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Ergometriacalorimetria - FISIOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA

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FISIOLOGIA 
APLICADA A 
FISIOTERAPIA
Isadora Rebolho Sisto
Ergometria/calorimetria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as formas de avaliação e mensuração, com medidas diretas 
e indiretas, do esforço físico, da atividade física e do exercício.
 � Apontar os diferentes tipos de ergômetros e equipamentos para 
avaliação e mensuração do esforço físico.
 � Demonstrar a relação entre a avaliação ergométrica e a avaliação, a 
prescrição e o controle das capacidades funcionais.
Introdução
O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) é um importante parâmetro 
preditor do desempenho aeróbio, utilizado no controle e prescrição 
de treinamento físico; é um índice muito utilizado para determinar e 
classificar a capacidade funcional cardiorrespiratória. Essa medida é a 
que melhor representa, tanto quantitativa como qualitativamente, a 
capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório integrado ao sis-
tema muscular durante o exercício físico e a habilidade de regulação 
da demanda energética que cada intensidade exige para realização das 
atividades, já que há uma perfeita congruência do organismo em captar, 
transportar e utilizar o oxigênio para os processos aeróbios de produção 
de energia durante o esforço físico.
Neste capítulo, você irá identificar as diferentes formas de avaliação e 
mensuração da ergometria, diferenciando as medidas diretas e indiretas 
de avaliação do esforço físico, apontar os diferentes tipos de ergômetros 
e equipamentos para avaliação do esforço físico e demonstrar a relação 
entre a avaliação ergométrica e a avaliação, a prescrição e o controle das 
capacidades funcionais. 
Formas de avaliação e mensuração da atividade 
física e do exercício 
Um dos componentes mais importantes da aptidão física é a resistência car-
diorrespiratória, queconsiste na capacidade de realizar exercícios dinâmicos 
envolvendo grandes grupos musculares em intensidade moderada a alta por 
períodos prolongados. Toda avaliação de aptidão física deve incluir uma 
avaliação da função cardiorrespiratória em repouso e em exercício (SILVER-
THORN, 2017).
O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) medido diretamente é a medida 
mais válida de aptidão funcional do sistema cardiorrespiratório. O VO2máx 
ou taxa de consumo de oxigênio durante o exercício máximo, reflete a capa-
cidade do coração, dos pulmões e do sangue de levar oxigênio aos músculos 
em exercício durante o exercício dinâmico envolvendo uma grande massa 
muscular (PESERICO et al., 2011). O critério utilizado para determinar o 
alcance do VO2máx real durante um teste de tolerância ao exercício máximo 
é o platô no consumo de oxigênio (Figura 1). 
A medida direta é considerada padrão ouro (gold standard) por ser o pro-
cedimento mais fidedigno, sendo realizada através do teste ergoespirométrico, 
no qual o indivíduo é submetido a cargas crescentes de esforço, analisando-se 
as frações expiradas de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) durante o 
exercício e ventilação pulmonar, avaliando assim, com precisão, a capacidade 
cardiorrespiratória e metabólica. Todavia, o teste ergoespirométrico apresenta 
custo elevado, os equipamentos são sofisticados e necessita-se de mão-de-obra 
especializada para operá-los, maior quantidade de tempo para a avaliação de 
cada indivíduo e, ainda, maior motivação, já que os testes geralmente são 
efetuados em ambientes laboratoriais; por esses motivos, têm-se proposto 
métodos para determinação indireta do VO2 máx (PESERICO et al., 2011).
A determinação indireta é realizada durante testes de esforços submáximos 
ou máximos, nos quais são utilizadas determinadas variáveis fisiológicas 
cujos valores são inseridos em equações matemáticas. Várias pessoas podem 
ser avaliadas ao mesmo tempo, o custo é baixo e as condições de teste podem 
ser mais próximas da especificidade da modalidade (PESERICO et al., 2011; 
ZAGATTO; PAPOTI; GOBATTO, 2009).
Ergometria/calorimetria2
O VO2 máximo e o submáximo são expressos em termos absolutos ou 
relativos. O VO2 absoluto é medido em litros por minuto (L/min) ou mililitros 
por minuto (mL/min). Proporciona uma medida do custo energético para ativi-
dades que não envolvam a sustentação do peso corporal, como cicloergometria 
de perna ou braço. O VO2 absoluto está diretamente relacionado ao tamanho 
corporal; geralmente, os homens apresentam um VO2 absoluto maior do que 
as mulheres (HEYWARD, 2011).
O VO2 máximo relativo é utilizado para classificar o nível de aptidão 
cardiorrespiratória de um indivíduo ou comparar os níveis de aptidão física 
de indivíduos com diferentes pesos corporais. O VO2 relativo também pode 
ser utilizado para estimar o custo energético de atividades que envolvem a 
sustentação do peso corporal, como caminhar, correr e subir escadas (SIL-
VERTHORN, 2017).
A taxa de consumo de oxigênio pode ser expressa como VO2 bruto ou 
VO2 líquido. O VO2 bruto consiste na taxa total de consumo de oxigênio 
e reflete os custos calóricos de repouso e do exercício (VO2bruto = VO2 
em repouso + VO2 em exercício). Entretanto, o VO2 líquido representa a 
taxa de consumo de oxigênio em excesso do VO2 em repouso e serve para 
descrever o custo calórico do exercício. Tanto o VO2 bruto como o líquido 
podem ser expressos em termos absolutos (L/min) ou relativos (mL/kg/
min) (HEYWARD, 2011).
Teste de esforço progressivo
Para determinar objetivamente a aptidão cardiorrespiratória funcional, uti-
lizam-se os testes de esforço. O VO2 máx, determinado a partir de testes de 
esforço progressivo máximo ou submáximo, é utilizado para classificar o nível 
de aptidão cardiorrespiratória (Quadro 1). Os fisioterapeutas podem utilizar 
os dados iniciais e subsequentes para avaliar o progresso, por exemplo, de 
participantes de um programa de exercícios, para estabelecer metas. Ainda, 
utilizam-se a frequência cardíaca e os dados de consumo de oxigênio obtidos 
durante os testes de esforço progressivo para fazer prescrições de exercícios 
acuradas (HEYWARD, 2011). 
3Ergometria/calorimetria
Fonte: Adaptado de Heyward (2011, p. 87).
Idade 
(anos)
Ruim Regular Boa Excelente Superior
MULHERES
20–29 ≤35 36–39 40–43 44–49 50+
30–39 ≤33 34–36 37–40 41–45 46+
40–49 ≤31 32–34 35–38 39–44 45+
50–59 ≤28 29–30 31–34 35–39 40+
60–69 ≤25 26–28 29–31 32–36 37+
70–79 ≤23 24–26 27–29 30–36 37+
HOMENS
20–29 ≤41 42–45 45–50 51–55 56+
30–39 ≤40 41–43 44–47 48–53 54+
40–49 ≤37 38–41 42–45 46–52 53+
50–59 ≤34 35–37 38–42 43–49 50+
60–69 ≤30 31–34 25–38 39–45 46+
70–79 ≤27 28–30 31–35 36–41 42+
Quadro 1. Classificação da aptidão cardiorrespiratória
Antes de iniciar um programa de exercícios vigorosos (> 60% VO2 máx 
ou > 6 METS [equivalentes metabólicos]), recomenda-se um teste de esforço 
progressivo máximo para (HEYWARD, 2011; AMERICAN COLLEGE OF 
SPORTS MEDICINE, 2000): 
 � Homens (>45 anos) e mulheres (>55 anos);
 � Indivíduos de qualquer idade, com risco moderado (dois ou mais fatores 
de risco de cardiopatia coronariana);
 � Indivíduos com alto risco, com um ou mais sinais ou sintomas de doença 
cardiovascular e pulmonar;
 � Indivíduos com alto risco, com doença cardiovascular, pulmonar ou 
metabólica conhecida.
Ergometria/calorimetria4
Os testes de esforço submáximo podem ser aplicados em indivíduos com 
baixo risco e com risco moderado, caso estejam iniciando um programa de 
exercícios moderados (40–60% do VO2 máx ou 3–6 METS) (HEYWARD, 
2011; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2002). 
Pode-se aplicar um teste de esforço progressivo (TEP) máximo ou sub-
máximo para avaliar a aptidão cardiorrespiratória do indivíduo. A escolha 
de um TEP depende de: idade, estratificação de risco (baixo, moderado ou 
alto); razões para aplicar o teste (aptidão física ou clínico); disponibilidade de 
equipamento adequado e de pessoal qualificado (HEYWARD, 2011).
Geralmente, em ambientes clínicos e de pesquisa, o VO2 máx é medido de 
forma direta e requer equipamentos caros e uma equipe experiente. Emborao 
VO2 máx possa ser predito com um bom grau de acurácia a partir da intensi-
dade máxima de exercício, os testes submáximos também proporcionam uma 
estimativa razoável do nível de aptidão cardiorrespiratória, são mais baratos, 
requerem menos tempo e representam menor risco. Entretanto, são consi-
derados menos sensíveis como ferramenta de diagnóstico de coronariopatia 
(ZAGATTO; PAPOTI; GOBATTO, 2009). 
Contudo, qualquer teste de esforço deve ser progressivo e de múltiplos estágios. 
Protocolos de teste de esforço máximo
Muitos protocolos de teste de esforço máximo têm sido planejados para avaliar a 
capacidade cardiorrespiratória. Deve-se selecionar uma modalidade de exercício e 
um protocolo de testes adequado para o indivíduo, de acordo com a idade, o sexo 
e o estado de saúde e de aptidão física. Comumente, as modalidades de exercício 
administradas são caminhada ou corrida na esteira e bicicleta estacionária. O 
teste de esforço pode ser contínuo ou descontínuo. O contínuo é realizado sem 
repouso entre os incrementos de trabalho. Os testes de esforço contínuos podem 
variar na duração de cada estágio de exercício e na magnitude do incremento 
da intensidade do exercício entre os estágios (HEYWARD, 2011).
Segundo Heyward (2011), os testes contínuos, como o teste de rampa, são 
muito utilizados porque podem ser individualizados de acordo com a tolerância 
ao exercício estimada para cada paciente. Protocolos de rampa proporcionam 
incrementos contínuos e frequentes na taxa de trabalho ao longo de todo o teste, 
de forma que o VO2 aumenta linearmente. Para testes de esforço descontínuo, 
o paciente repousa de 5 a 10 minutos entre as cargas de trabalho. A carga de 
trabalho é progressivamente aumentada até que o paciente alcance a tolerância 
máxima ao exercício (exaustão). Cada estágio do protocolo descontínuo dura 
5 ou 6 minutos, possibilitando que o VO2 atinja um estágio estável.
5Ergometria/calorimetria
Ergômetros e equipamentos para avaliação e 
mensuração do esforço físico
Teste de esforço máximo em esteira
O teste de esforço máximo em esteira ergométrica, o exercício é realizado em 
uma esteira monitorizada com velocidade e inclinação variáveis (Figura 2). 
A velocidade varia até 25 mph, ou seja, 40km/h, e a inclinação é medida em 
unidades de elevação por 100 unidades horizontais, sendo expressa em percen-
tual. A carga de trabalho na esteira é elevada, aumentando-se a velocidade ou a 
inclinação ou ambas. A carga de trabalho normalmente é expressa em quilômetros 
por hora (km/h ou km h-1) e em percentual de inclinação (HEYWARD, 2011). 
Figura 1. Esteira ergométrica.
Fonte: Heyward (2011, p. 92).
Ergometria/calorimetria6
Medir o consumo máximo de oxigênio é difícil e caro; por isso, o ACSM 
desenvolveu equações para estimar o custo metabólico do exercício (VO2). 
Essas equações proporcionam uma estimativa válida do VO2 somente para 
exercícios em estado estável (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDI-
CINE, 2002) (Quadro 2).
Fonte: Adaptado de Heyward (2011, p. 93).
Quadro 2. Equações metabólicas para estimar o VO2 bruto — American College of Sports 
Medicine
Protocolo de esteira de Balke
Para aplicar o protocolo de teste de esforço de Balke e Ware, de 1959, a ve-
locidade da esteira deve ser ajustada para 3,4 mph (91,1 m/min), e o grau de 
inclinação inicial para 0% durante o primeiro minuto de exercício. Deve-se 
manter a velocidade da esteira constante do início ao fim do teste. No início 
do segundo minuto do exercício, aumenta-se a inclinação para 2%. Depois 
disso, no início de cada minuto adicional do exercício, aumenta-se a inclinação 
em apenas 1% (HEYWARD, 2011).
7Ergometria/calorimetria
Para estimar o VO2 máx existe uma equação de predição do protocolo de 
Balke (Quadro 3).
Fonte: Adaptado de Heyward (2011, p. 94).
Quadro 3. Equação de caminhada do American College of Sports Medicine
Protocolo de esteira de Bruce
O teste de esforço de Bruce, Kusumi e Hosmer, de 1973, é um protocolo de 
esteira em múltiplos estágios (Figura 3). O protocolo aumenta a carga de tra-
balho mudando a velocidade e o percentual de inclinação da esteira. Durante 
o primeiro estágio do teste (minutos 1–3), o indivíduo normal caminha à ca-
dência de 1,7 mph, com uma inclinação de 10%. No início do segundo estágio 
(minutos 4–6), aumenta-se a inclinação em 2% e a velocidade para 2,5 mph 
(67 m/min). Em cada estágio subsequente do teste, aumenta-se a inclinação 
em 2% e a velocidade em 0,8 ou 0,9 (21,4 ou 24,1 m/min) até a exaustão do 
indivíduo. As equações de predição para esse protocolo foram desenvolvidas 
para estimar o VO2 máx de mulheres e homens ativos e sedentários, pacientes 
cardíacos e idosos (HEYWARD, 2011).
Ergometria/calorimetria8
Figura 2. Protocolos de testes de esforço em esteira.
Fonte: Heyward (2011, p. 95).
20
10
2 4 6 8
Tempo (min) Tempo (min)
10 12 14 16 3 6 9 12 15 18
20
18
16
14
12
10
%
 in
cl
in
aç
ão
%
 in
cl
in
aç
ão
%
 in
cl
in
aç
ão
%
 in
cl
in
aç
ão
↑ 2% a cada 2 min
 Velocidade = 8,9 mph
↑ 2% a cada 3 min
 Velocidade conforme
 mostrada
↑ 3,5% a cada 2 min
 Velocidade = 2 mph após
 os primeiros 2 min
1,7
2,5
3,4
4,2
5
Costil e Fox (1969)
Para: altamente treinados
Aquecimento: caminhada ou corrida de 10 min
Carga inicial de trabalho: 8,9 mph, 0%, 2 min
Bruce et al. (1973)
Para: normais e alto risco
Carga inicial de trabalho: 1,7 mph, 10%, 3 min = normal
 1,7 mph, 0,5%, 3 min = alto risco
12,5
10
7,5
5
2,5
2 4 6 8 10 12
↑ 2 1/2% a cada 2 min
 Velocidade = 7 mph
Tempo (min) Tempo (min)
Maksud e Coutts (1971)
Para: altamente treinados
Aquecimento: caminhada de 10 min a 3,5 mph, 0%
Carga inicial de trabalho: 7 mph, 0%, 2 min
21
17,5
14
10,5
7
3,5
2
1 2
2
2
2
2
2
2
4 6 8 10 12 14 16
Nughton et al. (1964)
Para: cardíacos e alto risco
Carga inicial de trabalho: 1 mph, 0%, 2 min
↑ 2,5% a cada 2 min
 Velocidade constante
= cliente exausto em
7–10 min Após 12 min ↑ para 5%
2,5% a cada 3 min deste ponto
em diante
Velocidade como mostrada
10
107,5
7,5
1,5 2,52 3
3
3
3
3
12,5
12,5
2,5
5
5
%
 in
cl
in
aç
ão
%
 in
cl
in
aç
ão
3 3 6 9 15 18 21 245 7 11 13
Tempo (min) Tempo (min)
Ástrand modi�cado (Polloc et al., 1978)
Para: altamente treinados
Aquecimento: caminhada ou jogging de 5 min
Carga inicial de trabalho: 5–8 mph, 0%, 3 min
Wilson et al. (1978)
Para: cardíacos e alto risco
Carga inicial de trabalho: 1,5 mph, 0%, 3 min
Protocolo modificado de Bruce
O protocolo modificado de Bruce é mais adequado do que o protocolo de Bruce 
para indivíduos idosos e de alto risco. Contudo, com exceção dos primeiros 
9Ergometria/calorimetria
dois estágios, esse protocolo é similar ao protocolo padrão de Bruce. O estágio 
1 inicia na inclinação de 0% e a uma cadência de caminhada de 1,7 mph. No 
estágio 2, o percentual de inclinação é aumentado para 5%. Para estimar o 
VO2 para o protocolo de Bruce modificado, existe outra equação diferente do 
protocolo padrão de Bruce, que é a equação metabólica para caminhada do 
American College of Sports Medicine (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS 
MEDICINE, 2000; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2002), 
disponibilizada no Quadro 3.
Protocolo de rampa em esteira
Em 1998, Kamisky e Whaley desenvolveram um protocolo de rampa padro-
nizado para avaliar a capacidade cardiorrespiratória funcional de indivíduos 
sintomáticos, sedentários e aparentemente saudáveis. A velocidade da esteira 
aumenta gradualmente (em incrementos de 0,1 – 0,4 mph, ou 2,68 – 10,72 m) 
a cada minuto. A velocidade mínima é 5,8 mph (155 m/min). A inclinação 
em esteira também aumenta gradativamente (em 0 – 5%) a cada minuto. A 
inclinação mínima é 0% e a máxima 20%. A cada 3 minutos durante esse 
protocolo de rampa, as taxas de trabalho (velocidade e inclinação) igualam-
-se às do protocolo tradicional de Bruce. O protocolo em rampa resulta em 
aumentos uniformes das respostas hemodinâmicas e fisiológicas ao exercício 
incremental e estima mais acuradamentea capacidade de exercício e o limiar 
ventilatório (HEYWARD, 2011).
Teste de esforço máximo em cicloergômetro
O cicloergômetro é um instrumento bastante utilizado para avaliar a aptidão 
cardiorrespiratória (figura 4). Em um cicloergômetro do tipo fricção, a resis-
tência é aplicada contra a roda utilizando-se uma cinta e pêndulos pesados. 
A roda ajusta a carga de trabalho apertando ou afrouxando a correia do freio. 
A carga de trabalho no cicloergômetro é elevada mediante aumentos da re-
sistência no volante. A produção de potência é normalmente expressa em 
quilogramas-metro por minuto (kgm/min) ou watts (1W = 6kgm/min), sendo 
medida pela equação: potência = força x distância/tempo (HEYWARD, 2011; 
PRESTON; WILSON, 2014). Para calcular o gasto energético utilize a tabela 
disponibilizada no Quadro 3.
Ergometria/calorimetria10
Figura 3. Cicloergômetros (freio mecânico e freio elétrico, respectivamente).
Fonte: Heyward (2011, p. 100).
Protocolo de teste máximo em cicloergômetro de 
Astrand 
Para o protocolo de teste contínuo de Astrand de 1965, a produção de potência 
inicial é de 300 kgm/min (50W) para mulheres e 600 kgm/min (100W) para 
homens. Como a cadência de pedalada é 50 rpm, a resistência é de 1kg para 
mulheres (1kg x 6m x 50 rpm = 300 kgm/min) e 2kg para homens (2kg x 6m 
x 50 rpm = 600 kgm/min), ilustrado na Figura 3. Para estimar o VO2 deve-se 
utilizar a ergometria de perna citada na Figura 3.
Teste de esforço máximo de step em banco 
A modalidade de exercício menos desejável para teste de esforço máximo é 
o step em banco. Durante esse teste, o indivíduo realiza um trabalho tanto 
positivo (fase ascendente) como negativo (fase descendente). Ainda, o ajuste 
da altura do banco e da cadência de passada para diferentes pesos corporais, 
dificultam extremamente a padronização do trabalho (HEYWARD, 2011; 
PRESTON; WILSON, 2014). 
11Ergometria/calorimetria
Figura 4. Protocolo de teste de esforço em cicloergômetro.
Fonte: Heyward (2011, p. 101).
Ástrand (1965)
Tipo: contínuo
Para: risco normal
Carga inicial de trabalho: 600 kgm (100 W) (homens)
 300 kgm (50 W) (mulheres)
Ástrand (1956)
Tipo: descontínuo
Para: risco normal
Carga inicial de trabalho: 720 kgm (100 W)
McArdle et al. (1973)
Tipo: contínuo
Para: risco normal
Carga inicial de trabalho: 900 kgm (150 W)
Fox (1973)
Tipo: descontínuo
Para: risco normal
Carga inicial de trabalho: 750–900 kgm (125 150 W) (homens)
 450–600 kgm (75 100 W) (mulheres)
Ca
rg
a 
de
 tr
ab
al
ho
 (k
gm
)
Ca
rg
a 
de
 tr
ab
al
ho
 (k
gm
)
Ca
rg
a 
de
 tr
ab
al
ho
 (k
gm
)
Ca
rg
a 
de
 tr
ab
al
ho
 (k
gm
)1800
(300 W)
1200
(200 W)
1260
(230 W)
1980
(330 W)
1620
(270 W)
1260
(230 W)
900
(150 W)
1080
(180 W)
900
(150 W)
720
(120 W)
1050
(175 W)
1500
(250 W)
1200
(200 W)
900
(150 W)
750
(125 W)
900
(150 W)
600
(100 W)
600
(100 W)
300
(50 W)
450
(75 W)
2 4 6 8 10
Homens
Homens
Mulheres
Mulheres
Tempo (min)
Tempo (min) Tempo (min)
Tempo (min)
0–5 15–20 30–35 45–50
0–5 30–3515–20 45–50 2 4 6 8 10 12 14 16
↑300 kgm a cada 2
a 3 min (homens)
↑150 kgm a cada 2
a 3 min (mulheres)
Freq. = 50 rpm
↑120 a 180 kgm a cada
5 min de período de trabalho
Freq. = 60 rpm
↑80 kgm a cada 2 min
Freq. = 60 rpm
↑180 kgm a cada 5 min de
período de trabalho
Intervalo de repouso = 10 min
Freq. = 60 rpm
A maioria dos protocolos de teste de step eleva a intensidade do trabalho 
pelo aumento gradual da altura do banco ou da cadência de passada. O trabalho 
(T) pode ser calculado utilizando-se a equação T=F x D, em que F é o peso 
corporal em quilogramas e D é a altura do banco multiplicada pelo número 
de passadas por minuto. As equações podem ser usadas para ajustar a altura 
do banco e a cadência de passada para diferenças em peso corporal com o 
objetivo de alcançar determinada taxa de trabalho: 
Altura do banco (cm) = trabalho (kgcm/min)/
 peso corporal (kg) x cadência de passada
Cadência de passada = trabalho (kgcm/min)/ 
peso coporal (kg) x altura do banco (cm)
(passadas/min)
Ergometria/calorimetria12
Avaliação ergométrica e prescrição e controle 
das capacidades funcionais
É importante considerar os objetivos e os propósitos de um paciente ao ingressar 
em um programa de exercícios. O objetivo fundamental de se exercitar afeta 
a modalidade, a intensidade, a frequência, a duração e a progressão da pres-
crição de exercícios (SILVERTHORN, 2017; HEYWARD, 2011; TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
Um programa de exercícios aeróbios deve incluir as seguintes fases: aqueci-
mento (5–10 min), condicionamento de resistência (20–60 min), volta à calma 
(5–10 min) e alongamento (> ou = a 10 min). A fase de aquecimento consiste 
em aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos cardíaco e esquelético em 
funcionamento, aumentar a temperatura corporal, diminuir a chance de lesões 
musculares e articulares e reduzir as chances de ritmos cardíacos anormais. 
O aquecimento inicia com 5 a 10 minutos de atividade aeróbia de intensidade 
baixa (<40% do VO2 de reserva) a moderada (40–60% do VO2 de reserva) 
(SILVERTHORN, 2017).
Na fase de condicionamento de resistência, os exercícios aeróbios são exe-
cutados de acordo com a sua prescrição, seguindo os princípios (F:frequência, 
I: intensidade, T: tempo, T: tipo de modalidade). Essa fase tem uma duração 
de 20 a 60 min, dependendo da intensidade dos exercícios (PRESTON; WIL-
SON, 2014).
A fase de volta a calma ou desaquecimento é após os exercícios, com o 
intuito de reduzir o risco de complicações cardiovasculares causadas pela 
interrupção repentina do exercício. Nessa fase o indivíduo exercita-se de forma 
leve permitindo que a frequência cardíaca e a pressão arterial retornem aos 
níveis basais, sem a possibilidade de tonturas e desmaios (COSTANZO, 2011). 
A fase de alongamento dura em torno de 10 min e é logo após a fase de 
aquecimento e desaquecimento. São exercícios de alongamento estático para as 
pernas, região lombar, abdome, quadril, virilha e os ombros. Esses alongamen-
tos reduzem as chances de câimbras ou dores musculares (HEYWARD, 2011).
Nas últimas décadas, modelos e teorias comportamentais têm sido utiliza-
dos na orientação de programas de promoção de atividade física. A atividade 
física deve ser incentivada e estimulada para a preservação da saúde e recu-
peração da saúde. Portanto, compreender escolhas individuais no contexto 
social em que a pessoa vive como forma de conhecimento, além do nível de 
atividade física e fatores associados dos motivos para o comportamento motor 
dos indivíduos pode contribuir para traçar estratégias mais adequadas de 
promoção da saúde. No Quadro 4 podemos observar exemplos de diferentes 
13Ergometria/calorimetria
modalidades de exercício conforme a aptidão cardiorrespiratória de cada 
indivíduo (HEYWARD, 2011).
Fonte: Adaptado de Heyward (2011).
Quadro 4. Classificação de modalidades de exercício aeróbio
Modalidades de exercícios físicos
Conforme as necessidades funcionais observadas pelo fisioterapeuta em seu 
paciente, existem diferentes modalidades de exercícios que podem ser utilizadas 
para suprir diferentes necessidades. 
Os exercícios aeróbios contribuem para melhorar a resistência cardior-
respiratória por produzir aumentos significativos no VO2 máximo. Uma das 
modalidades de treinamento é o treinamento contínuo, que prioriza o exercício 
aeróbio em intensidade baixa a moderada, porém sem intervalos (repouso). 
Uma vantagem é a manutenção da intensidade do exercício, sendo mais seguro, 
confortável e mais adequado para indivíduos que estão iniciando um programa 
de exercícios aeróbios. Exemplos de treinamento contínuo são a caminhada, a 
corrida, o ciclismo e a subida de escadas (HALL; BRODY, 2007; HALL, 2009).
O treinamento descontínuo envolve a realização de vários blocos intermi-
tentes de exercício aeróbio com intensidade de baixa a alta intercalada com 
períodos de descanso. Por ser intermitente, o treinamento contínuo permite 
umamaior intensidade de exercício, assim como uma maior quantidade total 
de trabalho. Essa versatilidade do treinamento descontínuo torna-o muito uti-
Ergometria/calorimetria14
lizado por indivíduos com aptidão cardiorrespiratória baixa. Alguns exemplos 
deste treinamento é o treino intervalado e o treinamento de força em circuito 
(FLOYD; THOMPSON, 2012). 
A comparação das duas modalidades de treinamento, contínua ou descon-
tínua, indica que o VO2 máximo melhora com maior intensidade no treino 
descontínuo, quando o volume de exercício é controlado; no entanto, as duas 
opções de treino possuem vantagens e desvantagens. A escolha da melhor 
modalidade deve ir ao encontro do objetivo inicial do treinamento (SILVER-
THORN, 2017).
O exercício resistido otimiza o funcionamento do desempenho muscular, 
restaurando, melhorando ou mantendo a força, a potência e a resistência 
à fadiga. Em consequência, é observado um aumento na força dos tecidos 
conjuntivos (tendões, ligamentos, tecido conjuntivo intramuscular), maior 
densidade mineral óssea e menor enfraquecimento ósseo pela desmineralização 
óssea. Além disso, ocorre diminuição da sobrecarga nas articulações durante 
a execução de atividades físicas e funcionais, redução no risco de lesões e 
aumento na sensação de bem estar e qualidade de vida. O treinamento de 
força, por exemplo, é formado por exercícios de fortalecimento, nos quais 
a musculatura esquelética controla cargas pesadas (resistência) durante um 
número baixo de repetições ou por um curto período de tempo. A consequência 
é o aumento na capacidade do músculo de produzir forma máxima (HALL; 
BRODY, 2007; HALL, 2009).
O treinamento da potência muscular é embasado no treinamento de força 
muscular, pois esse é o elemento básico para o desenvolvimento de potência. 
Para implementar essa variável é necessário aumentar o trabalho do músculo 
ou reduzir o tempo necessário para produzir determinada força. Dessa forma, 
quanto maior a intensidade do exercício e menor o tempo necessário para 
gerar força, maior a potência muscular. Um exemplo desse treinamento é o 
treino pliométrico, que consiste de um alongamento rapidamente seguido de 
um encurtamento muscular (FLOYD; THOMPSON, 2012; RASCH, 2008).
O treinamento de resistência à fadiga está relacionado à ação da musculatura 
esquelética em gerar movimento de uma carga leve por várias repetições ou, 
ainda, manter uma contração muscular por um longo período. Diferentemente 
do treino de força, no treinamento de resistência as cargas utilizadas são leves. 
A adaptação ocorre pelo aumento da capacidade oxidativa e metabólica do 
músculo, permitindo melhor distribuição e uso do oxigênio. Uma vantagem 
desse treinamento é gerar baixos níveis de sobrecarga sobre as articulações e 
tecidos moles (SILVERTHORN, 2017).
15Ergometria/calorimetria
Artigo: Escalas de Borg e OMNI na prescrição de exercício em cicloergômetro, 2011.
https://goo.gl/W3jFBa
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual para teste de esforço e prescrição 
de exercício. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual de pesquisa das diretrizes do ACSM 
para os testes de esforço e sua prescrição. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
COSTANZO, L. S. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
FLOYD, R. T.; THOMPSON, C. W. Manual de cinesiologia estrutural. 14. ed. Barueri, SP: 
Manole, 2002.
HALL, C. M.; BRODY, L. T. Exercício terapêutico na busca da função. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2007.
HALL, S. J. Biomecânica básica. 5. ed. Barueri, SP: Manole, 2009.
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas avançadas. 6. ed. Porto 
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PESERICO, C. S. et al. Comparação entre os métodos direto e indireto de determinação 
do consumo máximo de oxigênio em mulheres corredoras. Revista Brasileira de Medicina 
do Esporte, v. 17, n. 4, p.270-273, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/
v17n4/v17n4a12.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2018.
PRESTON, R. R.; WILSON, T. E. Fisiologia ilustrada. Porto Alegre: Artmed, 2014.
RASCH, P. J. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2008.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: 
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TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
ZAGATTO, A. M.; PAPOTI, M.; GOBATTO, C. A. Comparação entre ergômetros específico 
e convencionais na determinação da capacidade aeróbia de mesatenistas. Revista 
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www.scielo.br/pdf/rbme/v15n3/a08v15n3.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2018.
Ergometria/calorimetria16
Leituras recomendadas
KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular: esquemas comentados de mecânica humana. 6. ed. 
Rio de Janeiro: Editorial Médica Panamericana, 2009. 
KISNER, C; COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5. ed. Barueri, 
SP: Manole, 2009.
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J.; FULK, G. D. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2010.
SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 
3. ed. Barueri: Manole, 2010.
SMITH, L. K.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5. ed. 
Barueri, SP: Manole, 1997. 
17Ergometria/calorimetria
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