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10 Nervos em Geral Machado

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· As fibras nervosas que constituem os nervos tão, em geral, mielínicas com neurilema.
· Entretanto, o nervo óptico, no qual a glia mielinizante é o oligodendrócito, é constituído somente por fibras mielínicas sem neurilema; no nervo olfatório, as fibras são amielínicas com neurilema (fibras de Remak).
· Se um nervo é estimulado ao longo de seu trajeto, a sensação geralmente dolorosa é sentida não no ponto estimulado, mas no território sensitivo que ele inerva. Assim, quando um membro é amputado, os cotos nervosos irritados podem originar impulsos nervosos que são interpretados pelo cérebro como se fossem originados no membro retirado, resultando na chamada dor fantasma, pois o indivíduo sente dor em um membro que não existe.
· A condução do impulso é maior nas fibras mais calibrosas (fórmula de resistividade)
· precisa saber a relação de tamanho e condutividade (pg 103)
· Regeneração de fibras nervosas:
· Em cada coto proximal a membrana plasmática e rapidamente reconstruida e se modifica para formar o cone de crescimento. Este emite expansões semelhantes a pseudópodos e possuem receptores para fatores neurotróficos, que são endocitados e levado ao corpo celular que ativa vias de regeneração. 
· Além desses fatores, as células de Schwann são ativadas por citocinas derivadas de macrófagos que estão fazendo a “limpeza” do local. As células de Schwann ativadas abandonam a fibra nervosa lesada e proliferam no nível do coto proximal. Secretam novas membranas basais e uma glucoproteína, a laminina, e assumem a função de produzir fatores neurotróficos que tinham no desenvolvimento.
· Na verdade, as células de Schwann, com suas membranas basais, formam numerosos compartimentos ou tubos extracelulares circundados por tecido conjuntivo do endoneuro, dentro dos quais o axônio se regenera.
· No início do processo de regeneração, cada axônio emite numerosos ramos, o que aumenta a chance de eles encontrarem o caminho correto até seu destino. Para se conseguir melhor recuperação funcional, as extremidades de um nervo seccionado devem ser ajustadas com precisão, tentando-se obter a justaposição das bainhas perineurais, com o auxílio de microscópio cirúrgico. 
· Em casos de secção com afastamento dos dois cotos, as fibras nervosas em crescimento, não encontrando o coto distal, crescem desordenadamente no tecido cicatricial, constituindo os neuromas, formados de tecido conjuntivo, células de Schwann e um emaranhado de fibras nervosas "perdidas".
· Os fatores neurotróficos são essenciais à sobrevivência e diferenciação de neurônios durante o desenvolvimento. Após essa fase, continuam sendo essenciais para a manutenção dos neurônios e regeneração de fibras nervosas lesadas. Entre eles estão duas importantes famílias de polipeptídios: a família das neurotrofinas, cujo protótipo é o fator de crescimento neural, e a família do fator neurotrófico derivado da glia.
TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS // RECEPTORES
· Os receptores especiais são mais complexos, relacionando- se com um neuroepitélio (retina, órgão de Coni etc.) e fazem parte dos chamados órgãos especiais do sentido: visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação, todos localizados na cabeça
· Os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, fazem parte do sistema sensorial somático. que responde a diferentes estímulos, tais como tato, temperatura, dor e postura corporal ou propriocepção.
· Os receptores podem ser: quimiorreceptores (olfação e gustação), osmorreceptores (detectam pressão osmótica), fotorreceptores (luz), termorreceptores (frio ou calor), nociceptores (dor) e mecanorreceptores (estímulo mecânico, ex: audição e equilíbrio)
· Também podem ser classificados em: exterorreceptores (ativados por agentes externos), proprioceptores (posição e movimento), e interorreceptores (sensações viscerais, ex: fome, sede e for visceral)
· Tanto os exteroceptores como os proprioceptores transmitem impulsos relacionados a parede corporal, sendo, pois, considerados receptores somáticos. Os interoceptores transmitem impulsos relacionados às vísceras e são, por conseguinte, viscerais.
· Pode-se, ainda, dividir a sensibilidade em superficial ou profunda, a primeira originando-se em exteroceptores e a segunda em proprioceptores e interoceptores
RECEPTORES DA PELE
· Na pele, a maioria é mecanorreceptor ou quimiorreceptor
· Receptores livres são terminações das fibras nervosas que perdem a mielina, mas não o envoltório das células de Schwann
· São de adaptação lenta e veiculam informações de tato grosseiro, dor, temperatura e propriocepção
· Na categoria de terminações livres estão também os discos de Merkel (tato e pressão contínuos), os nociceptores (maioria é polimodal, mas existem aqueles que são unimodais, mecânicos, térmicos ou químicos), e termorreceptores (sensação não dolorosa de frio ou calor)
· Os nociceptores das vísceras entram na medula pelo mesmo caminho dos exteroceptores, e as duas formas de informação se misturam, dando origem ao fenômeno de dor referida, na qual a ativação de um nociceptor visceral dá origem a uma sensação cutânea. O exemplo mais comum é o do infarto do miocárdio, em que o nociceptor está no coração, mas a dor é localizada na parede torácica superior ou no braço esquerdo.
· A substância P é produzida pelos nociceptores e causa sensibilização dos mesmos ao redor da lesão.
· Receptores encapsulados são formados de intensa ramificação da extremidade do axônio no interior de uma cápsula conjuntiva
· corpúsculos de Meissner: receptores de tato, pressão e estímulos vibratórios mais lentos que os percebidos pelos corpúsculos de Paccini. Além de perceber texturas
· corpúsculos de Vater-Paccini: tato, pressão e estímulos vibratório Além de perceber texturas.
· corpúsculo de Ruffini: receptores de tato e pressão
· fusos neuromusculares: capsula conjuntiva (com 10 fibras estriadas ou intrafusais). Parte equatorial (não contratil) + fibras sensitivas = terminações anuloespirais. Ativado quando o músculo estica
· Reflexo miotático que mantém o tônus: quando as fibras se alongam, ocorrem deformações mecanicas das terminações anuloespirais, ativando-as → impulsos que por vias aferentes se ligam aos motoneurônios alfa → estes terminam em placas motoras → contrai fibras extrafusais
· Fibras eferentes gama → inervam regiões polares (contráteis) das fibras intrafusais, contraindo-as → tensão na região equatorial → fusp fica mais sensivel ao estiramento
· neurônios alfa: contraem fibras extrafusais
· neurônios gama: contraem fibras intrafusais
· 
· órgãos neurotendinosos: entre tendão e músculo. São ativados com o estiramento do tendão (quando o músculo se contrai) e mandam infornações da tensão que o músculo exerce sobre o tendão, para que o córtex possa avaliar a força que esta sendo exercida.
TERMINAÇÕES NERVOSAS MOTORAS ou junções neuroefetuadoras
TERMINAÇÕES EFERENTES SOMÁTICAS (musc. estriado esquelético)
· As fibras nervosas eferentes somáticas relacionam-se com as fibras musculares estriadas esqueléticas por meio de placas motoras
· Ao aproximar-se da fibra muscular, a fibra nervosa perde sua bainha de mielina, conservando, entretanto, o neurilema. Na placa motora, a terminação axônica emite finos ramos contendo pequenas dilatações, os botões sinápticos, de onde é liberado o neurotransmissor.
· O elemento pré-sináptico, formado pela terminação axônica, apresenta-se rico em vesículas sinápticas agranulares que se acumulam próximo a barras densas, constituindo zonas ativas, onde é liberado o neurotransmissor, a acetilcolina.
· O elemento pós-sináptico é constituído pelo sarcolema da fibra muscular, que mantém sua membrana basal e tem sua área consideravelmente aumentada pela presença de pregueamento característico (as pregas funcionais). As cristas dessas pregas apresentam densidades pós-sinápticas. O neurotransmissor acetilcolina, liberado na fenda sináptica, causa despolarização do sarcolema, o que desencadeia a contração da fibra muscular.
TERMINAÇÕES EFERENTES VISCERAIS (glândulas, músculo liso ou músculo cardíaco // SNA)
· Nas terminaçõesnervosas viscerais dos mamíferos, o mediador químico pode ser a acetilcolina ou a noradrenalina
· Os neurotransmissores são liberados em um trecho bastante longo da parte terminal das fibras e não apenas em sua extremidade, podendo a mesma fibra estabelecer contato com grande número de fibras musculares ou células glandulares.
NERVOS ESPINHAIS
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· Com exceção dos três primeiros nervos cervicais, os ramos dorsais dos nervos espinhais são menores que os ventrais correspondentes
· Os ramos ventrais dos nervos espinhais torácicos (nervos intercostais) têm trajeto aproximadamente paralelo, seguindo cada um individualmente em seu espaço intercostal. São unissegmentares
· Os ramos ventrais dos outros nervos se anastomosam, se entrecruzam e trocam fibras, resultando na formação de plexos. Deste modo, os nervos originados dos plexos são plurissegmentares, ou seja, contêm fibras originadas em mais de um segmento medular.
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DERMÁTOMO
· é o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal
CAMPO RADICULAR
· Denomina-se campo radicular motor o território inervado por uma única raiz ventral
· A maioria dos músculos, entretanto, é plurirradicular, não sendo possível separar as partes inervadas pelas diversas raízes
UNIDADE MOTORA
· Denomina-se unidade motora o conjunto constituído por um neurônio motor com seu axônio e todas as fibras musculares por ele inervadas. O termo aplica-se apenas aos neurônios motores somáticos, ou seja, à inervação dos músculos estriados esqueléticos
· Quando, no inicio de uma "queda de braço", aumentamos progressivamente a força, fazemos agir um número cada vez maior de unidades motoras do bíceps. Entretanto, o aumento da força se deve também ao aumento da frequência com que os neurônios motores mandam impulsos às fibras musculares que eles inervam. A proporção entre fibras nervosas e musculares nas unidades motoras não é a mesma em todos os músculos.
· Músculos de força como o bíceps, o tríceps ou o gastrocnêmio têm grande número de fibras musculares para cada fibra nervosa (até 1.700 no gastrocnêmio). Já nos músculos que realizam movimentos delicados, como na mão, os interósseos e os lumbricais, esse número é muito menor (96 por axônio, no primeiro lumbrical da mão).
· Por homologia com unidade motora, conceitua-se também unidade sensitiva, que é o conjunto de um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e seus receptores. Os receptores de uma unidade sensitiva são todos de um só tipo mas, como há grande superposição de unidades sensitivas na pele, diversas formas de sensibilidade podem ser percebidas em uma mesma área cutânea.

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