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Fisioterapia e as doenças neurológicas

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FISIOTERAPIA E AS DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Mairiz David da Silva
Nova Iguaçu
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1 HISTÓRIA DA HANSENÍASE	5
2 O FÍGADO	6
3 HEPATITES VIRAIS	7
3.1 A hepatite A	9
3.2 A hepatite B	9
3.4 A hepatite D	12
3.5 A hepatite E	12
3.6 A hepatite G	13
4 HEPATITE ALCOÓLICA	13
5 HEPATITE MEDICAMENTOSA	15
6 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA	15
CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
INTRODUÇÃO
A hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra, é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Tais manifestações são resultantes da predileção do Mycobacterium leprae (M. leprae), agente causador da doença de Hansen, em acometer células cutâneas e nervosas periféricas. Durante as reações (surtos reacionais), vários órgãos podem ser acometidos, tais como, olhos, rins, suprarrenais, testículos, fígado e baço.
Se o M. leprae acometesse somente a pele, a hanseníase não teria a importância que tem em saúde pública. Em decorrência do acometimento do sistema nervoso periférico (terminações nervosas livres e troncos nervosos) surgem a perda de sensibilidade, as atrofias, paresias e paralisias musculares que, se não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem evoluir para incapacidades físicas permanentes.
Esta doença representa, ainda hoje, um grave problema de saúde pública no Brasil. Além dos agravantes inerentes a qualquer doença de origem socioeconômica, ressalta-se a repercussão psicológica ocasionada pelas sequelas físicas da doença, contribuindo para a diminuição da autoestima e para a autossegregação do hanseniano.
A hanseníase tem tratamento e cura. Porém, se no momento do diagnóstico o paciente já apresentar alguma deformidade física instalada, esta pode ficar como sequela permanente no momento da alta. Este dado reforça a importância do diagnóstico precoce e do início imediato do tratamento adequado para a prevenção das incapacidades físicas que a evolução da doença pode causar.
A intervenção do fisioterapeuta é essencial à avaliação física e funcional e à prevenção ou minimização de incapacidades físicas7, considerando que muitos pacientes apresentam incapacidades durante o estágio de diagnóstico ou as desenvolvem durante o tratamento da hanseníase. Essas incapacidades têm maior impacto na vida social e profissional dos pacientes, muito devido ao sofrimento emocional associado à enfermidade. Por isso, este estudo tem o objetivo de explicar a doença hanseníase e mostrar sua a relação com a Fisioterapia.
	
1 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
1.1 O que é?
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica com grande prevalência em adultos e idosos, sendo uma das principais causas de mortalidade no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a principal causa de incapacidade no Brasil com uma incidência anual de 108 para cada 100 mil habitantes. 
	O AVC pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em dois subtipos:
-AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC. 
-AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóidea).
1.2 Manifestações clínicas
O AVC é uma doença tempo-dependente. Ou seja, quanto mais precoce ele for identificado e tratado, maior a chance de recuperação completa. Por isso, a clínica é de extrema importância.
Os sinais e sintomas dependem da área do cérebro acometida e incluem, geralmente fraqueza ou formigamento em face, braços ou pernas; alterações na visão (uni ou bilateral); confusão, alterações na fala e/ou compreensão; e alteração do equilíbrio e/ou coordenação. Também se observa tontura, alterações na marcha e cefaleia súbita e intensa.
Na maioria das vezes, o território mais acometido é o suprido pela Artéria Cerebral Média. Portanto, é interessante saber as principais manifestações associadas a um AVC nessa artéria. O quadro clássico da oclusão do tronco da ACM é caracterizado por fraqueza (déficit motor) e perda sensitiva, principalmente na face e no membro superior, hemianopsia do lado da fraqueza, rebaixamento da consciência e desvio do olhar para o lado da lesão. Além disso, em destros, a oclusão da ACM esquerda pode causar afasia global no paciente.
Quando há acometimento da Artéria Cerebral Anterior, o paciente se manifesta com déficit sensitivo cortical (negligência) ou motor com predomínio crural (membros inferiores contralaterais), além de distúrbios de comportamento.
Hemianopsia e amaurose são características de AVC de Artéria Cerebral Posterior e na lesão de artérias do sistema vértebro-basilar manifesta-se com disfunção cerebelar (ataxia, dismetria, disdiadococinesia), disfunção de nervos cranianos, alteração do nível da consciência, além de déficit motores e sensitivos.
1.3 Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é clínico. Contudo, não é possível diferenciar o subtipo apenas pela clínica, sendo obrigatório a realização do exame de imagem para tomar a conduta apropriada.
Podemos utilizar algumas ferramentas como a Escala FAST, a Escala do NIH, exames de imagem, tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames complementares.
1.4 Tratamento
O tratamento é feito nos Centros de Atendimento de Urgência, que são os estabelecimentos hospitalares que desempenham o papel de referência para atendimento aos pacientes com AVC. Essas unidades de saúde disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico.
A reabilitação pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CERS). A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar inclusive com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso.
1.5 Fisioterapia
A fisioterapia após AVC melhora a qualidade de vida e a recuperar os movimentos perdidos. O principal objetivo é devolver a capacidade motora e fazer com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho, sem necessitar de um cuidador.
As sessões de fisioterapia devem começar o quanto antes, ainda no hospital e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, pois quanto mais rápido o paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação.
A importância da fisioterapia vai muito além da reabilitação do paciente. Alguns de seus benefícios são: fortalecimento e estabilização do tronco; aumento da resistência; melhora do equilíbrio e recuperação da mobilidade global.

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