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1 Professora: Raquel Oliveira Prates http://www.dcc.ufmg.br/~rprates/ihc \ Aula 3: 21/08 Introdução à Interação Humano- Computador Qualidade de Interação R. O. Prates – 2006 - 2 Qualidade de Interação • Usabilidade • Comunicabilidade • Acessibilidade • Usabilidade Universal • Aplicabilidade • Outros – Colaboração – Aprendizagem – “Jogabilidade”, “Funability” – Robôs? • Referências 2 R. O. Prates – 2006 - 2 Qualidade de Interação Propriedades que qualificam a interação possível através de uma interface de acordo com determinados aspectos. R. O. Prates – 2006 - 2 Usabilidade • Propriedade de um sistema interativo que permite aos usuários interagirem sem dificuldade de aprender ou lembrar como atingir os objetivos que têm. • Fatores envolvidos (Nielsen, 1993; Preece et al.,2002): – facilidade de aprendizado – facilidade de uso – eficiência de uso – produtividade – flexibilidade – satisfação do usuário – utilidade – segurança de uso • Desafio de Usabilidade: – o projeto de novas tecnologias que buscam explorar ao máximo as capacidades dos usuários na criação de ambientes de trabalho mais eficazes e produtivos.(não idiot- proof systems) (Windograd e Flores, 1986) 3 R. O. Prates – 2006 - 2 Exemplo de Baixa Usabilidade Lista R. O. Prates – 2006 - 2 Comunicabilidade Propriedade de transmitir ao usuário de forma eficaz e eficiente as intenções e princípios de interação que guiaram o seu design. Premissa: a interface é uma comunicação do designer para o usuário. (Prates et al. 2000; de Souza, 2005) 4 R. O. Prates – 2006 - 2 Interface como Comunicação Designer-Usuário “Escolha um destes” “Mais ou menos tempo” “Veja a lista de opções e escolha outro, se quiser” “Escreva o que quiser aqui” “Agora não dá para falar sobre isto” ? ? Figura cedida por CSS R. O. Prates – 2006 - 2 Exemplo de Alta Comunicabilidade 5 R. O. Prates – 2006 - 2 Exemplo de baixa comunicabilidade R. O. Prates – 2006 - 2 Acessibilidade • Acessibilidade é a condição de acesso por parte de indivíduos portadores de necessidades especiais a locais, serviços, informações, equipamentos disponíveis a todos os indivíduos. • Acessibilidade web significa permitir que pessoas com deficiências possam perceber, entender, navegar e interagir com a web, e contribuir com a web. (Beneficia outros como pessoas perdendo algumas de suas habilidades devido à idade). [W3C/WAI - http://www.w3.org/WAI/intro/accessibility.php] 6 R. O. Prates – 2006 - 2 – Visão: cegueira; baixa visão; daltonismo – Audição: surdo; baixa audição – Física: deficiência motora – Fala: deficiência de fala – Cognitiva e neurológica: • Dislexia e dificuldades de processamento (linguagens ou números) • Déficit de atenção • Deficiência mental • Deficiência de memória (curto ou longo prazo) • Problemas de saúde mental • Doenças com convulsões – Deficiência múltiplas – Condições causadas pela idade. Algumas Deficiências e Dificuldades de Acesso • Imagem sem texto alternativo • Fontes de tamanho absoluto (não podem ser alterados) •Cor como única forma de destacar uma informação • Falta de legendas em informações divulgadas por áudio • Textos complexos para pessoas cuja primeira língua não seja a linguagem escrita e falada. • Falta de alternativa à entrada utilizando mouse • Entrada associada a um tempo limitado de resposta.• Entrada feita por voz. • Apresentação da informação através de um único meio.• Elementos de áudio ou vídeo que não podem ser facilmente desligados • Falta de consistência e organização da informação • Linguagem desnecessariamente complexa •Falta de consistência e organização da informação• Falta de consistência e organização da informação• Elementos de áudio ou vídeo que não podem ser facilmente desligados •Fontes de tamanho absoluto (não podem ser aumentados) • uso de freqüências de áudio ou vídeo que podem disparar convulsões R. O. Prates – 2006 - 2 Acessibilidade - Legislação • Constituição brasileira: – “ XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;” (Cap. 1, Art. 5o. ) (http://legis.senado.gov.br/con1988/CON1988_08.03.2006/art_5_.htm) • DECRETO No 3.298 — ESTATUTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – "Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.” Não menciona sistemas de informação e se refere a acesso a ambientes físicos • Decreto-lei 5296 – Lei de Acessibilidade (2 de dezembro de 2004 ) – [ Revoga artigos 50 a 54 do Decreto 3298 –Da Acessibilidade na Administração Pública Federal ] – Regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade Inclui acesso a sistemas de comunicação e informação explictamente e inclui acesso prioritários a deficientes e também outros grupos da população (idosos, gestantes, lactentes e pessoas com criança de colo). 7 R. O. Prates – 2006 - 2 Decreto No. 3298 – Estatuto das Pessoas com Deficiência – Data de publicação no Diário Oficial: 21 de dezembro de 1999 – Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência. – Art. 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. – Art. 51. Para os efeitos deste Capítulo, consideram-se: • I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das instalações e equipamentos esportivos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; (http://www.arquitetura.com.br/acessibilidade/decretolei_n_3298.htm) R. O. Prates – 2006 - 2 Decreto-Lei 5296 – Lei de Acessibilidade • Data de publicação no Diário Oficial: 03 de dezembro de 2004 • Revoga artigos 50 a 54 do Decreto 3298 –Da Acessibilidade na Administração Pública Federal • Art. 2o Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste Decreto, sempre que houver interação com a matéria nele regulamentada: I - a aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação e informação, de transporte coletivo, bem como a execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; • Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se: I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; – d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação; – IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-senos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade. • Capítulo VI Do Acesso à Informaçao e Comunicação Art. 47. No prazo de até doze meses a contar da data de publicação deste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis. Art 53: – § 2o A regulamentação de que trata o caput deverá prever a utilização, entre outros, dos seguintes sistemas de reprodução das mensagens veiculadas para as pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual: I - a subtitulação por meio de legenda oculta; II - a janela com intérprete de LIBRAS; e III - a descrição e narração em voz de cenas e imagens. (http://www.acessobrasil.org.br/index.php?itemid=43) 8 R. O. Prates – 2006 - 2 Iniciativas de Acessibilidade • Tradutor Libras (Site do Senado) – http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/default.asp • DosVox: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ • Avaliação automática de sites: – Da Silva (http://www.dasilva.org.br/) • Diretrizes para construção de sites acessíveis W3C (World Wide Web Consortium)/WAI (WebAcessibility Initiative) (http://www.w3.org/WAI/) • Acessibilidade Brasil: Organização da sociedade civil voltada para o desenvolvimento de estudos e projetos que privilegiem a inserção social e econômica das pessoas portadoras de deficiências. (http://www.acessobrasil.org.br/index.php) R. O. Prates – 2006 - 2 Usabilidade Universal “A focus on designing products so that they are usable by the widest range of people operating in the widest range of situations as is commercially practical” (Gregg Vanderheiden, 2000) 9 R. O. Prates – 2006 - 2 Considerando a Diversidade • Diversidade de tecnologia: oferecer suporte a uma ampla variedade de hardware, software e formas de acesso à internet • Diversidade de usuários: – capacidades e conhecimentos – características pessoais (personalidade; sexo; idade; renda) – deficiências – cultura – necessidades especiais (idosos e crianças) • Diversidade de ambientes físicos (Shneiderman e Plaisant, 2005) R. O. Prates – 2006 - 2 Aplicabilidade Qualidade dos sistemas que podem ser usados com sucesso em uma variedade ampla de contextos, incluindo até mesmo aqueles em que o objetivo do usuário não é o objetivo original concebido pelos seus designers, mas antes o fruto da imaginação e da oportunidade provocadas pela experiência de uso. (Fischer, 1998) 10 R. O. Prates – 2006 - 2 Outras Qualidade de Interação • Colaboração • Aprendizagem • “Jogabilidade”, “Fun” – “funology” - the science of enjoyable technology • Aspectos sociais (privacidade; polidez; afetividade; etc) • Interação com Robôs R. O. Prates – 2006 - 2 Referências • de Souza, C.S. 2005. The semiotic engineering of human-computer interaction. Cambridge, MA: The MIT Press. • Fischer, G. "Beyond 'Couch Potatoes': From Consumers to Designers", Proceedings of the 3rd Asia Pacific Computer Human Interaction Conference, IEEE Computer Society, 1998, pp. 2-9, http://l3d.cs.colorado.edu/~gerhard/papers/apchi-98.pdf • Kiesler, S. and Hinds, P. Introduction to This Special Issue on Human–Robot Interaction. HUMAN-COMPUTER INTERACTION, 2004, Volume 19, pp. 1–8, Lawrence Erlbaum Associates, Inc. (http://www.peopleandrobots.org/HCIJ_intro.pdf) • Nielsen, J. (1993) Usability Engineering. Academic Press • Prates, R. O.; de Souza, C. S.; Barbosa, S. D. J. 2000. A method for evaluating the communicability of user interfaces. Interactions. 7(1): 31-38 • Preece, J.; Rogers, Y.; Sharp, H. 2002. Interaction design. London. John Wiley and Sons. • Shneiderman, B. “Universal Usability”. Comunnications of the ACM, 2000. Pages: 84 - 91. • Shneiderman, B., Plaisant, C.. Chapter 1: Usability of Interactive Systems. In Designing the User Interface. Addison Wesley, 2005. • Vanderheiden, G. Fundamental Principles and Priority Setting for Universal Usability. Conference on Universal Usability, 2000. Pages 32-38. • Universal Usability Website: http://universalusability.org/ • Winograd, T. and Flores, F. Understanding Computers and Cognition: A New Foundation for Design. Ablex, Norwood, NJ, 1986.