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AULA 3 - Manifestações clínicas da constipação intestinal na infância

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HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
Manifestações clínicas da constipação intestinal na infância 
 Mais de 90% dos casos de constipação intestinal em pediatria 
são de natureza funcional. 
 Muitas vezes estão relacionados a fatores psicológicos, erros 
dietéticos e treinamento muito precoce da evacuação. Cria-
se um círculo vicioso com fezes progressivamente 
endurecidas e medo para evacuar. 
 A constipação intestinal pode ser definida pela ocorrência de 
qualquer uma das seguintes manifestações, independente do 
intervalo entre as evacuações: 
1) Eliminação de conteúdo fecal endurecido, na forma de 
cibalos, seixos ou cilindros com rachaduras (fezes de 
cabra); 
2) Dificuldade e/ou dor para evacuar; 
3) Eliminação esporádica de fezes muito calibrosas, que 
entopem o vaso sanitário; 
4) Frequência de evacuações inferior a três por semana, 
exceto em crianças em aleitamento materno. 
 PSEUDOCONSTIPAÇÃO: ocorrem em lactentes que 
recebem leite materno exclusivo ou 
predominantemente e caracteriza-se pela eliminação 
de fezes amolecidads em intervalor superiores a 3 
dias e que, às vezes, pode atingir até mais de 1-2 
semanas. 
5) Sensação de esvaziamento retal incompleto após 
evacuar. 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Comportamento de retenção de fezes, que ocorre 
especialmente em torno do 2º ano de vida. A criança sofre 
para evacuar, e muitas vezes, não quer se sentar no vaso 
sanitário, evita o horário de evacuação, esconde-se 
 Encoprese: criança resiste a defecar, o que faz com que 
as fezes impactadas se acumulem no cólon e reto, 
levando ao 
vazamento em locais 
inadequados, por 
exemplo, é o ato completo da defecação. 
 Escape fecal ou Soiling, que pode ser confundido com diarreia 
= perda involuntária de parte do conteúdo fecal por 
portadores de constipação crônica, consequente a fezes 
impactadas no reto. 
 Dor abdominal recorrente; 
 Flatulência; 
 Náuseas e vômitos; 
 Presença de sangue nas fezes: raios de sangue na superfície 
do bolo fecal; 
 Infecções urinárias de repetição; 
 Retenção urinária; 
 Enurese (incapacidade de conter a micção, eliminando a urina); 
 Cólica ou desconforto abdominal que coincidem com o início das 
refeições e são causadas pelo reflexo gastrocólico. 
 Outro conceito: disquezia é a ocorrência de pelo menos 10 
minutos de esforço e choro que antecedem a eliminação de 
fezes moles. É uma situação transitória que ocorre nos 
primeiros 6 meses de vida e não requer nenhum tratamento. 
 Na maior parte dos casos, a anamnese e o exame físico bem 
feitos são suficientes para estabelecer o diagnóstico inicial de 
constipação crônica funcional. 
 DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico da constipação é clínico. 
 No exame físico, os dados de maior relevância são a palpação 
de massa fecal no abdômen , principalmente no hipogástrio e 
na fossa ilíaca esquerda e a presença de fezes impactadas 
na ampola retal. 
 A inspeção retal pode revelar a presença de plicomas 
e fissura anal. 
 A ausculta deve ser feita em pelo menos 2 lugares 
durante 3 minutos = RHA aumentados; 
 Percussão: macicez na fossa ilíaca esquerda e 
timpanismo no restante; 
 Palpação: abdômen tenso / profunda = dolorida e 
identificação de massa 
 É recomendado quando há identificação de massa 
fecal na palpação abdominal, toque retal ou radiografia 
simples de abdome. 
 INDICAÇÕES PARA EXAME DE TOQUE RETAL: 
 Em crianças < 1 ano com diagnóstico de constipação 
funcional tratadas adequadamente por mais que quatro 
semanas sem resposta; 
 Quando existem anormalidades anatômicas que levam à 
suspeita de doença de Hirschsprung; 
 Após tratamento adequado da constipação intestinal 
funcional em crianças maiores, por um período de seis 
meses, sem melhora; 
 Uma maneira prática de avaliar o tempo de trânsito é a Escala 
de Bristol para o formato das fezes: 
 
 
 
 
 
Encoprese e Escape fecal 
são coisas diferentes!!! 
HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
 A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos 
critérios de ROMA IV, conforme segue na tabela. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: Radiografia simples de abdome, 
enema opaco, ultrassom de abdome, sorologia para doença 
celíaca: úteis apenas para referir o paciente com constipação 
intestinal intratável ao especialista. Não são úteis para o 
diagnóstico de constipação intestinal funcional; 
 RAIO-X = fezes vai ficar hipopenetrado (branco)

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