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Papilomatose em Mamíferos

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Papilomatose
Enfermidade infectocontagiosa crônica caracterizada por tumores, geralmente benignos localizados em epitleio cutâneo e mucoso de mamíferos, aves, repteis etc. Ocorrem principalmente na epiderme (camada mais externa da pele). A infecção por membros da família Papillomaviridae ocasiona enfermidades semelhantes nas diversas espécies acometidas e está amplamente distribuída em todo o mundo
· A infecção do epitélio mucoso geralmente está associada com a formação de tumores malignos.
· Os tumores apresentam superfícies pontiagudas, lisas, ásperas ou rugosas, chegando até a assemelhar-se ao aspecto de uma couve-flor.
· Na maioria das vezes, sua coloração mantém-se em tonalidades cinza claro ou escuro, esbranquiçados ou rosados.
· Os papilomas localizam-se com maior freqüência na cabeça, ao redor dos olhos, cara, pescoço, tetas e pênis e apresentam aspecto desagradável. 
Prejuizos Economicos
	Os prejuízos estão intimamente relacionadoscom a localização anatômica e extensão das lesões encontradas. Perdas econômicos consideráveis à bovinocultura tanto por perdas diretas, causadas pela morte de animais, quanto indiretas, representadas por reduções na produtividade, como dificuldade na cópulla, diciduldade na ordenha(mastite),infecções secundarias, míiase, cegueira e no valor comercial dos animais e subprodutos como a depreciação do couro. 
Etiologia
· Caracterizam-se pela propriedade oncogênica, que é responsável pela produção de lesões tumorais.
· Familia papilomaviridae.
· Trinta e dois gêneros.
· Os papilomavírus são altamente espécie/tecido-específicos e têm sido descritos em diversas espécies de mamíferos, como seres humanos, animais domésticos e selvagens, assim como em algumas espécies de aves.
· Infecções entre diferentes espécies hospedeiras são relatadas; no entanto, nenhum caso de infecção produtiva foi comprovado na segunda espécie.
· Por ser um virus do tipo não envelopado, ele é mais resistente no ambiente.
Patogenia
Cada papilomavírus apresenta especificidade por uma única espécie animal, na qual se replica de forma produtiva. Alguns tipos virais podem infectar uma segunda espécie animal. Nesses casos, produzem uma infecção não-produtiva, ou seja, sem a produção de vírions infecciosos, como ocorre no sarcóide eqüino, que é um exemplo de infecção heteróloga ocasionada pelos BPV-1 e BPV-2.
O período de incubação das patologias induzidas pelos papilomavírus varia de acordo com o local da célula infectada.
O ciclo de replicação viral é completado nos processos de diferenciação das células epiteliais. Inicialmente, o vírus infecta os queratinócitos basais, provavelmente por meio de microlesões; expressa parte dos seus genes nas camadas basal e suprabasal; replica o genoma viral na região de diferenciação das camadas espinhosa e granular; expressa os genes estruturais e transfere o DNA para as células da camada escamosa, onde a progênie viral é finalmente liberada após a descamação celular normal do epitélio. Ou seja, as diferentes etapas da replicação ocorrem sucessivamente de acordo com o estágio de diferenciação celular.
A infecção pelo papilomavírus pode ocasionar alterações na morfologia e função celular. Essas alterações são reflexos das mudanças genéticas e fisiológicas que se acumulam por longos períodos de tempo, levando à perda progressiva do controle do ciclo celular, imortalização celular e transformação tumoral. Nas células epiteliais transformadas, podem ser observadas alterações do tipo hiperplasia e hipertrofia.
A camada celular fica mais espessa, com células vacuolizadas, adquirindo a aparência clássica de papiloma. Assim, o aspecto de “verruga” deve-se àproliferação e não à destruição celular. À medida que as células infectadas passam pelo processo de diferenciação e queratinização, elas se tornam permissivas à replicação viral. Os vírions podem reinfectar as células adjacentes, sendo esta a razão pela qual os papilomas cutâneos são contagiosos e aparecem agrupados. A infecção de várias células basais origina colônias celulares sobrepostas, com a aparência de “verruga” em forma de couve- flor.
Epidemiologia
· Cosmopólita
· Mamiferos
· Sem predisposição por sexo, raça, sazonalidade
· Fatores predisponentes:
· Jovens
· Adultos imunossuprimidos
· Ambiente com alta densidade de animais
· Morbidade variavel
· A letalidade é baixa e quando ocorre é devido ao enfraquecimento do animal pela presença de grande número de papilomas ou pela ocorrência de miíases que aparecem quando ospapilomas são extirpados por traumatismos.
· Transmissao direta, principamente e indireta por fômites e veiculos animados.
· A doença é transmitida dos animais doentes para os demais, principalmente pelo contato com ambientes contaminados, ou por meio de material contaminado, como seringas, agulhas de injeção, material de castração ou descorna, cordas, cabrestos, arames farpados, ordenhadeira mecânica, carrapatos, piolhos e outros insetos hematófagos (que se alimentam do sangue dos animais).
Diagnóstico
· Clínico epidemiológico;
· Confirmatório: raramente realizado;
· Ex: Biopsia, imunohistoquimica, microscopia eletronica e PCR
· O PCR tem sido amplamente utilizada para o diagnóstico e caracterização molecular dos papilomavírus com bons níveis de sensibilidade e especificidade. O PCR possibilita ainda que os produtos amplificados sejam avaliados por análises do polimorfismo dos fragmentos de restrição e mais comumente, por seqüenciamento, permitindo, assim, a elaboração de análises filogenéticas. Segmentos do gene L1 são os mais utilizados para a amplificação tanto com o objetivo de diagnóstico quanto para a caracterização molecular de novas espécies e tipos virais.
· Diferencial em bovinos: tuberculose, actinomicose, dermatose nodular, lesoes crostosas de frebe aftosa, dermatofitose.
· Diferencial em equinos: sarcoide (aspecto de lesão ulcerada).
Sinais clinicos 
· Espécie–específico (exceções o sarcoide equino)
· Tecido especifico (tropismo por células, epitelio escamoso(cutaneo e mucoso)
· Lesões benignas (regressão espontanea em meses) Imunidade baixa: curso prolongado, torna possivel virar carcinoma). 
· Em cães:
· Ptialismo;
· Halitose;
· Hemorragia;
· Infecções 2º;
· Anemia e enfraquecimento.
Prognóstico
 Bom, exceto quando evolui para carcinoma, complicações e infecção 2º, baixa a produtividade leitieira/fetilidade e perda de peso.
Imunologia
· As lesões benignas produzidas na infecção cutânea e mucosa pelo papilomavírus apresentam tendência de regressão espontânea. No entanto, algumas infecções com curso clínico prolongado e que determinam lesões extensas podem, ocasionalmente, progredir para o câncer. 
· Infecções pelo papilomavírus, ocasionando lesões benignas, podem ser encontradas tanto em animais imunossuprimidos quanto imunocompetentes. 
· A maior susceptibilidade de animais jovens à infecção pelo papilomavírus deve-se à falta de reconhecimento do patógeno pelo sistema imune.
· Após a infecção primária, os animais tornam-se menos susceptíveis ou mesmo resistentes a novas infecções. 
· No cão geralmente na boca é maligno e contagioso. As de pele tendem a ser benignas.
Controle e profilaxia
· O tratamento mais utilizado são as vacinas autógenas obtidas através da inativação de um macerado de papilomas coletado do animal afetado. 
· Nem sempre os resultados são satisfatórios. A cura depende da preparação da vacina, do estágio de evolução da enfermidade e do tipo do papiloma envolvido. 
· Não colher material durante o período do desenvolvimento (fase onde não há produção do vírus), como também na fase de regressão.
· Em média, cerca de 5 gramas de papilomas por animal devem ser colhidas dos animais afetados e enviadas ao laboratório em forma de pool sob refrigeração, o mais rápido possível. Este tratamento consiste na aplicação de cinco doses (10 ml cada) da vacina em intervalos de 7 a 10 dias, exclusivamente nos animais afetados. 
· As verrugas fibrosas e arborescentes, comuns aos animais jovens, normalmente cedem a este tratamento.Muitas outras formas de tratamentosão descritas com resultados inconsistentes (excisão cirúrgica de alguns ou de todos os papilomas, tratamentos medicamentosos locais ou sistêmicos com diversos produtos). 
· Outro procedimento que vem sendo empregado para tentar controlar a doença é a auto-hemoterapia, sendo que para este procedimento retira-se em torno de 10-40 ml de sangue da veia jugular externa ou da veia caudal, sem anticoagulante e, em seguida, o sangue é aplicado por via intramuscular profunda. Esta técnica baseia-se na tentativa de desencadear um estímulo de defesa no organismo do animal quando absorve o sangue venoso, o sistema de defesa é ativado e passa a produzir anticorpos, levando a eliminação da enfermidade. Mais efetiva em animais jovens.
· Quimioterapia sistemica ou local:
· Os melhores resultados descritos foram obtidos com a utilização de uma ou duas doses de clorobutanol, na dose de 50-100mg/kg, em solução alcoólica via subcutânea. 
· Diaceturato de diaminazina 3,5 mg/kg PV;
· Levamizole;
· Corrosivos à base de soda, formalina e nitrato de prata.
· Imunomodulator (proprionibacterium acnes)
Medidas
· Não comprar animais com papilomas;
· Separar animais infectados do restante do plantel e combater os papilomas deste animal.
· Esterilizar bem o material empregado na vacinação (agulhas e seringas), na tuberculinização, descorna ou castração e as instalações.
· Os desinfetantes à base de formol ou soda cáustica são recomendados para auxiliar no controle desta doença. Aconselha-se, ainda, a desinfecção das mãos, com soluções à base de cloro ou iodo, após a ordenha de alguma vaca com papilomas nas tetas. Estas vacas devem, de preferência, ser ordenhadas por último.
· Controlar carrapatos e moscas que se alimentam de sangue dos bovinos é uma maneira importante de prevenir a doença.
· Enfim, em qualquer atividade que envolva todos os animais do rebanho, os doentes devem sempre ser manejados por último.
· Fazer sanitização de equipamentos e instalações (fumigação 1x semana no mínimo)
@futuraanestesistavet

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