Buscar

Exame Dermatológico

Prévia do material em texto

Mayra Maisa – Medicina 1 
 
 
 
A pele é o maior órgão do corpo humano, representando 16% do peso corpóreo total do indivíduo, 
com Àrea de 2m, volume de 4000 ml e os vasos cutâneos contem 30% do sangue circulante. 
❖ FUNÇÕES DA PELE: 
• Revestimento. 
• Proteção (agentes nocivos físicos, químicos e biológicos). 
• Ação imunológica. 
• Termorregulação, perceptiva e secretória. 
❖ ANAMNESE 
Cumprimente o paciente e os acompanhantes, se possível com um aperto de mãos. 
Apresente-se e diga sua função. 
Use sempre um tratamento formal, exceto no caso de crianças ou adolescentes. 
a. Nome (e como gostaria de ser chamado) 
b. Idade 
c. Sexo 
d. Cor/raça: algumas patologias são mais frequentes em determinadas raças; 
e. Estado Civil 
f. Profissão/Ocupação Atual e Anterior: dermatoses profissionais. Ex: Lavrador (micoses e 
dermatozoonoses), Pedreiro (eczema ao cimento), Exposto aos sol (hipopigmentação); 
g. Local de Nascimento 
h. Procedência 
i. Residência Atual e Anterior 
j. Grau de Escolaridade 
k. Nome da Mãe 
l. Religião 
m. Fonte da história (se foi o paciente ou algum familiar) 
❖ QUEIXA PRINCIPAL 
Sintomas referidos pelo paciente que motivaram o atendimento médico e o tempo de duração. 
Sugere-se sempre registrar, quando possível, com os próprios termos do paciente. “como eu 
posso te ajudar hoje?”. O que te trouxe aqui hoje? 
SINTOMAS COMUNS: queda de cabelo, fraqueza das unhas, prurido, manchas, erupções 
 
Mayra Maisa – Medicina 2 
 
cutâneas, acne, nevos, icterícia, ressecamento, sudorese, pele áspera, 
❖ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
A partir do sintoma guia relatado pelo paciente, vamos buscar algumas informações como: 
• Inicio: além da data, se foi abrupto ou insidioso e como começou. “Quando a lesão 
surgiu?” 
• Localização e irradiação. “Onde se localizou inicialmente e agora?” “Existe em algum 
outro lugar?” 
• Evolução Médico: “Quando iniciou os sintomas e quando surgiu as manchas?” 
 
❖ EXAME DERMATOLÓGICO 
• Fatores desencadeantes, de melhora e piora. “O que melhora a lesão?” “O que piora a 
lesão?” 
• Manifestações associadas; “você está sentindo algo? Tem prurido, descamação, 
mudança de coloração” 
❖ INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
Serve para investir sintomas que passaram despercebidos. Assim, nessa seção cabe questionar 
sintomas que não foram relatados na HDA. 
Sintomas gerais: febre (modo de início, duração, evolução, intensidade), astenia ou fraqueza, 
fadiga, alteração de peso (ganho/perda, em quanto tempo), sudorese, câimbras, calafrios, 
prurido, mal estar, edema, alterações de pele, icterícia, cianose, mialgia. 
❖ HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA 
Descrevemos aqui o relato das principais informações relativas a processos patológicos 
anteriores, que podem ter relação direta ou indireta com a doença atual. 
• Comorbidades: diabetes, HAS, hepatite, asma, HIV, gota, pneumonia. Doenças da 
infância (varicela, caxumba, catapora, rubéola, meningite). Quando foi diagnosticado, 
acompanhamento e medicações. 
• Exantemas prévios; 
• Exposição de contato (viagem recente, pessoas doente, lugares com muitos insetos, uso 
de medicações); 
• Alergias (medicamentos ou alimentares). 
• Internações (período e motivo da internação); 
• Transfusões (tipo, época, motivo). 
• Intervenções cirúrgicas (tipo, época, complicações e resultados); 
• Ginecológica/Obstétrica (história obstétrica, historia menstrual, métodos contraceptivos, 
atividade sexual) –“já teve alguma gravidez? Como é o seu ciclo menstrual? Utiliza algum 
Mayra Maisa – Medicina 3 
 
método contraceptivo? “Faz acompanhamento periódico?” Existe alguma queixa que 
queira relatar?” 
• Vacinação. A vacinação está em dia? 
• Medicações em uso (nome, dose, de quanto em quanto tempo, duração); 
• Antecedentes familiares; (doenças crônicas na família?); Câncer de pele na família. 
 
❖ HÁBITOS E ESTILOS DE VIDA 
• Exposição solar (duração, utiliza proteção); 
• Atividade física (tipo e frequência); 
• Tabagismo (numero de cigarros por dia, carga tabágica = no de cigarros por dia x anos 
• fumando/20). teste de fagerstrom. 
• Etilismo (tipo de bebida, frequência).cag 
• Drogas (o que, quanto tempo); 
• Alimentação (tipo e quantidade) 
• Sono; 
• Moradia (saneamento.com quem mora) 
• Familiares (relação, com quem mora) 
• Trabalho (condições de trabalho) 
• Psicológico. 
 
❖ EXAME DERMATOLOGICO 
A dermatologia é uma especialidade visual. 
Examinar de maneira ordenhada começando pelas mãos, braços, face, tronco. 
Não esquecer: cabelos, pelos, unhas, boca e palpação da pele; 
Inspeção: Ambiente iluminado, lupa se necessário. 
Palpação: por meio do pinçamento digital, possibilitando a analise de espessura e a 
consistência das lesões da pele. 
Diascopia ou vitropressão. 
1. COLORAÇÃO 
Observar pigmentação geral: sardas, nevos, marcas de nascença; 
Alterações da cor da pele: 
PALIDEZ: é um desaparecimento da cor rósea da pele, e deve ser avaliada na luza natural. O 
examinador pesquisa toda a superfície cutânea, não se esquecendo de regiões palmo plantares 
(por ser a região de melhor identificação nos negros), comparando áreas simétricas. 
a) Palidez generalizada: é uma diminuição das hemácias circulantes na microcirculação. 
Pode estar relacionada com a vasoconstricção generalizada relacionada com fatores 
neurogênicos (susto, emoções fortes). 
b) Palidez localizada ou segmentar: é uma isquemia no território afetado. Para avaliar o 
Mayra Maisa – Medicina 4 
 
examinador deve pressionar o local e em seguida retirar-se a compressão abruptamente 
e observar o tempo necessário para a pele voltar a sua coloração. Em condições normais 
o tempo é < 1 segundo. 
VERMELHIDÃO: é um aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea, culminando 
numa coloração avermelhada na pele. 
a) Vermelhidão generalizada: se observa em pacientes febris, indivíduos demasiadamente 
expostos ao sol, afecções cutâneas como escarlatina, eritrodermia; 
b) Vermelhidão localizada: pode ser passageiro decorrente de um fenômeno vasomotor ou 
duradouro como o eritema palmar, hepatopatia crônicas. 
FENÔMENO DE RAYNAUD: é uma alteração cutânea de pequenas artérias e arteríolas das 
extremidades que resulta inicialmente numa palidez e depois a extremidade torna-se cianótica 
terminando com vermelhidão na área. É um fenômeno vasomotor que pode ser deflagrado por 
(compressão de vasos subclávios, tromboangeite obliterante, lúpus eritematosos sistêmico, 
esclerodermia). 
CIANOSE: é a coloração azulada na pele. Deve-se ter mais atenção quando ocorrer no rosto, ao 
redor dos lábios, ponta de nariz, extremidade de mãos e pés. 
ICTERÍCIA: é a coloração amarelada da pele, mucosas e escleras resultantes do acumulo de 
bilirrubina no sangue. 
2. INTEGRIDADE 
Observar qualquer alteração da pele, seja por abaulamento, ulceras, manchas. 
3. UMIDADE 
Através da inspeção observar a caraterística da pele: umidade normal, pele seca (comuns em 
pessoas idosas, esclerodermias, mixedema, avitaminose A, IRC, desidratação), e umidade 
aumentada ou sudorenta. 
4. ESPESSURA 
Para avaliar a espessura, faz-se o pinçamento da dobra cutânea usando o polegar e o indicador 
em regiões do antebraço, tórax e abdome. Podem-se encontrar: 
a) Pele de espessura normal; 
b) Pele atrófica: aumento da translucidez permitindo ver a rede venosa superficial, comum 
em velhos, recém-nascidos e algumas dermatoses. 
c) Pele hipertrófica ou espessa: visto em indivíduos expostos ao vento e ao sol. Presente na 
esclerodermia. 
Mayra Maisa – Medicina 5 
 
5. TEMPERATURA 
Utiliza-se a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando cada lado homologo. Um aumento 
da temperatura em nível articular pode indicar um processo inflamatório subjacente. 
6. ELASTICIDADE 
É observada ao realizar uma pinça na prega cutânea com o polegar e o indicador fazendo 
certa tração; 
a) Elasticidade normal; 
b) Elasticidade aumentada (lembra uma borracha): ocorrem uma doença do tecidochamada de síndrome de Ehlers-Danlos. 
c) Elasticidade diminuída: ocorre em idosos, multíparas e desidratação; 
7. MOBILIDADE 
A avaliação é feita através da palma da mão, que deve se posicionar sobre a superfície que se 
quer examinar. Movimentando-a para todos os lados observando a capacidade da pele em 
deslizar sobre estruturas profundas. 
8. TURGOR 
É avaliado através do pinçamento englobando o tecido subcutâneo. É normal quando obtiver 
uma sensação de pele suculenta, ou seja, ao ser solta a prega se desfaz rapidamente. Isso indica 
que o conteúdo de água está normal e, portanto, a pele esta hidratada. Já se a prega não se 
desfaz rapidamente, pode indicar uma desidratação ou desnutrição. 
9. SENSIBILIDADE 
É bastante importante avaliar a sensibilidade pois várias doenças como hanseníase e 
complicações do diabetes pode evoluir com aleração de sensibilidade. 
a) Sensibilidade dolorosa: avaliada através de uma pequena agulha em regiões que 
engloba face, tronco e membros. A hipoalgesia ou hiperalgesia pode ocorrwr. 
b) Sensibilidade tátil: é investigada com a ponta de um pincel em áreas diversas. 
c) Sensibilidade térmica: avaliada com tubos contendo substancias em temperaturas 
diferentes. 
DISTRIBUIÇÃO – NÚMERO: 
Localizada: erupção em uma ou algumas regiões. 
Disseminada: erupção com lesões individuais em várias regiões do corpo. 
Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas. 
Universal: comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo. 
Mayra Maisa – Medicina 6 
 
 
LESÕES ELEMENTARES 
As lesões elementares são causadas por modificações decorrentes de processos 
inflamatórios, 
degenerativos, circulatórios, metabólicos ou congênitos. 
Podem ser divididas em: Primárias (ocorre numa pele que não havia lesões, ex: manchas, 
pápulas, vesículas) ou Secundárias (são decorrentes de alterações nas lesões primarias, ex: 
liquens, úlcera). 
MODIFICAÇÕES DA COR 
1. MANCHAS/MÁCULAS 
São áreas com coloração diferente do normal, podendo apresentar um espectro variado de 
cores. Não modifica textura ou relevo da pele (é uma lesão plana) As maculas tem ate 1cm e 
as 
manchas acima de 1cm. 
a) ALTERAÇÕES PIGMENTARES: 
São alterações da cor da pele resultante da diminuição ou aumento da deposição de melanina 
na pele. Podem ser hipercrômica (melasma), hipocrõmica (pano branco) ou acrômica 
(vitiligo). 
 
 
b) ALTERAÇÕES VASCULARES 
São resultados de distúrbios da microcirculação da pele e podem ser transitórias ou 
permanentes. 
❖ Transitórias: 
Enantema: eritema localizado nas mucosas. 
Cianose: coloração azulada da pele causada por diminuição da circulação sanguínea local. 
Mayra Maisa – Medicina 7 
 
Eritema: mancha de coloração avermelhada provocada por vasodilatação cutânea, seja por um 
processo infeccioso ou infamatório, causando um maior aporte de sangue na região. Sempre 
realizamos a digito-pressão, pois caso desapareça da mancha trata-se de um eritema. Se não 
desaparecer temos uma mancha hemorrágica. 
Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta. 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS 
Exantema maculopapular: manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas. 
Mais comumente associado a vírus, porém também observado em várias doenças de etiologia 
bacteriana,parasitária, riquetsioses, micoplasmose e intoxicações medicamentosas ou alimentares. 
Pode ser caracterizado em diversos tipos: 
• Morbiliforme: pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 
10 mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas 
por pele sã,podendo confluir. É o exantema típico do sarampo, 
porém pode estar presente na rubéola, exantema súbito, nas 
enteroviroses, riquetsioses, dengue, leptospirose, 
toxoplasmose, hepatite viral, mononucleose,síndrome de 
Kawazaki e reações medicamentosas. 
• Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, 
sem solução de continuidade, poupando a região perioral e 
áspero (sensação de lixa). Pode ser denominado micropapular. 
É a erupção típica da escarlatina; porém, pode ser observada 
na rubéola, síndrome de Kawazaki, reações medicamentosas, 
miliária e em queimaduras solares. 
• Rubeoliforme: semelhante ao morbiliforme, porém de 
coloração rósea, com pápulas um pouco menores. É o 
exantema presente na rubéola, enteroviroses, viroses 
respiratórias e micoplasma. 
• Urticariforme: erupção papuloeritematosa de contornos 
irregulares. É mais típico em algumas reações 
medicamentosas, alergias alimentares e em certas 
coxsackioses, mononucleose e malária. 
Exantema papulovesicular: presença de pápulas e de lesões 
elementares de conteúdo líquido (vesicular). É comum a 
transformação sucessiva de maculo-pápulas em vesículas, 
vesico-pústulas, pústulas e crostas. Pode ser localizado (ex. herpes 
simples e zoster) ou generalizado (ex. varicela, varíola, impetigo, 
estrófulo, enteroviroses, dermatite herpetiforme, molusco 
contagioso, brucelose, tuberculose, fungos, candidíase sistêmica). 
 
 
 
 
Mayra Maisa – Medicina 8 
 
Exantema petequial ou purpúrico: alterações vasculares com 
ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. Pode estar 
associada a infecções graves como meningococcemia, 
septicemias bacterianas, febre purpúrica brasileira e febre 
maculosa. Presente também em outras infecções como 
citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue e em 
reações por drogas. 
➢ Permanentes: 
Teleangectaisas: são dilatações permanentes de pequenos 
vasos. É frequente a formação por exposição excessiva ao sol. 
Angiomas: caracterizada pelo aumento do numero de capilares, 
com formação de lesão cutânea de aspecto tumoral (devido ao 
acumulo exagerado de células endoteliais), formando em alguns 
casos, uma pequena elevação da pele. 
 
 
 
 
 
 
c) ALTERAÇÕES HEMORRÁGICAS 
São decorrentes de hemorragias dérmicas e não desaparecem à digitopressão, já que é um 
sangue extravasado. 
A lesão elementar é chamada de púrpura; 
Petéquias: são lesões purpúricas puntiformes, em geral múltiplas, comuns na vasculite. São 
caracterizadas pelo acometimento de vênulas, inflamação e necrose fibrinoide. 
Víbice: lesões purpúricas de aspecto linear. 
Equimose: formação de placa sem elevação da pele. Com coloração variando de vermelho- 
arroxeado. 
Hematoma: é quando o extravasamento de sangue foi suficientemente grande para causar 
elevação da pele. 
Mayra Maisa – Medicina 9 
 
FORMAÇÕES SÓLIDAS 
1. PÁPULAS/PLACA: são elevações superficiais bem delimitadas da pele, com bordas 
facilmente percebidas quando se desliza a polpa digital sobre a lesão. Geralmente é causada 
por acumulo de material na epiderme. As pápulas são puntiformes e medem menos de 5mm. 
Já as placas medem mais que 5mm e podem coalescer entre si. 
 
 
 
2. TUBÉRCULO: lesão de consistência dura, elevada entre 0,5 e 1cm, que ocorre em 
decorrência do acumulo de células inflamatórias na pele. Pode se manifestar na hanseníase 
e sarcoidose. 
 
 
 
 
 
3. NÓDULO: lesões acima de 1cm, podendo ser mais 
palpável que visível. Quanto a sua extensão podem invadir 
a hipoderme. 
4. TUMORAÇÃO: lesão maior que 3cm. Pode estar 
relacionada com a doença de deposito como no tofo 
gotoso. 
5. GOMA: nódulo que sofre evolução em 4 fases 
(endurecimento, amolecimento, esvaziamento, reparação) 
em decorrência de um processo inflamatório. É o que 
ocorre na tuberculose cutânea. 
6. VEGETAÇÃO: crescimento exofítico pela hipertrofia das 
papilas dérmicas. Podem ser do tipo verrucoso (seca) e 
condilomatosa (úmida). 
7. LIQUENIFICAÇÃO: trata-se de uma lesão solida que 
ocorre em decorrência do atrito gerado pelo prurido. Nela 
ocorre o espessamento da pele com acentuação das 
estrias. 
 
 
 
Mayra Maisa – Medicina 10 
 
COLEÇÕES LÍQUIDAS 
Caracterizam-se por possuir conteúdo liquido em seu interior. 
1. VESÍCULAS: lesão de conteúdo claro e liquido com diâmetro entre 0,5 e 1cmm. Podem 
estar agrupadascomo é no caso do herpes-zoster. 
2. BOLHA: em formato de abóbada e com mais de 1 cm. Possui um liquido claro, mas pede 
ocorrer um quadro infeccioso ou hemorrágico, mudando as características da cor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CISTO: semelhante a bolha, porem apresenta conteúdo mais 
firme. 
4. PÚSTULA: lesão contendo conteúdo purulento de ate 1 cm. 
Pode ser séptica ou asséptica. 
5. ABCESSO: coleção purulenta, proeminente e circunscrita. 
Observam-se eventualmente sinais flogisticos do processo 
inflamatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mayra Maisa – Medicina 11 
 
SOLUÇÕES DE CONTINUIDADE DA PELE 
1. ESCORIAÇÕES: lesão superficial linear traumática (frequente em quedas, prurido intenso) 
que so acomete a epiderme. 
2. ULCERAÇÃO: acomete toda a derme e/ou hipoderme. Pode ser bastante profunda, suas 
bordas são elevadas e o conteúdo interno pode ser necrótico. 
3. FÍSTULA: trajeto linear sinuoso e profundo de modo que comunique duas cavidades, 
podendo ou não eliminar substâncias. 
INFECÇÕES BACTERIANAS: 
ERISIPELA: inflamação da derme e panículo adiposo da pele, com envolvidos dos vasos 
linfáticos. 
IMPETIGO: infecção bacteriana superficial da pele. 
Celulite: consiste na infecção por bactéria nas camadas mais profundas da pele causando 
vermelhidão e inchaço na pele. 
FURÚNCULO: inflamação da unidade pilossebácea causada por bactéria. 
INFECÇÕES VIRAIS: 
VERRUGA VULGAR: tumorações benignas causada pelo vírus HPV. 
HERPES SIMPLES: causada pelo vírus HPV 1 e 2. Causando lesões em bolhas na pele ou 
genitália. 
MOLUSCO CONTAGIOSO: infecção viral (poxvirus), contagiosa, comum em crianças. 
CONDILOMA ACUMINADO: doença sexualmente transmitida, causada pelo HPV. 
INFECÇÕES PARASITÁRIAS: 
ESCABIOSE: parasitose humana causada pelo àcaro Sarcoptes scabiei. 
LARVA MIGRANS CUTÂNEA: Parasita da espécie Ancylostoma, proveniente das 
fezes do cão e gato. 
TUNGÍASE-PARASITOSE: causada por uma espécie de pulga (Tunga penetrans). 
MIÍASE: caracterizada pela infestação de larvas de mosca na pele. 
INFECÇÕES FUNGICAS: 
TINEA CORPORIS: Dermatofitose, doença causada por fungo que se alimentam da queratina da 
pele. 
PITIRÍASE VERSICOLOR: micose superficial da pele causada por fungo (levedura). 
 
 
 
 
MIÍASE 
Mayra Maisa – Medicina 12 
 
EXANTEMAS VESICULARES 
HERPES ZOOSTER: Ativação do vírus varicela zoster. 
 
SINTOMAS: 
Períodos de incubação: febre, dor, parestesias, 
formigamento. 
Fase ativa: surgimento das vesículas (liquido claro-
turvo), crostas, cicatriz. 
Fase crônica: nevralgia pós herpética-persiste em 
10/15% dos pacientes. 
Vacina-setor privado, duas doses, alto custo. 
Síndrome de Ramsay Hunt: Herpes Zoster com comprometimento dos nervos facial e auditivo 
resultando em sintomas, como: parilisia facial, zumbido, redução da audição e vertigem. 
 
ARBOVIROSES 
Infecção pelo vírus Dengue (1-2-3-4) 
Febre alta e persistente. 
30-50% apresenta exantema: inicia tronco e dissemia 
para face e membros, inclusive palmas de mãos e 
plantas dos pés máculo-papular, poder ser 
prurignoso. 
Pode ter petéquias e menos frequente 
equimoses. 
Sangramentos: epistaxe, gengivorragia. 
Complicação: dengue hemorrágica 
Vacina, rede privada, 3 doses. 
 
 
 
Mayra Maisa – Medicina 13 
 
 
Infecção pelo vírus Chikunguya 
A maioria das pessoas infectadas desenvolvem os sintomas 
clínicos. Período de viremia pode durar até 10 dias (inicio 2 
dias antes dos sintomas). 
PODE EVOLUIR EM 3 FASES: 
Aguda: 7 a 10 dias. 
Fase pós aguda com sintomas persistentes: até 3 meses. 
Crônica: mais de 3 meses. 
Complicações: síndrome de Guillaim-Barré; Encefalite neonatal (transmissão vertical); 
Comprometimento ocular (uveíte). 
 
Infecção pela Zica Vírus 
A maioria não apresenta sintomas; 
Estudos recentes comprovam o caráter polimórfico da doença com sintomas atípicos: 
Dor abdominal; Diarreia; Dor de garganta. 
Complicações: síndrome de Guillaim-Barré; Microcefalia (transmissão vertical).

Continue navegando