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Universidade Paulista – UNIP Curso: Psicologia - Campus: Tatuapé Disciplina: Psicodiagnóstico Data: 03/02 Atividade: Resumo do capítulo 2 - Psicodiagnóstico interventivo fenomenológico- existencial ESTÁGIO DE PSICODIAGNÓSTICO No Psicodiagnóstico como prática colaborativa o psicodiagnóstico é visto como uma prática realizada conjuntamente com os pais, a criança e o psicólogo. Os pais e a criança têm uma participação ativa nesse tipo de diagnóstico, atribuindo grande valor às informações trazidas pelos pais, não há uma relação verticalizada, pois o psicólogo não se põe no lugar de quem "detém o saber". Já no psicodiagnóstico como prática compartilhada o psicólogo compartilha com os clientes suas impressões, permitindo que estes as legitimem ou ainda as transformem. Entende-se que é compartilhando que trará uma nova compreensão que possibilite diminuir o sofrimento. Sendo está uma derivada da Psicologia Fenomenológica. No psicodiagnóstico interventivo evita classificações, não pretende montar um quadro estático sobre o sujeito. É um modelo descritivo na medida em que faz um recorte na vida da pessoa, em dado momento e em determinado espaço, focalizando seu modo de estar no mundo, com os significados nele implícitos. Nesse modelo, os cliente tem um papel ativo, participando da compreensão do que ocorre com eles, o psicólogo irá solicitar e valorizar sua participação e percepção com a intenção de produzir novos entendimentos para as questões trazidas. As etapas que constituem o psicodiagnóstico interventivo são a entrevista inicial, a anamnese sobre a história de vida da criança, o contato inicial com a criança e a devolutiva com o pais, a visita escolar e domiciliar, o último encontro com os pais, o relatório final e a devolutiva com a criança. Na entrevista inicial somente terá a participação dos pais, será abordado a queixa trazida por eles e irá ser explicado a forma de trabalhar do profissional, como serão as sessões e sobre o que é de fato o psicodiagnóstico, sua importância e a importância de participação dos pais, será falado ainda sobre as visitas domiciliares e escolar. No segundo encontro será destinado para a etapa de anamnese, que pode ser feita de duas formas. Sendo o primeiro, entregar aos pais, eles levarem para casa e responderem. E no retorno, abordar sobre as respostas e como responderam a elas, se foi apenas um dos pais, se a família se reuniu, se consultaram outros membros e etc. A outra forma é entrevistar os pais durante a sessão, está é preferível, pois possibilita ver e sentir as emoções que os pais refletem com cada pergunta. Começasse pela história de vida da criança pelo período em que os pais se conheceram, sobre os planos e projetos que tinham, sobre namoro, casamento e gravidez. Após isso segue o roteiro clássico de anamnese, mas pode-se fazer perguntas abertas em que os pais respondem livremente. No primeiro contato com a criança nos apresentamos, explicamos nossa profissão e buscamos saber se ela entende o que é e o motivo pelo qual ela foi levada até nós, dependendo da última resposta devemos seguir abordagens diferentes com a criança. A intenção nesse momento será entender as fantasias e temores da criança diante do problema e atendimento. Nessa primeira sessão ocorrerá uma observação lúdica, com uso da caixa lúdica cujo conteúdo inclui material gráfico: lápis preto, de cor e de cera, papel sulfite, canetas coloridas, tinta, pincel; bonecos da família; animais, índios e soldados de plástico; jogos de varetas, dominó, quebra- cabeça, mico, damas; móveis de casa como cama, sofá, armário, mesa, cadeiras, fogão, geladeira; utensílios domésticos, ou seja, panelas, garfos, facas, colheres, pratos; revólver e/ou espada; carros de diferentes tipos, como automóvel, carro de polícia, ambulância; bacia e pano. Durante a sessão conversa-se com a criança e há a tentativa de estabelecer relações entre seu comportamento na sessão e as suas ações em sua vida de modo geral. As sessões devolutivas com os pais são alternadas com os encontros com a criança, possuem o intuito de compartilhas as percepções acerca da criança, seu comportamento no atendimento e como eles se articulam com a queixa de modo geral. As visitas domiciliares e escolares possuem por objetivo entender a criança em relação às circunstâncias em que vive. A última sessão com os pais possui 5 objetivos, que são alinhar as percepções ocorridas durante o processo, trabalhar o desligamento do processo de psicodiagnóstico, avaliar conjuntamente o processo, apontar os aspectos importantes que podem permitir aos pais e à criança continuar suas vidas mais fortalecidos, trabalhar eventuais encaminhamentos ou o desligamento do consultório ou instituição.