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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ANÁLISES CITOPATOLÓGICAS E ANATOMIA PATOLÓGICA NEOPLASIAS NEOPLASIAS O termo neoplasia significa “novo crescimento”, sendo representativo de um processo proliferativo morfologicamente atípico e desordenado de células. As neoplasias podem ser classificadas em benignas ou malignas, de acordo com distintas características patológicas que assumem nos tecidos. Na literatura, assim como na prática clínica, o termo tumor pode ser utilizado com a mesma classificação em benigno e maligno. No entanto, torna-se relevante ressaltar que tumor significa edema, estando relacionado ao processo inflamatório desenvolvido nos tecidos lesados, e não à proliferação celular característica das neoplasias. Outro termo utilizado é câncer, que pode se referir a carcinomas, quando as neoplasias malignas são iniciadas em tecidos epiteliais, ou sarcomas, quando a origem ocorre em tecidos conjuntivos (Kumar et al., 2016). O desenvolvimento de uma neoplasia ocorre devido a mutações em genes que são chave dentro do processo de controle da sobrevivência celular. Os agentes responsáveis por essas alterações ou lesões genéticas são denominados de carcinogênicos, sendo classificados em três categorias: químicos (tabaco, poluição), físicos (raios X, raios UV) ou biológicos (papiloma vírus humano, vírus da hepatite B e C). Outros fatores devem ser considerados no processo de carcinogênese, tais como idade mais avançada, predisposição genética, aspectos ambientais e culturais, riscos ocupacionais, nutrição e comportamento (Brasileiro Filho, 2018). As bases moleculares da neoplasia demonstram que as mutações devem ocorrer predominantemente em genes reguladores do ciclo celular, genes de reparo de DNA, genes reguladores da apoptose e proto-oncogenes. Alterações nesses genes promovem proliferação e crescimento celular intenso, desregulação do ciclo celular, perda da capacidade de realizar apoptose e independência quanto a estímulos fisiológicos de crescimento (Kumar et al., 2018). mailto:contato@algetec.com.br 2 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ANÁLISES CITOPATOLÓGICAS E ANATOMIA PATOLÓGICA NEOPLASIAS As neoplasias benignas apresentam parênquima com baixo número de células neoplásicas e estroma formado por tecido conjuntivo consistente capaz de formar uma capa fibrosa espessa, que promove o encapsulamento das células neoplásicas. Morfologicamente, essas células apresentam-se diferenciadas e, portanto, com a arquitetura celular muito semelhante à do tecido normal. Esses achados devem ser devidamente diagnosticados e acompanhados, pois, dependendo do tamanho e da localização anatômica, podem causar importantes alterações funcionais. Como exemplos de neoplasias benignas temos adenoma mamário, leiomioma de útero, adenoma hepático (Kumar et al., 2016). Em contraste, neoplasias malignas apresentam parênquima com elevado número de células neoplásicas de crescimento progressivo e errático. Essas células demonstram intenso pleomorfismo (formas variadas) e são atípicas, indiferenciadas, com irregularidades nucleares e citoplasmáticas (hipercromasia e multinucleação). O estroma é formado por vasos sanguíneos, cuja angiogênese é induzida por fatores de crescimento vascular produzidos pelas próprias células malignas. A vascularização permite intensa expansão clonal, que direcionará a invasão de outros tecidos, assim como as vias sanguíneas e linfáticas, levando ao desenvolvimento de metástases. A área neoplásica, normalmente, irá apresentar importante infiltrado de leucócitos, que estarão no local desenvolvendo um processo inflamatório. São exemplos de neoplasias malignas carcinoma esofágico, carcinoma renal e adenocarcinoma mamário (Kumar et al., 2018). O diagnóstico laboratorial é essencial para a identificação dos subtipos histológicos de neoplasia, mas também para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos. Assim, a abordagem diagnóstica por meio da microscopia óptica permite obter amostras de tecido adequadas, processá-las em um laboratório de patologia, classificá-las em subtipos histológicos e preservar materiais para testes moleculares (Capitanio; Montorsi, 2016). Com base nesses conceitos, pode-se seguir a realização da aula prática de visualização, em microscópio óptico, de lâminas histológicas de neoplasia maligna renal e carcinoma esofágico. Devem ser observadas alterações compatíveis com neoplasia maligna, como morfologia variável (pleomorfismo), número aumentado (clones neoplásicos) e núcleos atípicos e com hipercoloração (hipercromasia). Observando-se mailto:contato@algetec.com.br 3 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ANÁLISES CITOPATOLÓGICAS E ANATOMIA PATOLÓGICA NEOPLASIAS as lâminas em maior aumento microscópico, será possível visualizar infiltrado leucocitário e metástase. mailto:contato@algetec.com.br 4 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ANÁLISES CITOPATOLÓGICAS E ANATOMIA PATOLÓGICA NEOPLASIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo Patologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. CAPITANIO, U.; MONTORSI, F. Renal Cancer. The Lancet, v. 387, n. 10.021, p. 894-906, 2016. KUMAR, V.; ABBAS, A.; ASTER, J. Robbins e Cotran Patologia: bases patológicas das doenças. 9. ed. Elsevier, 2016. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. Robbins Patologia básica. 10. ed. Elsevier, 2018. mailto:contato@algetec.com.br
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