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FONTES DO DIREITO ECONÓMICO
1. Noção Entende-se por Fontes de Direito os modos de revelação das normas jurídicas, os órgãos políticos encarregados de as formular e definir, assim como os diplomas em elas se encontram.
Nos termos do nº 1, do artigo 1º do Código Civil, a Lei e as normas corporativas são fontesimediatas e primárias de formação e criação de normas jurídicas diferentes categorias morais, culturais, económicas ou profissionais no domínio das suas atribuições, bem como os respectivos Estatutos e Regulamentos Internos
 Complexidade e Diversificação
 Falar das fontes de Direito Económico, isto é, das formas de revelação das normas jus-económicas é uma questão delicada. É que, cada vez mais, se questiona o tradicional monopóliodos poderes públicos na produção de normas jurídicas, ou seja, põe-se em causa o monopólio do Estado na criação de normas jurídico- económicas. É verdade no entantos que grande parte do Direito Económico, assenta em normas com origem nas autoridades públivcs, mas também é verdade que não se esgota nelas. Há normas desenvolvidas cada vez mais de forma negociada entre poderes públicos e privados – um direitode concertação económica – oau mesmo provenientes de entidades ou instituições privadas, desprovidas do clássico poder de supremacia (jus imperii), e que tem por objectivo a regulação de práticas económicas, negociais e profissionais, com particular relevância para os Códigos de conduta. 
A ordem jus-económica é assim eminentemente plural, sendo diversificado o elenco das suas fontes. Ao l ado das tradicionais fontes formais de direito, é necessário considerar outras (“por vezes designadas fontes materi ais”), quer de natureza mista, quer de natureza privada
 Tipos de Fontes 
Constituem fontes de Direito Económico: a Constituição, Tratados e Acordos Internacionais, Lei, Decretos e Regulamentos do Governo e do poder local ( Municípios) e outras instituições públicas.
Quanto à sua classificação, as fontes podem ser ordenadas em: a) Fontes Internas; b) Fontes Internacionais e c) Fontes de Origem Mista ou Privada (novas fontes do Direito Económico). 
Fontes Internas 
A primeira fonte do direito é, por excelência, a Constituição da República pois é ela que contém um conjunto de preceitos basilares que se referem directamengte à economia e que constitui a essência da Constituição Económica.
As Leis Ordinárias da Assembleia da República, os Decretos-Leis (do Conselho de Ministros), as Resoluções da Assembleia da República com relevância económica.
Os Regulamentos do Governo, sob a forma de Decretos, Resoluções, Diplomas Ministeriais e Despachos Normativos que, directa ou indirectamente, regem determinados aspectos da ordem económica são fontes imdeiatas do direito económico.
Outros regulamentos de Municípios e outras instituições públicas (por exemplo, Avisos do Banco de Moçambique que são obrigatórios para o sistema financeiro) no âmbito da actividade económica.
Em matéria de legislação, a especificidade do Direito Económico está no papel peculiar das leis-directriz (como a Lei do Plano) e das leis- medida que se aplicam a um círculo restrito de pessoas ou a um número limitado de casos.
 
Fontes internacionais
As fontes internacionais do Direito Económico dizem respeito aos factos normativos como rigem na ordem jurídica internacional, de cariz universal, continental ou regional (como por exemplo, os casos de FMI, Banco Mundial, SADC, etc), que têm vigência no ordenamento jurídicointerno, encontrando-se nessa situação todas as convenções com incidência económica às quais Moçambique se vincule. 
O caso específico da SADC – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, foi formalmente constituída em Lusaka – Zâmbia, em Abril de 1980. Como objectivos principais que presidiram a criação da SADC podem apontar- se a promoção da implementação de políticas, programas e projectos nacionais, internacionais e regionais, com vista a integração económica.
Moçambique rat ificou o Tratado e Protocolos de criação da SADC através da Resolução 3/93da Assembleia da República. 
Resumindo, as fontes internacionais são: 
Convenções Internacionais;
Acordos Internacionais;
Contratos Internacionais;
 E outros instrumentos legais de que o país é parte.
Fontes de Origem Mista ou Privada (novas fontes do DireitoEconómico).
Para além da regulação de índole pública, é de realçar a existência de uma regulação de natureza mista ou privada, em regra com carácter suplectivo ou complementar àquela.
1) Fontes de natureza Mista: tem a ver com as decisões, acordos ou pareceres emanados dos organismos de concertação económica e social. Refira-se ainda a importância doscontratos-programa e de outras formas de contratação económica entre entes públicos eprivados (por exemplo, ver o Decreto nº 7/94, de 9 de M aco – Comissão Consultiva doTrabalho).
2) Fontes de natureza Privada: tem a ver com a regulamentação das actividades económicas pelas Associações Profissionais, nomeadamenge através de decisões internas ou de Códigos de Conduta, os usos da actividade económica de carácter interno ou internacional, designadamente as práticas negociais que se traduzem em contratos-tipo ou contratos de adesão, sucessivamente reutilizados em determinados ramos de actividade económica(como nos seguros ou nos sectores da energia e das telecomunicações), as decisões vinculativas dos grupos da sociedade, etc. Podemos encontrar um poder regulamentar exercido por organismos económicos privados, quando consentida por lei ou outro diploma regulamentar, sendo ou não homologado por organismo público.
Hierarquia das Fontes 
As fontes normativas, no Direito Moçambicano podem ser ordenadas de acordo com a seguinte hierarquia: 
1º) Constituição da República 
O nº 4, do art igo 2 da Constituição da República de M oçambique de 2004 estabeleceque “as normas Constitucionais prevalecem sobre todas as restantes normas doordenamento jurídico”.
É na Constituição onde se encontra o conjunto de preceitos basilares atinentes àeconomia. É o que constitui a essência da Constituição Económica, que se refereaos princípios, normas ou institutos jurídicos constituintes da ordem económica.Na actual Constituição da República de Moçambique, aprovada em 16 deNovembro de 2004, o regime jurídico fundamental da ordenação da actividadeeconómica encontra-se, no essencial, consagrado no Título IV – dedicado aOrganização Económica, Social, Financeira e Fiscal, em especial nos artigos 96 a111.
Todavia, existem muitos outros preceitos que contém normas que não regulamdirectamente a actividade económica mas cujo conteúdo tem uma aplicação indirectaou mediata no que diz respeito àconfor mação da actuação dos vários agenteseconómicos no ordenamento jurídico moçambicano, como acontece, por exemplo,quanto ao reconhecimento e garantia do “Direito de Propriedade Privada” e suaprotecção (artigos 82 e 83 da CRM), o “Princípio da Igualdade” (artigos 35 e 36 daCRM), “Liberdade de Associação” (artigo 52 da CRM), e ainda a “Garantia dos Direitose Liberdades Fundamentais” (artigos 56 a 72 da CRM).
2º) Convenções Internacionais
 (Tratados e Acordos no âmbito da actividade económica, quer sejam de natureza bilateral, multilateral ou provenientes de organizações internacionais como o FMI, Banco Mundial, etc).
Segundo o nº 2, do artigo 18 da Constituição da República de Moçambique de 2004,“as normas de direito internacional têm na ordem jurídica interna o mesmo valor que assumem os actos normativos infraconstitucionais emanados da Assembleia da República e do Governo”).
Os tratados normativos têm um valor hierárquico inferior à Constituição e superior às Leis e Decretos-Leis.
3º) Leis e Resoluções da Assembleia da República 
A Lei da Assembleia da República é uma das mais importantes fontes do Direito em
geral, e do Direito Económico em especial, pois em última instância, ela representa a
vontade do povo manifesta através deste órgão.
De acordo com o nº 1 do ar tigo 169 da CRM de 204, “ a Assembleia da República é o
mais alto órgão legislativo na República de Moçambique”, daí que grande parte das
normas jurídicas que regulam a ordenação da actividade económica resultem da
aplicação das leis emanadas da Assembleia da República.
No que diz respeito ao Direito Económico, o poder legislativo da Assembleia da
República encontra-se claramente definido no nº 2, do artigo 169 da CRM de 2004, que
indica que “a Assembleia da República det ermina as normas que regem o
funcionamento do Estado e a vida económica social através de Leis e deliberações de
carácter genérico”
É assim que, em matéria económica a Assembleia da República tem competência para:
legislar sobre as questões básicas da política interna e externa do país (nº 1 do artigo
179 da CRM), deliberar sobre as grandes opções do Plano Económico e Social e do
Orçamento do Estado e os respectivos relatórios de execução (alínea l) do nº 2 do artigo
179 da CRM). 
Através destas disposições observa-se que irá caber à Lei da Assembleia da República,
dotada de um elevado grau de generalidade e abstracção, estabelecer o regime jurídico
básico, isto é definir os aspectos essenciais do enquadramento jurídico da actividade 
Económica, cabendo por sua vez a outros actos normativos ( como por exemplo, o Decreto do Conselho de Ministros, Aviso do Banco de Moçambique, etc), proceder à sua regulamentação, isto é, definir os aspectos específicos necessários à sua execução.
4º) Decretos-Leis, Decretos e Resoluções do Conselho de Ministros
Além das Leis da Assembleia da República, são actos normativos os Decretos e as Resoluções do Conselho de Ministros (artigos 143 e 210 da CRM de 2004 e artigo 157da CRM de 1990).
Em matéria económica o Conselho de Ministros t em competência para emitir normas que visem: 
promover o desenvolvimento económico (artigo 203, nº 1 da CRM), 
preparar o Plano Económico e Social (alínea e) do nº 1 do artigo 204 da CRM),
promover e regulamentar a actividade económica e dos sectores sociais (alíneaf) do nº 1 do artigo 204 da CRM),
 estimular e apoiar o exercício da actividade empresarial e da iniciativa privada eproteger os interesses do consumidor e do público em geral (alínea e) do nº 2do artigo 204 da CRM), 
promover o desenvolvimento cooperativo e apoiar à produção familiar ( alínea e) do n°2 do artigo 204 da CRM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Passeidireito.com

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