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Carboidratos e CHO na nutrição de ruminantes

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Carboidratos e CHO na nutrição de
ruminantes 
Carboidratos
Substâncias orgânicas ternárias compostas de C, H e O - conformação
semelhante à água. É composto por unidades monoméricas - ex: exoses e
pentoses.
Síntese de carboidrato é realizada através da fotossíntese – produção de glicose,
excesso é armazenado como amido. 75% de matéria seca nos vegetais são CHO.
Amido: principal polissacarídeo que contém energia para as plantas e animais;
Carboidratos representam a principal fonte de energia na dieta dos animais
onívoros e herbívoros. Quando é degradado resulta em glicose, principal
molécula de energia.
Monossacarídeos: unidade básica, não podem ser
hidrolisados para moléculos menores, são
absorvidos pelo organismo. Glicose, frutose,
manose, galactose
Dissacarídeos: sacarose = açúcar – armazena mais
nessa forma. Sacarose, lactose, maltose
Trissacarídeos: Rafinose
Polissacarídeo: Possui mais de 10
monossacarídeos. Amido, glicogênio, celulose. 
Dissacarídeos e
trissacarídeos são
chamados
também de
oligossacarídeos,
conjunto de até 10
monossacarídeos.
Classificação química
Amido
Alfa-1,4: os animais degradam melhor, com menor gasto energético. Mais solúvel 
Alfa-1,6: Menos solúvel
Celulose: B-1,4: carboidrato fibroso, mais difícil de ser degradado - só ceco, ceco-
cólon funcional, ruminantes degradam devido a população microbiana.
O tipo de ligação alfa interfere na solubilidade do
polissacarídeo. Animais não ruminantes também conseguem
fermentar essa ligação, mas em uma proporção bem menor
Lignina: não é carboidrato e não é digerível. Plantas mais
velhas possuem maior concentração de lignina, gerando
uma parede celular mais espessa. Se liga no feixe da fibra
impedindo a digestão e causando gases e compactação. 
Carboidratos na nutrição de ruminantes
Forragem: carboidrato fibroso, degradação lenta ( B-1,4 ), estimula salivação -
solução tampão.
Concentrado: carboidrato não fibroso, rico com amido, degradação rápida ( Alfa-
1,4 e alfa-1,6 ), gera mais AGV - excesso causa acido ruminal.
Alimentos
volumosos
passados
Dieta composta por volumoso e concentrado – principalmente animais de produção,
de alto valor genético.
 A glicose não é utilizada para o animal, e sim para os microorganismos para
aumentar o crescimento microbiano. O animal não absorve AGV.
Classificação nutricional
Carboidratos não estrutural: não está na parede celular; amido ( grãos e
tubérculos) e açúcar ( sacarose e galactose ).
Carboidratos estruturais: está na parede vegetal. Pectina, celulose,
hemicelulose ( gramínea, leguminosa e silagem )
Carboidratos não fibrosos: não forma feixe de fibra – está solto dentro da
parede celular; celulose; não se liga a glicose e hemicelulose. Pectina, amido,
açucares.
Carboidratos fibrosos: forma feixes de fibra. celulose, hemicelulose.
Relação forragem x concentrado
Permite inserir mais nutrientes ou corrigir possíveis nutrientes que estejam faltando
na pastagem. Permite também explorar o melhor do potencial genético de animais
de produção. Há problemas quando os limites normais e fisiológicos dos animais
são ultrapassados. 
pH < 5: depressão da motilidade ( morte de microorganismos fibrolíticos que se
alimentam do carboidrato da parede vegetal - controle de fermentação ),
produção de ácido lático, que faz o pH cair mais ainda – acidose. 
O aumento dos AGVs gerados pela fermentação leva a uma acidificação, que faz
reduzir o pH, reduzindo a motilidade porque o organismo entende que há AGV
demais e isso leva o animal a reduzir a ingestão de alimento, que contribui ainda
mais para a redução da motilidade.
pH x motilidade ruminal
10x mais ácido que AGV
Os ruminantes realizam e digestão de CHO no rúmen;
Microorganismos do rúmen: bactérias, fungos e protozoários produzem ácidos
graxos voláteis e suprem de 60-80% do requerimento energético para os
ruminantes. ( 70% de acetato; 20% de butirato;10% de propianato )
Digestão de carboidrato no rúmen 
A absorvção de AGV pelas papilas
ruminais tem seu crescimento
estimulado pelos AGVs.
Ácidos graxos voláteis – AGVs
Ácido acético ou acetato: aumenta % de gordura do leite. Lipogênico;
Ácido butírico ou butirato: aumenta % de gordura do leite. Lipogênico e fonte
de energia para as papilas ruminais;
Ácido propiônico ou propianato: produção de lactose, que gera aumento da
produção diária de leite. Gliconeogênico.
Maior concentração de butirato > redução
da fermentação e melhor absorção para
os microorganismos. Para animais não
ruminantes é mais saudável. 
Dieta saudável: o acetato e o
propionato se equilabram – mais
acetato que propionato.
 
Quando o animal ingere mais volumoso: aumenta a produção de acetato, que
vai gerar uma maior quantidade de gordura no leite e menor volume.
Quando o animal ingere mais concentrado: aumenta a produção de
propianato, que vai gerar uma maior quantidade de lactose, maior volume de
leite e menos gordura.
Fonte de energia de ruminantes: AGV – glicose é utilizado pela microbiota
Fonte de energia de não ruminantes: glicose.
Timpanismo
Desordem causada pelo acúmulo de gases ruminais. Existem 2 formas:
Timpanismo de gás livre: característico de animais com obstrução esofágica,
lesão de nervo vago, intoxicação por ácido cianídrico – impede a eructação;
Timpanismo espumoso: característico de animais recebendo grandes
quantidades de grãos. Menor estímulo à ruminação e salivação, aumento das
bactérias que produzem slime; aumento da ácido lático, que reduz motilidade;
aumento de bactérias que destroem a mucina. 
Desordem nutricional causada pela redução de pH ruminal para pelo menos 5.6 e
pelo aumento da concentração ruminal de lactato para mais de 10mMol/L. A origem
se dá pelo consumo acidental de carboidrato não fibroso ou erros na formação de
dietas com excesso de consumo de carboidrato não fibroso. Aspecto das fezes: com
grãos inteiros ou secas. Pode causar perda de apetite, fezes moles, fétidas e
acinzentadas com bolhas de ar e laminite. Existem 2 formas: 
Aguda: pH 4-5; lactato >20mMol/L
Subclínica ou crônica: pH 5-5.5; lactato <10mMol/L
Acidose

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