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Estratégias de hidratação e reposição

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Podcast 
Disciplina: Hidratação e suplementação hidroeletrolítica 
Título do tema: Estratégias de hidratação e reposição 
hidroeletrolítica 
Autoria: Camila Taise Tavares 
Leitura crítica: Tais Moala 
 Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre as diferenças entre 
bebidas isotônicas, repositores hidroeletrolíticos e energéticos. 
Você sabe a diferença entre esses três tipos de bebidas? 
As bebidas isotônicas e repositoras foram especialmente formuladas e 
desenvolvidas para atletas e praticantes de exercícios físicos prolongados e 
intensos para suprir as necessidades e facilitar o processo de reidratação 
durante e após o exercício físico. As bebidas energéticas, por sua vez, foram 
desenvolvidas com o intuito de estimular o metabolismo e fornecer energia 
ao consumidor. 
Em geral, bebidas isotônicas devem obrigatoriamente ser compostas por 
sódio, água e potássio, e podem opcionalmente conter vitaminas, outros 
minerais, açúcar ou adoçantes, fibras ou aromas e devem apresentar 
osmolalidade similar à do plasma sanguíneo, ou seja, entre 270 e 330 
mOsmol/L. A legislação da ANVISA determina que os carboidratos sejam sua 
principal fonte de energia e que contenham no mínimo 80 e no máximo 350 
calorias por litro. O sódio deve estar presente na quantidade de, no mínimo, 
20 e, no máximo, 50 mmol/L. 
Enquanto isso, um repositor hidroeletrolítico tem por objetivo repor a água e 
os eletrólitos perdidos no suor. Esse tipo de produto deve atender a alguns 
requisitos, como conter sódio na concentração de 450 a 1150mg/L, na forma 
de sais inorgânicos como fonte desse mineral para fins alimentícios. A 
osmolalidade deve ser inferior a 330 mOsmol/L de água, os carboidratos não 
devem ultrapassar 8% e pode ser adicionado potássio na quantidade de até 
700mg/L. Podem apresentar vitaminas e outros minerais, porém, não podem 
conter fibras ou outros nutrientes como cafeína, por exemplo. 
Já as bebidas energéticas possuem em sua composição substâncias 
estimulantes do sistema nervoso central, com objetivo de promover melhora 
da resistência física e da concentração, evitar o sono, proporcionar a 
sensação de bem-estar, aumentar o metabolismo e auxiliar na eliminação de 
substâncias tóxicas ao organismo. As substâncias que, de acordo com a 
ANVISA, podem ser adicionadas nesses produtos são: inositol, 
glucoronolactona, taurina e cafeína, além de vitaminas e minerais. 
De acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias de 
Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas, a ABIR, o consumo per capita de 
 
bebidas energéticas e isotônicas teve crescimento no Brasil de 20 
litros/habitante/ano, em 2010, para aproximadamente 35 litros/habitante/ano 
em 2013. Apesar disso, o consumo de bebidas energéticas não é 
recomendado para atletas e praticantes de exercício físico, enquanto os 
isotônicos eram classificados pela ANVISA como “alimento para praticantes 
de atividade física” e passaram a ser categorizados como “alimento para 
atletas”, devido ao grande aumento no consumo nos últimos anos. 
Apesar de muito indicadas para adequada hidratação no esporte, devido ao 
fato de conterem além de água, também carboidratos e eletrólitos, as 
bebidas esportivas nem sempre são acessíveis à realidade de todos os 
atletas. 
Devido à alta frequência de treinos e, muitas vezes, falta de patrocínio, além 
da necessidade de aquisição de outros itens necessários à prática esportiva, 
a compra de suplementos acaba ficando em segundo plano. 
Dessa forma, nutricionistas esforçam-se para buscar alternativas que 
possam suprir as necessidades desse público. E a água de coco é um 
alimento muito recomendado com esse objetivo. Porém, ela pode ser 
utilizada em substituição aos repositores hidroeletrolíticos, mas como bebida 
isotônica irá depender de seu estágio de maturação. 
Até 8 meses de maturação sua osmolalidade é de 377mOsmol/L, o que é 
maior que a osmolalidade do plasma sanguíneo. Mas após 8 meses de 
maturação possui osmolalidade de cerca de 310 mOsmol/L, sendo adequada 
sua utilização como isotônico. 
Sendo assim, outra alternativa seria a produção de bebidas caseiras que 
possam fornecer as mesmas características do produto comercial. Na 
internet, facilmente são encontradas receitas com água, limão, açúcar e sal, 
com o intuito de criar um isotônico mais acessível. 
Apesar dessa possibilidade de produção caseira, essa orientação deve ser 
realizada por um profissional capacitado individualmente para cada caso 
específico, já que pode afetar diretamente a saúde e o desempenho 
esportivo dos atletas. E também deve ser testada durante os treinamentos e 
não nas competições para não causar desconfortos e prejudicar o atleta. 
Vale ressaltar ainda que devido à sua composição, o consumo excessivo de 
bebidas isotônicas, repositoras e energéticas pode agravar quadros de 
diabetes, hipertensão arterial, doença renal, cardiopatias, gastrite e oferecer 
riscos a grupos populacionais específicos, como crianças e gestantes e, por 
isso, é importante reiterar que seu consumo deve ser realizado sob 
prescrição profissional. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!