologia poderia ser por iatrogenia do profissional através de 
finalidades ortodônticas. Concluiu-se, ainda, que o tratamento dos molares 
impactados mais baixos foi simplificado extremamente pela utilização dos 
novos materiais de colagem. 
HENNS (1975) indicou uma mola removível de verticalização de segundos 
molares inferiores, que deveria ser ativada uma vez a cada dois meses. A mola 
foi apoiada na região oclusal do dente inclinado, já que, geralmente, a 
inclinação seria para mesial e a cúspide distal não ficaria coberta pela gengiva, 
sendo aproveitada para apoio da mola. A duração do tratamento seria em torno 
de oito meses, sendo que também, poderia ter aplicação em terceiros molares 
inferiores impactados, mas não cobertos totalmente pela gengiva. A 
desvantagem dessa mola seria que, por ser removível, necessitaria da 
colaboração do indivíduo em tratamento. 
RUBENSTEIN (1975) fez a exposição de um caso de verticalização de 
segundos molares com colagem direta, no qual um fio 0,022” foi ligado à 
 17 
superfície vestibular do segundo molar impactado. Um arco de fio 0,014” 
redondo foi fabricado passando pelo tubo vestibular do primeiro molar, 
estendendo-se até o fio do segundo molar a ser verticalizado. Foi introduzida 
no arco, entre o primeiro e o segundo molar, uma mola aberta e dentro de 
quatro meses os segundos molares já estavam verticalizados. 
CANUT (1975) propôs descrever o tratamento de certos casos clínicos, os 
quais a correção própria dos molares inferiores, determinaria o sucesso ou o 
fracasso da mecânica ortodôntica. O autor conceituou a normalidade de 
posições dos primeiros e segundos molares inferiores e demonstrou algumas 
técnicas e procedimentos para o tratamento de certos tipos de maloclusões. 
Solucionando várias terapias, fixou que para toda variedade de problemas 
clínicos com os molares inferiores, sejam eles simples ou complexos, o 
importante seria termos o máximo de cuidado no diagnóstico e no plano de 
tratamento, para que pudéssemos alcançar o êxito de cada caso. 
DAVIS et al. (1976) sugeriram a técnica de verticalização cirúrgica com 
posterior enxerto ósseo como tratamento de segundos molares impactados e 
mésio-angulados. Segundo os autores, o tratamento com a exodontia do 
segundo molar não era viável, pois a posterior irrupção do terceiro molar na 
posição correta do segundo seria imprevisível e o tratamento ortodôntico seria 
dificultoso, por necessitar de um tempo prolongado e, por nem sempre possuir 
um prognóstico positivo. Estudaram por dois anos 21 casos de molares 
inferiores mésio-angulados, parcialmente impactados, tratados pela 
verticalização cirúrgica com enxerto ósseo e concluíram que esse era um bom 
método, por ser um tratamento de resultado rápido, que não necessita da 
colaboração do indivíduo a ser tratado e por ter uma alta prevalência de 
sucesso. 
RUBIN (1977) demonstrou uma técnica de colagem direta para 
verticalizaçãode segundos molares inferiores impactados; porém, nesse artigo, 
ele sugeriu um material novo, que facilitou extremamente a técnica de colagem, 
pois, os materiais citados anteriormente pelo autor, requeriam isolamento até 
que a polimerização inicial ocorresse, o que seria muito difícil de conseguir, 
devido à localização do segundo molar na boca. Esse material que foi sugerido 
pelo autor, teria polimerização rápida e juntamente com ele, seriam coladas 
alavancas de verticalização, fabricadas com fio 0,020” na superfície exposta 
 18 
dos molares parcialmente impactados. A técnica foi usada em 50 casos e o 
tempo médio requerido para verticalização foi de três meses. 
Segundo LANG (1977), a inserção periodontal poderia ser mantida ou até 
ampliada com a verticalização de molares, sendo esta a conclusão de um 
trabalho realizado com a investigação clínica de 18 indivíduos. Para o 
tratamento de verticalização dos segundos molares, foram usados arcos 
ortodônticos segmentados, ancorados nos pré-molares do lado a ser tratado, 
que receberam braquetes soldados em bandas. Para evitar a interferência do 
molar em processo de verticalização foi indicada uma placa para levantamento 
de mordida. Esse tratamento teve duas fases, sendo que na primeira, a 
duração foi de quatro a seis semanas e os braquetes receberam um fio 0,014”, 
com uma alça em caixa entre o pré- molar e o molar, capaz de permitir o início 
da verticalização do segundo molar. Na segunda fase, que durou de seis a oito 
semanas, uma mola de verticalização foi fixada no encaixe do braquete do 
segundo molar ativado, a qual foi ativada e finalizou o trabalho. 
ROMEO; BURSTONE (1977) indicaram uma mecânica de inclinação de 
molares a qual denominaram “tip-back”. Essa mecânica seria realizada através 
de uma mola fabricada com um fio 0,018” X 0,025” que possuiria uma hélice, a 
qual seria encaixada no dente a sofrer a movimentação e seria anexada ao 
aparelho fixo na região anterior da arcada dentária (Figura 4), e possuía a 
vantagem de não depender da colaboração do indivíduo a ser tratado, de ter 
duração rápida no tratamento e de não produzir efeitos indesejáveis nos dentes 
anteriores. Segundo os autores, esse sistema de força tanto poderia ser 
utilizado individualmente como num grupo de dentes, observando 
essencialmente o centro de resistência, pois dependendo da necessidade de 
cada caso, também, poderiam ser inseridos movimentos de intrusão e de 
extrusão. 
 19 
 
Figura 4 - Mola com mecanismo “tip back”. 
 
TUNCAY et al. (1980) propuseram para a verticalização de um único 
molar a mola segmentada com alça simples em “T”, tendo como ancoragem o 
canino e os pré-molares do lado do molar inclinado. Existia, ainda, um arco 
lingual unindo os dois caninos para aumentar a ancoragem, e, os dentes 
deveriam estar conjugados para que não ocorresse espaçamento entre eles. O 
molar a ser verticalizado, receberia uma banda com um tubo soldado, sendo 
que, a mola deveria ser ativada formando um ângulo de 30 graus da sua ponta 
distal com a direção do tubo do molar inclinado. Para verticalização de dois 
molares adjacentes os autores indicaram um arco segmentado com alças 
duplas em “T” (Figura 5). Os procedimentos de bandagem e ancoragem citados 
anteriormente deveriam ser seguidos, sendo que, o primeiro molar do arco, 
teria na banda um tubo conversível para inserção da mola por vestibular. A 
ativação da mola na mesial do molar formaria um ângulo de 60 graus entre a 
parte do fio a ser encaixado com a direção da luz do tubo, sendo que, na distal 
do molar, a ativação deveria ser de 30 graus. Os autores concluíram que as 
molas com alça em T seriam fáceis de fabricar e usar, além do que, 
ofereceriam movimentos controlados nos três planos do espaço, boa aceitação 
do paciente e pouco tempo de tratamento, em torno de oito a dezesseis 
semanas, dependendo da quantidade de movimento necessário para deslocar 
o dente. 
 20 
 
Figura 5 – Alça em “T” dupla 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p.90. 
 
Segundo ROBERTS; CHACKER; BURSTONE (1982) a posição ideal para 
um molar verticalizado deveria coincidir com uma ótima condição periodontal 
do meio. Nesse caso, o tratamento protegeria contra a doença periodontal e 
contra o trauma oclusal. Os autores selecionaram a aplicação de uma mola 
segmentada para correção radicular, a qual seria modificada por Burstone, pois 
era indicada quando se desejava um movimento mesial da raiz e/ou a irrupção 
forçada, pois esta permitia flexibilidade na promoção das combinações 
desejadas de momento e força (Figura 6). Deveriam ser usados como 
ancoragem, o canino, os pré-molares e o canino do lado oposto, sendo que, o 
canino deveria conter um braquete com duas ranhuras horizontais e o molar 
deveria receber uma banda com um tubo soldado. O fio estabilizador 
retangular, com a maior espessura possível, passaria pelo canino e pré-
molares, conjugando-os para evitar espaçamento. Assim, a mola já seria 
inserida, mas, de forma passiva inicialmente. Os autores concluíram que, seria 
necessário comprovar a natureza biológica do molar a ser verticalizado, antes 
de decidir o procedimento a ser tomado. Os tratamentos variaram muito de 
caso para caso, e, os casos individuais devem ser considerados nas bases 
individuais. De acordo com eles, os movimentos ortodônticos servem para 
estabilizar o meio, o qual providencia a função fisiológica, bem como, re-
estabiliza o que é considerada a posição própria do dente. 
 21 
 
Figura 6 – Mola de verticalização 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p.93. 
 
 
LANG (1985) relatou algumas maneiras para verticalização de molares 
parcialmente impactados, sendo que a considerada mais eficiente foi a de 
Halterman”s por possuir as seguintes vantagens: simples de construir; não 
requerer cooperação do indivíduo a ser tratado; fácil ativação; não requerer 
nenhuma dobra das molas; o tratamento ser rápido e não ocorrer rotação nos 
molares. 
HAAS (1986) defendeu a não extração dos segundos molares 
permanentes. De acordo com o autor, a errônea suposição de que o terceiro 
molar assumiria uma posição aceitável no arco dentário equivalente ao 
segundo molar, faz com que vários profissionais prefiram a extração dos 
segundos molares a algum tipo de mecânica mais complicada, como por 
exemplo, a verticalização de molar impactado. No entanto, o autor nos mostrou 
várias razões para não nos precipitarmos e não cometermos erros no 
diagnóstico, prezando mais os segundos molares. 
JOHNSON; QUIRK (1987) relataram a filosofia da reposição cirúrgica dos 
segundos molares impactados e a experiência dos outros autores nos últimos 
13 anos. As alternativas que os autores deram para o tratamento do segundo 
molar impactado foram: a reposição cirúrgica com ou sem remoção do terceiro 
molar adjacente; a remoção do segundo molar, esperando a irrupção do 
terceiro e, o transplante do terceiro molar no alvéolo do segundo. Segundo 
eles, a reposição cirúrgica apenas deveria ser realizada se o ortodontista não 
conseguisse outra alternativa para o tratamento. 
Segundo ORTON; JONES (1987), na maioria dos casos de molares 
inferiores impactados, o tratamento de escolha seria a desempacção, 
 22 
dependendo da severidade do caso. Para impacções muito leves, os autores 
indicaram módulos separadores, molas em espiral ou fio de metal leves ou 
moderados; para as impacções moderadas indicaram os sistemas de 
aparelhos ativos como molas helicoidais ou molas com alças em T; para os 
dentes na posição horizontal, sugeriram o reposicionamento cirúrgico ou a 
exodontia dos mesmos. Os autores desenvolveram uma mola helicoidal 
simples, discreta e com uma ação razoavelmente rápida, cujo tempo de 
tratamento variou de quatro a doze meses (Figura 7). A mola, que recebeu o 
nome de LTM, tinha um gancho para ativaçãoapoiado sobre o molar adjacente 
anterior e possuía a função de desimpacções suaves e severas, mas não 
associadas à lingualizações ou má posições buco-linguais. Recomendam, 
também, a sobrecorreção dos casos. 
 
 
Figura 7 – Mola de verticalização 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p.90. 
 
VARPIO; WELLFELT (1988) pesquisaram uma população composta por 
88 indivíduos, nascidos entre 1960 a 1974, desde a idade dos seis aos 
dezesseis anos, analisada por ortodontistas e clínicos gerais sobre os 
distúrbios da irrupção dos segundos molares inferiores, assim como sua 
aparência clínica, prevalência e etiologia. Como resultados, obtiveram que a 
aparência clínica desses dentes foram: segundos molares impactados em 
posição mesio-angular; segundos molares impactados em posição disto-
angular e segundos molares impactados em posição vertical. Obtiveram, 
também, que a prevalência foi que 75 indivíduos que tinham um ou os dois 
dentes impactados, sendo que 35 desses dentes estavam totalmente 
impactados. Ainda concluíram que a falta de espaço para o dente foi a causa 
mais freqüente de sua impacção. 
 23 
FREEMAN (1988) demonstrou alguns problemas que poderiam ocorrer 
nos segundos molares inferiores, como a inclinação e a rotação. Em um caso 
demonstrado pelo autor, o indivíduo tinha um segundo molar inferior 
impactado, que estava inclinado 70 graus mesialmente. O caso foi tratado 
colando um braquete na superfície disto-vestibular do dente, que foi 
cirurgicamente exposto, e logo após, foi inserida uma mola em espiral fechada, 
apoiada no primeiro molar, a qual empurrava o segundo molar distalmente, 
desinclinando-o. Em outro caso, o indivíduo tinha um segundo molar inferior 
com rotação de 90 graus para distal, sem possuir um dente adjacente para ser 
usado de apoio. Para a correção desse caso, o dente foi bandado e foi 
realizado o alinhamento e nivelamento do arco dentário, começando pelo fio 
0,015” até o 0,020”, reposicionando os tubos na medida do necessário,sendo 
que, os tubos foram reposicionados quatro vezes. 
FREEMAN (1988) descreveu sobre o quanto é imprevisível a irrupção dos 
terceiros molares. Além disso, disse o quanto esse dente é variável em sua 
forma, tamanho, posição, tempo de desenvolvimento e tempo de irrupção. O 
autor demonstrou alguns casos de evolução de posicionamento de terceiros 
molares, os quais foram acompanhados radiograficamente. Em um caso, os 
terceiros molares estavam em posição favorável de irrupção e acabaram 
inclinando-se, e no outro caso, os dentes estavam em posição desfavorável, 
angulados horizontalmente e acabaram irrompendo em boa posição no arco 
dentário. O autor concluiu, portanto, que é impossível prever a posição final dos 
terceiros molares. 
FERRAZZINI (1989) quis demonstrar um caso de verticalização de 
segundo molar inferior devido à falta de casos assim na literatura. Segundo ele, 
geralmente eram recomendadas verticalizações cirúrgicas porque na 
ortodontia, esse tratamento é dificultoso e imprevisível. O caso demonstrado 
pelo autor foi do seu próprio filho, que teve a arcada inferior alinhada e nivelada 
e depois o segundo molar foi exposto cirurgicamente para colagem de um 
braquete na sua superfície distal. Foi então, fabricada uma mola com um fio 
0,032” e fixada em posição vertical e vestibular, começando a ativação do 
molar impactado. Para evitar movimento no primeiro molar contíguo, foi 
instalada uma barra palatina entre os primeiros molares superiores e um 
elástico entre o primeiro molar superior e o inferior do lado do dente a ser 
 24 
verticalizado. Esse elástico era utilizado cruzado ou vertical, conforme a 
necessidade. No final do tratamento, foi colado um tubo na vestibular do 
segundo molar, no qual a extremidade do arco foi diretamente inserida. Foi 
instalada uma mola em espiral para distalizar e terminar a verticalização do 
dente. O autor achou importante lembrar, também, que o osso na região entre 
o primeiro e o segundo molar que foi verticalizado, manteve-se em perfeita 
integridade. 
SLODOV; BEHRENTS; DOBROWSKI (1989) descreveram sobre a 
experiência clínica dos terceiros molares na ortodontia. Segundo os autores, 
pouca literatura foi encontrada em se tratando de verticalização de terceiros 
molares, pois a maioria possuía a tradicional atitude negativa de se livrar 
desses dentes. Sugeriram para verticalização dos terceiros molares a seguinte 
técnica: exposição cirúrgica do dente, se necessário; colagem de um botão na 
mesial do terceiro molar; bandagem do segundo molar com uma alça soldada 
na banda abraçando o terceiro molar até a distal desse dente, e, com um 
gancho na ponta; e uso de elástico que vai do botão do terceiro molar até o 
gancho da alça soldada na banda do segundo molar. Os autores deixaram 
claro que, o mais importante, em cada caso, seria o diagnóstico correto, pois 
existem casos, que a melhor alternativa, seria a exodontia dos terceiros 
molares, no entanto, se o melhor for conservar o terceiro molar, essa técnica 
provavelmente poderia ser usada tendo um bom resultado. 
MOYERS (1991) sugeriu dois registros de tratamento para verticalização 
de molares inferiores. No primeiro caso, a verticalização era apenas nos 
segundos molares, sendo necessária uma aparelhagem seccional envolvendo 
tubos molares duplos nos segundos molares e braquetes nos pré-molares e 
caninos. Além disso, como o arco mandibular não estava perfeitamente 
alinhado, foi colocado um arco lingual de canino a canino. Nos casos mais 
complicados, todos os dentes receberam aparelhagem fixa. Foi feito o 
alinhamento com fio twist flex (0,015” ou 0,025”) e colocado um arco redondo 
0,018” passando pelos braquetes e pelo tubo principal do segundo molar. 
Nessa fase, já poderia ser acrescentada uma mola verticalizadora no tubo 
inferior do segundo molar. Após a verticalização, foi necessária a colocação de 
um fio de 0,018” x 0,025” para assegurar a posição final das coroas e o 
alinhamento das raízes. Um retentor Hawley foi usado enquanto os dentes 
 25 
estavam sendo preparados para a prótese. No segundo caso, a verticalização 
foi para segundos e terceiros molares, sendo necessários tubos duplos nos 
segundos molares e simples os terceiros, além de braquetes em todos os 
outros dentes do arco inferior. Foi realizado, então, o nivelamento da arcada 
até o fio 0,018”, e colocado molas verticalizadoras simultâneas tanto para os 
segundos como para os terceiros molares ( em helicóide nos segundos e em L 
nos terceiros molares). Após a verticalização, colocou-se um fio 0,018” para 
assegurar todos os braquetes e tubos. Caso houvesse espaço entre os dentes 
de ancoragem, usaria uma mola comprimida ou elásticos em cadeia para sua 
correção. Por fim, colocou-se um fio 0,018” x 0,025” e, posteriormente, as 
próteses. Uma complicação que poderia ocorrer com o uso dessas técnicas 
seria a abertura indesejada de mordida, particularmente, se só um lado dos 
arcos fosse utilizado, e seria um sinal evidente da impropriedade do 
mecanismo ou falha no ajuste de aparelhagem. 
KOGOD; KOGOD (1991) sugeriram para verticalização de segundos 
molares inferiores as alças “piggyback”, que produzem forças verticalizadoras e 
distalizadoras. Essas molas foram confeccionadas com o fio 0,018” redondo e 
apresentaram quatro alças: loop de acabamento; loop para ativação; alça em 
“U” vertical; extremidade final, que deveria ser inserida na mesial do molar 
impactado (Figura 8). A ativação da mola se realizaria ao amarrar firmemente o 
segmento de estabilização (do primeiro molar até a região de pré-molares), 
inserindo a extremidade final da alça na ameia entre o primeiro molar e o 
segundo molar inclinado. Essa ativação foi feita uma vez por semana e o 
resultado começou a aparecer entre duas e quatro semanas. Os autores 
demonstraram também que, na presença do terceiro molar, essa mola também 
foi efetiva,verticalizando e distalizando tanto o segundo quanto o terceiro 
molar. 
 
 
 26 
 
Figura 8 – Alça de verticalização tipo “piggyback” 
Fonte: SAKIMA et al. 1999. p. 97. 
 
Segundo GAZIT; LIEBERMAN (1993), a impacção dos segundos molares 
inferiores teriam nos procedimentos de tratamento, um grande desafio. O 
reposicionamento cirúrgico seria um procedimento comum, mas, com as 
desvantagens de alguns riscos, como a perda da vitalidade, ou a anquilose ou 
até de reabsorção do dente. O tratamento ortodôntico de escolha seria um guia 
mecânico de erupção, sendo que, se o dente estiver na posição horizontal, este 
se tornaria muito difícil. O autor demonstrou um caso de um segundo molar 
inferior impactado, o qual foi necessária exposição cirúrgica para colagem do 
acessório na superfície do dente. Foi utilizado elástico vertical e depois uma 
mecânica com mola construída com fio 0,016” x 0,022” Elgiloy azul, que 
continuou a verticalização. Porém, houve um contato oclusal aumentado entre 
o segundo molar inferior e o superior, tendo que realizar a exodontia do 
segundo molar superior e esperar que o terceiro molar ocupasse seu espaço. 
MARCOTTE (1993) simulou uma situação de arcada dentária, na qual o 
primeiro e o segundo molares inferiores do lado direito inclinaram mesialmente 
devido à perda prematura do segundo pré-molar inferior. Para verticalização 
desses molares inclinados, indicou uma mola radicular com dois binários 
opostos (um maior que o outro) resultando em duas forças verticais iguais e 
opostas (uma extrusiva e outra intrusiva). A mola radicular deveria ser 
construída passiva, com fio de aço inoxidável 0,018” x 0,025” e posteriormente 
pré-ativada de modo que o momento alfa da dobra de pré-ativação (45 graus) 
seja maior que o momento beta (dez graus). Esta configuração pode estar em 
equilíbrio, produzindo um sistema de forças desejado. A mola deve ser 
instalada com os segmentos posteriores e anteriores interligados, para que o 
espaço da extração não aumente de tamanho. O segmento anterior, do 
 27 
primeiro pré-molar inferior dando a volta até o segundo molar esquerdo, apesar 
de ser um segmento de ancoragem grande, ainda assim irão sofrer o momento 
positivo alfa, porém teremos os dois molares direitos corrigidos, antes que as 
raízes do segmento anterior mais largo se movam significantemente. Se 
amarrado com tie-back, pode-se esperar ver um leve movimento do segmento 
anterior inferior para o lado e distalmente. Se o movimento for significante, 
pode-se esperar ver a linha média caminhar na direção da força distal e 
esforços para contra-atacar movimentos indesejáveis podem ser necessários. 
POGREL (1995) tratou a verticalização de molares inferiores através de 
cirurgia. Sua pesquisa incluiu 16 indivíduos que tinham um total de 22 
segundos molares inclinados que foram submetidos à cirurgia. Foi conseguido 
sucesso em 21 dos casos, com resposta positiva ao pulp-teste em seis destes. 
O dente de insucesso sofreu infecção e perda óssea. Todos os casos foram 
acompanhados durante 18 meses. De acordo com o autor, essa verticalização 
cirúrgica é um procedimento rápido, fácil, com morbidade mínima e possui um 
bom prognóstico. 
MAJOURAU; NORTON (1995) demonstraram um caso de verticalização 
de segundos molares inferiores, o qual iniciou-se pelo nivelamento do arco 
inferior até o fio de aço 0,019” x 0,025”, colou-se um botão na oclusal do 
segundo molar e confeccionou-se uma mola em forma de “dedo” com um fio 
TMA 0,017” x 0,025” (Figura 9). Logo após, foi inserida uma outra mola em 
espiral entre o segundo tubo do primeiro molar e a alça da mola em forma de 
dedo, que foi ativada em cinco milímetros. Essa foi a primeira fase do 
tratamento, seu tempo estimado foi de nove semanas. Na segunda fase da 
verticalização removeu-se o botão oclusal do segundo molar e colou-se um 
tubo na vestibular do dente. Mais uma mola foi feita com fio TMA 0,017” x 
0,025”, cujo braço se apoiou na distal do canino (Figura 9B). O segundo molar 
foi conjugado com os demais dentes para evitar a extrusão e a abertura de 
espaço. O tempo estimado para essa segunda fase foi de oito semanas. Com 
esse trabalho, concluíram que esse tipo de mola tem provado efetividade, 
simplicidade e ação rápida, além de poder ser usada com o aparelho fixo, 
inserida nos tubos auxiliares dos molares, quando estes estão disponíveis. No 
entanto, cada caso pode ser diferente e é muito importante reconhecer os 
problemas individualmente para garantirmos nossos objetivos. 
 28 
 
Figura 9A - Mola em forma de dedo: Primeira fase do tratamento 
Fonte: MAJOURAU; NORTON,1995. p.236 
 
 
Figura 9B - Mola em TMA: Segunda fase do tratamento 
 
SINHÁ et al. (1995) sugeriram um arco reto com uma mola aberta de 
níquel titânio comprimida entre o primeiro molar até um braquete colado na 
superfície oclusal ou vestibular do segundo molar impactado (Figura 10). Em 
casos mais severos, seria necessária exposição cirúrgica para colagem do 
acessório no dente impactado. O comprimento da mola é a distância ente o 
primeiro e o segundo molar mais o tamanho do braquete colado no segundo 
molar. O caso tratado pelos autores foi a verticalização de um segundo molar 
impactado oito meses após a exposição cirúrgica do dente. Os autores 
concluíram que essa é uma técnica simples por prevenir irritação dos tecidos, 
que a colagem de um braquete é muito mais fácil que a bandagem do dente 
impactado e que a força contínua da mola de níquel titânio é muito eficiente 
para desimpacção do molar inclinado. 
 29 
 
Figura 10 – Mola em espiral comprimida 
Fonte: SINHÁ et al. 1995. p.316. 
 
CURETON (1995) fez um estudo projetado para determinar a incidência 
das más posições dos segundos molares. Um total de 1224 indivíduos com 
idades entre 18 e 46 anos foram examinados, exceto aqueles que tinham ou já 
haviam passado por tratamento ortodôntico e aqueles que perderam os 
primeiros molares. Para os segundos molares inclinados mesialmente e em 
infra oclusão, o autor sugeriu uma mola em forma de bota, demonstrando a 
ativação dessa mola para cada caso em especial. Sendo assim, o autor 
concluiu que apesar de ser difícil o cálculo exato da ativação das molas apenas 
pelas referências do autor, essas servirão como um bom guia. 
LANG (1995) sugeriu uma mola para verticalização de segundos pré-
molares inferiores impactados, denominando-a “De- Impactor”. Essa mola pode 
ser encontrada pré-fabricada ou ser confeccionada pelo próprio profissional 
com um fio 0,018” de aço inoxidável. O autor conclui que essa é uma mola fácil 
de ativar, requer pouco tempo de cadeira , não requer cooperação do indivíduo 
e tem efeito rápido. 
SHELLHART; MOAWAD; LAKE (1996) demonstraram um caso de 
verticalização e intrusão de segundos molares inferiores com ancoragem em 
implantes. Os terceiros molares inferiores foram extraídos, foram instalados 
implantes nos primeiros molares e para abrir espaço e verticalizar os segundos 
molares foram utilizadas algumas molas. O tratamento durou 32 meses, e os 
autores acharam a mola de deflexão e intrusão muito difícil de ser instalada, 
aumentando assim o tempo de tratamento. 
 30 
De acordo com MELSEN; FIORELLI; BERGAMINI (1996), para um 
movimento particular de cada dente existe um sistema correto de força com 
respeito ao centro de resistência. Assim sendo, trataram quatro casos de 
verticalização de molares de acordo com suas necessidades. Todos os casos 
se tratavam de indivíduos com impacção e inclinação de segundos e terceiros 
molares inferiores, alguns necessitando de intrusão e outros de extrusão. Os 
casos foram tratados utilizando cantilevers (Figuras 11 e 12), dando atenção ao 
centro de resistência do dente e aos momentos criados por cada sistema de 
força. 
 
 
 
Figura 11 – Cantilever Curto de TMA 
 
 
Figura 12 – CantileverLongo de TMA 
 
 31 
QUEIROZ (1997) apresentou uma proposta para verticalizar segundos 
molares permanentes impactados, utilizando um modelo de arco total 
estabilizador, arco parcial ativo, arco parcial guia de erupção, alças horizontais 
e braquete colado na face oclusal do dente impactado. O arco total 
estabilizador deve possuir alças em “L” e ser construído com um fio de aço 
0,016”. O arco parcial ativo deve ser construído com fio de aço 0,014” Esse 
arco possui uma mola denominada mola horizontal distalizadora. As vantagens 
do uso de arco parcial foram: possibilitar o uso de fio com menor secção 
transversal para desinclinação do dente impactado; permitir manter um fio de 
maior secção transversal para estabilizar o arco dentário e o primeiro molar e 
facilitar a troca de arcos e a ativação fora da boca durante a mecânica. As 
vantagens do uso do arco total passivo foram de: manter as características 
originais do arco dentário quando a desinclinação do segundo molar for 
necessária antes do nivelamento; preservar o nivelamento conseguido com o 
tratamento ortodôntico precoce e permitir maior controle da ancoragem do 
primeiro molar, otimizando o sentido da força aplicada no segundo molar 
impactado. As vantagens do uso das alças horizontais foram: diminuir o risco 
de injúrias nos tecidos moles adjacentes; de o dente se movimentar junto com 
a mola, não havendo deslizamento do braquete no fio e portanto, não haver 
necessidade de uma extremidade que exceda a distal do braquete do dente 
impactado; e favorecer o controle axial do dente. As vantagens da colagem de 
braquete na face oclusal do segundo molar impactado foram: facilitar o uso das 
alças horizontais; evitar a extrusão do dente que será desinclinado e favorecer 
o controle axial do dente. 
CAPELLUTO; LAUWERYNS (1997) descreveram uma técnica simples de 
verticalização de molar, sem que ocorra extrusão, a qual denominaram 
“TSVM”. Foram desenvolvidos dois modelos: “TSVM 1” que possui um tubo 
0,018” X 0,025” soldado cervicalmente ao tubo do molar, paralelo ao plano 
oclusal e, também, outro tubo mais curto 0,018” X 0,025” soldado 
horizontalmente à aleta distocervical do pré-molar, não possuindo torque para 
evitar interferência gengival (Figura 13). O componente ativo dessa primeira 
técnica é um fio super elástico 0,016” X 0,022” NiTi que produz força leve e 
contínua, inserido na mesial do tubo do pré-molar até a distal do tubo do molar. 
No modelo “TSVM 2” o tubo do pré-molar é soldado verticalmente às aletas 
 32 
cervicais do braquete. Essa ativação do NiTi produz uma força de distalização 
contra o tubo do molar e uma reação à tração mesial do fio. Os autores 
declararam que esses aparelhos são fáceis de utilizar e, por causa das 
propriedades mecânicas do fio superelástico NiTi, aplicam forças leves e 
constantes. A deformação do fio aplica um momento de verticalização e uma 
força intrusiva ao molar inclinado. A ativação do fio de níquel titânio produz 
uma força de distalização contra o tubo do molar e uma força oposta através do 
centro de resistência. O TSVM também verticaliza o molar nos planos 
horizontal e frontal para corrigir a rotação mesiovestibular e a linguoversão, 
respectivamente. Os autores, também, concluíram algumas vantagens desse 
sistema: conforto para o indivíduo, pois não houve interferências oclusais e 
consequentemente não deformou o fio de mastigação; a ativação intrabucal foi 
rápida e o tempo de tratamento foi relativamente curto e a integridade do molar 
foi preservada para que nenhum ajuste oclusal fosse necessário durante ou 
após a verticalização 
 
Figura 13 – Verticalização de molar com TSVM 1 
 Fonte: SAKIMA et al. 1999. p. 39. 
 
CARANO; TESTA; SICILIANE (1997) desenvolveram um aparelho Jet 
Distal para distalização de molares superiores, sendo que o mesmo 
mecanismo pode ser utilizado para verticalização de molares inferiores. O 
aparelho consiste de um tubo 036” soldado à banda do pré-molar paralelo ao 
plano oclusal, abaixo do nível do rebordo alveolar para não interferir na 
oclusão. Um fio com uma dobra em baioneta deve ser inserido no tubo pela 
distal e deve ser dobrado um circulo na terminação distal deste fio e fixado à 
banda do molar com um parafuso. Deve ser colocado um parafuso com gancho 
ajustável e uma mola aberta de níquel titânio de 150 gramas sobre o tubo. Os 
dois pré-molares devem ser conectados por um arco lingual para manter a 
 33 
ancoragem. A força de inclinação distal é aplicada à coroa pela compressão da 
mola de níquel titânio aberta com parafuso e gancho no tubo. Segundo os 
autores, o Jet Distal inferior oferece controle absoluto no movimento do molar 
com um componente extrusivo desprezível. Suas vantagens são o modelo 
relativamente discreto e o conforto. 
OWEN (1998) sugeriu a gerência precoce dos segundos molares 
inferiores impactados, podendo desse modo simplificar e encurtar o tratamento, 
minimizando os problemas potenciais. As opções propostas para o tratamento 
de segundos molares inferiores impactados incluem: molas de separação; mola 
de desimpacção; extração do segundo molar e colocação do terceiro molar em 
seu lugar; transplante do terceiro molar no alvéolo do segundo; mola em espiral 
aberta do primeiro ao segundo molar; mola em espiral aberta com pinos na 
superfície oclusal do segundo molar; arco com “loop” em forma de bota; braço 
de alavanca do segundo molar ao pré-molar; acessório ligado ao segundo 
molar; mola aberta de níquel titânio entre os pré-molares; arco de níquel titânio 
0,016” X 0,022” inserido na distal e ancorado na região dos pré-molares; mola 
em forma de dedo para retenção mandibular; verticalização cirúrgica, com 
enxerto ósseo na região das cúspides mesiais, para melhor suporte; 
verticalização cirúrgica, sem exodontia do terceiro molar; verticalização 
cirúrgica com exodontia do terceiro molar, mas sem enxerto ósseo. De acordo 
com o autor qualquer uma dessas técnicas podem ser usadas dependendo de 
cada caso, concluindo que a última técnica é a mais eficiente tanto para o 
indivíduo a ser tratado quanto para o clínico. 
AKSOY; ARAS (1998) relatou um caso clínico com segundo molar inferior 
esquerdo em posição oblíqua e os quatro terceiros molares parcialmente 
impactados. O caso foi tratado utilizando um arco lingual modificado e uma 
mola fechada de níquel titânio para verticalizar o segundo molar impactado. 
Após três meses de tratamento, o dente já estava verticalizado, demonstrando 
a eficiência da mola. 
WARREN (1998) sugeriu a seguinte técnica para correção de segundos 
molares inferiores impactados: bandar os molares inferiores com tubos duplos; 
moldar com alginato as arcadas superior e inferior; fabricar um arco lingual com 
extensão distal até o segundo molar impactado; fabricar uma placa lábio ativa; 
expor cirurgicamente, se necessário, o molar impactado; cimentar o arco 
 34 
lingual; colar um botão em alguma área exposta no segundo molar; usar 
elástico que vai do botão colado no segundo molar até a ponta de extensão do 
arco lingual; (usar a placa lábio ativa 12 horas por dia como terapia de 
ancoragem); e quando o segundo molar irromper suficientemente, colar nele 
um tubo e alinha-lo,usando a canaleta do tubo do primeiro molar. 
De acordo com SAKIMA et al. (1999), a verticalização de molares com 
abertura, fechamento do espaço ou ainda a extração são soluções 
recomendadas, dependendo da gravidade do problema. Os molares inclinados 
mesialmente devem ser diferenciados não apenas pelo grau de severidade da 
impacção, mas também pelos tipos de movimentos necessários para correção 
nos três planos espaciais, pois para qualquer movimento dentário individual há 
apenas um único sistema de força correto em relação ao seu centro de 
resistência. Os autores categorizaram asinclinações da seguinte forma: 
inclinação suave: que pode-se usar molas separadoras ou fio de latão; 
inclinação moderada: quando deve-se aplicar um sistema de força ativa; e 
posição totalmente horizontal: quando deve-se realizar a exodontia do dente. 
Os autores fizeram uma revisão literária, na qual as molas de verticalização 
foram classificadas de acordo com os efeitos resultantes produzidos por elas: 
(1) molas de verticalização com extrusão: molas de verticalização e 
recuperação de espaço associadas aos aparelhos removíveis; molas com 
mecanismo tip back; cantilever curto; cantilever longo; mola de verticalização 
confeccinada com o fio TMA 0,017” x 0,025” + dobra em “V”, com ligadura 
amarrada; alça tip back com helicóide; arco de intrusão; alça em caixa; alça em 
“T” simples ou dupla; mola de verticalização no tubo colado. (2) molas de 
verticalização com intrusão: sistema utilizando duas molas “cantilever” ou duas 
molas “tip back cruzada”. (3) molas de verticalização e intrusão com correção 
radicular: mola de verticalização sugerida por BURSTONE, CKACKER e 
ROBERTS; ativação da mola sugerida por MARCOTTE. (4) molas para 
verticalização com componente mesio-distal: dispositivo por desimpacção dos 
segundos molares sugerido por LANG; alças de verticalização “piggyback”. Os 
autores seguiram os modelos utilizados por cada autor e confeccionaram as 
molas de verticalização em modelos de acrílico adaptados no laboratório e 
concluíram que as molas de verticalização com componente extrusivo, do tipo 
“cantilever” levam certa vantagem sobre os arcos contínuos com alças, pois as 
 35 
forças de reação ficam distribuídas no segmento anterior (mais dentes) e não 
somente nos dentes vizinhos ao molar a ser verticalizado. Porém, quando 
nenhum movimento extrusivo no molar é permitido, o melhor sistema é o 
composto por dois “cantilevers” e libera forças e momentos constantes, sem 
alteração do sistema de forças sob a desativação (Figuras 14A e 14B). A mola 
para correção radicular e o dispositivo de SANDER, também, liberam sistemas 
de forças satisfatórios para aplicação clínica na verticalização de molares com 
intrusão. Quanto às molas “MUST”, por utilizarem fios de NITI super-elástico, a 
força liberada é leve e contínua e apesar de apresentar tendência extrusiva os 
movimentos resultantes nos dentes são suaves, sendo assim, quando a 
comparamos ao cantilever curto ou à uma mola tip back de aço, ela apresente 
componentes extrusivos de menor magnitude. 
A 
 
 
B 
Figuras 14 A e 14 B – Molas ou cantilevers para verticalização de molares 
 
CASTELLÓN; DE-LA-ROSA-GAY; GAY-ESCODA (1999) estudaram o 
distúrbio de irrupção dos primeiros e segundos molares permanentes, 
 36 
demonstrando o resultado do tratamento em 43 casos. Concluíram que os 
indivíduos possuem maior prevalência de segundos molares inferiores não 
irrompidos e que as maiorias daqueles que apresentam distúrbios de irrupção, 
não apresentam apenas um caso isolado, sendo que 44 % que apresentaram 
distúrbios em um molar, também apresentaram no seu molar oposto, 
suspeitando-se de algum fator predisponente, sendo que a taxa se sucesso 
dos tratamentos conservativos foi de aproximadamente 50%, o que 
demonstrou que esse gerenciamento é dificultoso e imprevisível. 
FRANK (2000) indicou algumas opções de tratamento para dentes 
impactados. Segundo o autor, este tratamento deve ser separado em quatro 
categorias: (1) Observação: que define-se no cuidado que o profissional deve 
ter com a evolução da dentição, começando quando a dentadura decídua é 
completada e terminando com a remoção ou impacção de algum dente. (2) 
Intervenção: quando a decisão de tratamento é tomada. O tratamento deve ser 
o mínimo possível para facilitar a irrupção natural do dente. (3) 
Reposicionamento: quando o tratamento é interceptivo, providenciando a 
correta posição e inclinação do dente, podendo ser um reposicionamento 
cirúrgico (transplantando o dente de um lugar para o outro) e um 
reposicionamento ortodôntico (faz-se exposição cirúrgica e o dente irrompe 
através de força ortodôntica). (4) Extração: quando não há possibilidade de 
reposicionamento do dente, este precisa ser removido. 
DAINESI et al. (2000) fizeram uma revisão da literatura sobre 
verticalização de segundos molares inferiores impactados e apresentaram um 
caso clínico de um indivíduo que apresentava impacção dos segundos molares 
inferiores permanentes, com excessiva inclinação para mesial. Optaram pela 
correção com o auxílio de uma terapia ortodôntica corretiva, associada à molas 
soldadas nas bandas dos primeiros molares inferiores (Figura 15). Foi 
necessário também utilizar um arco lingual de Nance para aumentar a 
ancoragem. A exposição cirúrgica dos molares impactados foi feita e ganchos 
foram colados em suas faces oclusais, o mais distal possível. As molas de 
verticalização foram soldadas no arco lingual. As molas foram ativadas com 
forças de 150 a 200 gramas. Os autores concluíram que essa é uma mecânica 
segura e eficaz, sem causar anquilose ou reabsorções radiculares e ósseas, 
com um mínimo de desconforto ao indivíduo a ser tratado, com a preservação 
 37 
da vitalidade pulpar e também sem ocasionar uma extrusão dentária excessiva 
desses dentes. A presença dos terceiros molares inferiores não interferiu com a 
mecânica de verticalização, podendo-se mantê-los, com uma conduta 
cautelosa, até que o procedimento de verticalização tenha ocorrido com 
sucesso. 
 
 Figura 15 – Mola soldada à banda, atuando sobre o segundo molar inferior 
Fonte: DAINESI et al. 2000. p.55. 
 
FREITAS et al. (2001) fizeram uma revisão literária, apresentando várias 
técnicas de verticalização de segundos molares inferiores, dentre elas: alça em 
caixa e mola em helicóide; alça simples em T para verticalizar um molar e arco 
segmentado com alças duplas em T, para verticalizar dois molares; mola 
segmentada para correção radicular de Burstone; mola helicoidal com gancho 
para o apoio no molar adjacente anterior; mola helicoidal para verticalização de 
molares com extrusão; mola em espiral comprimida para verticalizar segundos 
molares retidos; mola em forma de dedo ativada por mola em espiral, 
completando a verticalização com uma mola de braço longo, conjugando o 
molar com os dentes do setor de ancoragem; e mola helicoidal. Concluíram 
que a inclinação dos segundos molares inferiores pode ocorrer isoladamente 
ou em conjunto, sendo que as conseqüências dessa inclinação podem ser: 
acúmulo do biofilme dentário e formação de pseudobolsa ou bolsa periodontal 
verdadeira na região mesial do molar inclinado; trauma oclusal e dificuldade na 
restauração protética do dente. Afirmaram, também, que as vantagens da 
verticalização dos segundos molares inferiores são: maior facilidade de higiene 
na região mesial do dente; eliminação do ambiente periodontal patológico; 
correção do defeito ósseo proximal; melhor relação coroa/raiz e prevenção do 
trauma oclusal. 
 38 
PARK; KYUNG; SUNG (2002) sugeriram um método de verticalização de 
molares com ancoragem em mini implantes. Os mini implantes devem ser 
instalados na região vestibular e distal do segundo molar inferior. Com esse 
trabalho, os autores concluíram que pode ser fácil verticalizar tanto segundos 
molares superiores quanto inferiores utilizando mini implantes de ancoragem, 
com as vantagens de não necessitar o uso de braquetes ortodônticos e de não 
provocar efeitos nos dentes vizinhos. 
 
 A 
 B 
 
Figura 16A: Dente a ser verticalizado com mini implante 
 Figura 16B: Dente sendo verticalizado com mini implante 
Fonte: PARK; KYUNG; SUNG 2002. p.594. 
 
 
Segundo McABOY et al. (2003) as opções de tratamento dos molares 
impactados incluem a extração do dente, o descobrimento cirúrgico do dente 
com posterior verticalização e irrupção assistida ortodonticamentee a 
verticalização cirúrgica. Os autores fizeram uma revisão da literatura sobre a 
verticalização cirúrgica de segundos molares impactados severamente e 
apresentaram um caso no qual um segundo molar estava parcialmente 
impactado em posição horizontal, reposicionando-o corretamente na base 
 39 
óssea, não encontrando complicações no caso. Concluíram então que este é 
um procedimento previsível e confiável, sendo uma opção de tratamento viável 
quando outro procedimento for considerado contraditório. 
PARK; KWON; SUNG (2004) utilizaram mini implantes de ancoragem para 
verticalizar segundos molares. Os autores defendem o uso do mini implante ao 
invés do elástico cruzado, uma vez que este último faz força para lingualizar e 
extruir o molar superior e vestibularizar e extruir o molar inferior, criando assim 
um trauma oclusal. O mini implante, no entanto, faz força de intrusão nos 
molares, evitando esse trauma e dispensando também outros dispositivos de 
ancoragem. 
RAIMONDO et al. (2004) fizeram um trabalho demonstrando a irrupção e 
a verticalização espontânea dos terceiros molares inferiores retidos durante o 
tratamento ortodôntico com perda de ancoragem inferior, concluindo que é 
preciso ter em vista os objetivos completos do tratamento, com suas 
conseqüências sobre os movimentos dos incisivos e molares, para construir a 
posição final dos terceiros molares. 
JAIN; RAKA; SANDEY (2005) demonstraram um caso, no qual o segundo 
molar inferior esquerdo estava totalmente intra-ósseo, em uma posição de 90 
graus na direção distal, sendo que o terceiro molar contíguo estava trancando 
esse dente, pois também estava totalmente incluso, em posição de 90 graus, 
porém em direção mesial. Uma das opções de tratamento foi a extração do 
segundo molar e com posterior irrupção do terceiro molar, transplantar o 
terceiro molar no alvéolo do segundo molar. Porém, essa não foi uma opção 
viável devido a impacção ser totalmente no sentido horizontal. O tratamento foi 
realizado então com a exposição cirúrgica do segundo molar e a colagem de 
um tubo vestibular na superfície mesial e na direção bucolingual. Foi construído 
então um arco com “loop” em forma de gota e fixado nos dentes , ficando o 
“loop” no espaço entre o segundo pré-molar e o segundo molar, já que o 
individuo não possuía o primeiro molar. O “loop” foi reativado por volta de 1 mm 
depois que o dente começou irromper. O tubo foi posteriormente recolado na 
superfície vestibular do molar e um novo arco foi construído com o “loop” na 
distal do segundo pré-molar. Desse modo o dente foi totalmente verticalizado. 
De acordo com DI MATTEO; VILLA; SENDYK (2005), a movimentação 
ortodôntica, frequentemente, exige recursos adicionais de ancoragem. Assim 
 40 
sendo, realizaram uma pesquisa com três indivíduos que tinham molares com 
inclinação mesial maior que 20 graus. Os indivíduos foram tratados 
ortodonticamente com aparelho fixo, utilizando a técnica MD3, e foram 
implantados mini parafusos nas faces distais dos molares a serem 
verticalizados. Uma semana após a remoção das suturas, além da mecânica 
ortodôntica já em andamento, iniciou-se a verticalização dos molares, unindo 
estes elementos dentários aos mini parafusos, através de ligaduras elásticas, 
com forças médias variando de 150 a 200 gramas/força, levando-se em 
consideração os princípios biomecânicos de direção e quantidade de forças. A 
cada consulta foram checadas as forças dos elásticos, mantendo-as sempre 
constantes e após a verticalização dos molares, um mês antes da construção 
do aparelho de contenção, foram removidos os mini parafusos. Concluíram que 
os mini parafusos representam uma alternativa efetiva de ancoragem 
ortodôntica na verticalização de molares inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
DISCUSSÃO 
 
A inclinação mesial e impacção dos molares inferiores são resultados de 
um desenvolvimento esquelético insuficiente para permitir uma irrupção normal 
(McABOY et al. 2003) ou do crescimento inadequado da mandíbula (DIANESE 
et al. 2000), ou ainda devido à falha na auto-correção mesial do germe 
dentário, que durante a irrupção deveria adquirir uma direção disto-oclusal 
(MAJOURAU; NORTON 1995). Várias outras causas são dadas, como: perda 
precoce de molares decíduos ou permanentes por cárie ou doença periodontal 
(MOYERS 1992; SAKIMA et al. 1999), anadontia de segundos pré-molares, 
irrupção ectópica (SAKIMA et al. 1999), espaço insuficiente no arco ou 
excessivo tamanho dos dentes, ou seja, discrepância no comprimento do arco 
(LANG 1985; DIANESE et al. 2000), inclinação de irrupção (KOGOD; KOGOD 
1991; GAZIT; LIEBRMAN 1993; SINHA et al. 1995), procedimentos durante a 
dentadura mista, como o uso de PLA ou AEB (GAZIT; LIEBERMAN 1993; 
MELSEN; FIORELLI; BERGAMINI 1996; QUEIROZ 1997; SAKIMA et al. 1999; 
DIANESE et al. 2000), insuficiente reabsorção óssea na borda anterior do ramo 
ascendente da mandíbula durante o período de crescimento, associado à 
tendência de direção distal que caracteriza a erupção dos dentes inferiores 
(MAJORAU; NORTON 1995; QUEIROZ 1997), inclinação axial indesejável, 
podendo ainda estar associados à formação de cisto folicular e à anquilose 
dentária. A causa mais freqüente da impacção de segundos molares inferiores 
é definitivamente a falta de espaço (VARPIO; WELLFELT 1988). Os fatores 
que predispõem a impacção dos terceiros molares em especial são, além da 
ausência de espaço, está incluído o crescimento condilar direcionado 
verticalmente, o crescimento mandibular deficiente, a irrupção da dentição 
direcionada para distal e a maturação tardia do terceiro molar (RAIMONDO et 
al. 2004). 
A estimativa de incidência de segundos molares inferiores impactados é 
aproximadamente de três em 1000 e a idade em que ocorre a maioria dos 
casos é entre 11 e 13 anos, podendo ou não ocorrer auto-correção (POGREL 
1995). Segundo QUEIROZ (1997), a época normal para irrupção dos segundos 
molares seria até os 13 anos. Os segundos molares impactados acontecem 
 42 
mais na mandíbula que a maxila, com maior freqüência unilateral, tendo uma 
ligeira predileção para o gênero feminino e sendo a inclinação mesial a 
ocorrência mais comum (McABOY et al. 2003). De acordo com CASTELLÓN; 
DE-LA-ROSA-GAY; GAY-ESCODA (1999), os indivíduos com distúrbios de 
irrupção de primeiros e segundos molares permanentes, possuem maior 
prevalência de segundos molares inferiores não irrompidos e, a maioria 
daqueles que apresentaram distúrbios de irrupção, não apresentaram apenas 
um caso isolado, sendo que 44% dos indivíduos pesquisados apresentaram 
distúrbios também no seu molar oposto, suspeitando-se de algum fator 
predisponente. 
Geralmente, a inclinação dos molares, desenvolve defeitos infra-ósseos 
verticais e bolsas infra-ósseas na região mesial do molar inclinado, redução do 
espaço inter radicular na distal do molar, migração distal dos pré-molares, 
extrusão do molar antagonista, contatos prematuros em relação cêntrica, além 
de dificultar a confecção de próteses (SAKIMA et al. 1999), pois com a 
inclinação ocorre uma dificuldade de higiene na face mesial desses dentes, 
complicando o tratamento (FREITAS et al. 2001). Outras complicações 
resultantes incluem as interferências oclusais e uma esperada disfunção da 
articulação temporomandibular, perda da dimensão vertical e extrusão de 
dentes antagônicos (MOYERS, 1992). 
 Como vantagens da verticalização dos segundos molares inferiores 
foram observados: maior facilidade de higiene na região mesial do dente; 
eliminação do ambiente periodontal patológico; correção do defeito ósseo 
proximal; melhor relação coroa/raiz e prevenção do trauma oclusal (FREITAS, 
et al. 2001). 
A verticalização de molares inferiores estaria contra-indicada quando o 
dente apresentasse reabsorções radiculares ou quando este procedimento 
provocasse o agravamento de doenças periodontais pré-existentes 
(ROBERTS;CHACKER; BURSTONE 1982). 
Uma vez diagnosticado o problema, deve-se o mais cedo possível, 
colocar esse dente em correta posição (FREITAS et al. 2001). A verticalização 
do molar leva à normalização da situação oclusal funcional e periodontal, 
possibilitando o alinhamento das raízes perpendicular ao plano oclusal de 
forma que resista melhor às forças oclusais e facilite o plano de inserção da 
 43 
prótese paralela ao longo eixo do dente (TUNCAY et al. 1980; SAKIMA et al. 
1999). 
Segundo CASTELLÓN; DE-LA-ROSA-GAY; GAY-ESCODA (1999), a taxa 
de sucesso dos tratamentos conservativos, ou seja, verticalização por si só, é 
de aproximadamente 50%, demonstrando-nos que esse gerenciamento é 
dificultoso e imprevisível. 
Os molares inclinados mesialmente devem ser diferenciados não apenas 
pelo grau de severidade da impacção, mas também pelos tipos de movimentos 
necessários para correção nos três planos espaciais, pois para qualquer 
movimento dentário individual, há apenas um único sistema de força correto 
em relação ao seu centro de resistência. A técnica de escolha pode ser 
determinada pela severidade da impacção, pela facilidade de acesso à 
superfície coronária, pela decisão de abertura ou fechamento do espaço 
protético, pela necessidade de intrusão, assim como da simplicidade e da 
efetividade da mecânica de verticalização, evitando efeitos colaterais 
indesejáveis (SAKIMA et al. 1999). 
As técnicas de verticalização, também, dependem muito do tipo de 
retenção do dente: no caso de retenções leves, sugere-se o uso de fios de 
latão e/ou molas em espiral; nas retenções moderadas, um sistema de força 
ativo bem planejado, como molas com alça em T e molas helicoidais; e nas 
retenções horizontais, indica-se a remoção cirúrgica (ORTON; JONES 1987; 
SAKIMA et al. 1999; FREITAS et al. 2001). 
Alguns autores sugerem como proposta terapêutica para a correção de 
molares inclinados ou inclusos, a verticalização cirúrgica, ou seja, a 
modificação da posição do dente, que passa de horizontal para vertical através 
de procedimentos cirúrgicos. É o caso de PESKIN; GRABER (1970), que 
demonstraram como preferência a verticalização cirúrgica dos segundos e 
terceiros molares, em indivíduos que apresentassem problemas depois de 
completado o tratamento ortodôntico e já realizadas as extrações de pré-
molares, porém evidenciaram os riscos de provocar anquilose, reabsorção 
radicular e perder a vitalidade dentária. DAVIS et al. (1976) preferiu a correção 
cirúrgica com posterior enxerto ósseo, considerando a correção ortodôntica 
difícil e o prognóstico muitas vezes negativo; de JOHNSON; QUIRK (1987), 
que deram como propostas terapêuticas três alternativas para verticalização de 
 44 
segundos molares inferiores impactados: reposicionamento cirúrgico com ou 
sem remoção do terceiro molar adjacente, remoção dos segundos molares 
impactados para que os terceiros molares ocupem seus espaços e transplante 
do germe do terceiro molar para o alvéolo do segundo molar; de POGREL 
(1995), que comentou que a verticalização cirúrgica dos segundos molares 
inferiores é um procedimento fácil, com risco mínimo de perda de vitalidade do 
dente e um ótimo prognóstico, principalmente quando não é necessário 
remover o dente do alvéolo, permanecendo intactos os ápices das raízes; de 
OWEN (1998), que considera a verticalização cirúrgica um procedimento rápido 
e eficiente, por não depender da colaboração do indivíduo tratado, com riscos 
mínimos de perda de vitalidade ou de problemas periodontais; e de McABOY et 
al. (2003), que indica a verticalização cirúrgica quando as outras técnicas 
menos invasivas são consideradas não efetivas ou são contra-indicadas. 
Apesar da proposta de alguns autores terem citado a extração dos 
segundos molares para posterior ocupação do espaço pelos terceiros molares 
ou de transplante do germe do terceiro molar para o alvéolo do segundo, HAAS 
(1986) descreveu sobre os cuidados que devemos tomar antes de decidir esse 
tipo de tratamento, comentando não apenas as diferenças anatômicas entre os 
dois molares, mas também as diferenças que podem trazer à oclusão do 
paciente. 
Com relação ao aspecto ortodôntico, foram indicados muitos 
procedimentos para desempactar os molares inferiores, sendo eles: (1) molas 
de verticalização com extrusão: molas de verticalização e recuperação de 
espaço associadas aos aparelhos removíveis, mola tipo “tip back” e alça em 
caixa, associadas aos aparelhos fixos, preconizadas por NORTON; PROFFIT 
(1968); molas com fios segmentados instalados nas extremidades posteriores 
“cantilever”, que pode ser longo ou curto, de acordo com SAKIMA et al. (1999); 
molas do sistema “tip back” com fio retangular 0,018” X 0,025” + helicóides, 
propostas por ROMEO; BURSTONE (1977) e MARCOTTE (1993); mola 
helicoidal com gancho sugeridas por ORTON; JONES (1987); tratamento com 
molas proposto por LANG (1977); aparelho com mola helicoidal de acordo com 
MOYERS (1992). (2) Molas de verticalização para manutenção do dente em 
sua posição ou para intruí-lo: TUNCAY et al. (1980), propuseram molas de 
verticalização em “T” simples ou dupla, inserindo nelas 30 graus para obtenção 
 45 
do efeito “Gable”, minimizando a extrusão e favorecendo a correção radicular 
mesial, porém SAKIMA et al. (1999) considera esse tipo de verticalização com 
um pouco de extrusão; MELSEN; FIORELLI; BERGAMINI (1996), que 
indicaram um sistema utilizando duas molas “cantilever” ou as duas molas “tip 
back cruzada”, que conseguem produzir tanto o momento de verticalização 
como a força de intrusão dos molares; mola de verticalização sugerida por 
ROBERTS; CHACKER; BURSTONE (1982), sendo sua ativação de alfa maior 
que beta sugerida por MARCOTTE (1993); técnica simples para verticalização 
de molar (MUST) utilizando fios de NiTi super elástico 0,016” X 0,022”, indicada 
por CAPELLUTO; LAUWERYNS (1997). 
SINHÁ et al. (1995) recomendaram para verticalizar os segundos molares 
retidos, uma mola em espiral comprimida, assim como AKSOY; ARAS (1998), 
enquanto MAJORAU; NORTON (1995) demonstraram uma mola em forma de 
dedo ativada por uma mola em espiral, completando a verticalização com uma 
mola de braço longo, conjugando o molar com os dentes do setor de 
ancoragem. Já CARANO; TESTA; SICILIANE (1997) indicou o Jet Distal 
inferior, o qual oferece controle absoluto do movimento do molar, com um 
componente extrusivo desprezível, e CURETON (1995), um arco com uma alça 
em forma de bota. 
LANG (1985) e WARREN (1998) propuseram verticalizar segundos 
molares inclusos através de elásticos inseridos num botão colado na oclusal do 
segundo molar até um gancho feito por um segmento de fio que era soldado na 
banda do primeiro molar e estendia-se até a distal do segundo molar, assim 
como RUBIN (1977), que indicou uma técnica de colagem direta com um 
material que possui polimerização rápida, já que é muito difícil conseguir 
isolamento na região de segundos molares, desse modo, foram sugeridas 
alavancas de verticalização coladas diretamente na superfície exposta dos 
molares parcialmente impactados. 
GOTTLIEB (1971) indicou uma mola com helicóide que verticalizava 
segundos pré-molares e segundos molares, assim como SAFIRSTEIN (1974), 
sugeriu uma mola com helicóide, a qual uma extremidade é colada diretamente 
no molar incluso e a outra extremidade é encaixada no arco, sendo que 
HENNS (1975), também demonstrou uma mola com helicóide, mas dessa vez 
removível, transmitindo como desvantagem a necessidade da colaboração do 
 46 
indivíduo tratado, já KOGOD; KOGOD (1991) utilizaram a técnica “piggyback”, 
utilizando uma mola com dois helicóides e duas alças verticais. SAKIMA et al. 
(1999) desenvolveram molas helicoidais para verticalizar os segundos molares, 
principalmente quando os outros dentes da arcada estão alinhados. Uma 
técnica semelhante foi criada por DIANESE et al. (2000), no qual o apoio

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