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ENZO GAMA BATISTA LEITE GABRIEL GONÇALVES PITZER GIOVANNA ROSA DE AZEVEDO JOÃO VITOR FREITAS DE JESUS JOSÉ ARCÊNIO DOS SANTOS NETTO LARISSA DE SOUSA MATTOS JACOMINI BARTOLAZI LUIZE BARRETO PAES DA SILVA MARIA FERNANDA APARECIDA BIANCHINI FERREIRA MARIANA VELOSO ARAÚJO RENATA BERRIEL BORGES SAMUEL SANTOS ALVES ESTUDO DOS ASPECTOS NEUROPATOLÓGICOS E FUNCIONAIS DA DOENÇA DE ALZHEIMER Itaperuna 2022 ENZO GAMA BATISTA LEITE GABRIEL GONÇALVES PITZER GIOVANNA ROSA DE AZEVEDO JOÃO VITOR FREITAS DE JESUS JOSÉ ARCÊNIO DOS SANTOS NETTO LARISSA DE SOUSA MATTOS JACOMINI BARTOLAZI LUIZE BARRETO PAES DA SILVA MARIA FERNANDA APARECIDA BIANCHINI FERREIRA MARIANA VELOSO ARAÚJO RENATA BERRIEL BORGES SAMUEL SANTOS ALVES ESTUDO DOS ASPECTOS NEUROPATOLÓGICOS E FUNCIONAIS DA DOENÇA DE ALZHEIMER Trabalho de revisão bibliográfica apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Medicina ao Centro Universitário Redentor. Orientador: Cileny Saroba. Itaperuna 2022 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 2.MATERIAIS E TEÓRICAS .............................................................................................................. 5 3.BASES TEÓRICAS ......................................................................................................................... 5 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 8 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 9 1. INTRODUÇÃO A doença de Alzheimer(DA) é uma patologia neurodegenerativa mais com acometimento, majoritariamente, tardio, recorrentemente associada à idade. As manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas ocasionam deficiência progressiva e incapacitação, sendo caracterizadas inicialmente pela perda progressiva da memória recente. Após sua evolução, observa-se deficiências de linguagem, na visão e na sensopercepção. Outrossim, habitualmente, observa-se distúrbios comportamentais que incluem agressividade, depressão e alucinações(SERENIKI;VITAL,2008). A doença de Alzheimer (DA) definida, em 1907, pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer como um distúrbio neurodegenerativo gradual e crônico que resulta na perda da memória, bem como vários outros distúrbios cognitivos, pode ser classificada pelo tipo de acometimento: tardio e precoce. A primeira acomete, majoritariamente, indivíduos em torno de 60 anos de idade e ocorre de forma indeterminada, já a precoce, incide com maior poder sobre indivíduos ao redor de 40 anos e aponta recorrência familiar. Sendo assim, a doença de Alzheimer, seja de acometimento tardio ou precoce, pertencem a uma mesma e indistinta unidade nosológica e clínica dentro da medicina(SMITH,1999). Em consequência da neurodegeneração, o portador da doença apresenta incapacidades em sua autonomia e tomada de decisões, o que prejudica todo seu convívio social. A DA acontece de maneira progressiva, o que prejudica, de forma veemente, a autonomia do indivíduo, fazendo com que ele esteja sempre precisando, de forma essencial, de um cuidador que torne possível a realização de necessidades básicas do dia a dia. Os critérios para o diagnóstico clínico da DA, publicados pela National Institute of Communicative Disease and Stroke and Alzheimer Disease and Related Disorders, envolvem testes como, por exemplo, o Mini-Exame do Estado Mental. Nele, a depleção cognitiva pode ser classificada com uma pontuação inferior a 24 pontos, sugerindo exames de imagem (BARROS et al.,2009). Em decorrência do grande número de estudos realizados atualmente sobre a DA, é imprescindível uma revisão bibliográfica sobre a evolução das descobertas relacionadas a essa patologia, tendo como intuito resumir conceitos e trabalhos realizados acerca dos aspectos neuropatológicos e funcionais do DA. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo consiste em uma pesquisa secundária, transversal, prospectiva, acadêmica e de revisão bibliográfica. Os tipos de pesquisas analisadas tem caráter transversal, bem como longitudinal, ensaios e análises conceituais. Para a pesquisa foram utilizados os descritores doença de Alzheimer, fisiopatologia da doença de Alzheimer, neuropatologia da doença de Alzheimer e funcionalidade na doença de Alzheimer. Além disso, utilizou-se o operador booleano AND. Os artigos originais estão em português e estão relacionados com as seguintes temáticas:doença de Alzheimer, fisiopatologia da doença de Alzheimer, neuropatologia da doença de Alzheimer e funcionalidade na doença de Alzheimer. Os bancos de dados que serão consultados são: SCIELO, GOOGLE ACADÊMICO e PubMed. Foram encontrados 564 artigos dos quais foram selecionados. O período de pesquisa vai de 1995 à 2016. 3.BASES TEÓRICAS 3.1 Aspectos neuropatológicos da Doença de Alzheimer. As características neuropatológicas presentes no parênquima cerebral dos portadores da doença de Alzheimer podem incluir acúmulo fibrilares amiloidais nas paredes dos vasos sanguíneos, placas senis e depósito de filamentos anormais da proteína tau. Nesse contexto, observa-se formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação(SELKOE,2001). 3.1.1. Acúmulo de Peptídeo Beta Amilóide e Canais iônicos De acordo com VIEIRA (2014), a DA pode estar relacionada ao acúmulo de Peptídeo Beta Amilóide (PBA) em partes do cérebro. O PBA aglomera-se em placas amiloides, com diâmetro em torno de 10 micrômetros a centenas de micrômetros, podendo ser vistos em múltiplas áreas do cérebro como, por exemplo, no córtex cerebral, no hipocampo, no tálamo, nos gânglios da base e no cerebelo. Nesse sentido, podemos observar quadros demenciais com o desenvolvimento dos canais iônicos na membrana plasmática dos neurônios a partir da PBA, visto que os canais garantem que os gradientes iônicos, bem como o potencial permanente sejam mantidos em toda a sinalização. Dessa forma, quedas, ainda que mínimas, no potencial de membrana conseguem mudar as características do potencial de ação, do limiar de disparo e do potencial de repouso neuronais (DE ALMEIDA HOLANDA,2009). Destarte, como afirma De Almeida Holanda (2009,p.143) “A degradação do potencial de membrana pode também aumentar o influxo de Ca+2 pelos canais de Ca+2 sensíveis à voltagem na membrana celular.” Nesse contexto, estudos parecidos, relatam que outros canais compostos por toxinas conseguem fomentar a morte de bactérias ou células de maneira exponencialmente rápida. Esse fato deve-se, majoritariamente, pela via de escape que sustenta a hipótese de que o vazamento de vários íons por meio dos canais iônicos gerados pelos peptídeos beta amilóide pode levar à morte de células do encéfalo. 3.1.2.Emaranhados neurofibrilares e proteína Tau. Emaranhados neurofibrilares são filamentos de citosol contidos nos neurônios e em sua composição, há, primordialmente, compostos de filamentos helicoidais da proteína na forma fosforilada, chamada tau. A proteína Tau pode ser achada em diversos tecidos. Sua expressão se dá de maneira abundante no sistema nervoso central e periférico. Nesse sentido, ressalta-se a presença de seis isoformas de Tau que foram encontradas em neurônios(FORLENZA;GATTAZ,1998). De acordo com De Paula (2009,p.214) “A expressão das isoformas da Tau é regulada durante o desenvolvimento. Em mamíferos, apenas as isoformas pequenas da Tau são encontradas no cérebro fetal”. Nesse contexto, diz-se que sua principal função está atrelada à gênese e manutenção de contatos interneuronais e processos axonais. Essas são responsáveis pela formação de microtúbulostransportadores de nutrientes e informações dos prolongamentos dos neurônios ao seu corpo celular e vice-versa. Desse modo, inúmeras pesquisas mostraram que a proteína Tau, encontra-se alterada devido a adição disfuncional de moléculas de fósforo. Essa alteração ocasiona lesões que auxiliam no processo de neurodegeneração ocorridos na doença de Alzheimer. Diversos estudos indicam que o acúmulo de Aβ pode ser o evento ativador da hiperfosforilação da proteína tau, porém os fatores que desencadeiam este desequilíbrio ainda não são bem entendidos. Emaranhados neurofibrilares que contêm proteínas tau hiperfosforiladas são encontrados também em outras doenças neurológicas, sugerindo fortemente que estas alterações do citoesqueleto possam ser uma resposta secundária, embora de vital importância, a diversas lesões cerebrais(DE FALCO, 2016,p.66). Os emaranhados neurofibrilares surgem por meio de uma disfunção química bem como uma alteração na proteína Tau. Nesse sentido, de acordo com Pivetta (2008), a proteína desestrutura os microtúbulos, fazendo com que haja a falência desse sistema e, por conseguinte, o decesso desses neurônios. Outrossim, há a constatação de lesões ligadas à ocorrência do Alzheimer, uma vez que a presença dos emaranhados é um fator visível no cérebro quando há a evolução da doença. Figura 01- Progressão da Doença de Alzheimer no cérebro. Fonte: TORRES, Andreia. Demência é associada a mais de 100 condições. Educação em saúde, 2018. Disponível em: http://andreiatorres.com/blog/2018/9/28/demncia-associada-a- mais-de-100-condies. Figura 02- Processos relacionados a evolução da DA nos neurônios. Fonte: MOLARI, Francielle. Alzheimer: evidências fisiopatológicas, diagnóstico e terapia. 2012. 3.2 Aspectos funcionais na Doença de Alzheimer. http://andreiatorres.com/blog/2018/9/28/demncia-associada-a-mais-de-100-condies http://andreiatorres.com/blog/2018/9/28/demncia-associada-a-mais-de-100-condies De acordo com Abreu, Forlenza e Barros(2005) demência é uma síndrome que pode ser caracterizada pelo declínio progressivo e global das funções cognitivas, bem como pela ausência de um comprometimento agudo do estado de consciência que interfere nas atividades sociais e ocupacionais do indivíduo.Nesse sentido, como a doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca demência, observa-se o comprometimento, ao longo de sua lenta evolução, da autonomia dos pacientes. o diagnóstico de demência ou de DA somente necessita de confirmação por meio de avaliação neuropsicológica quando a anamnese e a avaliação cognitiva realizada pelo médico forem insuficientes para o diagnóstico. A limitação da idade de início entre 40 e 90 anos também foi excluída dos critérios atuais.[...] necessidade de exame de imagem, tomografia de crânio ou preferencialmente ressonância magnética do crânio para excluir outras etiologias ou co- morbidades(FROTA et al,,2001,p.9). Assim, inicialmente, observa-se que o paciente apresenta dificuldade em pensar com clareza, confusão e lapsos mentais, demonstrando queda em seu rendimento funcional em tarefas complexas. Outrossim, nota-se uma inclinação para a perda da memória recente e dificuldade para registrar novas informações. Com a progressão, nota-se a queda funcional a partir da dificuldade em desempenhar as tarefas mais simples [...] Nesse sentido, a perda da memória dificulta a aproximação dos pacientes com as pessoas em suas relações afetivas, sociais e familiares(ROZENTHAL; ENGELHARDT;LAKS,1995). A memória biográfica dá o reconhecimento da identidade. Sem lembrar-se de fatos, de lugares e de pessoas, diz-se que há menos da pessoa a cada dia; a mesma fica impossibilitada de se relacionar, cuidar de si, planejar sua qualidade de vida; perde sua razão, autonomia e coerência. Dá-se a impressão que o eu se desvincula das funções cognitivas, garantindo sua sobrevivência apenas(ABREU;FORLENZA;BARROS,2005). 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nesse estudo, infere-se que o desenvolvimento da Doença de Alzheimer pode ser consequência, além de outros, de uma série de fatores biofísicos, relacionados a processos inflamatórios, estresses oxidativos e problemas estruturais. Nesse viés, mediante o presente artigo de revisão, é cabível atestar que a gênese da DA ainda encontra-se em discussão, apesar de plausíveis hipóteses sobre o assunto. Outrossim, abordou-se acerca da perda da funcionalidade e do desenvolvimento cognitivo que acomete indivíduos portadores da Doença de Alzheimer. Desse modo, conclui-se que a memória, tendo uma função central nos processos cognitivos, está atrelada diretamente com atividades que afetam a autonomia do indivíduo. 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, I.D.; FOLENZA, O.V.; BARROS, H.L. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Rev. Psiq. Clín. v.32, n.3, p.131-136, 2005. BARROS, A.C, et al . Influência genética sobre a doença de Alzheimer de início tardio. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 36, n.1, p.16-24, 2009. DE ALMEIDA HOLANDA, M.M. et al. Papel dos canais iônicos na Doença de Alzheimer. Revista Neurociências, v. 17, n. 2, p.141-145, 2009. DE FALCO, A. et al. Doença de Alzheimer: hipóteses etiológicas e perspectivas de tratamento. Quim. Nova, v.39, n.1, p.63-80, 2016. DE PAULA, V.JR.; GUIMARÃES, F.M.; FORLENZA, O.V. Papel da proteína Tau na fisiopatologia da demência frontotemporal. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v.36, n.5, p. 197-202, 2009. FORLENZA, O.V.; GATTAZ, W.F. Rev. psiquiatr. clín. (São Paulo) ; v.25, n.3, p.114-7, maio- jun. 1998. FROTA, N.A.F. et al. Critérios para o diagnóstico de doença de Alzheimer. Dementia & Neuropsychologia, v. 5, n. 1, p. 5-10, 2011. ROZENTHAL, M.; ENGELHARDT, E.; LAKS, J. - Memória: aspectos funcionais. Rev Bras Neurol, 1995, v.31, n.3, p.157-160. SERENIKI, A.; VITAL, M.A.B.F. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul [online]. 2008, v. 30, n. 1. SMITH, M.A.C. Doença de Alzheimer. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 21, p. 03-07, 1999. SELKOE, D. Alzheimer's disease: genes, proteins, and therapy. Physiol Rev. 2001;v.81,n.2,p.741- 66. PIVETTA, M. Na raiz do Alzheimer. Revista Pesquisa FAPESP, p. 1-6, 2008. DIsponível em: <http://www.santoandre.sp.gov.br/biblioteca/bv/hemdig_txt/081113014.pdf> VIEIRA, G.D. et al. A deposição de peptídeo beta-amiloide e as alterações vasculares presentes na doença de Alzheimer. J Health Biol Sci., v. 2, n. 4, p. 218-223, 2014. http://www.santoandre.sp.gov.br/biblioteca/bv/hemdig_txt/081113014.pdf QUADRO COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE CITAÇÃO SISTEMA VANCOUVER ABNT-NBR-10520 Citação direta curta é destacada com aspas duplas. Citação direta curta é destacada com aspas duplas. Citação direta longa é destacada com aspas duplas. Citação direta longa não é destacada com aspas. Apresenta recuo à esquerda de 4 centímetros e fonte menor do que 12. Citação indireta sem aspas. Citação indireta sem aspas. Sistema: numérico, autor-data. Sistema: autor-data Ao final da citação deve-se colocar o numeral arábico sobrescrito, indicando a posição da referência na seção de referências. Citação com até três autores: último sobrenome de cada um dos autores entre parênteses, em letra maiúscula, separados com ;(ponto e vírgula), seguidos pelo ano de publicação e a página. Ao final da citação deve-se colocar o numeral arábico sobrescrito, indicando a posição da referência na seção de referências. Citação com 4 autores ou mais: último sobrenome do primeiro autor entre parênteses, em letra maiúscula, seguidos de et al., pelo ano de publicação e a página. SAMUEL SANTOS ALVES 2022 1. INTRODUÇÃO 2. MATERIAIS E MÉTODOS 3.BASES TEÓRICAS 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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