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CONFORTO 
AMBIENTAL - 
LUMÍNICO 
TÓPICO 9 
 
PROFESSORA MESTRA JULIANA MARA B.M. HYBINER 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Olá, pessoal! Já estamos no módulo 3 de Conforto Ambiental/ Lumínico! 
Até o momento, vocês já compreenderam a importância do estudo do conforto 
ambiental em Arquitetura e como que essa condição de bem estar pode valorizar ou 
prejudicar um ambiente construído, não é mesmo? 
Também já abordamos as principais características da luz natural e vimos que ela é 
um ‘recurso’ e tanto para nossos projetos – porém a luz natural chega até nós com um 
‘pacote’ de calor que, se não compreendermos esse fato, o projeto pode sofrer com a 
radiação direta! Por isso é tão importante sabermos escolher os materiais que irão fazer 
parte de nossas construções! 
Materiais transparentes, translúcidos ou opacos...cores que irão absorver ou refletir 
a luz...além dos outros fenômenos ópticos que estão diretamente associados com o 
fenômeno luz! 
Puxa, muita coisa até agora, não é verdade? 
Esse módulo 3 a atenção deverá ser redobrada: abordaremos sobre a geometria 
solar e o estudo dessa trajetória solar a partir do uso da carta solar! Fiquem atentos aos 
vídeos, web conferências e encontros presenciais, pois iremos fazer vários exemplos para 
não terem ‘sombra’ de dúvida sobre esse tema! 
Iniciaremos esse tópico com os tipos de fonte de luz natural. Vamos lá? 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1: Exemplo de geometria da insolação no programa Sketchup 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=aIeLco1Bwr8 
 
 
 
 
 
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GEOMETRIA SOLAR 
Tópico 9 – Tipos De Fonte De Luz Natural 
Antes de darmos início à observância da trajetória solar e como ela irá influenciar na 
edificação e entorno, apresento-lhes as fontes de luz natural: 
 O Sol 
Essa é a fonte mais conhecida por todos, que é a fonte primária de luz natural. Já 
comentamos algumas vezes sobre a qualidade da luz natural e que a luz solar oriunda de 
forma direta (ou seja, através dos raios solares diretos) exerce uma carga térmica no 
ambiente. 
 
Figura 2: Radiação solar direta provocando efeito de luz e sombra 
Fonte: https://www.homify.com.br/foto/2236442/pergolado-de-ligacao-entre-os-blocos-da-residencia 
 
Curiosidade: a luz do sol ilumina uma superfície normal com 6.000 a 100.000 lux! Com 
isso, a eficácia luminosa da luz do sol é maior que muitas das alternativas de luz artificial 
conhecidas! 
 A abóbada celeste: 
Sabe aquela porção de céu que vemos quando contemplamos um dia bonito? Trata-
se da abóbada celeste! Essa visão de céu funciona como um grande difusor da luz 
natural, resultado da refração e reflexão da luz solar ao passar pela atmosfera. 
Mas, antes mesmo de estudarmos esse conteúdo já sabemos que o ‘céu não é 
constante’, não é mesmo? Têm dias que ele está ensolarado, outros com nuvens 
espaçadas e, às vezes, todo coberto. (E tem dias que todos esses tipos se fazem 
 
 
 
 
 
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presente em um único dia! Sabe por quê? Pois essa é uma característica dos países de 
clima tropical!). 
 
Figura 3: Céu encoberto. 
Fonte: http://www.paratinganoticias.com/2013/11/final-de-semana-de-ceu-encoberto-e-chuvoso-no-sul-e-
oeste-da-bahia.html 
 
Esses tipos de céu são estudados quando o assunto é iluminação natural: a 
aparência da luz, sua distribuição e quantificação estão condicionadas a predominância 
da condição atmosférica da abóbada celeste. 
Em geral, consideram-se três variações de céu real: céu claro, céu parcialmente 
encoberto e céu encoberto. 
 
Figura 4: Tipos de céu. 
Fonte: Adaptado de https://claucallegaro.files.wordpress.com/2013/08/7-caii-iluminac3a7c3a3o-natural-de-
interiores-normas-04mai2016.pdf 
 
 
 
 
 
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Figura 5: Média (em lux) de luminosidade de acordo com os tipos de céu. 
Fonte: Adaptado de 
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/Pesquisa/luz%20natural%20e%20projeto.pdf 
 
 Céu claro: 
A condição de céu claro é considerada quando a abóbada celeste apresenta-se azul 
e sem nuvens. O dia apresenta-se com muitos contrastes de luz e sombra. A presença 
pontual da luz do Sol faz com que a iluminação ao longo do dia seja variável, tanto na 
distribuição quanto na intensidade. 
De acordo com Moore (1991) sob estas condições as superfícies que refletem a luz 
do Sol tornam-se importantes fontes secundárias de luz natural, já que a luz do Sol é 
muito forte para ser usada diretamente sobre uma área de trabalho. 
 
Figura 6: Céu claro. 
Fonte: Adaptado de 
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/Pesquisa/luz%20natural%20e%20projeto.pdf 
 
 
 
 
 
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 Céu parcialmente encoberto: 
É uma combinação de céu claro, de fundo, com nuvens sobrepostas nele. A 
dificuldade neste tipo de céu é padronizar a intensidade de sua luminância, pois esta varia 
ao longo das horas e, pode apresentar-se muito diferente de um dia para o outro, 
dependendo da quantidade de nuvens formadas na atmosfera (MOORE, 1991). 
 
Figura 7: Céu parcialmente encoberto. 
Fonte: Adaptado de 
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/Pesquisa/luz%20natural%20e%20projeto.pdf 
 
 Céu encoberto: 
Esconde o sol e difunde a luz proveniente dele, através das nuvens. A abóbada 
apresenta-se como uma fonte de iluminação, na cor cinza claro e brilhante. Moore (1991) 
salienta que esta distribuição permanece constante ao longo do dia, porém a iluminância 
absoluta do céu varia com a altitude do Sol, (o céu encoberto é mais brilhante ao meio-
dia). 
 
Figura 8: Céu encoberto. 
Fonte: Adaptado de 
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/Pesquisa/luz%20natural%20e%20projeto.pdf 
 
 
 
 
 
 
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Vale ressaltarmos que as condições climáticas regionais exercem um papel direto na 
determinação da configuração básica dos tipos de céu. Por exemplo, em regiões de clima 
temperado o céu é predominantemente encoberto. No clima quente e seco, o céu é claro 
e nos quente e úmido, o céu aparece como parcialmente nublado. 
 
 Reflexo de difusores translúcidos e refletivos: 
Essa terceira fonte de luz é a luz indireta, ou seja, determinada superfície poderá 
refletir mais ou menos a luz natural de acordo com suas propriedades reflexivas. 
Sempre gosto de exemplificar do seguinte modo: imagine duas casas vizinhas, que 
recebem radiação solar direta durante algum período do dia. A casa 1 possui muro lateral 
revestido por vegetação em toda sua extensão. A casa 2, por sua vez, apenas pintou o 
seu muro lateral de tinta branca. Pergunto a você: como a luz natural irá atuar nesses dois 
muros? 
 
Figura9: Como a luz natural irá atuar nesses dois muros? 
Fonte: Adaptado de https://casaeconstrucao.org/projetos/modelos-de-muros/ 
 
Ora, a resposta é bem simples, não é mesmo? Afinal, já sabemos como a luz é 
absorvida quando temos superfícies mais escuras (no caso do muro verde) e como ela é 
refletida em superfícies claras (no caso da parede branca), espalhando-se por todo o 
redor. Logo, o conforto luminoso da casa repleta de paisagismo é muito maior do que a 
 
 
 
 
 
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casa de muro branco – sem contar do conforto térmico que as plantas proporcionam e da 
qualidade estética! 
Por fim, vale lembrarmos que, as camadas de ar próximas aos níveis de atividades 
urbanas podem ser carregadas de partículas e gases poluentes que acabam prejudicando 
a absorção e reflexão da luz natural. Essa, pode chegar nos interiores da cidade com até 
60% de redução, uma vez que as camadas de poluição agem como obstáculos aos raios, 
refletindo-os de volta para o espaço superior (Vianna e Gonçalves,2001). 
De forma resumida e esquemática, temos a figura abaixo com os tipos de fontes de 
luz natural: 
 
Figura 10: Fontes de luz natural. Resumo. 
Fonte: Adaptado de https://pt.slideshare.net/ratosdotecnico/iluminacao-27525173 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
1) Qual a importância do estudo de tipo de céuem projetos de arquitetura? 
2) Qual a principal diferença entre luz solar direta e indireta? 
 
 
 
 
 
 
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Fig.: Luz natural. 
Fonte: http://www.blogdoluxo.com/?attachment_id=33885 
 
3) Céu claro, céu parcialmente encoberto e céu encoberto. Qual (quais) o(s) tipo(s) de 
céu que possuem maior uniformidade da luz? Justifique. 
 
Respostas 
1) A análise dos tipos de céu faz parte de um ‘pacote’ maior, que são os dados 
climáticos de uma determinada região. Ao analisarmos esses dados, teremos 
subsídios o suficiente para um bom raciocínio voltado ao conforto ambiental. Por 
exemplo: Se temos uma região que é caracterizada por chuvas constantes, logo, 
temos que prever acessos à edificação com cobertura e marquises; em uma região 
predominantemente quente, sistemas de ventilação natural devem ser projetados 
para o conforto do usuário, além de projetar meios que bloqueiem a radiação solar 
direta; etc. 
 
2) A luz solar direta, juntamente com a luz natural, emite calor e raios ultravioleta, 
enquanto a luz indireta emite apenas a luz natural. 
 
3) Céu claro e céu encoberto, pois ambos possuem configuração constante (não há 
movimentações de nuvens, o que permite a uniformidade da luz natural). 
http://www.blogdoluxo.com/?attachment_id=33885
 
 
 
 
 
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PESQUISA 
 
Nesse tópico aprendemos sobre as fontes de luz natural, ou seja, a luz natural não é 
advinda apenas da luz solar. 
 Do local que estiver estudando, DURANTE O DIA, descreva todas as fontes de luz 
natural que estão ao seu redor. 
Exemplo: tipo de céu; cores das superfícies do recinto; etc.

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