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5-Sistema Ósseo (30 03 2023)

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Sistema Ósseo
As funções do osso consistem em resistência e rigidez, suporta pressões, serve de suporte para músculos, tendões e ligamentos. Protege os órgãos vitais, como os contidos na caixa craniana e torácica. Além disso, aloja a medula óssea e serve como um reservatório metabólicos de sais minais (cálcio e fosforo), serve de apoio aos músculos esqueléticos e serve como alavanca para movimentação.
Existem as ossificações, em que a ossificação intramembranosa que é responsável pelo crescimento dos ossos planos e aumento do diâmetro dos ossos longos. E a ossificação endocondral ocorre em uma matriz cartilaginosa pré-formada, a qual se calcifica e vira osso, e isso vai ser responsável pelo crescimento e comprimento dos ossos longos, o crescimento dos ossos longos ocorre me 3 centros (diáfise e epífise).
Em animais jovens tem-se a linha de crescimento aberta, então não deve confundir com alguma patologia. 
O osso é um tecido vivo que reflete as alterações do metabolismo geral, então se tem osso formado e osso absorvível. Tem-se os osteoblastos (recompõe o tecido ósseo novo) e os osteoclastos que reabsorvem o tecido velho. O osso reabsorvível (osteólise – lise do osso) é mais radiolucente e o osso.. é mais radiopaco.
Composição do osso
Existem as células de sustentação que são os osteoblastos e osteócitos que estão depositados na matriz não mineralizada de colágeno e glicosaminoglicanas são os osteióides.
Os sais minerais inorgânicos depositados na matriz
Há também as células remodeladoras, os osteoclastos, os quais realizam a reabsorção do tecido ósseo. 
Tantos os osteoclastos e osteócitos secretam e nutrem o osteóide, o qual é formado pelo colágeno tipo 1 imerso em gel de glicosaminoglicanas. 
Anatomia Radiográfica
1- Epífise 
2- Fise: é a linha de crescimento, a qual é responsável pelo comprimento do osso – possui linhas radiolucentes na radiografia 
3- Apófise: é uma saliência óssea
4- Metáfise: é o “pescoço” do osso
5- Diáfise: é o meio do osso
O osso normal possui o padrão trabecular, e a perda desse padrão é a alteração mais precoce que se observa em uma alteração óssea.
A linha radiopaca na região da epífise do osso significa que a fise acabou de se fechar, sendo então uma “cicatriz” da fise.
Quando o osso é acometido por um processo de injuria, ele terá maneiras de como irá reagir, e essas maneiras são limitadas, em que há um grande número de doenças óssea e um inúmero tipo de reações do osso. Ou seja, a grande parte das lesões ósseas n]ao são patognomonicas. 
As maneiras de reagir do osso
Alteração no padrão trabecular: o padrão fica mais grosseiro.
Proliferação óssea periosteal
Aumento da radiopacidade – esclerose óssea: proliferação de osteoblastos em que deixa o osso mais radiopaco (branco)
Diminuição de radiopacidade – osteólise: ação dos osteoclastos (reabsorção óssea) 
Alteração na forma e contorno ósseo: pode ser causada por neoplasia
Deve classificar a lesão se é unilateral ou bilateral, se é monocitótica (em apenas um osso) ou policitótica (em vários ossos).
Proliferação óssea periosteal
A: é apenas uma lesão que ocorre uma vez na vida
B – lesão pele de cebola: é uma lesão em camadas em que o animal fica lesionando a mesma região constantemente
C – lesão irregular: observada em osteomilite ou neoplasia. 
D – explosiva: rompimento da região periosteal. É uma lesão maligna
Triângulo de Codman
É quando o organismo está tentando reagir ao processo, só que o agente está ganhando do organismo, rompe a barreira do periósteo e forma esse triangulo. Ocorre em processos malignos, neoplasias malignas (osteossarcoma) e osteomielite.
*imagem
Fratura
A fratura é uma solução de continuidade que irá afetar a córtex óssea. É um rompimento da barreia e se tem uma solução de continuidade. Pode afetar qualquer parte o osso.
Quando afeta as duas corticais do osso, tem-se uma fratura única completa.
A radiografia classifica e observa o dano que causou aos tecidos moles, observa a posição/relação da fratura, observa a precisão da redução (após realizar o tratamento dessa fratura realiza a radiografia para ver se está sendo solucionada) e observa o progresso da consolidação óssea (como está sendo o processo de consolidação óssea, ver se há um coágulo entre os fragmentos ósseos).
Fratura exposta: o fragmento está exposto ao meio ambiente, então tem uma maior possibilidade de infecção pelas bactérias do meio ambiente.
Fratura fechada: não há comunicação com o meio externo.
Classificação das Fraturas
Oblíqua (A): é obliqua ao eixo do osso, cicatriza mais rápido que a transversal. 
Transverso (B): é perpendicular ao eixo ósseo
Espiral (C): 
Fratura completa única obliqua na porção médio-distal na tíbia esquerda onde observa-se deslocamento caudal do fragmento...
Houve dano nos tecidos moles devido ao aumento de radiopacidade e volume observado
Fratura cominutiva: quando há mais de 2 fraturas
Fratura dupla: quando há duas fraturas
Fratura por avulsão
Fraturas que ocorrem no local de inserção de ligamentos e tendões.
Fratura por avulsão da tuberosidade do calcâneo
Fratura em lasca
O fragmento ósseo funciona como um corpo estranho e o organismo pode tentar expulsar ele.
Fratura patologia é quando ocorre uma fratura em um osso que já tinha uma patologia. 
Fraturas que não sejam em ossos longos, não são classificadas.
*imagem da púbis
Fraturas Salter Harris
Ocorre em todos os animais, as quais são exclusivas de animais jovens com as linhas de crescimento abertas.
*imagem
1- Deslizamento epifisário 
2- Fragmento metafisário
3- Fragmento epifisário
4- Fragmentos no epifisário e metafisário
5- Fratura por impactação/compactação – a linha de crescimento foi destruída 
Deve ter que prestar atenção ao posicionamento para classificar a fratura, e consequência é um fechamento ou calcificação. 
Calo hemorrágico ou exsudativo (2-10 dias)
Calo cartilaginoso (8-15 dias): ocorre a vascularização do calo e a formação de um calo cartilaginoso que não será visível na radiografia, mas vai diminuir um pouco a mobilidade
Calo ósseo (35-40 dias): os fragmentos ficam sem mobilidade, tem a proliferação do endósteo e do periósteo.
Calo ósseo definitivo (90-120 dias): é quando é remodelado/reabsorvido, geralmente nem dá pra ver que teve uma fratura na região. 
Má união
É um osso que se uniu, mas com uma união com deformidade angulatoria ou rotatória.
As causas comuns são de redução inadequada, infeção, rotação, angulação ou colapso.
Os sinais radiográficos são o osso consolidado, mal alinhado e rotacionado.
Osteomielite
É um processo inflamatório infeccioso do osso e da medula óssea adjacente. Para ser observado radiograficamente, tem que ser de 7-14 dias depois da exposição do osso ao agente etiológico. Observa-se inicialmente o trauma, mas não vê a infecção porque o corpo precisa responder a infecção.
Existe a osteomielite supurativa, não supurativa e metalose. 
Pode ser localizada ou disseminada, isto é, ao fraturar ela pode estar na região da fratura ou pode se espalhar pelo osso todo. Pode ser aguda ou crônica.
A osteomielite pode ser bacteriana ou fúngica (blastomicose pode levar a formação de uma osteomielite). 
Os sinais radiográficos observados são a perda do padrão trabecular, proliferação óssea periosteal, destruição da cortical, osteólise (reabsorção do osso]), esclerose óssea (proliferação óssea, vai ficar radiopaco), edema dos tecidos moles adjacentes. 
Em casos crônicos pode forma o sequestro ósseo e o edema dos tecidos moles. O sequestro ósseo é quando o fragmento da fratura está levemente aderido ao osso, e por uma falha na irrigação sanguínea e esse fragmento pode se destacar, então fica um tecido que não é mais vascularizado, então ele fica no meio do osso e o organismo vai tenta isolar esse fragmento, vai formar um alo de reabsorção óssea e em volta do alo forma um alo para proteger. O tratamento disso é a abertura e remoção do fragmento para reavivar o tecido.
*imagem de blastomicose e metalose (formação de um alo de reabsorção óssea ao redor do pino)
Panosteíte/Enostose
É uma doença inflamatóriaautolimitante, sendo um distúrbio...
Os sinais radiográficos são o aumento de opacidade óssea na cavidade medular (aparência mosqueada ou maculosa, sinal digital), perda do padrão trabecular, manchas ou malhas, e reação periosteal. 
Necrose asséptica da cabeça do fêmur
Comum em raças pequenas, entre 4-11 meses de idade e é predominantemente unilateral. Devido a um aumento de pressão não há vascularização na cabeça do fêmur, a qual irá sofrer necrose.
Os sinais clínicos são a claudicação, dor, crepitação, redução no movimento da articulação. 
Os sinais radiográficos são as áreas radiolucentes na cabeça femoral, remodelamento e achatamento da cabeça do fêmur, aumento do espaço articular, arrasamento da cavidade acetabular, colo do fêmur espessado e 
Neoplasias Ósseas
São raras em cães.
As neoplasias benignas serão um achado radiográfico, o animal não tem sinal clínico. Os sítios são bem demarcados, não invadem o osso adjacente por serem bem delimitadas.
As neoplasias malignas são as mais frequentes, sendo o osteossarcoma o mais recorrente. Predominante em raças grandes ou gigantes com idade entre 8-9 anos.
Os sinais radiográficos são o triangulo de Codman, proliferação óssea periosteal, destruição da cortical, zona de transição, não envolve a articulação, diagnóstico diferencial. Sinais radiográficos não são patognomônicos.
Não se dá diagnostico de osteomielite e nem de sarcoma através da radiografia! 
Doenças Ósseas Metabólicas
É caracterizada por alterações na composição da circulação sanguínea, anormalidades nos processos metabólicos ou redução de 50% na relação cálcio e fosforo. Deve suspeitas quando há alterações em vários ossos. 
Mandíbula de borracha/Hiperparatireoidismo Secundário Renal
A insuficiência renal crônica causa uma redução na filtração glomerular que leva a uma retenção de potássio que causa uma hiperfosfatemia em que o organismo entende que deve diminuir a quantidade de cálcio, então a tireoide reconhece que tem pouco cálcio (hiperparatireoidismo), libera paratormônio que estimula a absorção de cálcio dos ossos, o que gera uma diminuição da densidade dos ossos. 
Os sinais radiográficos são a diminuição da densidade de ossos do crânio com dentes flutuantes.........
Osteodistrofia fibrosa/Hiperparatireoidismo secundário nutricional
Acomete animais jovens aço,etado alimentados exclusivamente com carne, fubá, arroz, o que causa um aumento de fosforo e uma diminuição de cálcio, o que vai reabsorver cálcio de todo o esqueleto.
Os sinais clínicos é a claudicação, incapacidade total de se levantar, ossos dolorosos, fratura em galho verde. 
Os sinais radiográficos são a desmineralização generalizada, cortical fina, fises normais, trabeculado ósseo grosseiro e proeminente. 
Osteodistrofia hipertrófica/ Osteopatia metafiseal/ Escorbuto juvenil
Acomete principalmente cães de grande porte entre 2-8 meses machos
O animal possui febre, anorexia, relutância em se locomover
Possui as metáfises aumentadas e doloridas, bilateral
A etiologia é o excesso de suplementação, desequilíbrio de cálcio/potássio, deficiência de vitamina C
Os sinais radiográficos são as metáfises (rádio, ulna e tíbia) são afetadas simétrica e bilateral, perda do trabeculado ósseo, faixas radiolucentes na metáfise, esclerose metafisária (7-10 dias), proliferação óssea periosteal e edema de tecido mole. 
Osteoartropatia hipertrófica pulmonar/Doença de Marie
Acomete cães adultos ou idosos, edema bilateral e simétrico.

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