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APS de direito trabalhista - 8

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
Direito do Trabalho Aplicado 
Pedro Henrique Benatto 
Vitória Melo Aires 
RA: 3364939 
 
A empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda contrata seu escritório de advocacia 
objetivando efetivar o levantamento jurídico trabalhista das pendências que envolvem a 
empresa considerando a recente reforma da legislação trabalhista. 
A empresa possui quadro de empregados diretos além de contar com quadro fixo de 80 
trabalhadores autônomos, e 20 estagiários assim distribuídos: um diretor, um gerente, 
quatro assistentes e quatro auxiliares da área administrativa; um diretor, oito 
supervisores (sendo que um deles exerce as atribuições de gerência), vinte e oito 
vendedores; 80 representantes comerciais autônomos e dos 20 estagiários, todos 
subordinados a diretoria comercial. Em levantamento in loco preliminar que restou 
apresentado a diretoria da empresa foram eleitas as seguintes questões: 
1. A empresa não possui qualquer planejamento relacionado a medicina e segurança do 
trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos Humanos não há risco 
na atividade desenvolvida. 
R: Em relação a medicina do trabalho, a empresa precisa se de prevenir possíveis 
acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, independente da atividade desenvolvida 
pelos trabalhadores. Vejamos a seguir algumas regulamentações obrigatórias para tais 
prevenções. 
 
A NR-7 determina a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO por parte de qualquer empresa que 
possua no mínimo um funcionário CLT. O PCMSO é um meio de preservação da saúde 
dos trabalhadores. Conforme o art. 168 da CLT, é obrigatório que o empregador realize 
periodicamente exame em todos os trabalhadores, inclusive em casos de admissão e 
demissão. Os dados obtidos pelos exames devem constar no prontuário clínico individual. 
Tratando-se ainda da prevenção dos trabalhadores, o PPRA - Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais é obrigatório e regulamentado pela NR-9 da Portaria 3.214/1978, que 
visa "à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, 
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho" conforme descrito no 9.1.1 
do respectivo regulamento. 
São indicados pelo PPRA o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que tem 
o objetivo de prevenir, minimizar e/ou eliminar exposições negativas aos trabalhadores. 
Por fim, temos a NR-5, onde está regulamentada a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA, que é formada por trabalhadores e por representantes do empregador, 
que tem o principal objetivo de prevenir acidentes de trabalho e promover a saúde dos 
funcionários. 
2. A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações que apresentam como causa 
de pedir fática o tratamento vexatório diuturno a que são submetidos os vendedores e 
representantes comerciais que não alcançam o patamar de metas estabelecidos pelo 
supervisor que exerce as atribuições de gerência na área comercial, sendo que o 
Departamento de Recursos Humanos, ao analisar os casos informou a diretoria da 
empresa que a atitude do supervisor em presentear os vendedores com menor patamar 
de vendas com uma camiseta com a inscrição “ Sou o Lanterninha do Mês”, não é 
ofensivo e que todos os vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes; 
R: A empresa bitcon serviços de Informática Ltda precisa se resguardar, visto que, o 
tratamento presente na questão aduzida, ao tratar de maneira vexatória diuturno seus 
funcionários que são submetidos a usar uma camiseta com a inscrição "Sou o Lanterninha 
do Mês", está a acarretar assédio moral na relação de trabalho, que excede os limites do 
aceitável, que acaba causando constrangimentos ao trabalhador. 
A empresa pode tomar medidas preventivas de modo a evitar o assédio, informando os 
trabalhadores a respeito do assédio moral; treinando e capacitando os gestores para 
administrar os conflitos; estabelecendo no 
Regulamento Interno da empresa os atos caracterizadores do Assédio Moral, bem como, 
a responsabilização do empregado que violar as regras de empresa. 
O assédio moral afronta os princípios da dignidade da pessoa humana e da valorização 
social do trabalho (art. 1°, incisos III e IV da CF/1988). Os funcionários expostos ao 
assédio moral, poderão estar sujeitos a reparação do dano moral, que tem por objetivo 
compensar o lesado pelo dano sofrido. 
 
3. Parte dos representantes comerciais são obrigados no comparecimento diário na sede 
da empresa, em horário determinado pelo diretor comercial, sendo certo que em eventual 
ausência o dia de trabalho é descontado das comissões no mês de referência, sendo que 
os demais somente comparecem a empresa para aviamento das necessidades comerciais 
(entrega de pedidos, recebimento de mostruários e recebimento de comissões), conduta 
esse aprovada pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. 
R: A conduta da empresa em relação aos representantes comerciais que no caso foram 
descritos como representantes comerciais autônomos está em desconformidade com a Lei 
4886/65. Os representantes fazem parte da legislação que regula a profissão os regimentos 
internos do CONFERE (Conselho Federal dos Representantes) e do CORE (Conselho 
Estadual dos Representantes). 
Esse tipo de trabalhador não possui a subordinação, que é um dos requisitos da relação 
de emprego conforme Art. 3 da CLT. Sendo assim, a atitude do diretor comercial é ilegal, 
não podendo exigir o comparecimento dos representantes, nem descontar comissões 
devido à ausência, visto que, eles não estão sujeitos a horários e ordens, os honorários 
deverão ser pagos pela entrega do resultado e não pela presença diária na empresa. O aval 
do departamento de recursos humanos a tais obrigações impostas pelo diretor comercial, 
futuramente poderá acarretar ações de representantes comerciais, pedindo o vínculo 
empregatício, gerando prejuízo financeiro a empresa, que será obrigada a pagar todas as 
verbas rescisórias. 
 
4. Todos os estagiários (cursando Administração de Empresas, Tecnologia da 
Informação e Direito) são contratados diretamente pela empresa, sem qualquer 
formalidade efetivada pelo Departamento de Recursos Humanos, a não ser o pagamento 
de vale transporte e bolsa auxílio e se ativam exclusivamente no recebimento dos pedidos 
de compras, independentemente da área acadêmica que pertençam e laboram oito horas 
diários e semanalmente são submetidos a horas extras. 
R: O estagiário poderá receber bolsa auxílio e vale transporte não caracterizando vínculo 
empregatício, porém, o empregador deverá realizar regime legal de contratação, 
celebrando termo de compromisso de estágio com instituição de ensino superior e o 
estagiário, exigido pela lei do estagiário Art. 9, da Lei n° 11.788/2008 e a contratação 
deverá seguir a jornada estabelecida pela lei do estagiário. Conforme o Art. 10, II da Lei 
n° 11.788: 
"II-6 (Seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino 
superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular." 
Portanto, a contratação do estagiário em hipótese alguma poderá ultrapassar a jornada de 
trabalho de 6 horas diárias, logo, não poderá realizar horas extras. Caso haja 
descumprimento do termo de compromisso de estágio estabelecido por lei, fica 
caracterizado vínculo empregatício CLT, ficando a empresa Bitcoin Serviços de 
Informática Ltda sujeita a condenação, onde deverá pagar todas as verbas rescisórias 
estabelecidas pelo regime da CLT. 
 
5. Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos clientes em razão de furto 
de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens do local onde a conduta 
restou comprovada), no entanto, o Departamento de Recursos Humanos da empresa 
desaconselhoua demissão sob alegação do mesmo ser detentor de estabilidade em 
decorrência de acidente do trabalho, em relação ao qual foi emitida a CAT (comunicação 
de Acidente do Trabalho) com afastamento médico de 10 dias. 
R: O empregado não detém da estabilidade em decorrência do acidente de trabalho, uma 
vez que o assistente comercial obteve afastamento de apenas 10 dias, não realizando 
assim, o cumprimento dos dois requisitos que lhe dão direito a tal estabilidade, conforme 
súmula 378 TST. 
A Lei n° 8.213/91, dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras 
providências. 
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo 
de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do 
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. 
Súmula 378 do TST: II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o 
afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, 
salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de 
causalidade com a execução do contrato de emprego. (Primeira parte - ex-OJ 230/TST-
SDI-1 - Inserida em 20/06/2001) 
III- O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da 
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 
118 da Lei nº 8.213/91. 
Sendo assim, poderá a empresa realizar o desligamento por justa causa pelo furto 
cometido com provas apresentadas, o qual preenche requisito disposto no art. 482 da 
CLT, sendo esse, o ato de improbidade. 
 
6. Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e. gerente e supervisores 
recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do percentual comissional das 
vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 o Departamento de Recursos 
Humanos, orientou a empresa, no sentido que a fixação de pagamento de parcela salarial 
fixa desonera a empresa de qualquer reflexo ou integração em relação aos valores 
comissionais. 
R: A empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda não pode se abster ao pagamento de 
qualquer reflexo ou integração em relação a comissão, visto que, o vendedor adquiriu o 
direito a partir do momento em que a transação foi realizada e consequentemente aceita 
pela empresa (art. 466 CLT), que não apresentou recusa por escrito dentro do prazo de 10 
dias, conforme dispõe o Art. 3° da Lei 3.207/57.

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