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CURSO DE PRÁTICA – Prática Penal – Renato Brasileiro - Aula n. 02 CURSO DE PRÁTICA Disciplina: Prática Penal Prof.: Renato Brasileiro Aula n° 02 MATERIAL DE APOIO - PROFESSOR Mévio foi denunciado perante a Justiça Federal pela suposta prática do delito de estelionato em continuidade delitiva, tipificado no art. 171, §3º, c/c art. 71, caput, ambos do Código Penal. Consoante narra a Denúncia, o acusado foi funcionário do Banco “Delta” entre 1998 e 2001, exercendo as funções de gerente da Agência Urbana na cidade de São Paulo. Assim, aproveitando-se da confiança nele depositada, ao longo do período de pagamento das Guias de Recolhimento da Previdência Social dos clientes do Banco, entre maio de 1999 e janeiro de 2001, teria supostamente utilizado máquina autenticadora idêntica à existente no banco para realizar autenticações falsas de Contribuições Previdenciárias, devidas por empresas clientes do Banco, apropriando-se do dinheiro devido ao Instituto Nacional do Seguro Social. O prejuízo causado foi de R$ 1.260.000,00 (um milhão, duzentos e sessenta mil reais). A própria instituição financeira, reconhecendo sua parcela de culpa ao escolher seus funcionários, procedeu ao imediato recolhimento dos valores devidos aos cofres do INSS. A denúncia foi recebida em 16 de março de 2009, sendo o acusado regularmente processado. A sentença condenatória foi publicada em 28 de agosto de 2011, sendo Mévio condenado à pena de 3 (três) anos de reclusão, acrescida de 1 (um) ano por força da causa de aumento de pena do art. 171, §3º, e de mais 01 (um) ano em virtude da continuidade delitiva, tornando-se sua pena definitiva em 5 anos. O Ministério Público Federal não recorreu da decisão condenatória, tendo a Defensoria Pública da União interposto recurso de apelação tempestivamente. Diante da situação hipotética apresentada, e na condição de Defensor Público, apresente as respectivas razões.
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