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Financiamento público da educação básica no Brasil

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
DISCIPLINA: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
ALUNO(A): ANA PAULA RIOS MORAIS 
 
ATIVIDADE 1 
RESUMO: FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
1º ponto - Sobre a questão do financiamento público da educação pública, fica 
claro a sua absoluta necessidade. Foi associado sobre isso uma outra questão brasileira, 
que é extremamente grave: a concentração de renda. Então, a ligação dessas duas 
questões foi associada pelo seguinte fato: a concentração de renda faz com que um 
grande contingente de pessoas não tenha recursos para frequentar a escola e nesse caso 
não é só o recurso pelo pagamento da mensalidade, também é o transporte para ir à 
escola, o material didático, uniformes, um ambiente que seja ideal para os estudos, 
entre outros. A escola pública é precária na forma que ela está hoje no país. 
 
Citando tal dado comparativamente, vamos seguir como exemplo uma escola 
pública, praticamente há uma inexistência de instrumento de gratuidade, arquivos, 
instrumentos com a centralidade que esteja ativa. Não tem mais nenhum outro 
mecanismo que realmente compense o custo por estudar, como não existe esse 
mecanismo da concentração de renda, os alunos deixam de ir à escola, sem falar da 
evasão escolar altíssima no Brasil. 
 
Na década de 90 a sociedade brasileira fez uma proposta de Plano Nacional da 
Educação do qual o mesmo participou de forma bem ativa, houve a participação entre 
muitas outras entidades, no Fórum Nacional em defesa da educação pública. E fazendo 
referência aos 10% do PIB para a educação pública, a ideia na época era que as pessoas 
fizessem a conta, mas outras pessoas estavam lá presentes e a ideia basicamente era 
seguir um plano decenal, o Brasil estava em uma certa situação educacional bastante 
ruim frente e inclusive aos outros países da América do Sul, é ainda estamos. 
 
No analfabetismo adulto, somos o penúltimo na América do Sul, apenas menos 
ruim do que a Guiana que tem uma taxa de analfabetismo maior que a brasileira. 
Referente aos outros países, estamos abaixo. Então, a ideia era a seguinte, foi feito um 
panorama da educação no Brasil naquela época, final da década de 90 e o que 
precisaríamos fazer para chegar dez anos depois na posição que os países mais 
avançados aqui da América do Sul estavam na época, o país continuaria bem atrás e 
assim iriam aumentar seus indicadores educacionais, mas a gente diminuiria a distância, 
a diferença. 
O Brasil ficando em um dos últimos lugares da América do Sul ao que diz respeito 
à educação em geral. O ponto central aqui talvez seja o seguinte, nenhum país do mundo 
conseguiu superar o seu atraso educacional sem investir um determinado percentual do 
PIB por alguns anos no sistema educacional. Ou seja, não existe mágica que faça 
melhorar. Isso afeta pessoas, não forma professores, não forma técnicos no ensino 
superior, não forma historiadores, geólogos, engenheiros ou qualquer outro profissional 
sem um investimento adequado. E nenhum país do mundo conseguiu isso, por que 
alguém poderia imaginar que o Brasil iria conseguir? Fica claro que não iria e nem irá, 
enquanto a gente estiver nessa situação, o subfinanciamento do ensino público em geral 
e o setor privado não dará conta disso como não deu em nenhum lugar do mundo. Há 
umas exceções raríssimas, merecendo um estudo particular específico como exemplo o 
Principado de Mônaco. 
 
2º ponto – Foi discutido um outro ponto mais central, como é a educação pública 
nos países. Na prática ela é maior em alguns países, exclusivamente pública e 
majoritariamente em outros países ela é exclusivamente gratuita. Então, esse é um 
ponto que foi mostrado como estamos fora da realidade mundial. 
 
No ensino superior o Brasil está entre os países com maior percentual de 
estudantes matriculados em instituições privadas. São raros os países que têm uma taxa 
de privatização maior que a brasileira. Em nosso país 75% das matrículas de ensino 
superior em instituições privadas e nos EUA é exatamente o inverso. 
 
Nos países europeus a proporção é ainda maior do que essa, e muitos deles no 
ensino privado é aquele que não interessa para a sociedade como um todo, como 
exemplo um curso superior de marketing, Teologia, administração, esses cursos muito 
específicos são de interesse apenas a um subgrupo pequeno da população e eles não 
estão em instituições públicas em muitos países e existe também um auxílio mensal para 
estudantes, independentemente da sua situação econômica financeira familiar. 
 
3º ponto - Levantado na discussão de que o sistema público ele é muito mais 
eficiente do que o ensino privado em todos os sentidos, inclusive no sentido de custo-
benefício. A mesma educação oferecida pelo sistema público custa menos do que pelo 
sistema privado. 
 
Então, se compararmos a Universidade de São Paulo quando comparados com 
cursos de universidades privadas de igual qualidade (sendo também comparadas ao do 
mesmo curso). Cursos público são muito mais baratos, custa muito menos em relação 
ao orçamento gasto para o ensino de graduação e pós-graduação. Fica entendido que 
ensino público são públicas de ensino como pública estatal, mas apesar disso foi 
levantado esses pontos em geral sobre a questão do porquê precisamos de recursos 
como os 10% que foram calculados do PIB e como funciona no restante do mundo. 
 
E assim foi discutido de forma esclarecedora, sobretudo esse tema que gasta 
muito com a educação pública sendo comparada com países com viés fortemente 
neoliberais, foi apontado de forma sucinta e clara nesse resumo.