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→ Principal função dos carboidratos: ser utilizado como fonte de energia; → Para que os nutrientes sejam utilizados pelos animais, deve ocorrer uma série de transformações e reações associadas aos sistemas digestório, circulatório e respiratório. A esse conjunto de reações e transformações dá-se o nome de METABOLISMO; → O reino vegetal (carboidratos, proteínas, lipídeos etc.) é a fonte original e essencial de toda a vida animal, pois utilizam a energia do sol para sintetizar as substâncias que irão nutrir o animal; → Após o desmame, a maioria dos animais de produção extrai das plantas os nutrientes (como o leite materno, por exemplo) de que necessitam para o atendimento de suas exigências. → Os nutrientes presentes nos alimentos desempenham diferentes funções no corpo. Ex: geração de energia, desenvolvimento dos tecidos e funcionamento geral do organismo; → Os nutrientes podem ser classificados em: • Construtores: proteínas (compõem os músculos) e minerais – cálcio e fósforo - (compõem o esqueleto); • Reguladores: vitaminas – formação de coenzimas (regula o funcionamento do organismo); • Energéticos: carboidratos e gorduras (lipídeos). Fornecem energia para o gasto diário dos animais. Ex: mantença, ganho de peso, gestação, lactação, produção de ovos etc. → Moléculas orgânicas mais abundantes na natureza (principalmente de origem vegetal); → Principal componente da dieta dos animais; → Nomenclatura: • Origem francesa: hidrate de carbone (hidrato de carbono); • C5H10O5 – Pentose; C6H12O6 – Glicose; • Composição básica: (CH2O)n, sendo n > 3; • n= número de carbonos. → Composição: @lelevalim • Plantas: ≈ 75% (constituinte mais importante); (glicose, sacarose, amido, celulose, hemicelulose, pectina); • Animais: 0,5 a 1,0% (glicose – de origem vegetal e animal - e glicogênio – só de origem animal – glicogênio hepático ou muscular); Glicogênio: sintetizado a partir de glicose, aminoácidos glicogênicos ou glicerol. → Cerca de 70-80% da energia de uma ração, provém dos carboidratos; → É o principal suprimento energético dos animais; → Quantitativamente, os três CHO mais importantes são: • AMIDO: principal; • CELULOSE: mais restrita aos ruminantes; • GLICOGÊNIO: de origem animal. → Os carboidratos podem ser classificados em três categorias: • Monossacarídeos; • Oligossacarídeos; • Polissacarídeos. → Monossacarídeos: açúcares simples. Ex: trioses (C3H6O3), pentoses (C5H10O5) e hexoses (C6H12O6) – os mais importantes; • Nutricionalmente importantes: glicose, galactose, manose e frutose; ▪ Glicose: principal produto final da digestão dos carboidratos (Principal açúcar do sangue); ▪ Galactose: forma a lactose (galactose – carboidrato do leite + glicose) – açúcar do leite; ▪ Manose: encontrado nos vegetais; ▪ Frutose: encontrado nas frutas. → Dissacarídeos (oligossacarídeos): • São combinações de duas moléculas de monossacarídeos; • Os mais comuns são: sacarose, lactose, maltose e celobiose; ▪ Sacarose: glicose + frutose. É o mais abundante. Ex: frutas, seiva, cana-de-açúcar, beterraba etc.; ▪ Lactose: glicose + galactose. Açúcar do leite. Facilita a absorção de Ca e P (fósforo) no organismo; ▪ Maltose: glicose + glicose (Glicose Alfa 4 e Alfa 6). Presente no amido (Ex: amido de milho, amido de arroz, mandioca etc.); ➢ Glicose + Glicose = ligação glicosídica; • Celobiose: glicose + glicose (Beta 1,4 e Beta 1,2). Produto da degradação parcial da celulose. Maltose é diferente de Celobiose, pois ambos se diferenciam através do tipo de ligação glicosídica; Maltose é Alfa e Celobiose Beta. → Polissacarídeos: • São carboidratos complexos. Polímero de açúcares simples; • Principais polissacarídeos: ▪ Amido; ▪ Celulose; ▪ Hemicelulose. → Amido: homopolissacarídeo – só tem glicose; • Composto por uma cadeia de unidades de glicose; • Carboidrato de reserva da maioria das plantas. Ex. grãos cereais (milho, cevada, sorgo, mandioca, batata etc.); • Principal polissacarídeo para animais de produção (ruminantes e não-ruminantes); → Celulose: • Polímero de glicose (folhas → vegetais) mais abundante na natureza; • Principal polissacarídeo para animais de produção: ruminantes; • Não sofre hidrólise (bactérias presentes no rúmen = celulase – degrada a celulose) por nenhuma enzima produzida pelos animais; • São decompostas por bactérias (celulase); • Apresentam-se combinadas com vários derivados aromáticos. Ex. Lignina (que não é um carboidrato). ▪ A Lignina é produzida pela célula vegetal; ▪ Lignocelulose = Lignina + Celulose; ▪ Está relacionada com o enrijecimento das fibras do caule deixando-o mais firme e evitando que a planta tombe para o lado ao crescer. → Hemicelulose: • Amplamente distribuída nas plantas forrageiras; • Carboidrato estrutural de boa solubilidade e digestibilidade. → Usado para produção de energia e síntese (por exemplo: síntese da lactose) de outras substâncias; → Afinidade pelo ácido fosfórico para produção de compostos de alta energia (ATP); → Participação nas estruturas bioquímicas do DNA e RNA; → Presença em certas plantas como glicosídeos tóxicos aos animais. Ex: gossipol – diminuição da absorção de algum AA (semente de algodão); linamarina e lotaustralina – responsável pela síntese do ácido cianídrico - (glicosídeos cianogênicos - mandioca); → FONTE DE ENERGIA: principalmente glicose; → SÍNTESE DE GORDURA: glicose em excesso vai ser convertida em gordura e depositada no tecido adiposo; → SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS; → SÍNTESE DE VITAMINA: Riboflavina (B2): contém glicose; ▪ Ribo = ribose (C5H10O5); → PRODUÇÃO DE LEITE: formação da lactose; → POUPADOR DE PROTEÍNA: ▪ Evita que a proteína seja utilizada como energia; ▪ Importante manter a relação ENERGIA:NUTRIENTE. (carboidrato estrutural) 1. ESPÉCIE ANIMAL: → Diferenças anatômicas do tubo digestório; → Tubo digestório simples (monogástricos): • Pouca capacidade de armazenamento de alimentos fibrosos (volumoso); • Pouco espaço para o crescimento de microrganismos (síntese de enzimas que vão digerir a fibra); • Ruminantes = apresentam uma maior quantidade de microrganismos que estão presentes no rúmen; 2. IDADE DO ANIMAL: → Animais jovens apresenta baixa capacidade de digestão da fibra em comparação aos adultos; 3. HÁBITOS NUTRICIONAIS: → Quanto maior o tempo de uso, maior será a digestibilidade da fibra; → O animal que ingere fibra por longo tempo, terá maior população de microrganismos que aproveitará melhor a fibra; → São necessários, aproximadamente, 15 dias para a adaptação do organismo animal à fibra. 4. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DA DIETA: → Importante para a manutenção da microbiota: N (nitrogênio); vitaminas; minerais; → Dois principais grupos de bactérias quanto a utilização da energia: • Bactérias amilolíticas: atuam sobre os carboidratos não estruturais. Obtém energia do amido (mais fácil de digerir) e dos açúcares. São as primeiras a atuarem; • Bactérias celulolíticas: atuam sobre os carboidratos estruturais. Obtém energia da celulose. Atuam 2 a 3 horas após as amilolíticas; 5. EFEITO ASSOCIATIVO DOS ALIMENTOS: → Proporciona a complementação de nutrientes. Maior aproveitamento da fibra; 6. TAMANHO (das partículas) DOS ALIMENTOS (GRANULOMETRIA): → Afeta a digestibilidade da fibra; → Moagem muito fina (volumoso): ↑ a taxa de passagem pelo TGI; 7. LIGNIFICAÇÃO DA FIBRA DO ALIMENTO (PRESENÇA DE LIGNINA): → Quanto mais rica em lignina (ciclopropenóide) for a fibra. Menor a sua digestibilidade. • Lignina = 100% indigestível (lignocelulose); • Faz com que a planta cresça no sentido vertical = sustentação. → Por quê? • Devido a indigestibilidade da lignina; • A lignina é um polímero de elevado peso molecular, composto de fenilpropanóide, que é o principal componente da madeira; • A lignina se combina com a celulose e a hemicelulose, formando um composto chamadoLIGNOCELULOSE. LIGNINA + CELULOSE LIGNOCELULOSE (indigestível)
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