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A reparação tecidual trata-se de uma restauração do tecido em que ocorreu uma lesão. Danos de qualquer natureza (química, física, ou biológica) provocam uma série de eventos, de forma simples são basicamente o rubor, calor, edema, e dor. A cicatrização compõe o processo natural de reparação tecidual e realiza a substituição do tecido morto por um tecido novo, que pode ser classificada em primeira, segunda ou terceira intenção. De acordo com Singer, Clark, 1999 é possível separar esse processo de reparação em 3 fases: 1) inflamação, 2) formação do tecido de granulação com deposição de matriz extracelular e 3) remodelação. 
A primeira fase chamada de inflamação é caracterizada por interromper o extravasamento sanguíneo, removendo células mortas e microorganismos. Inicia-se com a deposição de plaquetas que liberam fatores pró regenerativos, ocorre também a cascata de coagulação e a criação de uma matriz de fibrina. Os neutrófilos e monócitos são capazes de remover o tecido desvitalizado, os neutrófilos chegam primeiro ligados a substâncias liberadas pelas plaquetas, também há a presença dos mastócitos liberando elementos de crescimento para a vasodilatação e migração celular. O acréscimo do fluxo sanguíneo e a vasodilatação são os agentes do rubor e calor que ocorrem na lesão. Todas as células de defesa começam a trabalhar sendo assim uma resposta positiva do organismo. 
A segunda fase denominada formação do tecido de granulação com deposição de matriz extracelular há a presença de células chamadas fibroblastos que surgem em grande quantidade depois da estimulação dos macrófagos. De acordo com Junqueira e Carneiro, 2004, “Os fibroblastos são as principais células envolvidas na cicatrização e têm por principal função a manutenção da integridade do tecido conjuntivo, pela síntese dos componentes da matriz extracelular.” Além dos fibroblastos estão presentes as células endoteliais que recobrem os vasos internamente, podendo ser considerada o inicio da cicatrização. Nessa fase há o processo chamado neo-angiogênese, segundo a autora Maria de Fátima G S Tazima:
“A neo-angiogênese é o processo de formação de novos vasos sangüíneos, necessário para manter o ambiente de cicatrização da ferida. Em todas as feridas, o suprimento sanguíneo dos fibroblastos responsáveis pela síntese de colágeno provém de um intenso crescimento de novos vasos, caracterizando a cicatrização por segunda intenção e o tecido de granulação”
A terceira fase cognominada remodelação, a ferida estará preenchida pelo tecido de granulação, nesse tecido terá as fibras de colágeno que darão sustentação para a cicatriz, contudo incluirá o processo de destruição e produção dessas fibras (colagenase), caso ocorra um desequilíbrio surgirá cicatrizes chamadas de queilóides e hipertróficas. Será revestida por células epiteliais que condiz com a cicatrização primária da lesão. Após a cicatrização primária, o colágeno começa a se desfazer marcando o inicio da remodelação, aos poucos a cicatriz definitiva irá surgir. Os miofibroblastos auxiliam nas margens da lesão para o seu fechamento completo. O fechamento completo da lesão irá depender do cuidado bem como as medidas que serão adotadas pelo indivíduo e/ou equipe médica. 
As fraturas podem ser denominadas como perda da continuidade óssea. Em uma fratura fechada não há exposição do osso e rompimento da pele, sendo difícil de identificar. Todavia, alguns sintomas podem auxiliar na identificação, tais como: dificuldade em movimentar, dor no osso em que ocorreu a lesão, edema, formigamento, coloração arroxeada no local etc. 
Bibliografia
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia básica texto/atlas 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 488p.
SINGER, A. J.; CLARK, R. A. F. Cutaneous wound healing. New Engl. J. Med., 341, p. 738-746, 1999.
Artigo: Biologia da Ferida e Cicatrização. Disponível em: file:///C:/Users/coast/Downloads/271-Texto%20do%20artigo-536-1-10-20120208.pdf. Acesso em 06/05/2022. 
Artigo: Mecanismos envolvidos na cicatrização: uma revisão. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcf/a/HXZMLDrTL5B7mrRRqSsbtmh/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 06/05/2022.