Buscar

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃOE-book da unidade 3 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS 
FILOSÓFICOS E 
HISTÓRICOS DA 
EDUCAÇÃO
Admilson G. de Almeida
EAD
Editora Universitária Adventista
Presidente da Divisão Sul-Americana: Stanley Arco
Diretor do Departamento de Educação para a Divisão Sul-Americana: Antônio Marcos da Silva Alves
Presidente do Instituto Adventista de Ensino (IAE), mantenedora do Unasp: Maurício Lima
Reitor: Martin Kuhn 
Vice-reitor para a Educação Básica e Diretor do Campus Hortolândia: Henrique Karru Romaneli
Vice-reitor para a Educação Superior e Diretor do Campus São Paulo: Afonso Ligório Cardoso
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes 
Pró-reitor de graduação: Edilei Rodrigues de Lames
Pró-reitor de pós-graduação lato sensu e Pró-reitor da educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual e comunitário: Wendel Tomas Lima
Pró-reitor de Desenvolvimento Estudantil e Diretor do Campus Engenheiro Coelho: Carlos Alberto Ferri
Pró-reitor de Gestão Integrada: Claudio Valdir Knoener 
Conselho editorial e artístico: Dr. Adolfo Suárez; Dr. Afonso Cardoso; Dr. Allan Novaes; 
Me. Diogo Cavalcanti; Dr. Douglas Menslin; Pr. Eber Liesse; Me. Edilson Valiante;
Dr. Fabiano Leichsenring, Dr. Fabio Alfieri; Pr. Gilberto Damasceno; Dra. Gildene Silva;
Pr. Henrique Gonçalves; Pr. José Prudêncio Júnior; Pr. Luis Strumiello; Dr. Martin Kuhn; 
Dr. Reinaldo Siqueira; Dr. Rodrigo Follis; Me. Telson Vargas
Editor-chefe: Allan Macedo de Novaes
Supervisora Administrativa: Rhayane Storch
Responsável editorial pelo EaD: Jéssica Lisboa Pereira
FUNDAMENTOS 
FILOSÓFICOS E 
HISTÓRICOS DA 
EDUCAÇÃO
1ª Edição, 2023
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Admilson Gonçalves de Almeida
Doutor em Educação ( área de História 
e Filosofia da Educação) pela 
Universidade Metodista de Piracicaba
Marques, Pâmela Caroline Costa
Ferramentas de produtividade e gestão do tempo [livro eletrônico] / Pâmela Caroline Costa 
Marques. -- 1. ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2022.
PDF
Bibliografia.
ISBN 978-65-5405-041-8
1. Administração 2. Gestão de negócios
3. Produtividade 4. Tempo - Administração I. Título.
22-134421 CDD-650.1
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Tempo : Produtividade : Administração 650.1
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Fundamentos Filosóficos e Históricos da Educação
1ª edição – 2023
e-book (pdf)
OP 00123
Coordenação editorial: Amanda Ferelli
Preparação: Adriane Rodrigues
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Kenny Zukowski
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Francisco Luiz Gomes de Carvalho 
Doutorado em Educação: História e historiografia da Educação - (USP)
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da 
editora, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
FILOSOFIA: CONCEITO, 
IMPLICAÇÃO E APLICAÇÃO ..............................10
Introdução ...........................................................................11
A era dos mitos ....................................................................11
Filosofia: a origem ................................................................14
Grécia: Sócrates, o modelo de 
pedagogo; Platão e Aristóteles .............................................16
Filosofia patrística 
(do século 1 ao 7 D.C.) ..........................................................22
Escolástica ............................................................................23
Considerações finais .............................................................26
Referências ..........................................................................27
HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO ......................28
Introdução ...........................................................................29
Idade antiga e a história da educação romana .....................29
Esparta ........................................................................29
Atenas ..........................................................................30
Idade média .........................................................................32
As reformas religiosas ...................................................34
Idade moderna: racionalismo, 
empirismo, criticismo ...........................................................35
Racionalismo ................................................................36
Empirismo ....................................................................36
Criticismo .....................................................................36
Idade contemporânea: pragmatismo ..................................37
Outros atores: autores contemporâneos ...............................38
Immanuel Kant (1724 - 1804) ......................................38
Augusto Comte (1798 – 1857) .....................................39
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) .........................39
Karl Marx (1818 – 1883) ..............................................40
Michel Foucault (1926 – 1984) ....................................40
Paulo Freire (1921 – 1997) ...........................................40
Considerações finais .............................................................41
Referências ..........................................................................41
EDUCAÇÃO E SISTEMA 
POLÍTICO NO BRASIL ......................................43
Introdução ...........................................................................44
O início de tudo: a educação jesuíta 
no Brasil colônia ..................................................................45
Método pedagógico .....................................................47
Expoentes do período Brasil colônia .............................49
Educação no Brasil império ..................................................49
Educação no Brasil república ................................................51
A primeira república (1889-1930) ................................52
A segunda república (1930 – 1937) .............................53
O Estado Novo (1937-1945) ..........................................55
A quarta república (1945-1964) ...................................56
Reformas educacionais: Benjamin Constant .........................56
A reforma educacional proposta 
por Benjamim Constant ................................................57
A reforma Rivadávia Corrêa (1911) ...............................58
Reforma de 1915 ..........................................................58
Reforma de 1925 ..........................................................58
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Educação superior no Brasil e 
a formação dos brasileiros ...................................................59
Considerações finais .............................................................60
Referências ..........................................................................61
A PRÁTICA ESCOLAR E AS PRINCIPAIS 
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS ............................62
Introdução ...........................................................................63
pedagogia liberal: tendência liberal tradicional ...................63
Principais características...............................................65
Pedagogia liberal: renovada progressiva ..............................66
Pedagogia liberal: tendência liberal 
renovada não diretiva e liberal tecnicista .............................67
Tendência liberalrenovada não diretiva .......................67
Pedagogia liberal tecnicista ..........................................68
Pedagogia progressista: tendência progressista 
libertadora e progressista libertária .....................................70
Tendência progressista libertadora ..............................70
Tendência progressista libertária ..................................72
Pedagogia progressista: tendência progressista 
crítico-social dos conteúdos .................................................73
Escola Nova ..........................................................................74
Considerações finais .............................................................78
Referências ..........................................................................79
EDUCAÇÃO E PROPÓSITO: HISTÓRIA 
E FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ ..................80
Introdução ...........................................................................81
Cosmovisão bíblica e a educação hebraica ...........................81
Educação e redenção ............................................................86
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Filosofia cristã de educação ..................................................87
Valores: ética e moral ...........................................................90
A pedagogia do mestre dos mestres.....................................93
Considerações finais .............................................................97
Referências ..........................................................................97
EMENTA
Estudo da constituição do pensamento 
pedagógico da antiguidade à 
contemporaneidade, com destaque na 
Educação Brasileira, considerando os 
diferentes elementos étnico-raciais. 
Fundamentos históricos e filosóficos que 
subsidiam as concepções educacionais. 
Constituição da escola e correntes 
pedagógicas no Brasil. O sujeito do processo 
educacional: os métodos e concepções de 
ensino e aprendizagem.
UNIDADE 3
EDUCAÇÃO E SISTEMA 
POLÍTICO NO BRASIL 
- Demonstrar compreensão a respeito do fenômeno da educação como saber 
indispensável à prática docente;
- Produzir diferentes perspectivas filosóficas dos problemas concretos relativos à 
educação e a sociedade.OB
JE
TI
VO
S
44
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo (a) ao estudo de hoje! 
Nosso objetivo dessa vez será analisar de forma resumida a história do Brasil. Traremos ênfase aos 
relatos históricos e aos documentos, bem como ao processo político no qual está envolvido – de forma 
direta ou indireta – o contexto educacional. 
Inicialmente, sintetizaremos de forma breve a história do Brasil colonial, especialmente a partir da 
chegada dos jesuítas, levando em conta a maneira que conviveram com os nativos que aqui estavam, fri-
sando o objetivo dos padres de educá-los e catequizá-los. É válido lembrar que, embora o primeiro contato 
dos portugueses com as terras brasileiras tenha ocorrido em 1500 com a chegada de Cabral, foi somente 
em 1549 que os jesuítas chegaram, sob a direção do padre Manuel da Nóbrega da companhia de Jesus. 
Essa companhia foi responsável pela instrução e catequização até o ano de 1759, quando foram expulsos 
pelo marquês de Pombal, o primeiro-ministro de Portugal.
Abordaremos posteriormente o processo de formação educacional do Brasil no período imperial 
(1822 – 1889), visando conhecer as principais características do desenvolvimento educacional nesse perío-
do, tal como a interrelação entre os aspectos políticos, econômicos e sociais. Esse período teve seu início 
com D. Pedro I (1822-1831), atravessando um período regencial (1831 – 1840) e se finalizando nas décadas 
do segundo reinado, com D. Pedro II (1840-1889). 
Compreenderemos também o regime político republicano brasileiro como última etapa da análise 
histórica do estudo de hoje, observando a fundamentação filosófica voltada para o processo educacional. 
Cobriremos a educação na Primeira República (1889 – 1930), as reformas do governo Vargas especifica-
mente no Estado Novo (1937 -1945) e o período dos governos populistas (1945 – 1964).
Retornaremos após essa ênfase histórica para o fim do século XIX, buscando compreender especi-
ficamente a reforma denominada de Benjamim Constant. Na primeira república, além da reforma citada 
acima, temos ainda a reforma Epitácio Pessoa (1901), a reforma Rivadávia (1911), a Reforma Maximiliano 
(1915) e a Reforma Rocha Vaz (1925). As analisaremos brevemente, também!
Por último, retornaremos ainda mais no tempo para o período imperial, buscando compreender a 
história da educação superior no Brasil com os surgimentos das primeiras universidades nacionais, visando 
compreender seus propósitos e a relevância que tiveram na formação da população Brasileira. Já em 1808, 
com a chegada da família real, houve a fundação dos primeiros cursos superiores. Além do ensino público, 
buscaremos compreender também o crescimento do setor privado de educação superior principalmente 
a partir de 1990.
Diante do exposto, esperamos que ao final deste estudo você entenda:
• O processo histórico educacional ocorrido no Brasil a partir do século XVI, com a chegada dos 
jesuítas;
• O contexto que estão envolvidos os aspectos educacionais e políticos no Brasil no período do 
império;
• O período republicano e seu legado para a área da educação brasileira;
45
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
• As diferentes reformas educacionais que ocorreram no Brasil 
em diferentes épocas e sua relevância para o desenvolvimen-
to da educação brasileira;
• O contexto sociopolítico e econômico dos surgimentos das 
universidades no Brasil.
Bom estudo!
O INÍCIO DE TUDO: A EDUCAÇÃO JESUÍTA 
NO BRASIL COLÔNIA 
O ano que marca a chegada dos portugueses ao Brasil é 1500; histo-
riadores afirmam que o objetivo primário na chegada dos europeus em ter-
ras brasileiras era puramente econômico, priorizando encontrar produtos 
valiosos para o enriquecimento e o fortalecimento da coroa portuguesa. 
Claramente, a princípio essa prioridade não foi tão significativa, pois Portu-
gal mantinha fortes relações econômicas e comerciais com o oriente.
Somente na metade do século XVI é que a exploração massiva foi 
organizada nas terras recém “descobertas”. Curiosamente, em 1549, com 
a chegada do padre Manuel da Nóbrega, o processo de educação no pe-
ríodo colonial passou a também ganhar evidência. O padre Nóbrega era 
integrante da Companhia de Jesus, companhia esta que teve seu início na 
Europa, tendo como principal objetivo combater o crescimento do movi-
mento protestante, como você deve se lembrar.
Inácio de Loyola - o fundador da Companhia de Jesus - e os demais 
membros do grupo ficaram conhecidos no mundo todo como soldados 
de Cristo, chamados também de jesuítas. O fundador, no processo de or-
ganização da companhia, trouxe como motivação a sua formação militar, 
impondo uma disciplina rígida nos mesmos padrões com o objetivo de 
apresentar a catequese católica romana, fortalecendo o processo de pro-
pagação da fé e de combate aos gentios. Com essa missão bem definida, 
os jesuítas se espalharam ao redor do mundo, alcançando lugares além 
da Europa, como Ásia, África e Américas.
Assim que se estabeleciam em uma determinada localidade, os pa-
dres buscavam construir espaços para reuniões religiosas, que depois se 
tornariam igrejas, colégios, ou escolas infantis, funcionando em geral no 
mesmo espaço. A presença jesuítica no Brasil deve ser analisada, primei-
ramente, “como estabelecimento de uma espiritualidade reformada, em 
segundo lugar, como fortalecimento da cultura portuguesa e, em terceiro 
lugar, como catequese dos índios” (ALMEIDA, 2016, p.22).
A chegada da ordem religiosa jesuítica era carregada de preocu-
pação com os nativos locais, portanto trabalhavam com o propósito de 
converter os habitantes que aqui se encontravam, acreditando que esta-
GENTIOSconsiderava-se “gentios” todos que não 
professavam a fé católica.
Inácio de Layola. 
Fonte: Wikimedia Commons
46
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
vam vivendo em pecado e esse mal os levaria à morte eterna. A principal ação educativa era a catequese, 
ensinando às crianças todo o processo para se tornarem cristãos batizados.
Para que o processo de catequização/educação fosse de fato eficaz, os jesuítas perceberam que po-
deriam utilizar um método chamado “confinamento”, ou seja, a prática do aldeamento dos índios, garantin-
do que o processo de formação, evangelização e educação se configurasse duradouro. 
A organização, de maneira geral, tinha o objetivo de expandir a religião católica para as novas terras 
que estavam sendo descobertas no século 16, principalmente pelos portugueses e espanhóis, evangeli-
zando os índios e introduzindo hábitos e costumes europeus nos locais achados, desenvolvendo a educa-
ção formal por meio de sua ação pedagógica. 
A partir de uma missão pedagógica, no regimento de 17 de dezembro de 1548, encontramos seis 
soldados de Cristo que chegaram ao Brasil trazendo consigo plantas, animais e medicamentos, carregando 
também livros com o propósito de ensinar aos gentios. Essa informação é relevante, pois, embora o obje-
tivo primário dos jesuítas fosse evangelístico, a missão pedagógica e educacional também terminou por 
ser fundamental nessa convivência. Mesmo sabendo que as atividades educacionais não eram o propósito 
inicial da Companhia, a educação terminou sendo um meio de aproximação eficaz que garantiu, de certa 
forma, o sucesso da evangelização.
É extremamente válido lembrar que a convivência entre padres jesuítas e indígenas nem sempre se 
deu de forma pacífica, visto que os índios não se renderam em diversas ocasiões aos métodos utilizados, 
resistindo nas práticas culturais existentes há séculos, o que envolvia a maneira que transmitiam o conhe-
cimento adquirido para seus filhos. Por essa razão, houve a utilização de força física contra os nativos. 
Mesmo diante desse desenho, o padre Nóbrega ressaltou em suas cartas o sucesso da educação, ao afirmar 
que as crianças a cada dia estavam aprendendo a leitura e a escrita nas escolas.
Dessa maneira, os padres deram continuidade em sua missão, ensinando as orações e doutrinando 
na fé os nativos, tendo como grande objetivo levá-los ao batismo para que, nesse processo, pudessem viver 
como os europeus no modo de se vestir e de se comportar. Um ano após a chegada da primeira missão, 
deu-se a chegada da segunda missão jesuítica, trazendo os padres Afonso Braz, Manoel de Paiva, Francisco 
Pires e Salvador Rodrigues. Mais importante que esses, provavelmente, foi aquele que é considerado o 
grande expoente desse processo de educação dos nativos brasileiros no século XVI: o padre José de An-
chieta, que chegou no Brasil por volta de 1553, encontrando um campo fértil para seu trabalho missionário 
de transformar as crianças indígenas brasileira em pequenos portugueses católicos. 
Além de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo padre Nóbrega, Anchieta ainda recebeu a in-
cumbência de construir outros colégios, de preferência mais adentro da selva. Mais tarde, portanto, o co-
légio São Paulo foi fundado no planalto de Piratininga e, assim, progressivamente, a Companhia de Jesus 
cresceu e se desenvolveu no Brasil, sempre com o objetivo de evangelizar e difundir os bons costumes 
entre nativos e colonos, mesmo que isso custasse a própria vida dos missionários.
A Companhia de Jesus alcançou seus principais objetivos não somente no Brasil, mas em outras 
áreas e continentes! Em outras palavras, o trabalho dos jesuítas estava presente no mundo inteiro através 
da mesma metodologia, tendo como objetivos principais a divulgação da fé católica e o combate ao cres-
cimento do protestantismo.
O ensino e a educação foram os caminhos para as transformações, principalmente no que dizia res-
peito às mudanças morais. Processos como esses, mesmo os por meio da educação, sempre foram projetos 
a longo prazo. Sabendo disso, os jesuítas não descartaram ensinar e educar os adultos, mas focaram de 
47
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
forma mais contundente nas crianças para a execução de seus objetivos. Assim, acreditavam obter maior 
êxito, fixando um local onde direcionassem os mais jovens a fim de que recebessem as devidas instruções.
As crianças agora aprendiam a ler, escrever e, acima de tudo, a praticar os “bons costumes”, segun-
do a filosofia cristã. Os padres ofereciam a elas atenção especial, pois essas crianças poderiam ser fortes 
agentes de influência positiva junto aos seus pais. Além disso, havia uma lógica de que os mais jovens, bem 
doutrinados, poderiam desenvolver outras virtudes, substituindo desse modo as antigas práticas de seus 
antepassados. Foi nisso que se centrou parte expressiva da tarefa da Companhia de Jesus no Brasil. 
Os nativos pagãos não tinham condições de mensurar ou avaliar os objetivos das ações dos jesuítas 
para com eles, não desconfiando dos planos por completo dos europeus de levar a salvação conforme 
entendiam aos perdidos e não batizados. Como evidenciamos na afirmação de Paiva (1982, p. 52), “Evi-
dentemente não tinham capacidade de raciocínio crítico para perceber o uso indevido da catequese pelos 
portugueses”. 
Os padres jesuítas acreditavam na transformação dos comportamentos dos índios através da cate-
quese. Para os jesuítas, a catequese era a salvação da alma e a passagem para essa transformação se dava 
pelas práxis da religiosidade, recurso utilizado pela ordem de Loyola para transformar uma sociedade tribal 
em uma sociedade organizada pela disciplina e pelo trabalho. O importante era a salvação das almas, o que 
fica evidenciado na seguinte citação: “Os jesuítas correm as aldeias, anunciam a mensagem da salvação” 
(PAIVA, 1982, p. 54). 
Ao se envolverem com os índios, esses padres observaram que os nativos precisavam ser transfor-
mados e se propuseram a torná-los homens educados, segundo as perspectiva europeias. Como exem-
plo, a intenção superficial era que os índios parassem de praticar a antropofagia, a nudez, a poligamia 
e a feitiçaria, além de outros hábitos considerados pelos portugueses como selvagens ou primitivos, 
envolvendo níveis mais intrínsecos e próprios sem qualquer consideração pelas origens históricas de 
parte dos ritos praticados.
Esse processo de transformação envolveu, contudo, elementos relevantes como a aprendizagem e o 
desenvolvimento de novos hábitos, principalmente na alimentação, na higiene, nos cuidados com saúde e 
na realização de novas metodologias de trabalho. Claramente, a rotina de culto estava envolvida nesse pro-
cesso. Essa estratégia aplicada pelos jesuítas iria, gradativamente, transformar o indígena em um cristão e 
servidor dos novos senhores. Eles aprendiam, nesse contexto, atitudes ligadas à religiosidade cristã como 
cooperação, ordem e disciplina.
Há uma percepção jesuítica de que, para tornar os indígenas em indivíduos cristãos, com característi-
cas europeias, de modo que pudessem ser pelos portugueses considerados inteligentes e civilizados, seria 
necessária uma prática ou um método de evangelização a longo prazo, permanente e repetitivo, sempre 
na perspectiva de construção de novos hábitos culturais. 
MÉTODO PEDAGÓGICO
Educar o homem indígena era uma forma de evangelizar, ato este que por outro lado era uma forma 
de educar. O plano estava montado: bastaria ser implementado rapidamente. A política passou a ser jus-
tamente essa: onde houvesse uma igreja, também haveria um colégio. A educação jesuítica merece desta-
que, pois a “pedagogia” da Companhia de Jesus baseava-se completamente na propagação do evangelho, 
tendo os colégios jesuíticos a missão de formar homens com caráter profundamente cristão.
48
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOSDA EDUCAÇÃO
A Companhia também se destacou pela organização de um documento didático pedagógico elabo-
rado no final do século 16. O documento, intitulado Ratio atque Institutio tudiorum Societatis Iesu (ou sim-
plesmente “Ratio studiorum”), tinha como grande objetivo apresentar um conjunto de regras, de forma de-
talhada, que expressasse um método pedagógico para os membros dos colégios da Companhia de Jesus e, 
sobretudo, que proporcionasse a formação de um homem cristão fundamentado em uma educação integral. 
O documento Ratio Studiorum, como ficou mais conhecido, constitui o sustentáculo comum que servi-
ria de apoio para a missão pedagógica dos jesuítas, pois ele estabelecia o currículo que deveria ser trabalhado 
nos colégios e deveria ser seguido pelas unidades de ensino jesuítas com o propósito de garantir a padro-
nização do trabalho dos professores distribuídos pelo mundo. Uma comissão definitiva se reuniu em 1598 
em Roma para apreciar as novas críticas e sugestões e, em 8 de janeiro de 1599, finalmente foi lançada uma 
circular acompanhada do Ratio para todas as províncias (ALMEIDA, 2016, p. 80).
Neste ínterim, o Ratio Studiorum teve sua relevância no processo de educação dos jesuítas, pois foi 
inicialmente pensado por Inácio de Loyola com o objetivo de direcionar as ações didático pedagógicas nos 
colégios da Companhia de Jesus. Ele se caracterizava como uma espécie de apostila ou coletânea com as re-
gras que deveriam ser observadas e seguidas fielmente pelos padres da Companhia de Jesus em suas práticas 
docentes e pedagógicas. 
Para atender as especificidades das colônias brasileiras, essa coletânea didática apresentou algu-
mas adaptações, tais como a aprendizagem da língua portuguesa em substituição à linguagem dos 
nativos, o uso da música como um caminho na aprendizagem da leitura e escrita e as aprendizagens das 
técnicas de agricultura. 
O Ratio Studiorum funcionou por muito tempo como a base comum do trabalho dos jesuítas, o que 
proporcionou um método rigoroso e, por estar concentrado em um único currículo, garantiu a universalidade 
do trabalho de todos os professores espalhados por todo o mundo. Seu objetivo era proporcionar uma edu-
cação integral e, por essa razão, seus preceitos vão além de uma prática de estudo, assegurando sobretudo o 
processo de ensino universalizado a diversas civilizações.
Ressalto, contudo, que no Ratio Studiorum não havia disciplinas de caráter científico, mas, sim, disci-
plinas ligadas ao humanismo, trabalhando valores como tradição, obediência e fé, pontos áureos. Para isso, 
portanto, aprendiam disciplinas como o curso de humanidades, de filosofia e de teologia.
Diante do exposto, podemos concluir que os métodos pedagógicos aplicados e desenvolvidos pela 
ordem religiosa aqui no Brasil tiveram relevância principalmente no processo de proporcionar ao índio uma 
parcial mudança paradigmática, o que, à parte toda a ação de interferência cultural e imposição ideológica, se 
demonstrou uma maneira educacional relevante e que precisa ser destacada e bem compreendida. 
Mesmo diante desse possível avanço nas técnicas e métodos de ensino, é válido também ressaltar que 
havia uma divisão clara de ensino: as aulas lecionadas para os índios ocorriam em ambientes improvisados, 
construídos pelos próprios indígenas, visto que os filhos dos colonos recebiam conhecimento em colégios 
locais mais estruturados por conta do investimento.
Claramente, é válido lembrar que ao longo desse extenso processo, a educação se estendeu também 
para os negros escravos, colonos e senhores de engenhos. Essas foram as principais características educacio-
nais presentes entre o século XV e o final do século XVIII no Brasil.
Os jesuítas tiveram a hegemonia da educação brasileira por um período de aproximadamente 200 
anos, desde a sua chegada em 1549, até 1759, ano em que o marquês de Pombal decretou a expulsão do 
49
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
grupo dos territórios brasileiros, deixando um legado de diversos colégios, missões, igrejas e aldeias. 
EXPOENTES DO PERÍODO BRASIL COLÔNIA
A Companhia de Jesus, ao longo de toda a sua extensa trajetória no Brasil, teve personagens impac-
tantes que merecem ser considerados de forma mais específica, ainda que breve. Portanto, ressaltaremos 
agora alguns expoentes jesuítas que atuaram no nosso país dos séculos XV ao XVIII, além de outro não 
jesuíta mas já mencionado mais acima, que contribuiu definitivamente para a mudança metodológica edu-
cacional no Brasil na segunda metade do século XVIII.
• Inácio de Loyola (1491-1556): nasceu na Espanha em 1491 e ficou conhecido na história por 
ser o fundador da Companhia de Jesus, que surgiu em 1534 com o propósito de fazer frente ao 
crescimento do protestantismo cada vez mais relevante na Europa. Serviu o Exército e, após ser 
ferido em uma batalha, teve a oportunidade de ler artigos e livros de cunho religioso, principal-
mente sobre a vida de Cristo, enquanto se recuperava. Sua experiência no exército proporcio-
nou a mescla da disciplina militar com a vida religiosa e, por esse motivo, os jesuítas também 
passaram a ser conhecidos como os soldados de Cristo, zelando pela fé católica e pela obediên-
cia ao papa, levando sempre em conta a fidelidade aos dogmas da igreja Romana. Inácio de 
Loyola faleceu na Itália, no dia 31 de julho de 1556;
• Manuel da Nóbrega (1517-1570): nasceu em Portugal e foi um importante líder da comitiva 
jesuítica enviada para o Brasil em 1549. Escreveu diversas cartas notificando a liderança da 
Companhia de Jesus na Europa sobre o trabalho de educação e catequese desenvolvido no 
território brasileiro. Fundou igrejas e escolas para a manutenção da fé católica durante sua 
passagem no Brasil;
• José de Anchieta (1534-1597): nasceu em território espanhol, estudou filosofia e ingressou na 
Companhia de Jesus, vindo para o Brasil como missionário jesuíta. Chegando aqui, continuou 
a missão de Nóbrega de pregar o evangelho e construir igrejas e escolas. Se destacou com 
suas obras literárias nos textos para dramatização, além das cartas. Diferente de outros jesuítas, 
aprendeu a língua tupi (língua primaria dos nativos brasileiros da região que se concentrou). 
Usava o teatro (dramatização), para difundir a mensagem católica. Faleceu no ano de 1597;
• Sebastião José de Carvalho e Melo (1699 – 1782): mais conhecido como o marquês de Pom-
bal, primeiro-ministro de Portugal no período de 1750 a 1777, expulsou os jesuítas do Brasil, 
deixando com isso uma lacuna no processo educacional brasileiro. Os jesuítas deixaram por vol-
ta de 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, dando início, portanto, a um projeto 
de período laico no Brasil.
EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO
Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas, tinha a intenção de investir na educação, princi-
palmente para erguer Portugal ao mesmo patamar de outras potências europeias. Destacou-se, portanto, 
um modelo de aula régias no Brasil, ou seja, de aulas avulsas, onde se estudava principalmente retórica, 
latim, grego e filosofia. Contudo, o que de fato se viu ao menos em nossas terras sul-americanas foi que a 
educação brasileira atravessou um momento de decadência, com aumento do analfabetismo. Esse quadro 
se estabeleceu por um longo tempo. 
50
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Os reflexos da expulsão dos padres educadores da Companhia de 
Jesus foram percebidos nas primeiras décadas com a formação em baixo 
nível dos professores, situação essa que viria a se modificar com o tempo. 
O rompimento com a igreja, proporcionando uma formação laica, trouxe 
transformações significativas para a estrutura educacional brasileira, prin-
cipalmente após a chegada da família real: uma delas foi a implantação de 
cursos profissionalizantes; havia também uma forte preocupação com a 
propagação de cursos superiores nas mais diversas áreas, principalmente 
na áreade saúde e engenharia.
Para que essa estrutura se tornasse uma realidade e voltasse a tra-
zer avanços após décadas de aparente retrocesso no Brasil, o projeto edu-
cacional se organizou em três segmentos: o ensino primário, o ensino se-
cundário e o ensino superior. A escola primária tinha como função ensinar 
as primeiras letras, o ensino secundário seguiu com a aulas régias, já os 
cursos superiores seguiram a tradição de formações mais complexas e de 
áreas específicas. 
Nesse período, também foram criadas academias para a formação 
de militares, com o propósito de defender a realeza, além da inauguração 
de importantes instituições existentes e relevantes até hoje como a bi-
blioteca nacional, o museu nacional e o jardim botânico no Rio de Janeiro. 
Em 1822, tivemos no Brasil o início de uma fase política significati-
va, pois iniciou-se o período imperial, que durou até 1889, inicialmente 
sob a liderança de D. Pedro I. Já na constituição de 1824, encontramos um 
tópico que aborda diretamente a educação: o artigo 179, que trata das 
disposições gerais e das garantias dos direitos civis, expressas nos incisos 
XXXII e XXXIII, propondo, por exemplo, a construção de escolas de nível 
primário - gratuito para todos -, ginásios e instituições de ensino superior 
visando a criação de futuras universidades. 
Não é preciso afirmar que a profissão de professor era precária. Por 
essa razão, se destacou no Brasil, nesse período, um método que já esta-
va sendo desenvolvido na Europa: o lancasteriano, metodologia que tem 
fortes influências até os dias de hoje.
O método Lancaster, também conhecido como ensino mútuo, é 
uma espécie de monitoria assistida pelo professor em que, na prática, são 
os alunos que se destacam em determinados assuntos ou disciplinas, pas-
sando de certa forma a auxiliar seus professores e ajudando na transmis-
são dos conhecimentos para os demais colegas. Nesse método, o papel 
do professor é instruir seu monitor no desenvolvimento das atividades 
pedagógicas, já o aluno mais adiantado ou que se destacava tinha o papel 
de realizar a monitoria ou, em outras palavras, ensinar o que sabia para 
outros alunos que não tinham o mesmo desenvolvimento pedagógico.
Ainda no período imperial, destacou-se a data de 15 de outubro de 
1827, devido a criação da lei que deu origem às escolas primárias, possi-
bilitando ainda o acesso das meninas à educação formal. Mesmo diante 
Jardim botânico do Rio de Janeiro. 
Fonte: Shutterstock
51
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
dessa realidade o ensino continuava precário, pois faltavam professores com qualificação e, devido a baixa 
renumeração, havia a necessidade de se dedicarem a outras áreas de trabalho. 
Após o retorno de D. Pedro I para Portugal em 1831, houve a necessidade de um governo regencial 
que assumisse a administração do país, visto que o herdeiro do trono, D. Pedro II, tinha apenas cinco anos, 
estando sob a tutela de José Bonifácio. Aos 14 anos, contudo, já em 1940, o menino foi coroado imperador, 
enfrentando ao longo de seu governo diversas pressões políticas, principalmente pelo fim da escravidão 
negra, algo que só veio a acontecer em 13 de maio de 1888 com a Lei Áurea. Um ano após esse evento tão 
esperado, em 1889, diversos fatores contribuíram para o final do período imperial.
No que tange à educação, nesse período, além dos destaques já mencionados, podemos ressaltar o 
fortalecimento dos cursos superiores, em especial o curso de direito de São Paulo. A carência de professo-
res em todos os níveis, principalmente para o ensino primário e secundário, incentivou a criação de escolas 
de formação de professores, também conhecidas como “escolas normais”. 
Para fiscalizar o ensino, tanto público como particular, nasceu em 1854 a inspetoria geral, com o pro-
pósito de instruir, orientar e supervisionar a educação primária e secundária do município da corte.
Não podemos deixar de destacar a criação do colégio Pedro II em 1837, no Rio de Janeiro, que foi 
fundado com o propósito de ser uma instituição de ensino modelo principalmente para o nível secundá-
rio. Essa instituição serviu como ponte de preparação para o ensino superior, disponibilizando disciplinas 
científicas.
Por fim, é válido mencionar, nesse período, a reforma denominada Leôncio de Carvalho, de 1879. Um 
professor universitário e ministro do império, através do decreto número 7.247 de 19 de abril, determinou a 
reforma do ensino primário e secundário no município da corte, tal como a reforma do ensino superior em 
todo o império. Abordando a liberdade de ensino, “a nova lei entendia que todos os que se considerassem, 
por julgamento próprio, capacitados a ensinar, poderiam expor suas ideias e adotar os métodos que lhes 
conviessem” (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
Historiadores afirmam que esse decreto de Leôncio de Carvalho em 1879 foi considerado decepcio-
nante do ponto de vista da educação, pois não valorizava a frequência aos cursos secundários e superiores. 
Dessa forma, os alunos poderiam aprender de forma livre, sendo posteriormente submetidos a exames em 
seus estabelecimentos de ensino. “Evidentemente, isto fez com que as instituições se organizassem por 
matérias, de modo que, dentre estas, os alunos pudessem escolher as que cursariam e as que não cursa-
riam na escola” (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
EDUCAÇÃO NO BRASIL REPÚBLICA
Desde alguns anos anteriores ao início da República, em 1889, após um período político marcado 
pela hegemonia governamental da descendência portuguesa, iniciou-se um processo crescente de im-
popularidade do povo luso devido a diversos fatores. Era imperativo e urgente que um novo regime de 
governo mais independente politicamente surgisse, um regime republicano! Historiadores dividem esse 
tempo em diversos períodos: o primeiro compreende os anos entre 1889 e 1929, quando o Brasil passou a 
ganhar ideais capitalistas, sendo forçado definitivamente a adotar um sistema de mão de obra assalariada, 
esquecendo qualquer perspectiva de escravidão, prática que já estava sendo superada na Europa.
Militares como Deodoro da Fonseca e intelectuais como Rui Barbosa conduziram um movimento 
que resultou na Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. O objetivo principal era tornar a 
52
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
economia brasileira independente, aumentando a industrialização e garantindo um regime presidencialis-
ta. Para isso, foi necessário estabelecer uma nova constituição. 
Entre 1930 e 1934, tivemos o governo provisório de Getúlio Vargas, em um período que foi promul-
gada a nossa terceira constituição, que estabeleceu a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário 
de forma definitiva. De 1934 a 1937, Vargas permaneceu no governo, agora denominado de governo cons-
titucional. Ainda no chamado período varguista, tivemos os anos entre 1937 e 1945, que corresponderam 
ao chamado Estado Novo, marcado pelo golpe de estado.
Curiosamente, em 1951, Getúlio foi eleito novamente, - após os anos do governo Eurico Gaspar Dutra 
-, dessa vez por voto direto e popular, permanecendo na presidência até 1954. Identificamos nos anos de go-
verno deste importante personagem diversas conquistas sociais, como a criação do ministério do trabalho, 
da educação e da saúde, estabelecendo e valorizando ainda o salário-mínimo para os trabalhadores. O gover-
no Vargas teve fim após uma intensa crise, levando Vargas a tirar sua própria vida em 24 de agosto de 1954.
Em 1955, Juscelino Kubitschek tomou posse como presidente, sendo conhecido no mundo político, 
dentre tantas ações, pela construção de Brasília. Em 1961, Jânio Quadros é que foi eleito, contudo, após 
uma série de perturbações em seu governo, renunciou ao cargo no dia 25 de agosto do mesmo ano. Em 
07 de setembro de 1961, assumiu João Goulart, o último presidente civil antes do golpe militar em 1964. 
Claramente, ao longo desses mais de 70 anos,diversas modificações culturais e sociais importantes 
se deram no Brasil e o que fizemos aqui foi unicamente uma síntese do período como um todo. Nosso 
objetivo, a partir de agora, será utilizar este breve panorama apresentado para nos aprofundarmos nas 
principais resoluções educacionais. 
A PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930)
Conforme mencionado anteriormente, a Primeira República marcou uma nova sociedade no Brasil. 
Os militares foram fortalecidos, contudo a economia também cresceu momentaneamente e parcialmente, 
principalmente por conta da produção do café. Nessa perspectiva, houve o início de uma pequena socie-
dade burguesa, aliada à política de imigração, que possibilitou a entrada de italianos e espanhóis para o 
trabalho no mundo agrícola.
Mesmo com a valorização da economia agrícola, houve o crescimento da vida social urbana. Esse 
grupo, mais tarde, veio a se tornar a classe média do país e, como tal, projetava uma melhor escolarização 
para seus filhos. Na conjuntura da vida social urbana, a escola teve um papel fundamental, pois foi a partir 
da escolarização que a sociedade passou a ter profissionais formados e dotados de competências para as-
sumir cargos políticos e burocráticos. Essa preocupação com o desenvolvimento educacional foi legitima 
e pertinente, ainda que estivesse longe do que pudesse ter sido. Historiadores afirmam que nesse período 
havia um alto índice de analfabetos no Brasil.
Diante de um novo modelo de governo, havia também a necessidade de uma nova constituição. 
Logo, em 1891, foi promulgada a segunda constituição brasileira, agora republicana, que garantia um regi-
me presidencialista. As antigas províncias foram transformadas em estados – termos que utilizamos até os 
dias de hoje - com autonomia política administrativa. Houve também a separação definitiva entre o estado 
e a igreja, originando um estado laico. 
No que diz respeito à educação, o foco de nossos estudos, a constituição de 1891 determinou que 
cada estado deveria assumir a responsabilidade do tema, o que ocasionou grande desequilíbrio, pois cada 
53
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
estado dependia de verbas e investimentos para desenvolver a política educacional e, por conta do investi-
mento industrial e urbano desigual nas diferentes regiões, as condições para melhorias educacionais foram 
mais presentes em uns lugares que em outros. 
No campo político, fortes transformações foram percebidas, principalmente na década de 1920, 
como por exemplo a fundação do partido comunista do Brasil. No campo cultural, podemos destacar a 
semana de arte moderna em 1922. Já na economia, tivemos como evento marcante a queda da bolsa de 
Nova Iorque que impactou o mundo inteiro. Foi justamente diante desse quadro social, político, cultural e 
econômico que teve início o governo provisório de Getúlio Vargas. 
Retornando à educação, para finalizarmos esse período, é válido ressaltar ainda que intelectuais bra-
sileiros inspirados nas ideias positivistas e liberais, idealizaram uma série de reformas educacionais. Con-
tudo, nesse período da história, a educação e o ensino ainda estavam a serviço das elites, ou seja, não se 
percebeu uma política de ampliação de vagas nas escolas.
A SEGUNDA REPÚBLICA (1930 – 1937)
A primeira república foi marcada por um período de quarenta anos em que se alternaram no poder 
ora os barões do café de São Paulo, ora os produtores de leites de Minas Gerais, em um monopólio gover-
namental. Essa dinâmica teve fim a partir de 1930, período em que surgiram outros grupos políticos que 
ascenderam ao poder de forma autoritária e não democrática, buscando dar fim ao regime anterior de 
pouco progresso popular.
Nessa nova fase do país, Getúlio Vargas assumiu o poder de forma provisória. De maneira geral, esse 
foi um momento de industrialização do país, o que contribuiu para o aumento da vida social nas cidades 
em um processo de desenvolvimento econômico mais urbano que rural, destacando-se as cidade do Rio 
de Janeiro e de São Paulo.
Com o crescimento dos setores urbanos, a necessidade de uma escolarização mais adequada pas-
sou a ser um tema relevante para o governo e “Vargas não estava desatento a tal situação. Como chefe do 
governo provisório, veio a público em 3 de novembro de 1930 com um plano de dezessete pontos para a 
reconstrução nacional” (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
Dentro desse plano, não poderiam faltar planos e projetos para a educação. Uma das medidas foi a 
criação do ministério da educação e saúde pública, sob a responsabilidade inicial de Francisco Campos que, 
por meio de decretos, implantou o conselho nacional de educação e regulamentou e organizou o ensino 
superior, incluindo a universidade do Rio de janeiro, o ensino secundário e o ensino comercial. O conjunto de 
todos os decretos votados para o campo da educação recebeu o nome de reforma Francisco Campos. 
Todos os decretos de Francisco Campos na área educacional buscavam estabelecer a modernização 
no ensino. Essas reformas se concentraram tanto no ensino secundário como no ensino superior brasileiro. 
Embora claramente tais medidas possam ser consideradas um grande avanço, ainda não havia chegado a 
hora do ensino fundamental ser contemplado.
É relevante ressaltar que o ano de 1924 foi o ano de fundação da (ABE), Associação Brasileira de 
Educação, instituição que se constituiu um marco nos debates sobre os principais direcionamentos e 
mudanças no sistema escolar e educacional como um todo. É a partir dos encontros dos membros da 
ABE que encontramos a defesa de um processo educacional mais democrático, ou seja, da defesa de uma 
escola pública. 
54
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
A ABE era formada por membros da sociedade civil, voluntários que tinham em comum os interesses 
na melhoria e desenvolvimento da educação em nosso país. Além dos encontros, foram organizadas confe-
rências em diversos estados, congressos cujos temas em pauta giravam em torno da formação dos profes-
sores e de reformas do ensino. Foi nesse contexto que foi elaborado o manifesto dos pioneiros da educação. 
Em uma dessas conferências organizadas pela ABE, mais especificamente no ano de 1931, os asso-
ciados da época presente ao encontro se decidiram por organizar uma série de sugestões a serem levadas 
ao governo. Estas sugestões, relacionadas a educação, envolviam a criação de mais universidades públicas, 
além da solicitação por um foco maior na democratização do ensino.
Sobre o manifesto dos pioneiros da educação, entenda o seguinte: o manifesto é uma espécie de docu-
mento elaborado geralmente por um grupo de estudiosos solicitando ou exigindo modificações específicas. 
Nesse caso específico, defenderam a bandeira da educação em 1932, ano em que foi escrito. O Brasil atra-
vessava um momento político bem delicado e parte da sociedade intelectual estava engajada em criar uma 
nova realidade educacional. Membros importantes desse grupo eram Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e 
Cecília Meireles, que produziram um documento com suas observações e o entregaram ao governo.
Esse documento ficou conhecido como o manifesto dos pioneiros que estudamos até hoje, pois 
além de ter sido um marco para a época, nos deixou um legado digno de permanecer sendo estudado. Os 
pioneiros reconheciam que o Brasil precisava dar maior valor à educação e, se essa valorização ocorresse, 
parte dos nossos problemas sociais poderia ser sanada. Dentre suas observações, propunham a unidade da 
educação, a educação laica, a educação pública de qualidade e a educação para homens e mulheres. Além 
disso, os pioneiros defendiam que uma parcela das receitas financeiras recolhidas pelos estados deveria 
ser destinada à educação, o que poderia colaborar para seu crescimento qualitativo. Defendiam também 
a educação como um direto de todos, não como um negócio financeiro, mas como um investimento em 
pessoas – afinal, a educaçãopermite a formação de indivíduos capazes de transformar a sociedade e, por 
essa razão, o Estado deveria garantir o pleno direito de todos. Esses pioneiros foram muito incentivados 
por pensadores com Piaget e outros estudiosos.
Segundo Palma Filho (2005), “O Manifesto não é apenas um documento preocupado em estabelecer 
um diagnóstico do quadro educacional brasileiro. Há nele uma proposta de criação de um sistema nacional 
de educação, consubstanciado num esboço geral de um programa.” Esse programa educacional se destacava, 
pois valorizava alguns pontos relevantes tais como: a responsabilidade dos estados de custearem e ministra-
rem o ensino primário dos sete aos doze anos de maneira gratuita e obrigatória; a defesa de um estudo pro-
fissionalizante nas escolas técnicas; a criação de universidades públicas, dentre outras tantas reivindicações.
O manifesto não se configurou apenas como um documento preocupado em levantar uma análise 
do desenho educacional do país. Se as sugestões e contribuições dadas fossem acatadas, a educação do 
Brasil deixaria de atender somente as elites. O documento sugeriu também a obrigatoriedade e a gratui-
dade na formação das crianças e jovens até sua maioridade, tal como a participação direta do governo 
federal, estadual e municipal na destinação de verbas para a educação nas perspectiva de se proporcionar 
uma sociedade menos injusta, com possibilidades de formação para todos.
Outro elemento desse período que merece destaque é a constituição federal de 1934, pois ela aca-
tou boa parte das sugestões advindas do manifesto dos pioneiros, tais como a necessidade de a educação 
ser um direito de todos, a educação ser responsabilidade do Estado de forma obrigatória e gratuita e a 
criação de um conselho de educação. 
A constituição, contudo, não durou por muito tempo, pois já em 1937 uma nova constituição foi apre-
sentada pelo governo de Getúlio Vargas. No campo da educação, foi incluído o ensino profissionalizante para 
55
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
os alunos que preferissem uma formação mais rápida sem a necessidade do ensino superior e as indústrias 
passaram a ser obrigadas a criar escolas para atender os filhos dos seus operários. A gratuidade e a obrigato-
riedade do ensino primário permaneceram e foi estabelecida a união nacional dos estudantes (UNE). 
O ESTADO NOVO (1937-1945)
Em 1937, Getúlio Vargas recebeu apoio militar para, no dia 10 de novembro, instituir o Estado Novo, 
o que de forma prática foi um golpe para a implantação de uma ditadura. Com o fechamento do congresso 
nacional, Vargas decretou novas leis para estabelecer seu governo, elaborando ainda um sistema de cen-
sura à imprensa, principalmente nos veículos de comunicação de massa. Os golpistas justificaram o golpe 
pelo argumento de que a nação deveria ser protegida contra os comunistas, que foram presos. Com essas 
ações, Getúlio pisou na democracia, excluindo e perseguindo qualquer tipo de livre expressão, seja popu-
lar ou política. 
 A constituição de 1937 foi fruto de uma ditadura, mas ainda previa que a educação era um direito 
natural do país, que faria todos os esforços para suprir as lacunas da educação particular. Contudo, houve 
na prática a renúncia da responsabilidade do Estado para com a educação pública por meio de sua legisla-
ção máxima, assumindo apenas um papel subsidiário em relação ao ensino (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009). 
Gustavo Capanema era o ministro da educação.
Neste contexto, o dualismo se explicitou: a elite poderia se beneficiar tanto do ensino público como 
do privado e a população mais pobre teria à sua disposição as escolas profissionais. A obrigação do estado 
se concentrou basicamente no ensino profissionalizante: a população pobre se capacitou para o trabalho 
e adquiriu empregos, ainda que sem perspectiva de grandes crescimentos ou conhecimentos, e a elite 
empresarial utilizou a mão de obra disponível para obter seu lucro. 
Tudo isso foi fruto de um governo sem congresso nacional ou sem partidos políticos que pudessem 
ser a voz do povo diante do Estado. Gustavo Capanema propôs, ainda, algumas reformas que ficaram co-
nhecidas como as leis orgânicas do ensino, ou seja, decretos que possibilitaram a implantação do SENAI 
em 1942 e do SENAC em 1946, fortalecendo dessa forma o ensino profissionalizante. A importância dessas 
duas instituições é significativa, pois “os alunos recebiam um salário para estudar e iniciavam treinamento 
nas próprias empresas, o que tornou essas instituições mais atrativas para os setores mais pobres da popu-
lação” (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
Assim, o governo de Getúlio Vargas apresentou um modelo educacional solucionando o conflito 
entre as classes empresarial e operária, um modelo para a formação por meio de cursos superiores e outro 
modelo educacional para a classe operária sem a necessidade de uma formação superior. Em suma, neste 
período, com a constituição de 1937, o governo assumiu o dever de educar, mas fortaleceu também as 
iniciativas do modelo particular de educação, garantindo os privilégios de uma classe economicamente 
mais elitizada. Já para os mais pobres, restava o ensino profissionalizante, um caminho mais rápido para o 
mercado de trabalho. 
Historiadores da educação chamam esse modelo de “dualidade”, ou “modelo dual”, pois havia de 
um lado uma formação prática - geralmente para uma classe rural com poucos privilégios – e, do outro 
lado, o ensino e educação para a classe economicamente dominante com acesso fácil ao ensino superior. 
A legislação foi bem clara: a escola deveria contribuir para a divisão de classes e, desde cedo, separar pe-
las diferenças de chances de aquisição cultural os dirigentes dos dirigidos (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
56
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
A política do Estado Novo teve sua conclusão em novembro de 1945, com a proposta de uma nova 
constituição em 1946, configurando-se como a quinta constituição brasileira, de proposta mais democráti-
ca, incluindo ainda um capítulo dedicado a educação. Esse novo período que se iniciava também pode ser 
chamado de Quarta República. 
A QUARTA REPÚBLICA (1945-1964)
No período de 1946 a 1950, a presidência do Brasil esteve sob o comando do general Eurico Gaspar 
Dutra. Nesse período, a quinta constituição brasileira foi promulgada com características democráticas. 
Em 1950, entretanto, Getúlio Vargas retornou à presidência conforme já destacamos no início do 
estudo de hoje. Nesse período, tivemos a criação da Petrobras em 1953.
De 1956 a 1961, o Brasil teve como presidente Juscelino Kubitschek, o JK, que promoveu o cresci-
mento das indústrias, principalmente as automobilísticas. Nesse período, a capital do Brasil foi transferida 
do Rio de Janeiro para a região central do país, em Brasília, um distrito federal dentro de Goiás. A mudança 
nas prioridades do governo proporcionou também o processo de migração do homem do campo para as 
grandes cidades, uma vez que não a política agrícola não parecia tão clara no governo JK.
Já em 1961, Jânio Quadros foi eleito somente para renunciar no mesmo ano. Foi promulgada a re-
pública parlamentarista no Brasil, assumindo a presidência o vice de Jânio Quadros, João Goulart, que, 
após alguns meses, restaurou o modelo presidencialista por meio de um plebiscito. Seu governo, contudo, 
durou somente até 1964, quando foi deposto pelo golpe militar.
Como citado, a quinta constituição foi promulgada em 1946 com propostas mais liberais e demo-
cráticas, de forma que o campo educacional tenha sido assistido com várias medidas, tais como: a obri-
gatoriedade do ensino primário, a continuidade do modelo dual e o incentivo para escolas particulares 
e confessionais. 
Um marco histórico desse período foi sem dúvida a Lei de Diretrizes e Bases (LBD) de 1961 que, entre 
outros temas, propôs que o acesso ao ensino superior se daria através de um exame que hoje conhecemoscomo vestibular, propondo disciplinas obrigatórias e optativas. Dentre as optativas, havia as disciplinas de 
técnicas agrícolas e técnicas comerciais. 
Em 1962, destacou-se também o trabalho de Paulo Freire na alfabetização de adultos no nordeste do 
país. Em 1964, o método iniciado por Freire foi reconhecido. Esse foi um elemento relevante, pois rompeu 
com modelos europeus de pensar o ensino no Brasil, uma vez que tal método se aproximou muito mais das 
necessidades e realidades da população brasileira.
Posteriormente, o trabalho de Freire ganhou o status de filosofia da educação, transformando-se em 
um ideário pedagógico para os professores lidarem com diferenças de gênero, culturais e de etnias (GHI-
RALDELLI JUNIOR, 2009).
REFORMAS EDUCACIONAIS: BENJAMIN CONSTANT
Como se fez claro no estudo de hoje, a educação brasileira nunca esteve fora do contexto político, 
econômico e social. Ao longo de todos esses anos, a educação teve diversas reformas. Analisaremos agora 
algumas das principais em cada época histórica e suas implicações para a história da educação brasileira. 
57
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Já sabemos que o processo de educação formal no Brasil teve seu 
início com a chegada dos padres jesuítas em 1549. A Companhia de Jesus 
colaborou para esse processo formal de educação por 210 anos, cuja pro-
posta desde o início sempre foi uma formação religiosa, principalmente 
na perspectiva de continuação da propagação das doutrinas e dogmas 
católicos. Em 1759, o então primeiro-ministro de Portugal, o marquês de 
Pombal, decretou a expulsão dos religiosos das colônias portuguesas. A 
partir desse momento foi implantada a reforma educacional, que ficou 
conhecida como “reforma pombalina”. 
A reforma de Pombal não se referia somente às questões ligadas 
à educação. Contudo, como nesse contexto o que nos interessa em um 
primeiro momento são as mudanças no campo educacional, podemos 
destacar a retirada da educação dos domínios dos religiosos, passando 
para as mãos do Estado. No contexto do Brasil, o fechamento dos colégios 
jesuítas representou o cancelamento do único sistema de ensino formal 
do país. Tal ato demonstrou que não houve qualquer planejamento para 
atender a educação nas colônias de Portugal. Em substituição ao modelo 
estabelecido, tomaram lugar as aulas avulsas, também conhecidas como 
aulas régias, estabelecendo a figura do diretor geral dos estudos, que ti-
nha como atribuição a fiscalização e a nomeação dos docentes para as 
seguintes aulas: latim, grego, filosofia e retórica. 
Esse processo no Brasil não obteve o resultado esperado e logo se 
percebeu a estagnação do ensino. Sem a presença dos jesuítas, as aulas 
régias oferecidas foram ministradas de forma precária, geralmente por 
leigos e sem a real preparação para o desenvolvimento da função de en-
sinar. Podemos afirmar, diante das possibilidades que contexto da laiciza-
ção abriu, que a educação como se deu nas décadas imediatamente após 
as modificações do marquês de Pombal atravessou um retrocesso.
A REFORMA EDUCACIONAL PROPOSTA 
POR BENJAMIM CONSTANT
Benjamim Constant Botelho de Magalhães (1836-1891) nasceu no 
Rio de Janeiro e estudou no mosteiro de São Bento desde os 15 anos, 
quando assumiu a responsabilidade de cuidar da família, principalmente 
após o falecimento do seu pai. Durante seu processo de formação educa-
cional, teve amplo contato com as ideias positivistas de Augusto Comte. 
Constant exerceu uma vida militar bem ativa, participando, inclusive da 
guerra do Paraguai.
Propondo uma ruptura com a educação clássica humanista do im-
pério e passando a valorizar mais a ciência e a matemática, a proposta 
de Constant em um primeiro momento foi caracterizada por avanço pro-
gressivo do ensino, pois defendia o ensino inicial, o ensino primário e uma 
organização seriada.
O processo de 
educação formal 
no Brasil teve 
seu início com a 
chegada dos padres 
jesuítas em 1549.
58
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
É a partir dessa organização seriada que temos a escola para as crianças a partir dos sete anos que, 
até os 13 cursariam o primeiro grau. O segundo grau seria a continuidade, com adolescentes dos 13 aos 
15 anos. A partir dos 16 anos de idade, enfim, os alunos seriam submetidos a uma avaliação que ficou co-
nhecida como exame de Madureza, uma espécie de provão para saber se de fato tinham conhecimentos 
suficientes para concluir o ensino secundário e tentar o ingresso no ensino superior.
Constant buscou enfatizar em sua reforma uma educação mais voltada para o cientificismo, dei-
xando os temas ligados à religião fora do processo de ensino. Na prática, o que ocorreu foi o aumento de 
matérias tornando o ensino um modelo enciclopédico. “Tal reforma reorganizou os ensinos secundário, 
primário e a Escola Normal; criou o Pedagogium, um centro de aperfeiçoamento do magistério” (GHIRAL-
DELLI JUNIOR, 2009).
A REFORMA RIVADÁVIA CORRÊA (1911)
Outra reforma que merece ser considerada dentro do contexto histórico da educação brasileira é a 
reforma de 1911. O governo federal, sob a liderança do então presidente da república, o Marechal Hermes 
da Fonseca, promulgou no dia 05 de abril o decreto 8659, que ficou conhecido como reforma Rivadávia. 
Rivadávia Corrêa, então ministro do interior, simpatizante das ideias positivistas, propôs liberdade às 
escolas; essa autonomia retirava o caráter oficial do ensino e a extinção de processos fiscalizadores sobre 
os estabelecimentos particulares, pois era preciso autonomia ao ensinar.
Com essa proposta de liberdade e autonomia, o ensino deixou de ser obrigatório, sendo criados 
exames para o ingresso no ensino superior. O resultado dessa liberdade foi o aparecimento de cursos sem 
qualidades.
REFORMA DE 1915
A reforma de 1915 foi denominada de Carlos Maximiliano, cuja preocupação inicial foi com a quali-
dade principalmente do ensino secundário, pois assim como hoje o objetivo da educação seria preparar a 
população de estudantes para o ensino superior. Conservou-se, neste ínterim, o processo de exames para 
o ingresso no ensino superior.
A reforma Carlos Maximiliano (1915), “reoficializou o ensino, reformou o Colégio Pedro II e regula-
mentou o acesso às escolas superiores” (GHIRALDELLI JUNIOR, 2009).
REFORMA DE 1925
A reforma de 1925 é conhecida como Rocha Vaz, sob o governo do presidente Arthur Bernardes, 
que tentou coordenar um concerto entre “o que se fazia nos Estados e o que se fazia na União, pelo menos 
quanto à promoção da educação primária e à eliminação dos exames preparatórios e parcelados” (GHIRAL-
DELLI JUNIOR, 2009).
Essa reforma instituiu uma disciplina denominada de “moral e cívica”, preparando o caminho para o 
ensino secundário seriado, com duração de seis anos. Os exames de avaliação para acesso ao ensino supe-
rior foram mantidos.
59
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL E 
A FORMAÇÃO DOS BRASILEIROS 
Para finalizarmos este estudo, apresentaremos agora um breve resumo histórico e filosófico do surgi-
mento das primeiras universidades brasileiras, analisando ainda seus objetivos e alcance. 
Era muito comum nos séculos XVI, XVII e XVIII que as famílias mais elitizadas que viviam no Brasil 
enviassem seus filhos para completarem seus estudos nas universidades europeias. Se compararmos, por-
tanto, nossa história de ensino superior com o histórico de outras universidades na Europa, constataremos 
que a nossa história é bem recente.
A educação no Brasil deu um salto com a vinda da família real, ação que proporcionou a criação de 
instituições de ensino superior como escolas de anatomia e cirurgia, localizadas em importantes regiões 
economicamente mais relevantes. Tais condições demonstraram que o propósito inicial foi o de atender a 
família real e a classe elitizada. 
Em 1920, por meio de um decreto, foi criadaa universidade do Rio de Janeiro, considerada a primei-
ra no Brasil. Em 1931, já no governo de Getúlio Vargas, houve a oficialização das universidades, podendo 
serem públicas em seus diferentes níveis e particulares. Havia preferência, a princípio, para os cursos de 
medicina, engenharia, direito e outros. 
Isso possibilitou a criação da Universidade de São Paulo (USP), criada por decreto em 1934 com a 
finalidade de promover a pesquisa e formar profissionais capacitados nas mais diferentes áreas para aten-
der a sociedade. Para atender a esses objetivos, um número significativo de professores foi contratado 
diretamente da Europa. Em 1935, tivemos também a criação da universidade do Distrito Federal – na oca-
sião no Rio de Janeiro -, estimulando principalmente a pesquisa. É preciso lembrar, por outro lado, que a 
implantação das universidades brasileiras em seus diferentes momentos históricos manteve-se quase que 
exclusivamente para a formação de profissionais liberais.
Já em 1946, outra instituição de grande relevância foi fundada: a primeira universidade católica do 
Brasil, a Pontifícia Universidade Católica (PUC), do Rio de Janeiro, uma universidade confessional sustenta-
da pela igreja. Por sua vez, em 1960 foi a vez da Universidade Federal do Rio de Janeiro ser criada (UFRJ). 
Em 1962, enfim, tivemos a criação da Universidade de Brasília (UnB).
A LDB de 1996, assim como a constituição federal, determinaram que as universidades brasileiras de-
vem desenvolver como princípio não somente o ensino e a pesquisa, mas também a extensão. Este, enfim, 
passou a ser o tripé que sustenta até hoje as universidades em todo o território brasileiro: ensino, pesquisa 
e extensão. As universidades brasileiras ganharam também total autonomia para a criação de novos cursos 
com o objetivo de atender a todas as classes populacionais do país.
Por outro lado, devido a expansão do ensino superior privado, principalmente na década de 1960, 
a legislação brasileira possibilitou também a criação dos centros universitários, instituições que oferecem 
curso superior e possuem autonomia semelhantes às das universidades mas que não são obrigadas a de-
senvolver a pesquisa. Neste contexto, é importante ressaltar que no Brasil existem faculdades e/ou insti-
tutos de educação que oferecem curso superior, mas não gozam de autonomia como as universidades e 
os centros universitários. Isso quer dizer que, entre outras exigências, essas instituições devem solicitar 
autorização para aberturas de curso.
60
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Claramente, ao longo da história da educação do Brasil, diversas outras universidades federais, esta-
duais e municipais surgiram, assim como as universidades particulares ou confessionais, centros universi-
tários e faculdades. O propósito aqui não é fazer um relato histórico de cada instituição, mas apresentar o 
contexto do surgimento das principais universidades brasileira e seus papéis para a formação da população. 
No Brasil, a história das universidades esteve sempre atrelada ao seu papel elitista e funcionalista, ou 
seja, as classes mais elitizadas desse país advogavam por uma instituição superior privada. O surgimento 
das universidades públicas veio justamente para tentar democratizar o acesso ao ensino, ainda que somen-
te após décadas esse desafio tenha começado a ser cumprido. 
O contexto, por outro lado, também permitiu a origem das universidades confessionais, com desta-
que para as instituições católicas. O governo defendia uma educação laica, retirando a religião da educação 
formal de forma progressiva, o que proporcionou um embate entre os defensores da educação laica e da 
educação confessional, proporcionando à igreja a criação de seus próprios centros de estudos, algo que já 
bem presente desde a chegada dos jesuítas no Brasil. As universidades católicas, portanto, merecem certa 
proeminência na análise das instituições confessionais de ensino superior. Observe o gráfico abaixo:
DATAS DE ABERTURA DAS PRIMEIRAS 
UNIVERSIDADES CATÓLICAS NO BRASIL
PUC/São Paulo 1946
PUC/Rio Grande do Sul 1948
Universidade Católica de Pernambuco 1952
PUC/Campinas 1955
PUC/Minas Gerais 1958
Universidade Católica de Goiás 1959
Universidade Católica do Paraná 1960
Universidade Católica de Pelotas 1960
Universidade Católica de Salvador 1961
Universidade Católica de Petrópolis 1961
Fonte: stENcEl, renato História da Educação superior Adventista: Brasil, 1969 – 1999, PIrAcIcABA, sP 2006. Pg. 116.
Outras instituições confessionais foram ganhando espaço na sociedade brasileira, como é o caso das 
universidades e colégios metodistas, das universidades protestantes Mackenzie, das universidades lutera-
nas e dos colégios e faculdades adventistas. As instituições destes últimos, inclusive, estão em quase todo 
o território brasileiro, sendo compostas por escolas ou faculdades que preservam o sistema de internatos, 
defendendo um modelo de educação que abarca a perspectiva da fé cristã e aceita a criação como um 
estudo acadêmico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final do nosso estudo sobre a história e a filosofia da educação no Brasil. Estudar sobre 
o processo de formação do povo brasileiro é descobrir a nossa própria história, não é verdade? 
61
EDUcAção E sIstEmA PolítIco No BrAsIl 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Pois bem, partimos da chegada dos padres jesuítas no Brasil e de suas empreitadas na tentativa de 
catequizar os índios que aqui habitavam.
Passamos por vários momentos históricos, desde a colônia, atravessando o império e chegando à re-
pública nos seus aspectos mais relevantes no que tange à formação educacional do povo brasileiro. Vimos 
também que cada reforma produzida nas diferentes épocas tinha a intenção de usar a educação como um 
caminho de transformação.
Até o momento, ainda não temos um modelo ideal que contemple de forma justa a todas as classes 
sociais desse país. O Brasil continua sendo um país de potenciais do ponto de vista econômico, social e 
educacional. Se no passado se levantaram homens com proposta de avanço educacional, assim hoje pre-
cisamos de vozes que lutem por um país mais justo ou que os governos em seus mais diferentes níveis, 
tanto federal, estadual ou municipal, tenham uma política de valorização dos professores e do ensino. Que 
o papel das universidades seja realmente de diminuir as desigualdades nesse país; que a visão capitalista 
exista, mas que não seja selvagem, garantindo somente privilégios para os mais ricos e deixando a grande 
maioria da população no submundo. A educação nos aponta o caminho! Todo esse processo histórico só 
possui sentido se nossa reflexão estiver nessa direção de um mundo melhor para todos os brasileiros. 
Finalmente, que cada governo brasileiro – independentemente de partido – possa olhar para o pre-
sente, incluindo também um olhar para o futuro, a fim de que a nação brasileira deixe de ser explorada, - 
semelhantemente a como éramos no período colonial -, e seja realmente um grande país, não somente na 
geografia, mas em todos os sentidos. 
Podemos afirmar que, sem sombra de dúvidas, a valorização da educação e de seus profissionais é o 
caminho. Assim, esperamos que cada um possa fazer sua parte, pois todo o processo de construção é um 
processo coletivo. Termino esse estudo reforçando a importância da educação e com a noção de que vale 
a pena ser professor! É com esperança que plantamos no coração de cada aluno a perspectiva de vivermos 
em um país realmente justo!
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. Educação e evangelização: a convivência de jesuítas e índios no século XVI no Brasil. Tese de 
doutorado apresentado ao programa de UNIMEP. Piracicaba-SP, 2016. Disponível em https://iepapp.unimep.br/
biblioteca_digital/index.php?prog=DR+-+EDUCA%C3%87%C3%83O+(PPGE). Acesso em: 24 jan. 2023.
GHIRALDELLI, P. Filosofia e história da educação brasileira: da Colônia ao governo Lula. 2. ed. São Paulo: 
Manole, 2009.PALMA FILHO, J. C. Pedagogia Cidadã – Cadernos de Formação – História da Educação – 3. ed. São Paulo: 
PROGRAD/ UNESP/ Santa Clara Editora. 2005. Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/
unesp/337931/1/caderno-formacao-pedagogia_3.pdf Acesso em: 24 jan. 2023.
PAIVA, J. Colonização e Catequese, 1549 - 1600. São Paulo: Cortez, 1982.
STENCEL, Renato História da Educação Superior Adventista: Brasil, 1969 – 1999, UNIMEP PIRACICABA, SP 
2006. TESE defendida no programa de doutorado. Disponível em https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-
online-37016/historia-da-educacao-superior-adventista--brasil-19691999. Acesso em: 24 jan. 2023.

Continue navegando