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NUTRIÇÃO NO ESTRESSE METABÓLICO 2021 Prof.ª Amanda Alcaraz da Silva GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 Nutrição no Estresse Metabólico UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 A padronização de dietas no ambiente hospitalar objetiva man- ter ou recuperar o estado nutricional de pacientes hospitalizados e, para tanto, ressalta-se o seu papel terapêutico nas em doença agu- das e crônicas, desta forma é CORRETO afirmar: a) (x) O estado nutricional durante a internação hospitalar é in- fluenciado pelos seguintes fatores: aceitação da dieta, gravidade da(s) doença(s), condição psicológica, tempo de internação etc. b) ( ) As alterações de consistência da dieta, como por exemplo pas- tosa, liquida e liquida restrita, são prescritas a pacientes portadores de disfagia, os quais apresentam descoordenação na deglutição. c) ( ) A dieta hipossódica, classificada como especial, é preparada com sal e, conforme a prescrição/condição clínica do paciente, recebe ainda o sal em sachê para adicioná-lo ao almoço e/ou jantar. d) ( ) A fim de facilitar a mastigação, deglutição e digestão, a dieta branda pode ser prescrita a um paciente sem complicações e que tole- ra a dieta normal. 2 As dietas hospitalares podem ser padronizadas segundo suas ca- racterísticas qualitativas e quantitativas a partir de uma dieta geral (normal), portanto, consistência, temperatura, volume, valor calóri- co total etc. podem ser modificados de acordo com a condição clíni- ca do paciente. Associe o tipo de dieta às suas principais descrições/ recomendações. 1) Dieta branda. 2) Dieta pastosa. 3) Dieta líquida. 4) Dieta líquida restrita. ( ) Os alimentos/preparações são liquidificados ou amassados a fim de prover maciez e facilidade para deglutir e digerir. Exemplo de caso clínico: sequela de acidente Vascular Cerebral com sequela de 3 Nutrição no Estresse Metabólico disfagia. ( ) Pode ser prescrita após um procedimento cirúrgico com o objetivo de avaliar a tolerância do paciente e hidratá-lo. São recomendados: água de coco, caldo de carne coado, água e evitar sacarose, lactose e resíduos. ( ) Os alimentos devem passar por cocção, evitar alimentos crus e fibrosos os quais dificultem a mastigação, deglutição e digestão. É re- comendada a casos de transição entre a pastosa e a normal. ( ) É indicada a indivíduos com problemas de mastigação e degluti- ção (sem disfagia), preparo para exames, alguns casos de pré e pós- -operatórios e transição para dieta pastosa. As preparações recomen- dadas são os caldos, mingaus, sopas etc. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) 3 – 2 – 4 – 1. b) ( ) 4 – 1 – 3 – 2. c) (x) 2 – 4 – 1 – 3. d) ( ) 1 – 3 – 2 – 4. 3 A Dietoterapia pode ser a única modalidade de tratamento ou complementar em outros, apesar disso, a aceitação da dieta no am- biente hospitalar muitas das vezes torna-se prejudicada ou ausente, dependo da condição clínica e psicológica do paciente, do tempo de internação etc. As alterações dietéticas que podem comprometer a aceitação da dieta hospitalar são: a) ( ) Consistência e temperatura. b) ( ) Fracionamento e volume. c) ( ) Química e restrição de nutrientes específicos. d) (x) Todas as alternativas estão corretas. 4 As dificuldades enfrentadas por pacientes internados com relação à aceitação da dieta ofertada podem comprometer o estado nutricio- nal e a evolução clínica. Nesse contexto, quais condutas do nutricio- nista clínica poderiam prevenir ou minimizar esse problema? R.: Aplicar anamnese clínico nutricional, avaliar o estado nutricional, adequar preferências alimentares e verificar a apresentação e aceita- ção da dieta pelos pacientes. 4 Nutrição no Estresse Metabólico 5 As dietas especiais são aquelas elaboradas para atender condições clínicas específicas que incluem diabetes melito (DM), hipertensão arterial sistêmica, doenças renais etc. Tomando como exemplo o DM, indique quais características (mínimo duas) são modificadas a fim de controlar a doença. R.: O tipo carboidrato ofertado é preferencialmente o complexo asso- ciado a um maior aporte de fibras e distribuído ao longo do dia com o objetivo de evitar o pico glicêmico e a hipoglicemia. TÓPICO 2 1 Quando o profissional nutricionista atende pela primeira vez um paciente com indicação de uso de sonda, quais pontos são funda- mentais para que ele possa prescrever a dieta, volume, horários etc.: I- Conhecimento do(s) diagnóstico(s) médico. II- Estado nutricional do paciente. III- Se o trato gastrointestinal está funcionante. IV- Posicionamento da sonda prescrito pelo médico. Assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) I e III estão corretas. b) ( ) II e IV estão corretas. c) ( ) Somente a IV está correta. d) ( ) I, II e III estão corretas. e) (x) Todas as alternativas estão corretas. 2 As fórmulas enterais são classificadas de acordo com a complexi- dade de seus nutrientes a fim de atender capacidades de digestão e absorção plenas ou parciais dos pacientes. Nesse contexto, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A presença de peptídeos e aminoácidos classifica uma fórmu- la em monomérica. 5 Nutrição no Estresse Metabólico b) (x) A presença de proteína intacta classifica uma fórmula em polimérica. c) ( ) Albumina, caseína e proteínas do soro são fontes proteicas de uma fórmula oligomérica. d) ( ) As fórmulas oligoméricas caracterizam-se por apresentar como fonte de carboidrato a sacarose e de gordura, o óleo de milho. e) ( ) Uma fórmula monomérica geralmente apresenta uma osmo- laridade mais baixa do que uma polimérica. 3 O nutricionista deve saber onde está posicionada a sonda do seu paciente, uma vez que tal informação influencia o tipo de dieta a ser prescrita. Nesse contexto, considere os posicionamentos gástrico e intestinal e assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) O gástrico é recomendado a pacientes que apresentam disfa- gia e risco importante de aspiração pulmonar da dieta. b) ( ) O intestinal (duodeno ou jejuno) é sempre a 1ª opção, tendo em vista que é mais fisiológico, ou seja, acomoda bem o bolo alimen- tar e tolera osmolaridade alta da dieta. c) ( ) A dieta enteral isotônica ou hipertônica é bem tolerada pelo intestino e desta forma, favorece o alcance da necessidade nutricional de forma mais rápida. d) (x) Em caso de estase gástrica/esvaziamento gástrico lento, reco- menda-se o posicionamento intestinal. e) ( ) De maneira geral, as dietas com maior aporte energético, exemplo 1,5 kcal/mL e menor conteúdo de água (76%), são bem tole- radas em caso de esvaziamento gástrico acelerado. 4 A Síndrome de Realimentação é uma condição clínica com risco de vida ao paciente e que pode ocorrer em desnutridos graves, por- tanto, defina o que ela é, seus sinais e sintomas e quais as medidas preventivas podem ser adotadas para diminuir o seu risco. R.: É um distúrbio com sinais e sintomas que se caracteriza por des- locamento abrupto de fluídos e eletrólitos para o meio intracelular, principalmente fósforo, potássio e magnésio, quando se realimenta por via oral, enteral ou parenteral um paciente que permaneceu em jejum prolongado ou está desnutrido. O quadro inclui alterações neu- rológicas, arritmias e falência cardíaca, convulsões, diarreia etc. As 6 Nutrição no Estresse Metabólico medidas preventivas abrangem: monitoramento dos níveis plasmá- ticos de eletrólitos e vitamina B1 antes de iniciar a oferta de nutrien- tes; avaliar balanço hídrico e estado nutricional; estabelecer um plano gradual de alimentação, seja por via oral, enteral ou parenteral, evi- tando assim sobrecarga metabólica e digestiva. 5 Para um paciente com Necessidade Energética Total (NET) de 1800 kcal, uma dieta com 1,3 kcal /ml, que será administrada por método intermitente (8 horários), deverá ser ofertada em 24 horas em um volume total de quanto? E qual o volume a cada horário? R: Volume total: 1800 kcal ÷1,3 kcal/ml = 1384,61 ml/dia ≈ 1400 ml/dia 1400 ml ÷ 8 = 175 ml por horário. TÓPICO 3 1 Vários são os fatores que contribuempara o aparecimento do Dia- betes Mellitus Gestacional (DMG), alguns são preveníveis outros não, sua detecção é simples, mas suas consequências podem ocasio- nar sérios agravos de saúde para gestante e o feto. Sobre a fisiopato- logia da DMG, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A resistência periférica à insulina (RI) ocorre a partir do pri- meiro trimestre de gestação. b) ( ) O peso corporal prévio à gestação e o ganho de peso excessivo durante a gravidez não influenciam a RI e não são fatores de risco para DMG. c) ( ) Os hormônios lactogênio placentário humano, estrógeno e progesterona induzem a RI e concomitantemente o pâncreas não con- segue elevar a produção de insulina, resultando assim no apareci- mento da DMG. d) ( ) A RI e a inadequada produção de insulina resultam em au- mento da lipólise e cetogênese. e) (x) As alternativas C e D estão corretas. 7 Nutrição no Estresse Metabólico 2 A pré-eclâmpsia é uma doença que ocorre somente durante a ges- tação, ocasiona várias complicações à gestante e ao feto, incluindo o risco de óbito, sendo assim, sobre a sua fisiopatologia, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) É uma desordem multissistêmica definida por hipertensão prévia à gestação e proteinúria. b) ( ) Ela pode se manifestar em qualquer período gestação e sem- pre evolui para Eclâmpsia. c) (x) Caracteriza-se por uma desordem placentária, com início precoce que resultará em um espectro de complicações, como por exemplo: retardo no crescimento intrauterino e parto prematuro. d) ( ) A má perfusão placentária é consequência do aumento no diâ- metro da artéria espiralada, a qual apresentará dificuldade em prover O2 e nutrientes. e) ( ) A obesidade e HAS não aumentam o risco de desenvolvimen- to da PE. 3 O tratamento dietoterápico é importante para o controle da pré- -eclâmpsia (PE), apesar de não oferecer a cura para a doença, alguns nutrientes destacam-se neste contexto, como o sódio, o cálcio, o po- tássio etc. Sobre os nutrientes e sua relação com a PE, assinale a alternativa CORRETA. a) (x) O baixo consumo de cálcio estimula a produção de PTH e renina, que por sua vez aumentam a concentração de cálcio na mus- culatura lisa vascular, contribuindo assim por elevar a pressão arte- rial. b) ( ) O potássio apresenta uma ação sinérgica ao sódio, ou seja, au- menta o volume plasmático e assim reduz a pressão arterial. c) ( ) A restrição severa de sal é recomendada para os casos de PE associados a elevação da pressão arterial. d) ( ) A restrição leve de sal, em torno de 4g/dia, é recomendada com o objetivo de reduzir o volume plasmático, normalizar a pressão e reduzir os desfechos adversos da doença. e) ( ) A suplementação de cálcio (1g/dia) é recomendada a todas as gestantes com risco de desenvolver PE. 8 Nutrição no Estresse Metabólico 4 A Hiperêmese Gravídíca (HP) é uma doença pouco frequente, mas pode desencadear complicações graves durante a gestação, incluin- do a deficiência de nutrientes, portanto orientações nutricionais são fundamentais para minimizar os agravos à saúde. Sobre a sua defi- nição e suas complicações, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) É uma condição associada a náuseas e vômitos, principalmen- te no primeiro trimestre de gestação. b) ( ) A deficiência de vitamina B1 é uma característica incomum à HP. c) ( ) A via de administração dos nutrientes será sempre a parente- ral, visto que as pacientes apresentam vômitos frequentes e incoercí- veis. d) (x) É definida por mais de três episódios de vômitos/dia associa- do a cetonúria (presença de corpos cetônicos na urina) e perda de peso > 3 kg ou redução de 5% do peso corporal. e) ( ) A redução dos níveis de gonadotrofina coriônica humana nas primeiras semanas de gestação eleva o risco de HP. 5 A prevalência de anemia entre as gestantes brasileiras é alta, desta forma, o nutricionista deve conhecer fontes alimentares de ferro, biodisponibilidade e orientar de forma clara quais condutas auxi- liam na prevenção e no tratamento dessa deficiência nutricional. Por que a anemia ferropriva (AF) é tão prevalente entre as gestan- tes? Diferencie o ferro heme do ferro-não heme e indique duas fon- tes alimentares para cada tipo de ferro. R.: A prevalência de AF é alta por conta da necessidade elevada do mineral durante a gestação, baixo consumo de alimentos fonte de fer- ro, não uso ou uso incorreto do suplemento etc. O ferro tipo heme apresenta uma taxa de absorção mais alta (15 a 20%) e não sofre in- terferência de outros nutrientes para sua absorção, enquanto o tipo não heme tem uma taxa baixa (5 a 10%) de absorção e necessita de nutrientes facilitadores para que ela ocorra, como, por exemplo, a vi- tamina C (acidez). Fontes de ferro heme: carnes em geral e fígado; ferro não heme: feijão e lentilha. 9 Nutrição no Estresse Metabólico UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 A fisiopatologia da desnutrição quando se classifica em primá- ria ou secundária é diferente, apesar disso, as consequências são o comprometimento do crescimento e seu desenvolvimento, maior susceptibilidade a doenças etc. Sobre a diferença entre desnutrição primária e secundária, analise as sentenças a seguir. I- A primária surge em decorrência de uma doença e na maioria dos casos está associada ao hipermetabolismo, por exemplo: queima- duras, câncer, fibrose cística etc. II- A secundária é consequência de condições sócio econômicas des- favoráveis, falta de acesso a serviços de saúde, educação básica etc. III- A primária caracteriza-se também por atrofia vilositária impor- tante, já na secundária não se observa atrofia e nem hipermetabo- lismo. IV- O hipermetabolismo é uma das principais alterações metabólicas observadas na desnutrição secundária e que pode ocasionar ina- petência alimentar e perda de massa muscular. V- A proteólise muscular é ocasionada pelo hipermetabolismo ob- servado na desnutrição primária. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Somente as alternativas I, II e V estão corretas. b) (x) Somente a alternativa IV está correta. c) ( ) Somente as alternativas III e IV estão corretas. d) ( ) Somente a alternativa V está correta. e) ( ) Somente as alternativas II e IV estão corretas. 2 Dependendo do grau de prematuridade é necessário adotar uma via alternativa de alimentação, uma vez que essa condição pode im- pedir que o bebê consiga sugar e dificultar a respiração e a degluti- ção. Sobre a Terapia Nutricional Aplicada ao Prematuro, assinale a alternativa CORRETA. 10 Nutrição no Estresse Metabólico a) ( ) Para os bebês prematuros que não conseguem sugar e deglu- tir, a via preferencial para administração da dieta é a parenteral. b) (x) O aditivo alimentar adicionado ao leite materno tem por ob- jetivo garantir aporte de proteínas para prevenir doenças ósseas e favorecer o crescimento, respectivamente. c) ( ) A ordem de escolha de melhor alimento para nutrir o pre- maturo é: 1ª opção: leite humano da própria mãe; 2ª opção: fórmula infantil para prematuros; e por último: leite humano pasteurizado. d) ( ) O leite humano se adequa à necessidade do prematuro, pois apresenta proteína parcialmente hidrolisada e não tem lactose e saca- rose. e) ( ) A idade corrigida deve ser calculada somente em casos de prematuridade extrema. 3 Para casos de desnutrição grave é preciso considerar diferentes condições para nutrir o paciente, como a via de administração da dieta, complexidade dos nutrientes, planejamento de recuperação, prevenção de possíveis complicações etc. Com base nessas conside- rações, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A oferta de energia e nutrientes deve atender 100% das neces- sidades nutricionais já no primeiro de dia de tratamento, indepen- dente da (s) doença (s) de base. b) ( ) A síndrome de má absorção, quando associada a um quadro grave de desnutrição, não requer atenção à apresentação da proteína na dieta ofertada. c) (x) Uma via alternativa de administração da dieta, por exemplo: sonda, deve ser avaliada em equipequando o paciente não conse- gue alcançar suas necessidades nutricionais por via oral. d) ( ) A síndrome de realimentação pode ser prevenida com adoção de medidas, como: fracionamento aumentado da dieta, consistência pastosa e isenção de lactose. e) ( ) Nenhuma das alternativas está correta. 4 O tratamento dietoterápico da obesidade infantil é peculiar no que se refere a restrição energética, uma vez que, para adultos, a res- trição é recomendada de acordo com o caso clínico. Nesse contexto, disserte sobre a restrição energética para crianças com obesidade. 11 Nutrição no Estresse Metabólico R.: As metas são: manter o peso corporal e, com crescimento, o IMC alcançará a normalidade; garantir crescimento e desenvolvimento adequadas; prevenir doenças associadas; propiciar reeducação ali- mentar. A restrição calórica não é recomendada, pois pode compro- meter crescimento e desenvolvimento da criança, a perda de peso dificilmente se manterá no longo prazo e a restrição diminui a sauda- bilidade da dieta e leva à baixa adesão. 5 O leite humano é reconhecido como alimento “padrão ouro” para garantir saúde e por conseguinte crescimento e desenvolvimento adequados aos bebês prematuros, no entanto em caso de prematuri- dade de moderada à extrema, é necessário fortificá-lo, sendo assim, descreva os ingredientes mais importantes (no mínimo três) dos fortificantes e justifique sua resposta. R: Os fortificantes do leite humano são compostos por proteína, para garantir o crescimento e amadurecimento de órgãos e sistemas; mi- nerais, com destaque para o cálcio a fim de prevenir a doença óssea do prematuro; e vitaminas, com ênfase na D, para garantir a plena absorção de cálcio. TÓPICO 2 1 Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas, as quais apresentam características diversas e, portanto, abordagens dife- renciadas. Nesse contexto, assinale a alternativa CORRETA sobre Anorexia (AN) e Bulimia Nervosa (BN). a) ( ) A AN e a BN são transtornos alimentares diferentes em vários aspectos, mas se assemelham em relação à preocupação com a ima- gem corporal, sendo que em ambas não se observa essa característica. b) ( ) A contagem calorias, a aferição do peso corporal várias vezes ao dia e o seguimento de uma orientação nutricional rígida, são fun- damentais para recuperação do paciente portador de BN. c) (x) Para os casos graves de desnutrição associada à AN, a pas- sagem de sonda nasogástrica pode ser necessária, associada ao estí- 12 Nutrição no Estresse Metabólico mulo da via oral. d) ( ) Na BN, os comportamentos compensatórios inapropriados, como a autoindução do vômito e o uso de antidepressivos, não cau- sam risco ao estado nutricional. e) ( ) Nenhuma das alternativas está correta. 2 A anorexia nervosa se caracteriza por um desejo excessivo, ilimi- tado e sem controle de emagrecer e se encaixar em um “padrão de beleza”. Nesse cenário, a abordagem nutricional é uma parte im- portante do tratamento. Considere as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A intervenção e educação nutricional são abordagens integra- das ao tratamento realizado por uma equipe interdisciplinar. b) ( ) A educação nutricional visa discutir e problematizar com o paciente questões relacionadas ao peso e à alimentação. c) ( ) O estabelecimento de uma relação de confiança e empatia en- tre nutricionista e paciente é fundamental o sucesso do tratamento. d) ( ) A identificação e compreensão da relação entre alimentos e emoções por parte do nutricionista e paciente auxilia no tratamento dietético. e) (x) Todas as alternativas estão corretas. 3 Os episódios de compulsão alimentar e purgação caracterizam a Bulimia Nervosa (BN) e representam medidas empregadas para manutenção ou perda de peso e assim se manter dentro de um “pa- drão de beleza”. a) ( ) Os padrões de fome e saciedade estão anormais e a relação com o alimento está deteriorada. b) ( ) As paciente com BN apresentam magreza acentuada associa- da à deficiência de vários micronutrientes. c) ( ) O conhecimento dos pacientes portadores de BN acerca dos alimentos e dietas diz respeito à qualidade nutricional e não ao valor calórico dos alimentos. d) ( ) O entendimento do comportamento alimentar e do ciclo com- pulsão alimentar-purgação são fundamentais para que o nutricionis- ta possa implementar tratamento para BN. e) (x) As alternativas a e d estão corretas. 13 Nutrição no Estresse Metabólico 4 O tratamento dietoterápico da Bulimia Nervosa (BN) transcende a contagem de calorias e nutrientes e pressupõe identificar episódios de compulsão alimentar e purgação relacionados a emoções, sendo assim, cite pelo menos três itens considerados fundamentais para elaboração de um diário alimentar direcionado a pacientes porta- dores de BN. R.: Onde os alimentos foram consumidos e a quantidade; a frequência de ocorrência de compulsões ou purgações; e pensamentos e senti- mentos vivenciados durante as refeições. 5 Para o tratamento dos transtornos alimentares, faz-se necessária uma abordagem multidisciplinar, para tanto, o nutricionista precisa estar integrado à equipe e ter clareza das metas do tratamento dieto- terápico para Anorexia Nervosa, as quais incluem: R: Recuperar o estado nutricional, restabelecer uma relação saudável com o alimento e evitar recaídas. TÓPICO 3 1 A adesão ao tratamento dietoterápico da Fenilcetonúria clássica (FC) é um desafio para os nutricionistas, pacientes e seus familiares, pois a dieta apresenta um grau elevado de restrição. Nesse contexto, analise as sentenças a seguir. I- É um a doença de herança genética, autossômica recessiva, carac- terizada pela ineficiência em converter fenilalalina (Phe) em tiro- sina, devido à mutação no gene que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase. II- Os pacientes que não aderem uma dieta com restrição de Phe apresentam deficiência cognitiva, irritabilidade, desordens psi- quiátricas e deficiência de aprendizagem. III- A ingestão de uma fórmula metabólica isenta em Phe associada a uma dieta sem alimentos de origem animal, é crucial para preven- 14 Nutrição no Estresse Metabólico ção das desordens comuns à doença. IV- A baixa palatabilidade das formulas metabólica e a dieta com alto grau de restrição contribuem para baixa adesão ao tratamento, principalmente na adolescência e idade adulta. Assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) Somente as alternativas I, II e IV estão corretas. b) ( ) Somente as alternativas III e IV estão corretas. c) ( ) Somente a alternativa II está correta d) (x) Todas as alternativas estão corretas. 2 A abordagem nutricional da Doença da Urina do Xarope de Bordo (MSUD) apresenta metas e prescrição dietoterápica, as quais permi- tem controlar a doença e seus agravos à saúde. Nesse cenário, defina três metas e a prescrição para MSUD. R.: As metas do tratamento dietoterápico são: reduzir os níveis de BCAAs e prover macronutrientes em uma quantidade adequada para evitar o catabolismo e auxiliar na manutenção plasmática dos BCA- As em nível adequado. A abordagem nutricional consiste em ofertar uma fórmula sem BCAAs associada à uma dieta à base alimentos com baixo teor proteico. 3 A Galactosemia Clássica (GC) é a forma mais comum e grave da doença, portanto, a triagem neonatal é fundamental para rastrear os casos antes do início da sintomatologia grave, prevenir a mortali- dade e minimizar as incapacidades de longo prazo, para tanto é ne- cessário aconselhamento e acompanhamento nutricional. Assinale a alternativa CORRETA. a) (x) A GC é resultante da deficiência da enzima galactose uridil transferase (GALT) e é a forma mais frequente e grave da doença. b) ( ) A mutação no gene que codifica a GALT impede a conversão de lactose em galactose-1-fosfato. c) ( ) A base do tratamento dietoterápico consiste em ofertar fórmu- las com baixo teor proteico e isenta em lactose. d) ( ) Os agravos decorrentes do acúmulo de metabólitos tóxicos produzidos a partir da galactosesão bradicardia, tremor e dificulda- de em manter temperatura corporal. 15 Nutrição no Estresse Metabólico e) ( ) Todas as alternativas estão corretas. 4 A partir do rastreamento positivo para Doença da Urina do Xarope de Bordo (MSUD), o tratamento nutricional exerce papel crucial na prevenção da deterioração neurológica, portanto, considere as as- sertivas a seguir. I- O bloqueio enzimático da descarboxilação dos aminoácidos de ca- deia ramificada, leucina, isoleucina e valina, ocasiona acumulo de metabólitos tóxicos ao sistema nervoso central. II- A prescrição caracteriza-se em uma dieta restrita em aminoácidos essenciais e não essenciais associada à suplementação de aminoáci- dos de cadeia ramificada. III- A suplementação com uma fórmula isenta em aminoácidos aro- máticos, como fenilalanina e leucina, é recomendada para o tratamen- to dietético da MSUD. IV- A dieta restrita em aminoácidos de cadeia ramificada, associada à suplementação com uma fórmula metabólica isenta nesses amino- ácidos, tem por objetivo favorecer um balanço nitrogenado positivo. Assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) Somente as alternativas II e III estão corretas. b) ( ) Somente as alternativas I e II estão corretas. c) (x) Somente as alternativas I e IV estão corretas. d) ( ) Somente a alternativa IV está correta. 5 A restrição de fenilalanina na dieta de pacientes portadores de Fenilcetonúria Clássica pode desencadear deficiência no crescimen- to e desenvolvimento, por outro lado, é recomendação obrigatória para a prevenção de déficit cognitivo. Para garantir crescimento e desenvolvimento quais condutas devem ser adotadas? R: A restrição dietética de fenilalanina (Phe) deve ser associada à in- gestão diária de uma fórmula metabólica isenta no aminoácido Phe, mas que contém os demais aminoácidos essenciais, além do acompa- nhamento sistemático do crescimento e desenvolvimento da criança ou adolescente pelo nutricionista. 16 Nutrição no Estresse Metabólico UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 O organismo responde a lesões, traumas e doenças no nível celu- lar de forma intensa, por um período transitório ou permanente. O estresse metabólico é uma das respostas ao(s) dano(s) causado(s). Sobre a fisiopatologia do estresse metabólico e a dietoterapia consi- dere as assertivas a seguir. I- As fases clássicas que caracterizam o período pós-injúria são a Ebb e a Flow, as quais apresentam, em comum, o aumento do gasto energético em repouso e balanço nitrogenado negativo. II- O balanço nitrogenado negativo resulta de uma ação hormonal orquestrada que favorece a oxidação de aminoácidos para obten- ção de energia associada a uma ingestão de proteínas. III- Como o organismo não tem reservas proteicas capazes de suprir a necessidade, há mobilização do músculo esquelético, ocasio- nando desnutrição e sarcopenia (perda importante de massa ma- gra). IV- Uma dieta hiperproteica visa minimizar o balanço nitrogenado negativo e prevenir/tratar a perda de massa magra. V- A oferta progressiva de energia durante a fase aguda precoce e tardia pós-injúria visa evitar/tratar a hiperglicemia, não aumen- tar a produção de gás carbônico e viabilizar a evolução para fase de recuperação. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Somente as alternativas I, III e V estão corretas. b) ( ) Somente as alternativas II e IV estão corretas. c) ( ) Todas as alternativas estão corretas. d) (x) Somente as alternativas II, III, IV e V estão corretas. e) ( ) Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 2 Durante a resposta transitória ou permanente ao trauma e doença(s), a dieta propicia ao paciente capacidade de enfrentar os desafios impostos pelo hipermetabolismo, perda de massa ma- 17 Nutrição no Estresse Metabólico gra etc. Considerando as assertivas a seguir, assinale a alternativa CORRETA. a) (x) A oferta calórica se baseia na fase pós-injúria e no estado nu- tricional do paciente, como por exemplo, um indivíduo desnutrido deve receber 70% da necessidade estimada (por meio de equação). b) ( ) Caso os níveis de fosfato estejam baixos, a oferta deve ser de 80-100% da necessidade calórica estimada, a fim de evitar a Síndrome de Realimentação. c) ( ) A via preferencial de nutrição é a parenteral, visto que esses pacientes normalmente estão sedados e inconscientes. d) ( ) Durante os primeiros quatro dias da admissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a terapia nutricional enteral deve ser imple- mentada, mesmo que o pacientes não esteja estabilizado. e) ( ) Após a alta da UTI, muitos pacientes apresentam a síndrome da fraqueza adquirida, a qual é resultado da perda de tecido adiposo. 3 A obesidade associada à sarcopenia é um estado nutricional cada vez mais frequente nas UTIs, uma vez que a prevalência de obesi- dade na população mundial vem aumentando ao longo das últimas décadas. A abordagem nutricional requer cuidados e metas claras. Nesse contexto, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A perda de massa magra durante internação hospitalar pro- longada é decorrente de vários fatores, dentre eles, destacam-se: o aporte insuficiente de micronutrientes, a administração de dieta via sonda etc. b) (x) A obesidade (IMC=40 kgm2) associada à sarcopenia requer ajuste da oferta energética (levando em consideração o peso ajusta- do) e proteica (levando em consideração o peso ideal). c) ( ) Com a reserva energética alta, o indivíduo portador de obesi- dade e sarcopenia apresenta vantagem, em condição hipermetabólica, ao eutrófico e a perda de massa muscular não denota preocupação. d) ( ) A imunossupressão, a menor performance aos tratamentos mé- dicos e o risco aumentado de óbito não estão associados a um quadro de sarcopenia. 4 Calcule a necessidade energética e proteica de uma paciente que pesa 140 kg e mede 1,65 m e IMC: 51,47 kg/m2, de acordo com o 18 Nutrição no Estresse Metabólico Guideline da ESPEN (SINGER, 2019). Equações necessárias: para calcular o peso ideal (PI): 0,9 X (altura em cm -106); para o cálcu- lo do peso ajustado: peso ideal + 20-25% da diferença entre o peso atual e o ideal; para o cálculo da necessidade energética: 25 kcal/ kg (peso ajustado)/dia; e para o cálculo da necessidade proteica: 1,3 g/ kg (peso ajustado)/dia. R.: Peso ideal: 0,9 X (165 -106) = 53,1 kg. Peso ajustado: 53,1 + 20-25% da diferença entre o peso atual e ideal. 140-53,1=86,9 kg; 20% de 86,9 = 17,3 kg; 25% de 86,9= 21,72 kg. Peso ajustado 53,1 + 17,3 = 70,4 kg; 53,1 + 21,72 = 74,82 kg. Necessidade de energia: 25 X 70,4 – 74,82 kg = 1760 a 1870,5 kcal/dia. Necessidade de proteína: 1,3 X 70,4 – 74,82 kg = 91,52 a 97,26 g/dia. 5 Duas expressões utilizadas em inglês, one-size fits all (um tama- nho veste todos) e set and forget (definir e esquecer) não se ade- quam sob nenhuma hipótese aos pacientes críticos, tendo em vista que somos únicos e, por isso, respondemos de forma particular aos traumas e doenças. Levando em consideração tal afirmação, como o nutricionista que atende pacientes graves pode implementar con- dutas individualizadas em seu dia a dia? R: Interar-se do caso lendo o prontuário e discutindo com a equipe multidisciplinar; avaliar o estado nutricional de forma sistemática; es- tabelecer metas nutricionais; prescrever tratamento dietético e acom- panhar resultados; reavaliar condutas as quais não possibilitaram o alcance das metas. TÓPICO 2 1 Os cálculos renais, em sua grande maioria, são formados por cál- cio, oxalato de cálcio e fosfato de cálcio, causam bastante dor e os hábitos alimentares exercem influência na sua formação. Para esses tipos de cálculos, a dietoterapia se baseia em: 19 Nutrição no Estresse Metabólico I- Recomendar a restrição no consumo de cálcio para metade, apro- ximadamente 500 mg/dia. II- Aconselhar a exclusão de leite e derivados da dieta, além dos ali- mentos ricos em oxalato, como, por exemplo, espinafre cru, cacau em pó etc. III- Orientar ingestão menor que 5 g/dia de sal (2 g de sódio), pois o consumo elevado desódio aumenta a calciúria. IV- Recomendar o consumo adequado de proteínas, tendo em vista que a ingestão elevada de proteínas aumenta a excreção urinária de cálcio, decorrente da carga ácida gerada pelas proteínas de origem animal (aminoácidos sulfurados). V- Evitar o consumo de alimentos ricos em purinas, uma vez que a taxa de ácido úrico alta está associada aos cálculos formados por cálcio. Assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) Somente as alternativas II, IV e V estão corretas. b) ( ) Somente a alternativa III está correta. c) (x) Somente as alternativas III e IV estão corretas. d) ( ) Nenhuma das alternativas está correta. e) ( ) Somente as alternativas I, IV e V estão corretas 2 A Lesão Renal Aguda (LRA) é a perda súbita da capacidade dos rins em filtrarem sais, resíduos e líquidos do sangue, pacientes em estado grave são bastante susceptíveis à essa doença e necessitam de acompanhamento nutricional. Nesse contexto, assinale a alter- nativa CORRETA. a) ( ) Como o hipercatabolismo é uma condição comum entre os pa- cientes portadores de LRA, neste sentido, a prescrição de uma dieta hipoproteica (aproximadamente 0,6 g/kg/dia de proteína) é recomen- dada. b) ( ) A quantificação do catabolismo proteico se baseia na quanti- dade de proteínas e calorias não proteicas consumidas pelo indiví- duo, considerando também as perdas, a ingestão e a creatinina corpo- ral. c) ( ) Todos os pacientes portadores de LRA são hipermetabólicos, sendo assim, para estimar a necessidade energética diária, emprega- -se a equação de 40 kcal/kg/dia, considerando sempre o peso atual. 20 Nutrição no Estresse Metabólico d) (x) Em caso diálise, a oferta de carboidratos deve considerar a quantidade de glicose do dialisato, levando em conta a glicose in- fundida e a drenada. e) ( ) A predominância da ação de hormônios anabólicos (insulina e glucagon), a produção elevada de citocinas anti-inflamatórias e a acidose metabólica são todos elementos que contribuem para o apa- recimento da hiperglicemia. 3 Na Doença Renal Crônica (DRC), a anorexia é um achado frequen- te e seu tratamento não é fácil, portanto, o cuidado nutricional desse sintoma é imprescindível para reduzir o risco de desnutrição. Con- siderando o exposto, assinale a alternativa CORRETA. a) ( ) A anorexia em pacientes portadores de DRC é complexa e multifatorial, com destaque para suas causas: os níveis sanguíneos de toxinas urêmicas, o quadro emocional (ansiedade e depressão) etc. b) ( ) Para se lidar com esta condição, o nutricionista precisa esta- belecer plano alimentar individualizado, com pequenas porções e vá- rios horários de refeição; indicação de suplementação e acompanha- mento da aceitação. c) ( ) A prescrição de suplementos deve considerar a condição clí- nica (DRC), ou seja, deve atender às necessidades energéticas e pro- teicas, sem provocar efeitos negativos sobre o controle hídrico e de eletrólitos. d) ( ) Após a implementação da conduta nutricional acompanhar resultados e associá-los às metas pré-estabelecidas. e) (x) Todas as alternativas estão corretas. 4 O aporte proteico ao portador de Doença Renal Crônica (DRC), no que se refere à proteína, deve se ajustar ao tipo de tratamento adotado pelo médico, ou seja, conservador ou dialítico. Estabeleça a diferença de recomendação proteica entre os dois tipos de tratamen- tos e justifique sua resposta com embasamento na fisiopatologia. R.: Durante o tratamento conservador da DRC é recomendada a res- trição de proteínas na dieta, isso se traduz nos valores de 0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia + suplementada com AAE e cetoácidos. Tal restrição se faz necessária levando em consideração que a ingestão proteica dentro da faixa recomendável para indivíduos saudáveis 21 Nutrição no Estresse Metabólico ou acima resulta em hiperfiltração, hiperperfusão, proteinúria, ure- mia, acidose metabólica e, consequentemente progressão mais rápida da doença. Já durante o tratamento dialítico da DRC é recomenda- da uma dieta com maior aporte proteico, em torno de 1,0 a 1,3 g/kg/ dia. É preciso destacar que, durante a diálise peritoneal, há perda de proteínas e vitaminas, diminuído assim, caso a ingestão proteica seja baixa, a possibilidade de um balanço nitrogenado neutro ou positivo. 5 O distúrbio mineral ósseo na Doença Renal Crônica (DRC) englo- ba alterações clínicas, bioquímicas e ósseas, e um grande desafio no tratamento é o controle dos níveis de fósforo no sangue, visto que os métodos dialíticos disponíveis são pouco eficazes na depuração do fósforo, à vista disso, quais são as consequências da retenção de fósforo e/ou hiperfosfatemia sobre a saúde óssea desses pacientes? Cite três alimentos/bebidas ricos em fósforo e que devem ter sua ingestão controlada. R: As glândulas paratireoides produzem um hormônio denominado paratormônio (PTH), responsável pelos níveis de cálcio, fósforo e vi- tamina D no sangue. A falta de vitamina D (os rins não produzem por conta da DRC) e o excesso de fósforo no sangue estimulam a produ- ção de PTH, no entanto, com a função renal comprometida, por mais que o nível hormonal se eleve, não há como produzir vitamina D ou excretar fósforo na urina, sendo assim, a única ação que o hormônio consegue exercer é retirar o cálcio dos ossos e assim deixa-lo frágil. Alimentos fonte de fósforo: chocolates, refrigerantes, miúdos (moela, fígado, coração), oleaginosas (amendoim, castanha, nozes) etc.
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