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Neuro AULA 09

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Aula 09 (29/04/20) - Neuroanatomia 
A.M.: 7, 25, 26. 
G.:. 12. 
 
A.M.: Anatomia macroscópica do telencéfalo - cap. 7 
A.M.: Estrutura da substância branca e do córtex cerebral - cap. 25 
A.M.: Anatomia funcional do córtex cerebral - cap. 26 
G.: Córtex cerebral - cap. 12 
● A ​fissura longitudinal do cérebro​, ou ​fissura inter-hemisférica​, é responsável pela divisão dos 
hemisférios direito e esquerdo ao percorrer todo o plano mediano. No interior da fissura longitudinal 
do cérebro corre a ​foice do cérebro​. 
● Cada hemisfério por sua vez é dividido em ​lobos​, que são estruturas compostas por vários giros e 
sulcos. Em alguns lobos é possível encontrar a presença de ​lóbulos​, que são regiões menores 
formadas também por um conjunto de giros. 
● Os hemisférios têm regiões determinadas em suas superfícies, as faces superolateral (convexa), 
medial (plana) e inferior ou basal (irregular). 
● O ​sulco central​, ou ​sulco de Rolando​, percorre a face 
superolateral do cérebro dividindo o lobo frontal do lobo parietal, 
ou, mais especificamente, dividindo o giro pré-central do giro 
pós-central. Inicia-se, cranialmente, na face superolateral do 
hemisfério e segue em direção anterior e para baixo, terminando 
antes de atingir o sulco lateral. 
● O ​sulco lateral​, ou ​fissura de Sylvius​, é uma importante 
fenda visível na face superolateral e também na face basal do 
cérebro. Separa o lobo frontal do lobo temporal e também os 
lobos parietal e temporal. Inicia-se na base do cérebro, 
lateralmente à substância perfurada anterior e chega à face 
superolateral do córtex. 
● A ​substância perfurada anterior localiza-se posteriormente ao trígono olfatório e anteriormente ao 
trato óptico. Contém vários orifícios por onde passam as artérias lenticuloestriadas. Essa região 
está relacionada topograficamente com a bifurcação da artéria carótida interna. 
● Na face superolateral do cérebro, o sulco lateral tem três ramos que são visíveis a partir de um 
espessamento do sulco, o ponto silviano anterior. De lá, o ramo horizontal anterior e o ramo 
ascendente anterior limitam a ​parte triangular do giro frontal inferior​. 
● Lobo frontal: 
- Está disposto anteriormente ao 
sulco central. 
- Seu primeiro giro é o ​giro 
pré-central​, estrutura responsável 
pela motricidade primária. Esse 
giro inicia-se no plano mediano, na 
fissura longitudinal do cérebro, e 
tem trajeto descendente e anterior, 
até o sulco lateral, onde se une ao 
giro pós-central pelo giro subcentral ou pli de passage frontoparietal inferior. 
- Na face medial do cérebro, o giro pré-central também se une ao giro pós-central formando a 
pli de passagem frontoparietal superior que, ao se unir ao giro frontal medial, forma o 
chamado ​lóbulo paracentral​, região quadrangular da face medial do cérebro limitada 
anteriormente pelo sulco paracentral, posteriormente pelo marginal do sulco do cíngulo e 
inferiormente pelo sulco do cíngulo. O lóbulo paracentral está relacionado com a 
motricidade primária e sensibilidade geral dos membros inferiores, além de participar do 
controle da micção e defecação. 
 
- Na face superolateral, anteriormente ao giro pré-central, encontra-se o ​sulco pré-central que 
separa os giros frontais superior, médio e inferior do giro pré-central. 
- O ​giro frontal superior​, que na face superolateral é limitado pelo sulco frontal superior, 
segue do sulco pré-central até o polo frontal (extremidade anterior do lobo frontal). Na face 
medial, o giro frontal superior pode apresentar divisão macroscopicamente visível, o 
chamado ​giro frontal medial​. 
- Disposto entre o sulco frontal superior e o sulco frontal inferior, está o ​giro frontal médio que 
é parcialmente dividido em uma porção superior e outra porção inferior pelo sulco frontal 
médio. 
- O ​giro frontal inferior está disposto entre o sulco frontal inferior e o sulco lateral. É dividido 
em três segmentos, a primeira e mais anterior é a ​parte orbital​, situada anteriormente ao 
ramo horizontal anterior do sulco lateral. A seguir, está a ​parte triangular​, limitada 
anteriormente pelo ramo horizontal anterior e posteriormente pelo ramo ascendente anterior 
do sulco lateral. Posteriormente, está a ​parte opercular do giro frontal inferior, localizada 
entre o ramo ascendente anterior e o ramo subcentral do sulco lateral. 
- A parte triangular e opercular do giro frontal inferior 
correspondem às áreas 44 e 45 de Brodmann, que 
corresponde à ​área de Broca​, responsável pela pela 
expressão da linguagem. 
- Na face inferior do lobo frontal, que se apoia na fossa 
anterior do crânio, há um giro localizado medialmente, o 
giro reto​, que se estende no sentido anteroposterior e se 
continua tanto anterior quanto posteriormente com o 
giro frontal superior. É limitado lateralmente pela fissura 
longitudinal do cérebro e medialmente pelo sulco 
olfatório, estrutura onde se localizam o bulbo e o trato olfatórios. 
- Lateralmente ao sulco olfatório há quatro giros irregulares, os ​giros orbitais medial, anterior, 
posterior e lateral​. Comunicam-se com os frontais. 
- Na face medial não há limite nítido entre 
os lobos frontal e parietal. Geralmente o sulco central 
não penetra na face medial do hemisfério cerebral, 
terminando pouco antes, o que dificulta a divisão 
macroscópica. 
- O ​sulco do corpo caloso contorna o 
corpo caloso, separando-o do giro do cíngulo, e se 
continua no lobo temporal com o sulco do hipocampo. O 
corpo caloso é um grande conjunto de fibras nervosas 
mielínicas que une o hemisfério direito ao esquerdo, a 
maior das comissuras encefálicas. 
- O ​giro do cíngulo localiza-se acima do 
sulco do corpo caloso e é limitado superiormente pelo 
sulco do cíngulo. O giro do cíngulo inicia-se anteriormente, abaixo do rostro do corpo caloso 
e à frente da área septal, essa um dos centros de recompensa e sensação de prazer do 
cérebro. O giro do cíngulo é 
importante estrutura do sistema 
límbico e, no lobo temporal, 
continua-se com o giro 
parahipocampal por meio de um 
estreitamente, o istmo do giro do 
cíngulo, localizado posterior e 
lateralmente ao esplênio do corpo 
caloso. Emoção e memória 
(circuito de Papez). 
 
- O ​sulco do cíngulo acompanha o giro do cíngulo separando-o do giro frontal superior e do 
lóbulo paracentral. Por meio de seu ramo marginal, que tem sentido cranial, o sulco do 
cíngulo dá o limite entre o giro pós-central e o pré-cúneo. O sulco do cíngulo termina no 
chamado sulco subparietal, que separa o giro do cíngulo do pré-cúneo. 
● Lobo parietal: 
- Em sua face medial, inicia-se 
posteriormente ao sulco central, que geralmente 
não é visível na face medial do cérebro. Assim, 
inicia-se na parte posterior do lóbulo paracentral 
que é separado do pré-cúneo pelo ramo 
marginal do sulco do giro do cíngulo. 
- O ​pré-cúneo tem limite posterior 
no sulco parietoccipital que o separa do cúneo, 
já no lobo occipital. O pré-cúneo tem forma 
quadrangular e corresponde ao lóbulo parietal 
superior, localizado na face superolateral do lobo parietal. 
- Na face superolateral, o lobo parietal apresenta, posterior ao sulco central, o ​giro 
pós-central​, que corresponde à área somestésica primária (áreas 3, 1 e 2 de Brodmann).As 
extremidades inferior e superior desse giro unem-se ao giro pré-central no giro subcentral e 
na pli de passage frontoparietal superior. 
- O ​sulco pós-central forma o limite 
posterior do giro pós-central 
separando-o dos lóbulos parietais 
superior e inferior. Ele se continua 
com o sulco intraparietal, muito 
variável e perpendicular ao giro 
pós-central, seguindo trajeto 
anteroposterior até atingir o lobo 
occipital. 
- É o sulco intraparietal que separa o 
lóbulo parietal superior do lobo 
parietal inferior (áreas 5 e 7 de Brodmann). Profundamente, esse sulco relaciona-se com o 
átrio do ventrículo lateral. 
- O ​lóbulo parietal superior é responsável pela associação somatossensorial, o córtex 
sensitivo secundário. Na face superolateral, é limitado anteriormente pelo sulco pós-central 
e inferiormente pelo sulco intraparietal. Em sua porção posterior, o lóbulo parietal superior 
se continua com o lobo occipital em um estreitamento associado ao sulco parietoccipital 
(que vem da face medial). 
- Inferiormente ao sulco intraparietal está o ​lóbulo parietal inferior​, também área de 
associação somatossensorial. É formado pelo ​giro supramarginal​, que circunda o ramo 
ascendente posterior do sulco lateral, e pelo ​giro angular​, que circunda a extremidade 
posterior do sulco temporal superior. 
- Ambos os giros, assim como a parte posterior do giro temporal superior, podem fazer parte 
da ​área de Wernicke​, que é a área de percepção da linguagem (áreas 22, 39 e 40 de 
Brodmann). 
- O limite entre o lobo parietal e o lobo occipital na face medial do cérebro é dado pelo sulco 
parietoccipital. Na face superolateral, é necessário traçar uma linha imaginária entre o ápice 
do sulco parietoccipital e a incisura pré-occipital, que separa o lobo temporal do lobo 
occipital. A incisura pré-occipital resulta da impressão de uma prega da dura-máter, 
denominada plica tentorial pré-occipital, sobre o córtex. 
 
 
 
 
● Lobo temporal: 
- Na superfície 
superolateral, inicia-se logo abaixo do 
sulco lateral, que o separa do lobo frontal 
e do lobo parietal. É separado do lobo 
occipital pela linha imaginária que liga o 
ápice do sulco parietoccipital à incisura 
pré-occipital. 
- Do ponto médio dessa 
linha imaginária que vai até o ponto 
silviano posterior. Essa nova linha separa 
o lobo temporal do lobo parietal em suas 
porções mais posteriores. 
- Entre o sulco lateral e o sulco temporal superior, está o ​giro temporal superior​. A porção 
mais posterior desse giro, que se continua com o giro supramarginal no lobo parietal, 
corresponde à área de percepção da linguagem. 
- Internamente à parte mais posterior do giro temporal superior, no interior do sulco lateral, há 
os ​giros temporais transversos anterior e posterior​, ou giros de Heschl, que são separados 
pelo sulco temporal transverso e formam o chamado plano temporal. 
- O ​giro temporal transverso anterior corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann e 
representam o ​centro cortical da audição​. 
- Entre os sulcos temporais superior e inferior está o ​giro temporal médio​. A parte posterior 
desse giro continua-se com o giro angular e a parte anterior é delimitada pelo encontro dos 
giros temporais superior e inferior ao formarem o polo temporal. 
- Inferiormente ao sulco temporal inferior está o ​giro temporal inferior que é visível na face 
superolateral e na face inferior do cérebro. 
- Na face inferior, o giro temporal inferior é 
lateral ao ​giro occipitotemporal lateral​, de 
quem é separado pelo sulco occipito temporal. 
- O ​sulco colateral separa os giros 
occipitotemporais medial e lateral. Esse sulco 
faz impressão na superfície interna do corno 
temporal do ventrículo lateral e forma a 
eminência colateral. 
- O ​sulco rinal separa o unco e a parte mais 
anterior do giro parahipocampal, que estão 
superior e medialmente localizados, do resto 
do polo temporal. 
- O ​giro occipitotemporal medial tem duas 
porções que se dividem no local de encontro desse giro 
com o istmo do giro do cíngulo. A porção mais posterior 
é o ​giro lingual​, limitado medialmente pelo sulco 
calcarino e lateralmente pelo sulco colateral no lobo 
occipital. 
- A porção mais anterior do giro 
occipitotemporal medial é o ​giro parahipocampal que é 
limitado lateralmente pelo sulco colateral e pelo sulco 
rinal, medialmente pelo sulco do hipocampo. 
- O giro parahipocampal recobre o 
hipocampo e, anteriormente, curva-se para cima e para 
trás formando o ​uncus​, parte mais medial do lobo 
temporal, que corresponde ao ​centro cortical do olfato​, o córtex entorrinal (área 34 de 
Brodmann). 
 
- O ​sulco do hipocampo origina-se junto ao esplênio do corpo caloso onde une-se ao sulco do 
corpo caloso e segue em direção ao polo temporal, onde separa o giro parahipocampal do 
unco. 
● Lobo occipital: 
- Na superfície superolateral, o limite do 
lobo occipital é dado pela linha que vai do ápice do sulco 
parietoccipital, na face superior do hemisfério cerebral, até 
à incisura pré-occipital. 
- O ​sulco parietoccipital​, visível na face 
medial, separa o cúneo (lobo occipital) do pré-cúneo (lobo 
parietal). Em sua extremidade inferior, esse sulco encontra 
e divide o sulco calcarino em suas porções anterior e 
posterior. 
- O ​sulco calcarino inicia-se junto ao 
esplênio do corpo caloso e segue em direção ao polo 
occipital. Superiormente a ele, está o cúneo e 
inferiormente o giro lingual. 
- Nos lábios da porção posterior do sulco calcarino, encontra-se a ​área visual primária​, ou o 
centro cortical da visão (área 17 de Brodmann). Por ser profundo na face inferomedial do 
hemisfério cerebral, o sulco calcarino causa elevação na parede interna do corno occipital 
do ventrículo lateral, o calcar avis. 
● Lobo insular: 
- O lobo insular, ou ínsula, é o menor dos lobos do cérebro, situado 
profundamente ao sulco lateral, recoberto pelos lobos frontal, parietal 
e parietal. 
- O segmento de cada um desses lobos que recobre a ínsula chama-se 
opérculo, que significa “tampa”. 
- A ínsula fica anteriormente localizada em relação ao giro temporal 
transverso anterior. 
- O lobo insular é 
separado dos demais lobos pelo ​sulco circular da ínsula​, 
que o circunda. 
- Há geralmente três giros anteriores e dois 
posteriores que são separados pelo ​sulco central da ínsula​. 
Os anteriores são de menor tamanho, os ​giros curtos da 
ínsula​, os posteriores são maiores, os ​giros longos da 
ínsula​. 
- O ápice da ínsula está voltado para frente e 
para baixo, conhecido como límen da ínsula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções corticais: 
● Lobo frontal: 
 
- A ​área 4 de Brodmann é o 
local responsável pela ​motricidade primária​. 
- É no ​giro pré-central onde se 
localizam os neurônios motores superiores que 
compõem os ​tratos corticoespinhais e 
corticonucleares na execução do movimento e 
essa função é exercida de acordo com a 
somatotopia do homúnculo motor de Penfield. 
- As ​áreas 6, 8, 44 e 45 de 
Brodmann correspondem ao ​córtex motor 
secundário​. Essa região está localizada na 
parte mais anterior do giro pré-central e nas 
partes posteriores dos giros frontais superior, 
médioe inferior. Pode ser subdividida em ​áreas pré-motora, motora suplementar e de 
Broca​. 
- A ​área motora suplementar recebe informações aferentes de várias vias sensitivas, do 
tálamo, do cerebelo e dos núcleos da base para fazer o ​planejamento motor​. Antes de ser 
executado pelo córtex motor primário, o movimento é planejado pelo córtex motor 
secundário. 
- A ​área pré-motora é outra região que participa do ​planejamento motor e localiza-se à frente 
da área motora primária, no giro frontal médio. Lesões nessa região levam à paresia dos 
músculos, como os do tronco ou da base dos membros. 
- A ​área de Broca corresponde às partes triangular e opercular do giro frontal inferior. É 
responsável pela ​expressão da linguagem e, quando lesada, resulta em afasias motoras. A 
lesão nessa região pode resultar em ​afasia de expressão​, ou de Broca. 
- A ​área pré-frontal​, composta pelas regiões dorsolateral e orbitofrontal, corresponde às ​áreas 
9, 10, 11 e 12 de Brodmann​. Essa área faz conexão com diversas regiões do córtex e com 
o sistema límbico, tálamo, hipotálamo e corpo estriado. O córtex pré-frontal é denominado 
associativo por não possuir função de motricidade e sensibilidade, mas sim de funções mais 
complexas da cognição. A principal função da área pré-frontal é o ​controle do 
comportamento​. Lesões nessa região geram dificuldade na atenção do paciente e no 
aprendizado, impulsividade e perdas de memória de longa duração, que são armazenadas 
nesse córtex. 
↳ A ​área pré-frontal dorsolateral liga-se ao corpo estriado (putâmen) integrando o 
circuito cortico-estriado-talâmico-cortical. Essa área está relacionada ao planejamento da 
execução de estratégias mais adequadas ao contexto físico e social do indivíduo, à 
capacidade de lidar com as alterações desse contexto, à avaliação das consequências das 
ações, ao planejamento e organização inteligentes das ações e soluções de problemas e à 
memória operacional (memória de curto prazo, temporária e suficiente para manter 
informações na mente até a conclusão de uma atividade em andamento). 
↳ A ​área pré-frontal orbitofrontal projeta-se para o núcleo caudado, que se projeta 
para o globo pálido e, em seguida, para o núcleo dorsomedial do tálamo e, depois, a região 
orbitofrontal, fechando o circuito. Está envolvida no processamento de emoções, supressão 
de comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção da atenção. Lobotomias. 
- A lesão do córtex motor secundário resulta em ​apraxias​, que são situações clínicas em que 
o paciente não consegue executar adequadamente o movimento por incapacidade de 
planejá-lo. Nessas situações, não há acometimento das vias corticoespinhais que, quando 
lesadas, resultam em paresias. 
- Lesão do assoalho frontal → lesão do lobo frontal, da região orbitofrontal e da via olfatória. 
● Lobo parietal: 
 
- É tipicamente sensitivo. 
- O ​giro pós-central corresponde à ​área somestésica primária​, ou seja, é responsável pela 
sensibilidade geral da metade oposta do corpo (dor, temperatura, pressão e propriocepção 
consciente) que chegam por meio das radiações talâmicas que se originam nos núcleos 
VPL e VPM do tálamo. Corresponde às áreas 1, 2 e 3 de Brodmann e também possui 
somatotopia. Recebe fibras aferentes provenientes do tálamo. 
- O ​centro cortical da gustação​, que corresponde à área 43 de Brodmann, está localizado na 
porção mais inferior do giro pós-central​, próximo à área da língua. 
- No lobo parietal, estão as ​áreas sensitivas secundárias​, que são responsáveis pela 
interpretação do estímulo sensitivo percebido​. Essas áreas recebem aferências 
principalmente das áreas sensitivas primárias correspondentes, interpretam os estímulos 
relacionando-os com experiências sensitivas prévias e repassam informações a outras 
regiões do córtex. No lóbulo parietal superior (área 5 e parte da área 7 de Brodmann) está 
localizada a área somestésica secundária. 
- As ​áreas corticais vestibulares​, responsáveis pelo processamento das informações sobre a 
posição, orientação e movimentação da cabeça no espaço​, encontram-se próximas a área 
sensitiva da face no giro pós-central. 
- A ​área de Wernicke​, responsável pela ​percepção da 
linguagem​, se localiza na transição entre o lobo 
temporal e o parietal. Corresponde principalmente a 
área 22, 39 e 40 de Brodmann e se localiza na região 
dos giros temporal superior, angular e supramarginal. A 
lesão nessa região leva à ​afasia de percepção​, ou de 
Wernicke. 
- O ​córtex associativo parietal é a região responsável 
pelas funções mais complexas do córtex. Tem 
participação na ​atenção cognitiva e sensorial e, 
principalmente o hemisfério direito, é responsável pela ​percepção visuoespacial​. O lobo 
parietal participa também da ​memória de longa duração​. 
- Lesões da área somestésica podem ocorrer, por exemplo, como consequência de acidentes 
vasculares cerebrais que comprometem as ​artérias cerebral média ou cerebral anterior​. Há, 
então, perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão, isto é, perde a 
capacidade de discriminar dois pontos, perceber as partes do corpo, reconhecer diferentes 
intensidades de movimento, a estereognosia. 
- Nas lesões parietais direitas, o paciente pode apresentar a ​síndrome da heminegligência 
(perda da lateralidade), em que deixa de considerar o lado esquerdo do próprio corpo e do 
espaço que o cerca. 
● Lobo temporal: 
- No lobo temporal, está o ​centro cortical da audição​, no ​giro temporal transverso anterior​, 
que corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann, onde chegam as fibras originadas no 
corpo geniculado medial. 
- A parte anterior da área auditiva primária percebe sons de baixa frequência (graves) e a 
posterior de alta frequência (agudos) → tonotopia. 
- Circundando a área auditiva primária está a ​área auditiva secundária​, onde é realizada a 
interpretação dos sons​. 
- O córtex auditivo recebe ​fibras da orelha ipsilateral e da contralateral​. Assim, se houver 
lesão do córtex auditivo, há pequenas perdas da percepção auditiva, pois o lado 
contralateral à lesão continua recebendo informações de ambos os lados. 
- O ​centro cortical do olfato está localizado na face mais medial do lobo temporal, mais 
precisamente na porção anterior do unco e do giro parahipocampal​. É dessa região que 
partem fibras para o hipocampo, que integram o aroma à memória e às emoções. Lesões 
irritativas dessa área causam ​parosmias​, que são definidas como percepções de odores 
 
sem que exista o estímulo real do olfato → manifestação clínica típica das epilepsias do 
lobo temporal que acometem o unco. 
- Crises uncinadas → os doentes subitamentes se queixam de cheiros, geralmente 
desagradáveis, que na realidade não existem. 
- As estruturas mediais do lobo temporal são também responsáveis pela função da memória. 
O ​hipocampo e os ​córtices entorrinal​, perirrinal ​e parahipocampal atuam principalmente na 
codificação e consolidação da memória​, porém não são responsáveis pelo armazenamento 
delas. 
- O lobo temporal possui estruturas que participam da ​formação do sistema límbico​, que é 
responsável pelas ​emoções​ como raiva, alegria, tristeza e saudade. 
● Lobo occipital:- O lobo occipital tem função relacionada exclusivamente com a ​visão​. 
- Nos ​lábios da porção posterior do sulco calcarino está localizado o ​centro cortical da visão​, 
que corresponde à área 17 de Brodmann. Nesse local, chegam as radiações ópticas (trato 
geniculocalcarino) que fazem parte da via óptica. 
- O lábio inferior do sulco calcarino recebe fibras da retina inferior e o lábio superior do sulco 
calcarino, fibras da retina inferior. 
- A metade do campo visual direito do paciente é percebido no lobo occipital esquerdo, e 
vice-versa. 
- A ​área visual secundária localiza-se nas áreas 20, 21 e 37 de Brodmann, que corresponde 
a quase todo o lobo temporal e uma pequena parte do lobo parietal. 
- Lesões das áreas corticais secundárias resultam em ​agnosias​, ou seja, na incapacidade de 
identificar objetos ou aspectos dos objetos, mesmo estando íntegras as áreas corticais 
primárias. 
● Lobo insular: 
- Participa do ​planejamento e coordenação dos movimentos necessários para a fala​. 
- Apresenta atividade na realização de tarefas associadas a ​emoções ​(empatia, sensação de 
nojo, percepção da própria fisionomia). 
- Vinculada a ​transtornos psiquiátricos​, como fobias e transtornos obsessivos e compulsivos. 
- Participação em ​processos autonômicos​, como controle da F.C. e P.A. 
- Processamento de ​funções vestibulares​. 
 
 
 
● CASO CLÍNICO DA AULA: homem, idoso, desempregado, há 1 ano com alterações de 
comportamento e alucinação, nos últimos 2 meses iniciou quadro de apatia e sonolência, histórico 
de alcoolismo, grande perda de peso e queda de objetos da mão direita. 
- Exame clínico: sonolência (compressão da formação reticular), anisocoria OE>OD (III par - 
herniação do uncus), desvio da comissura labial para a esquerda (paralisia facial central), 
marcha parética com queda para direita, hiperreflexia do bíceps direito, monoparesia do 
MSD (área motora primária), disfagia (alteração na área de Wernicke). 
- D.S: síndromes motora, sensitiva, dos nervos cranianos (III e VII), comportamental e de 
vigília-sono. 
D.A.: face superolateral esquerda - tomografia. 
D.E.: tumor.

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