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Prova II

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Impresso por thomas brauner, E-mail thomasbrauner15@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 12/03/2023, 11:26:42
ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
1 
SumSumSumSumSumááááárioriorioriorio 
Esquema .................................................................................................................................................................................. 1 
Aula de 07- 05-15..................................................................................................................................................................... 2 
Aula de 14- 05-15..................................................................................................................................................................... 4 
Aula de 21- 05-15..................................................................................................................................................................... 7 
Aula de 28- 05-15..................................................................................................................................................................... 9 
Aula de 11- 06-15................................................................................................................................................................... 11 
Aula de 18- 06-15................................................................................................................................................................... 14 
 
Esquema 
Segurança Jurídica é um conceito trabalho por Fuller e definido como uma composição de oito pré-requisitos que 
precisam ser cumpridos. (Texto do Rei Rex) 
Estado de Direito é uma composição de Segurança Jurídica e de Não Arbitrariedade na aplicação das Leis (a aplicação 
das leis deve ser igual a todos). É ua itude uial das soiedades iilizadas. Ode o Estado de Dieito se 
estabelece, o governo de um Estado, ..., é sempre conduzido dentro de uma moldura ditada pelo Direito. Isso garante 
considerável segurança para a independência e dignidade do cidadão. Onde o Direito Prevalece, as pessoas podem 
saber onde estão e o que são capazes de fazer sem se envolverem em processos civis ou terem que enfrentar o sistema 
de justiça peal.  MaCoik 
Estado Democrático de Direito é o Estado de Direito incrementado de uma vedação de conteúdo discriminatório no 
conteúdo das leis, ou seja, ele veda critérios arbitrários no conteúdo do direito. Por exemplo, o Apartheid na África 
do Sul, havia segurança jurídica e as leis eram aplicadas conforme seu conteúdo normativo (sem arbitrariedade), 
entretanto o conteúdo das leis era arbitrário (diferenciava brancos e negros). O Deoátio ipõe ue 
determinados valores devem ser defendidos e uma lei não pode agredir tais valores de maneira arbitrária, por 
exemplo, a igualdade entre todos. 
Em outras palavras, um Estado sem segurança jurídica é aquele que as pessoas não sabem como agir um Estado de –
Não Direito (ex. Antiga União Soviética); um Estado de Direito garante que há regras e que estas serão cumpridas 
igualmente a todos (sem arbitrariedade), entretanto não há garantia sobre o conteúdo dessas regras (ex. Alemanha 
Nazista); Estado Democrático de Direito possui segurança jurídica, as leis são cumpridas igualmente a todos e as leis 
possuem um conteúdo que não agride os Direitos Fundamentais. 
Obs.: Deve-se entender a diferença de aplicação arbitrária da lei lei com conteúdo arbitrário .   e  
 (Podemos admitir: arbitrário = discriminatório.) 
MacCormick X Rawls 
MacCormick se preocupa mais com a Coerência da Aplicação das Regras; 
Rawls se preocupa com Avaliação dos Critérios, se são ou não arbitrários Coerência dos critérios . . 
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ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
2 
Aula de 07- 05 15-
Texto: As Reformas do Rei Rex de Lon Fuller. (Texto constante do capítulo II do livro Moralidade do Direito) 
Livro Moralidade do Direito (The Morality of Law, 1969) foi escrito por Lon L. Fuller em resposta ao livro o Conceito de 
Direito de Hart. 
Lon Fuller pode ser considerado como um Jusnaturalista; em contraposição, Hart que pode ser considerado um Positivista. 
O texto conceitua Segurança Jurídica a partir de oito requisitos. 
O valor do filosófico do texto está na simplicidade (de um texto intuitivo) que o autor conseguiu sintetizar ideias óbvias e 
evidentes, por isso mesmo, difícil de escrever: 
 
O Papel da Segurança Jurídica no Estado de Direito. 
Onde o exercício do Poder não se dá de forma arbitrária, mas de maneira que obedece às regras de direitos. 
Nesse Estado de Direito os cidadãos não são surpreendidos, eles podem planejar suas vidas de acordo com atuação do 
governo e dos outros cidadãos. 
Há a noção central de Previsibilidade; a atuação dos três poderes não é aleatória, imprevisível, ou arbitrária, e, mesmo a 
margem de manobra Discrionariedade do Agente Público é delimitada. – –
Existe a previsão da forma como as autoridades devem agir, como outros cidadãos devem agir e como podem buscar seus 
direitos no devido processo legal. 
Rule of La pode se defiido oo ua: Regulação das expectativas sociais via regras prévias, quanto aos exercícios 
mais básicos do cidadão. 
 
Análise do Texto das Reformas do Rei Rex. 
Propriedades necessárias para existir o Rule of Law , as quais foram violadas pelo Rei Rex:  
1- Regras Gerais 
É preciso que (1) existam regras e (2) que elas sejam genéricas. 
Casos iguais têm de ser tratados de maneiras iguais, do contrário gera-se arbitrariedade. 
2- Regras Públicas 
As pessoas precisam saber o que pode ou o que não dem fazer. po 
Por exemplo, nos regimes totalitários, as regras não eram acessíveis aos cidadãos e esses podiam ser 
presos sem saber o porquê. 
3- Regras Prospetivas 
As regras de Rex eram feitas naquele momento para decidir sobre coisas passadas. 
O cidadão precisa saber que determinada conduta é crime ou não; é errado uma proibição ser definida 
após o fato já ter ocorrido. 
4- Regras Claras 
Peisa se etedíeis paa ue pessoas eteda e saia oo agi. 
Por exemplo, a Codificação Prussiana de Frederico o Grande, foi um código de mais de 19 mil artigos. 
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ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
3 
Isso impossibilitava qualquer pessoa de saber todos os artigos. 
5- Regras Consistentes 
É preciso haver uma hierarquia de regras. 
Regras específicas valem em conflito com regras gerais. 
Regras não podem ser contraditórias entre si. 
Uma regra diz: faça isso; outra regra diz: isso é proibido. 
No Brasil tivemos essa situação com relação aos cheques. Havia uma regra que obrigava os 
bancos a descontar cheques no ato e outra que dizia que cheques pré-datados deveriam ser 
descontados após a data indicada. O que o banco fizesse (ou não fizesse) com relação a cheques 
pré-datados implicaria numa ação contra lei. 
6- Regras Possíveis de Serem Cumpridas 
Na história tivemos o caso das Leis Draconianas que não eram cumpridas devido excesso de rigidez; 
Ou, o exemplo de uma Lei na Inglaterra que culpava o dono de um estabelecimento caso houvesse 
consumo de droga no local. Isso impunha uma responsabilidade excessiva a quem não tinha poderes de 
controle absoluto do que ocorria no local. Nesse ponto a lei existia com intuito de proibir determinada 
ação,mas era impossível de ser cumprida. 
7- Regras Permanentes 
Regras não efêmeras. 
Por exempli, o aumento de imposto de importação em 1994 no Brasil, do dia para noite teve sua 
alíquota foi aumentada de 20% para 100% e afetou negócio de muitos importadores. 
8- Regras Respeitadas pelas Autoridades 
Se não forem, as decisões tomadas são arbitrárias em desrespeito regras vigentes. às
Exemplos: Juiz que ignora a lei e decide por seus valores individuais, corrupção, regras de incêndio que 
não são fiscalizadas, inocente que é punido, condenado que é inocentado... 
 
Resumindo: Oito Pré-Requisitos para que exista a Segurança Jurídica, para Fuller, dizem que as Regras precisam ser: Os 
1. Gerais; 
2. Públicas; 
3. Prospectivas; 
4. Claras; 
5. Consistentes; 
6. Possíveis de serem cumpridas; 
7. Permanentes; 
8. Respeitadas pelas autoridades. 
 
 
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4 
Aula de 14- 05 15-
 
MacCornick . 2 – Cap
 1- O problema da conciliação entre o caráter argumentativo do direito e as demandas de um Estado de Direito; 
 2- O papel do silogismo jurídico na solução de MacCornick; 
Prof. indicou ler o cap. 7 que é sobre argumentação. Interpretação extensiva, teleológica.... Todos esses termos são muito 
usados no direito são muito bem explicados por MacCornick. 
 
Retomada da aula passada: 
Na aula passada foi visto uma ideia geral de Estado de Direito como sendo a melhor definição para Rules of Law. A certeza 
jurídica (MacCornick) ou segurança jurídica: é saber como os agentes públicos agirão no caso concreto, ter previsibilidade. 
Até mesmo a possibilidade de discrionariedade* por parte do Agente Público estará prevista no marco legal e estará 
delimitada. 
*Discrionariedade é a escolha entre duas ou mais alternativas válidas perante o direito (e não somente 
perante a lei), entre várias hipóteses legais e constitucionalmente possíveis ao caso concreto. 
Arbitrariedade é uma forma agir onde não há no agente qualquer restrição limite. de ou
 
Conhecendo as regras nós sabemos o que esperar tanto dos agentes públicos dos nossos pares cidadãos, pois há uma e 
expectativa que o poder judiciário cumprirá sua função de maneira imparcial e de acordo com a lei. Com isso nós podemos 
nos planejar: fazer financiamento, saber o que precisa para conseguir um diploma de direito... 
Estado de Direito significa Estado onde há Previsibilidade e Segurança Jurídica. 
Quais são as regras que o sistema jurídico precisa dispor para gerar essa Segurança Jurídica? 
Resp.: Segundo Fuller, há oito condições (pré-requisitos) para que o sistema jurídico consiga operar de maneira 
minimamente satisfatória Quanto mais as regras forem respeitadas maior a segurança jurídica. . 
Quanto mais gerais, claras, não efêmeras, públicas, consistentes ... respeitadas pelas autoridades, maior a 
segurança jurídica, maior a previsibilidade. 
É preciso fazer uma observação sobre retroatividade da legislação, em casos excepcionais, a retroatividade fortalece o 
Estado de Direito. Embora pareça contraditório, em alguns casos, como a lei penal mais benéfica que retroage; no fundo 
o fortalecimento está no fato de gerar mais respeito aos indivíduos. 
 
Estado de Direito: 
1. Regras Formais - Segurança Jurídica > 
2. Substanciais -> Respeito a liberdades fundamentais. (Ex. alteração de lei penal retroage) 
 
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5 
Aula de hoje 
Contradição aparente entre o Estado de Direito e aplicação das leis no caso concreto, dado que a lei é genérica e há casos 
de textura aberta que precisa do juiz para decidir casos difíceis. 
(É importante entender o texto de Hart sobre ceticismo e formalismo.) 
Como conciliar uma demanda por segurança jurídica expressa naqueles oito requisitos e a propriedade da textura aberta 
que faz com que seja impossível cumprir os 8 requisitos? O que fazer nessa situação? 
Outra maneira de colocar o problema é c MacCornick faz no cap. 2 sobre o caráter argumentativo das ciências omo
jurídicas. 
 Isso ão sigifia ue o Direito seja sempre certo ao passo em que a moralidade é incerta. O reverso às vezes 
acontece. Ainda que o Direito compreenda ou inclua um vasto corpo de regras, ele pode também ser o palco de 
controvérsias e disputas amargas e infindáveis. A interpretação adequada e a aplicação de regras jurídicas, e a 
prova e a interpretação dos fatos relevantes à aplicação do Direito podem ser questões enormemente 
problemáticas. Teorias acerca do caráter indeterminado da linguagem lançam dúvidas sobre a possibilidade de 
existir a certeza jurídica proclamada pelos defensores do Estado de Direito. Esses problemas se tornam visíveis à 
medida que são apresentados argumentos para colocar em dúvida até mesmo aquelas que haviam parecido ser, 
até então, as certezas mais caras ao Direito. Não menos antigo que o reconhecimento do Estado de Direito como 
ideal político é o reconhecimento do Direito como o campo da argumentação, um ambiente em que a retórica se 
desenvolve com toda a sua elegante e persuasiva, mas às vezes também dúbia, arte. A retórica, então pode voltar-
se contra si mesma. 
.... A ideia do caráter argumentativo do Direito parece jogar água fria nas ideias de certeza e segurança jurídicas. 
Se não pode haver certeza jurídica, como pode o Estado de Direito ter todo o valor que normalmente lhe é dado? 
Qual a perspectiva de se poder reconciliar essas duas ideias? A PRÓPRIA RETÓRICA seria a disciplina à qual 
teríamos que recorrer para tentar encontrar uma reconciliação convincente ou um equilíbrio entre dois lugares 
comuns em aparente otadição.  (MacCormick, cap.2, introdução) 
Se nós formos comparar as ciências exatas e ciências jurídicas veremos muitas diferenças, entre elas veremos a questão 
das Leis Naturais são "estáticas" (previsíveis). Por exemplo, a água em determinada altitude vai entrar em ebulição sempre 
em X graus. 
Se as leis são corretas, os fenômenos vão se comportar daquele jeito necessariamente. E a evolução se dá por precisão. 
O direito é o contrário disso. P começo de conversa, as leis jurídicas não servem para descrever situações necessárias-ara 
suficientes (leis que ditam previsibilidade), ou seja, as Leis Jurídicas servem como guias de conduta. Não está no plano da 
realidade, mas está no plano do dever ser. 
   Não se deve cometer crimes, deve-se pagar imposto, deve-se cumprir contratos , ou nas leis secundárias que nos 
falam dos requisitos de validade para determinar poder. 
 Direito prescreve o que deve ser feito; 
 Ciências naturas descrevem a realidade. 
No direito uma lei é válida se passou pelas regras de reconhecimento. 
Nas ciências exatas uma lei é válida, se o fenômeno que ela explica sempre se dá da mesma forma. Ex. A uma determinada 
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ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
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temperatura a água sempre ferve. 
Mas no sistema jurídico as leis não garantem a previsibilidade dos fenômenos sociais, e a evolução se dá pela distinção de 
casos específicos que não haviam nem sido previstos. Por outro lado, evolução não se dá sempre por precisão, por a 
exemplo, comparar o CC de 1916 e CC de 2002; o primeiro tenta ser o mais preciso possível e o segundo dá priorizaçãoàs 
Cláusulas Gerais e com isso uma maior margem de flexibilidade para decisão no caso concreto e assim diminuir as 
injustiças. 
 
A EVOLUCÃO DO DIREITO É A BUSCA PELA JUSTIÇA NO CASO CONCRETO. 
Evolução também está na forma como o raciocínio jurídico se amplia e se refina ocasionado pelo caso concreto. 
No direito não temos a descrição da realidade, mas a prescrição de condutas a serem seguidas pelos agentes. 
Uma lei natural não pode ser descumprida, se assim for, essa lei ela está mal formulada. A lei jurídica pode, mas com 
consequências para os agentes. 
A ciência natural tem necessidade por exatidão e quanto mais fechar lacunas melhor. Não se pode dizer que quanto mais 
peiso, elho é o dieito. Faz-se necessário que, propositadamen , as regras jurídicas possuam lacunas e sejam vagas te
em determinados pontos. 
No direito não tem como antecipar todas as situações possíveis nos casos concretos, e por isso o legislador, muitas vezes, 
propositalmente, utiliza a textura aberta. 
As leis ci tificas visam descrever relações necessárias de causa-efeito: Elevação da água a 100 graus tem como efeito en
gerar ebulição. 
O direito, ao contrário, ele precisa ser flexível no caso concreto. Se fosse inflexível resultaria em muitas decisões injustas. 
Por exemplo, havia um programa de incentivo a indústria nacional e um dos requisitos para receber o incentivo era que 
todo matéria prima utilizada fosse nacional. E, uma indústria de móveis comprou um sofá italiano que serviria de modelo 
para a fabricação própria com matéria prima nacional. O incentivo foi cancelado por causa da importação do sofá italiano. 
A indústria entrou na justiça para reaver o incentivo, alegou que não havia importado em detrimento à industrial nacional. 
Ganhou a causa porque provou que era um caso excepcional. Ou seja, o direito precisou ser flexível para não gerar uma 
injustiça. 
 
Contrastes ciências naturais com o direto: das
 Precisão x Imprecisão (até desejada direto): no 
 Lei Causa-Efeito x Lei para regular condutas - "dever ser" admitindo textura aberta e/ou exceções . 
MacCornick 
As regras podem ser derrotadas no caso concreto casos excepcionais, por ex. ambulâncias no parque (regra é; veículos , 
são proibidos), perda da isenção no caso da indústria moveleira. 
Hart nega os dois extremos entre ceticismo e o formalismo. Mas sua preocupação era escrever de que maneira os sistemas 
jurídicos funcionam, sua teoria é geral para explicar qualquer tipo de ordenamento jurídico. 
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O título livro de Hart é o Conceito de Direito (serve para regime democráticos, totalitários...) enquanto MacCornick do s 
trabalha o Estado de Direito, foca a análise do direito num regime democrático. 
MacCormick tenta conciliar Estado de Direito e o problema da Argumentação. E depois ele explica sua própria teoria da 
argumentação. Na terceira seção do capitulo 2 ele vai trabalhar preocupação de outros autores que se preocuparam a 
com o mesmo tema. 
MacCormick tenta trabalhar um meio termo entre teoria de ceticismo e textura aberta, e, através da Retórica a 
(principalmente retórica Aristotélica) visando estudar a argumentação jurídica a . 
Obs.: Não será cobrado as referências que MacCormick faz referência no texto que tentam demonstrar esse 
caráter inexato do direito, mas o caráter de persuasão do direito (retórica). 
Ao contrário das ciências exatas que visam à demonstração. O direito não tem nada parecido com isso, no caso concreto 
o que é feito é um trabalho de persuasão do juiz pelas partes. 
Para a ciência do direito o que é importante é saber qual é a aplicação correta da norma jurídica Não porque o juiz . é 
decide daquela maneira, que ela é correta. 
Esses teóricos da retórica, para superar esse problema, devem- pensar na persuasão de pessoas imparciais dotadas de se
conhecimento, de capacidade crítica para detectar falácias no nosso argumento (auditório universal). Essas pessoas, 
devido seu conhecimento e equipamentos teóricos, só seriam persuadidas por bons argumentos. Logo esses argumentos , 
seriam os argumentos aplicáveis em qualquer caso. 
Problema da referência circular da teoria: Bons argumentos são aqueles persuadem auditórios universais, auditórios 
universais são aqueles que conseguem diferenciar bons e maus argumentos... A teoria procedimental de Alexy trabalha 
com um procedimento para tentar distinguir um bom de um mau argumento via razão. ( retomaremos Alexy à frente) 
As teorias, diz MC, foram insuficientes para tratar dessa conciliação entre Estado de Direito e Argumentação Jurídica. 
Ele propõe a sua Teoria da Argumentação. 
 
Aula de 21- 05 15-
 
MacCornick Cap. 3 –
O ESTADO DE DIREITO é composto por: 
1- DIMENSÃO FORMAL (Limitação da discricionariedade judicial): 
I. SEGURANÇA JURÍDICA (8 Requisitos); 
II. DEVIDO PROCESSO LEGAL. 
 
2- DIMENSÃO MATERIAL: 
I. LIBERDADES FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO. 
Mesmo que um Estado cumpra requisitos formais, ele pode não cumprir dimensão material, por exemplo, ter uma polícia 
secreta e positivar sua atuação contra subversivos, nesse caso vai contra as liberdades fundamentais. Logo esse Estado 
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8 
não seria um Estado de Direito. 
MC põe o grande problema para a Ciência do Direito como conciliação das exigências formais para segurança jurídica ex a 
e por outro o caráter argumentativo do direito. conciliação do silogismo (dedução lógica) e a retórica (não é uma A 
dedução lógica). 
Hart se preocupou em demonstrar quão errada eram as teorias formalistas e ceticistas, mas não procurou estabelecer 
uma teoria argumentativa. 
Há graus de cumprimento dos 8 requisitos, não precisa ser grau máximo, mas é preciso que sejam cumpridos 
minimamente para dar previsibilidade e segurança jurídica ao cidadão. Casos pontuais de descumprimento não implicam 
em dizer que não há Estado de Direito. 
Mas os descumprimentos de um requisito desclassificam o país como não sendo um Estado de Direito, ou o não 
cumprimento satisfatório (minimamente) de um ou mais requisitos. 
A zona de penumbra coloca no juiz a responsabilidade de uma resposta concreta, ele tentará ser persuadido pelos 
advogados para que o caso concreto seja ou não contido no âmbito de aplicação da regra. E a questão e se coloca é qu 
sobre Arbitrariedade na aplicação das regras pelo juiz, e o que se busca é eliminar a possibilidade que isso ocorra. Assim a 
teríamos que casos iguais sejam julgados iguais, mesmos pesos e medidas. Em outras palavras, como limitar a 
discricionariedade do juiz? 
A solução proposta por MC tenta retomar o silogismo jurídico, mas reconhecendo suas limitações. Entretanto ele não 
abandona as argumentações jurídicas como gostariam os formalistas. 
O silogismo tem dois papéis fundamentais no processo jurídico: 
1- Estruturar a argumentação jurídica no âmbito do devido Processo Legal – O Processo que vai mapear a discussão 
processual, as áreas de divergência, e tipo de argumentos as partes vão se valer: que
i. Regra (se A é, B deve ser); 
ii. Fatos do caso concreto (A é); 
iii. Pedido/Decisão (B deve ser). 
 
2- Justificação Judicial - Toda decisão judicial vai ser justificada por uma regra geral (critério ou padrão igual para 
todos), que muitas vezes não equivalerá ao texto da lei, pode ser diferente devido aos problemas de textura aberta 
(tanto por problemas de vagueza, quanto dos problemasde exceções), mas sempre as razões dadas para resolver 
os mesmos problemas (casos semelhantes) devem ser as mesmas. Isso tem como objetivo dar generalidade, 
publicidade e caráter perspectivo das regras jurídicas. Deve-se deixar claro o critério utilizado para a decisão do 
julgamento, a motivação pelo qual o caso concreto foi tratado. Nesse sentido, o juiz não está apenas aplicando o 
direito, mas criando direito num sentido qualificado. 
MC é um prolongamento do estudo de Hart, e ele defende que não há como se obedecer minimamente ao Estado de 
Direto sem que tenha que reduzir a margem do arbítrio judicial em que cada decisão particular deve ser embasada por 
uma regra geral e que casos iguais devam ser tratados de maneiras iguais, ou seja as decisões para casos iguais devem ser 
iguais. A questão de padronização das decisões para evitar arbitrariedades dos juízes. Ou seja, um esforço na 
uniformização das decisões para evitar aplicações diferentes por diferenças locais, ou pessoas com valores diferentes. 
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 DEVIDO PROCESSO LEGAL - É uma garantia do Estado de Direito. 
 Uma sentença judicial cria um novo direito (Couture); 
 Serve para explicitar os critérios que o juiz utilizou para sua decisão; 
 Local onde ocorre a análise dos argumentos das partes e há a exposição dos critérios que fundamentam a 
decisão. 
 
PROCESSO DE CRIACAO DO DIREITO 
1. PELO LEGISLATIV Se de acordo com regras gislativas e não indo contra a Constituição, é criado o direito por O – le
atos de vontade dos políticos eleitos; não há necessidade de uma justificação. 
2. PELO JUDICIÁRIO caminho é árduo, tem que ser bem justificado (fundamentado) da razão que aquele caso – O 
descumpre a regra. A fundamentação é necessária, pois os juízes não são representantes eleitos 
democraticamente e devem tornar explícito aquilo que estava implícito no ordenamento jurídico. Logo, o juiz 
deve se ater ao ordenamento jurídico para justificar sua decisão. 
 
Dessa forma, tratamos até aqui da justificação judicial para mostrar que ela não deve ser arbitrária e os critérios por trás 
das decisões devem ser justificadas além do silogismo, pois ele esgotou seu papel de moldar o âmbito da discussão. 
 
Aula de 28- 05 15-
 
Continuação do capítulo 3 
Sociedade Civilizada – possuem regras que possibilitam o convívio – para evitar uma guerra de todos contra todos há uma 
proibição das pessoas buscarem seus direitos com próprias forças e em contrapartida há Processo Jurídico (Couture). 
Esse recurso ao poder judiciário é o recurso último que as pessoas têm para buscar seus direitos. 
Um Estado de Direito pressupõe um poder legislativo que faz as regras e um judiciário que garante sua aplicação. 
Vocabulário do MacCormick: 
(Suporte fático) // (Consequência Jurídica ou Normativa) 
 Se A é // B deve ser 
Garantia de Estado de Direito: Toda decisão deve ser fundamentada, do contrário será considerada nula (tal norma está 
contida na CF). 
Silogismo jurídico estrutura a argumentação jurídica. 
Problemáticas encaradas num processo a partir da visão do réu Esses são as quatro possibilidades que o réu tem –
disponíveis para formular sua tese de defesa, ou as Quatro Formas de Derrotar o Silogismo Jurídico: (pg. 58, cap. 3) 
1. Questões Probatórias; 
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ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
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Ataca-se as provas. 
 
2. Questões sobre o conteúdo da regra (Interpretação); 
Ataca-se a regra. 
Poe exemplo, a ADIN julgada pelo STF sobre reconhecer relacionamento de pessoas de mesmo sexo como 
união estável. Discussão em abstrato: Qual finalidade da regra? 
 
3. Questões qualificação Jurídica dos fatos do caso concreto; 
Subsunção. 
Discussão do fato concreto que ensejou processo. 
Se se aplica o suporte fático. 
 
Exemplo da cobrança de IPTU: 
1- Imaginamos propriedade rural e o município tente cobrar IPTU. 
É propriedade rural logo não cabe IPTU. 
2- E se a propriedade for na zona urbana, mas tem função rural? 
Interpretar a regra do IPTU é o primeiro passo para desatar esse nó e dizer se se deve pagar IPTU 
ou não. (Esse é um exemplo que diferencia os pontos 1 e 2). 
 
4. Questões de Relevância do Precedente; 
A Analogia. 
 
O Estado de Direito não é a busca ilimitada pela verdade, mas se atém ao que está contido no processo. E a decisão do 
juiz, a qual acaba se tornando uma regra não é do mesmo tipo da regra criada pelo legislativo. Para as regras criadas pelo 
legislativo basta vontade do legislador, para o juiz necessita-se de uma fundamentação argumentativa baseada no sistema 
jurídico e no caso concreto contigo no processo ao qual a decisão se refere. 
 
 
Capítulo - MacCormick 10
 
Coerência Consistência ≠ 
 
 Coerência – Conjunto elementos que fazem sentido como um todo; 
 Consistência Conjunto de enunciados que não apresentam contradição entre si. –
 
Exemplos. 
1. Há consistência, mas não há coerência: 
Uma regra diz: Deve-se arrumar cama segunda, quarta e sexta; e bagunçar máximo possível terça, a o 
quinta e sábado. 
 Não faz sentido essa regra, não há coerência; 
 Essa regra é consistente, pois não apresenta uma contradição; 
Uma inconsistência (contradição) seria, por exemplo, a regra dizer que se deve arrumar 
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Ataca-se as provas. 
 
2. Questões sobre o conteúdo da regra (Interpretação); 
Ataca-se a regra. 
Poe exemplo, a ADIN julgada pelo STF sobre reconhecer relacionamento de pessoas de mesmo sexo como 
união estável. Discussão em abstrato: Qual finalidade da regra? 
 
3. Questões qualificação Jurídica dos fatos do caso concreto; 
Subsunção. 
Discussão do fato concreto que ensejou processo. 
Se se aplica o suporte fático. 
 
Exemplo da cobrança de IPTU: 
1- Imaginamos propriedade rural e o município tente cobrar IPTU. 
É propriedade rural logo não cabe IPTU. 
2- E se a propriedade for na zona urbana, mas tem função rural? 
Interpretar a regra do IPTU é o primeiro passo para desatar esse nó e dizer se se deve pagar IPTU 
ou não. (Esse é um exemplo que diferencia os pontos 1 e 2). 
 
4. Questões de Relevância do Precedente; 
A Analogia. 
 
O Estado de Direito não é a busca ilimitada pela verdade, mas se atém ao que está contido no processo. E a decisão do 
juiz, a qual acaba se tornando uma regra não é do mesmo tipo da regra criada pelo legislativo. Para as regras criadas pelo 
legislativo basta vontade do legislador, para o juiz necessita-se de uma fundamentação argumentativa baseada no sistema 
jurídico e no caso concreto contigo no processo ao qual a decisão se refere. 
 
 
Capítulo - MacCormick 10
 
Coerência Consistência ≠ 
 
 Coerência – Conjunto elementos que fazem sentido como um todo; 
 Consistência Conjunto de enunciados que não apresentam contradição entre si. –
 
Exemplos. 
1. Há consistência, mas não há coerência: 
Uma regra diz: Deve-se arrumar cama segunda, quarta e sexta; e bagunçar máximo possível terça, a o 
quinta e sábado. 
 Não faz sentido essa regra, não há coerência; 
 Essa regra é consistente, pois não apresenta uma contradição; 
Uma inconsistência (contradição) seria, por exemplo, a regra dizer que se deve arrumarImpresso por thomas brauner, E-mail thomasbrauner15@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
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cama segunda-feira e que se deve bagunçar o máximo possível na segunda-feira. 
 
2. Não há consistência, mas há coerência: 
a. Caso Sherlock Holmes Vítima é morta e o suspeito é alguém que não mora na casa que ela foi morta, –
logo ele teria que ter invadido a casa para matar a vítima. Mas num depoimento diz-se que o cachorro 
não latiu nesse período que a casa teria sido invadida. Isso é absurdo (inconsistência), porque se houvesse 
invasão o cachorro latiria. 
 Apesar da história fazer sentido no todo*, há um detalhe (o cachorro não ter latido) que implica 
em uma inconsistência. 
 *A história faz sentido no todo (é coerente), pois se a vítima foi assassinada significa que alguém 
a matou. Não faria sentido, por exemplo, se dissesse que estava se procurando o assino de uma 
vítima que se suicidou. Isso seria absurdo, logo, incoerente. 
 
b. Caso do Copo com whisky na mão de Don Corleone Em uma cena do filme Poderoso Chefão, Don está –
segurando um copo, porém na sequência da mesma cena ele não está com o copo na mão. 
 Fica claro uma falha na gravação, gerou-se uma inconsistência. 
 Entretanto essa inconsistência em nada interfere no sentido do filme, não interfere na coerência 
do filme. 
 
Entretanto, num processo, as inconsistências fazem parte dos depoimentos. O que se precisa analisar é o grau de 
inconsistências. Os extremos podem ser ditos da seguinte maneira: por um lado existirem tantas inconsistências a ponto 
de afetar a coerência, por outro, a descrição dos fatos entre as testemunhas foi tão perfeita que parece que os 
depoimentos foram combinados. Esquecer de algo numa narrativa passada é esperado, e nesse caso, necessário para dar 
credibilidade ao testemunho. 
 
A perfeita consistência nos testemunhos gera a dúvida que sobre coerência. Pois essa perfeição na narrativa contada leva 
crer que os depoimentos foram combinados. Pois na prática não há como isso acontecer. 
Aula de 11- 06 15-
 
Cap. 10 (é o principal para a prova). 
 
Alinhamento do vocabulário jurídico de MacCormick (seguindo na linha de Hart): 
 
 Regras = Normas (silogismo); 
 Finalidade = Valores e Princípios. 
 
MC avança além da teria do Hart (limpa terreno jurídico através da textura aberta) e coloca a aplicação da norma de 
acordo com sua finalidade. Ele desenvolve a noção de como a finalidade da regra influência na sua aplicação e como a 
noção de coerência de como a aplicação de uma norma com sua finalidade e sua finalidade no contexto do sistema jurídico 
como um todo. 
 
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A comparação do sentido de uma norma é a com um músico tocando seu instrumento numa orquestra de maneira que 
produza uma sinfonia, coerente com os outros músicos. 
 
MC defende a interpretação teológica e sistemática. A criação de uma regra por uma autoridade sempre tem um objetivo, 
uma finalidade. Se A é (finalidade), B deve ser. 
 
Finalidade de uma norma pode ser um instrumento para uma finalidade maior. Por exemplo, uma lei de transito visa um 
fim imediato (proibido ultrapassar em faixa contínua), mas não é um fim em si mesmo; tal lei busca atingir uma finalidade 
maior, no caso, preservar a vida humana (evitar acidentes e mortes) . 
 
Pode-se distinguir três tipos de finalidades: 
1. Instrumental: 
Ex. Eu preciso comprar um livro para estudar. Para tal ação eu preciso ir até a livraria e preciso pegar o 
ônibus. Pegar o ônibus é um meio para chegar a livraria e comprar o livro para poder estudar. Logo, a 
finalidade de estudar é um fim intrínseco em si mesmo. O livro possui uma finalidade instrumental. 
Há uma busca para atingir fins ulteriores. 
2. Intrínseco: 
Ex. Amizade valorizada por ela mesma. 
Finalidade em si mesmo. 
(Não se espera nenhum favor em troca do amigo, a não ser a amizade pela amizade. Se tivesse objetivando 
algo com a amizade, então ela seria instrumental) 
3. Absoluta: 
O Bem Comum. Aquilo que está por trás de todas as regras. 
MC fala em: Ua ida satisfatóia 
 
Por exemplo a Felicidade. 
Não faz sentido perguntar por que motivo se busca a felicidade. 
 
O papel do Bem Comum é o mesmo papel de um maestro numa orquestra. Coordena as atividades dos 
músicos. Coordena as partes para que o todo faça sentido. 
 
Estado Democrático de Direito Visa promover o conceito do Estado de Direito (imparcialidade na aplicação do direito) – e 
vedar conteúdos arbitrários nas leis, discriminatórios e assim promovendo valores dos Direitos Fundamentais. Todos 
sejam iguais na aplicação das leis sendo que essas leis não tenham conteúdo arbitrário, ou seja, não promova , 
discriminação dos indivíduos. 
 
Toda regra implica em uma discriminação. Ex. Homicídio, implica na discriminação entre quem matou e quem não matou 
ninguém. Mas essa discriminação não pode ser arbitrária. Por exemplo, homicídios cometidos por negros implicam em 
pena de morte, mas homicídios cometidos por brancos implicam a uma pena de 2 a 5 anos de prisão. 
 
De outro lado, a Finalidade Absoluta é o que o Estado Democrática de Direito defende, é finalidade da defesa dos direitos 
fundamentais. 
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Alexy fala do princípio da proporcionalidade cada finalidade protegida no ordenamento jurídica deve ser ponderada no –
caso concreto e não pode ser absoluta em detrimento a outra finalidade, deve ser feito a ponderação entre as finalidades 
para se atingir uma decisão justa. 
 
A coerência normativa é uma condição necessária para haver justiça, mas insuficiente, pois para que o resultado seja justo 
na aplicação do direito é preciso finalidades defe idas pelo ordenamento jurídico sejam moralmente justas. nd
 
A coerência normativa deve ser levada em conta no caso concreto, ao invés de uma aplicação literal da lei. Pois apesar da 
lei em abstrato ser justa, na aplicação do caso concreto ela pode promover a injustiça. Exemplo dos náufragos que 
mataram para comer e sobreviver, se aplicar a lei inglesa do séc. 19 eles seriam condenados, mas se analisar a coerência 
normativa (o sentido do ordenamento jurídico) isso não acontece. 
 
Princípio da Proporcionalidade de Alexy 
 
1º Etapa Adequação a um fim legítimo –
 
Essa regra promove em alguma medida um direito fundamental, ou um bem social valioso.... Promove uma 
finalidade legitima? 
 
Exemplo do julgamento do STF a favor da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Proibição de restringir 
direitos a casais homo afetivos vai contra as finalidades do ordenamento jurídico. 
 
Exemplo 1. Caso real ocorrido na Alemanha. Num determinado local tem-se a tradição de colocar papais noéis de 
chocolate nas árvores de natal. Uma empresa coloca no mercado papai noel de açúcar. Tal caso levado ao 
conhecimento do equivalente ao Procon, este proibiu venda desses papais noéis de açúcar. 
Essa proibição está de acordo com o ordenamento jurídico? Sim, porque a defesa da concorrência justa, boa-fé 
do consumidor e outras finalidades... 
 
Exemplo 2. Direito intimidade versus a não publicação de fotos intimas por revista sensacionalista. 
2º Etapa Ausência de conflito evitável com outra finalidadelegitima. –
Exemplo 1. No exemplo dos papais noéis, será que proibir a comercialização deles não fere outras finalidades 
defendidas pelo ordenamento jurídica, por exemplo, liberdade de comércio? E, esse conflito não seria evitável? 
No caso, há um meio termo que possibilite que o consumidor não seja enganado e que possibilite o comércio? 
A resposta é sim, tem como evitar. Basta colocar no rótulo em letras grandes que é papai noel de açúcar, e não 
de chocolate. 
 Isso harmoniza as finalidades do ordenamento jurídica. Um meio para conciliar dois direitos os . 
 A primeira medida foi excessiva, porque se pode proteger o consumidor sem restringir a livre iniciativa. 
Exemplo 2. Proibir de publicar fotos vai impedir liberdade de imprensa. E não há como achar um meio termo entre 
direito de intimidade e direito de liberdade de imprensa. 
3º Etapa Em que medida a importância de realizar uma das finalidades no caso concreto significa a restrição a –
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outra? 
Exemplo 2. No caso concreto o que pesa mais? O que é mais importante: direito à intimidade, ou direito 
à liberdade? 
O tribunal decidiu que o direito à intimidade, nesse caso, deveria ser protegido. A esfera da intimidade prevaleceu 
frente a liberdade de imprensa no caso concreto. Foi feito uma ponderação de princípios no qual não houve 
possibilidade de se achar u eio teo, e peisou opta ual tiha u peso aio. 
 
Aula de 18- 06 15-
 
Matéria de destaque para a Prova 
1. Texto do Fuller; 
2. Cap. do MC (não precisa saber a respeito dos autores citados referentes as teorias de argumentação). 2 
3. Cap. do MC - Apenas introdução e duas primeiras seções. As maneiras de se derrotar silogismo jurídico 3 4 
dentro do contraditório processual/ como se relaciona com silogismo jurídico. Não é importante seções 3 e 4. 
4. Cap. 10 do MC Capítulo mais importante. Obrigatório a leitura da Introdução (esclarecimento do que é –
coerência e contrasta com consistência) e a primeira seção e diz como coerência opera dentro do estado de 
direito. 
5. Cap. do 11 - Noções gerais de coerência narrativa. 
6. Rawls - Ler Texto de Sandel. 
 
O que MC pretende é uma interpretação teleológica de caráter sistemático. A ideia central de coerência passa por ter 
um princípio, um sentido comum, dentro de um conjunto de normas considerado como um todo. Se pensarmos num 
sistema jurídico de um país, a busca pela coerência entre as normas todo sentido. Por exemplo, faz sentido regras de faz
transito que busquem a proteção, mas não faz sentido ter uma regra de limitar velocidade de acordo com a cor do 
veículo. 
Agora, se pegar todos os institutos jurídicos (cód. Civil cód. Trânsito ) de um país é possível observar que dizem , ...
respeito a uma certa noção de bem comum, as autoridades que criaram regras pensaram naquele problema encaixado 
nas atividades da sociedade. Só faz sentido penalizar crimes contra patrimônio se existir propriedade. Todos os 
institutos jurídicos então encaixados no conceito de haver um Bem Comum de determinada sociedade. 
Faz sentido pensar na interpretação teleológica dentro de um sistema coerente, o qual faz sentido como um todo. 
Analogia da orquestra, para que o resultado seja uma música não a desordem de sons é preciso ter um maestro e um 
para coordenar os agentes. O maestro corresponde ao princípio que dá coerência normativa ao sistema jurídico. A 
Finalidade Absoluta. 
Interpretação sistemática pode ser vista sob a ótica do princípio da proporcionalidade: nenhuma finalidade pode ser 
tomada em absoluto, deve ser feita a ponderação entre princípios no caso concreto. 
Para esta disciplina tomamos os vocábulos Regras e Normas como sinônimos, Princípios e Valores também. 
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Há três tipos de finalidade: Fim que pode servir de meio, finalidade intrínseca e finalidade absoluta (proteção serie de 
direitos fundamentais – Bem Comum). Essas três finalidades se relacionam dentro de um sistema coerente . 
Caráter argumentativo no processual e papel da justificação judicial para MacCormick e o resgate do silogismo jurídico. 
Silogismo é o ponto de partida e o ponto de chegada no processo, mas a discussão não se reduz ao silogismo, há a teoria 
argumentação que preenche a moldura criada pelo silogismo. 
A teoria da argumentação justifica os 4 eixos de debate constituídos por argumentos que não se esgotam em silogismo 
(meios de defesa do réu cap3, pg. 58) os quais não são argumentos lógicos, não são meras deduções – , . 
Como se avalia se a versão dos fatos apresentados pelos fatos é coerente? Coerência narrativa. 
As partes vão tentar convencer juiz que sua versão a versão correta no decorrer processual. O juiz no estado de direito é 
é alguém que não tem relação c as partes e os fatos precisam ser provados, ele analisa a versão dos fatos om
indiretamente pelas provas apresentadas, ele vai julgar pelos fatos passados Por exemplo, discussão processual da . a 
validade de um contrato o contrato é apresentado assinado e a outra parte diz que a assinatura nao é dela. O juiz – –
decide qual versao dos fatos é coerente. 
A partir das provas, por mais falíveis que sejam, existem parâmetros de racionalidade para que provas sejam 
consideradas no processo. A prova tem que ser válida não pode ser verossímil, parte- do instrumento processual do , se
contraditório para verificar se a prova é válida ou não. 
O caso do Sr. Smith e suas três esposas que morreram na banheira da mesma maneira. Poderia se investigar se a 
banheira teria algum problema, ou se havia algum fator externo, por exemplo, alguma corrente elétrica. Ou se deveria 
investigar o Sr. Smith? 
É consistente dizer que ele é culpado? Essa é uma versão coerente dos fatos? 
Resp. É coerente, pois faz sentido. É de se suspeitar que ele tenha assinado as três esposas, dado que 
esse tipo de morte tem uma probabilidade baixíssima, três vezes então, muito mais baixa. 
A versão de que as três esposas se afogaram na banheira é coerente? 
Resp. Não é coerente, não faz sentido dado a probabilidade ser muito baixa. 
Há possibilidade de se descobrir que ele é inocente? 
Resp. Sim, mas tudo leva crer , salvo se haja outra explicação externa, ele é culpado. que
Para tirar a conclusão usou-se: 
1. Evidencias cientificas - Relações causa efeito raro mulher daquela idade naquelas circunstâncias – é 
morrerem; 
2. Testemunho do advogado do Smith que dá o motivo, a razão para que ele tenha matado as mulheres. 
(Consulta ao advogado sobre herança uma semana antes da primeira morte ) 
Coerência normativa: todos serão julgados sem arbitrariedade. Mas não garante que as finalidades das regras não sejam 
injustas. 
Regras injustas podem ser aplicada de forma igual para todos. Exemplo do Nazismo, a regra era: todos os judeus devem 
ser mortos. Pessoas que não fossem abrangidas pela regra não eram tratadas dessa maneira; e que todos os judeus 
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eram tratados dessa maneira. A regra era cruel e com conteúdo totalmente injusto e arbitrário, mas a aplicação não era 
injusta, ela tratava todos de igual maneira, sem arbitrariedade. 
A Decisão do caso concreto só serájusta se a norma for justa. O parâmetro avaliativo para dizer que a regra é justa é se 
se a norma se justifica dentro do Estado Democrático de Direito. 
 
Rawls A questão da Equidade –
Rawls não é consenso, mas é o ponto de partido da discussão, além de ser o autor da teoria mais nos últimos 40 anos 
sobre Justiça. Ele relaciona o papel do conceito de direito para filosofia do direito levando para entendimento de o 
justiça. Ele trabalha dando respostas para velhas questões, bem como levantando novas questões. 
Rawls: 
O que ele quis justificar? 
 O polea: Quais são os ais apopiados paa ua soiedade deoátia ue ão apeas pofessa, as 
realmente deseja levar a sério a ideia de que os cidadãos são livres e iguais, e tenta realizar essa ideia em suas 
piipais istituições?  Justiça oo euidade, $ . 
Quais as implicações de querer tratar todos os cidadãos com igual respeito e consideração. 
 Utopia realista ($1.4) Utópico. porque busca um ideal, realista porque não quer alterar a pessoas (trata elas –
como são) 
Ele trata das pessoas tais como elas se apresentam na realidade. Ele não é um teórico que quer alterar a 
natureza humana. 
 
Começando a responder... 
 Noção da sociedade como um empreendimento cooperativo ($2.2.) 
 Cooperação x mera coordenação (pode ser uma sociedade que autoridade distribui atividades para cada 
indivíduo, sem que eles entendam o motivo, algo similar ao exemplo do Rei Rex. As pessoas respeitavam 
Rex, mas não havia cooperação); 
 Aceitação recíproca dos termos equitativos de cooperação: 
Quando essa cooperação é feita em termos justos; 
Termos de cooperação não como um consenso da maioria, mas algo aceito e justificado por 
todos. Eu aceito, porque os outros aceitam; e os que não aceitam a sociedade vai tentar coagi-
los a aeita. 
 Vantagem racional de cada participante sob sua perspectiva: 
A pessoa, ao participar do sistema cooperativo, percebe que é algo benéfico para si. Vantajoso 
para todos. 
 
Pressupostos 
 Circunstâncias da justiça ($ 2.4) 
 Escassez moderada: 
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 Não há justiça num ambiente de extrema pobreza, onde não haja o mínimo; 
 Se os recursos fossem ilimitados, abundantes para dar conta de todos os desejos de todas as 
pessoas não teria sentido ter justiça de ter o que distribuir; 
 Numa escassez moderada há o que dividir e se faz necessário. 
 Altruísmo limitado: 
 Sociedade totalmente altruísta não precisaria ter justiça, pois sempre se daria preferência ao 
outro; 
 Se não houvesse nenhum altruísmo não teria como ter justiça, pois não haveria freio moral ou 
como a sociedade coagir o cidadão; 
 Nós pensamos no outro, mas de forma limitada. O que faz a justiça possível e necessária. 
 Pluralismo razoável de concepções abrangentes de bem: 
 Os mais diversos indivíduos com diferentes concepções religiosas, ateus, finalidade de vida 
diferente. 
 O razoável refere-se que a pessoa, por mais que acredite em determinada coisa, jamais vai 
tentar usar aparato da sociedade para tentar impor a sua crença e ela deve respeitar os outros 
como ela é respeitada. Convivência entre as crenças sem tentativa de imposição. 
 
(Princípios dele tratam da sociedade como um todo, não se pode usar seus princípios no critério da escolha para um 
evento, por exemplo, para a escolha do Oscar. ) 
 
Aplicação 
 Estrutura básica da sociedade ($$ 4 e 12.2) 
 Instituições 
 Regras 
 Procedimentos 
 Utilidade 
 Avaliação de sistemas de cooperação social 
 Justificação de políticas públicas ($$9 e 12.3) 
 Exigências da legitimidade democrática 
 Determinação do espaço para a desobediência civil 
 
Sujeitos da distribuição 
 Cidadãos concebidos como livres e iguais ($7) 
 Faculdades morais ($7) 
 Capacidade para formular uma concepção de bem; 
 Ação mediada pela razão; 
 Noção de coerência nas ações dos cidadãos. 
 Capacidade para obedecer às regras de um sistema justo por elas mesmas: 
 Conferir finalidade intrínseca ao sistema de regras, o reconhecimento do que as regras são 
justas. 
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 Ele não está sendo utópico em dizer que as pessoas sempre agem como agem, pois acreditam 
na finalidade intrínseca, por outro lado os seres humanos têm capacidade para entender que 
devem obedecer às regras. 
Ex.: Está chovendo, estou atrasado, não há vaga para estacionar, apenas vaga reservada 
para deficiente. O ser humano é capaz de entender não deveria estacionar ali, pode que
o fazer ou não. 
Objetos da Distribuição 
Quais bens são distribuídos? 
 BENS PRIMÁRIOS (17.2): Tudo aquilo que a consecução razoável de bem pode exigir: 
 Direitos e liberdade fundamentais em um Estado Democrático de direito (privacidade, integridade física, 
liberdade de expressão, liberdade de crença...); 
 Liberdade de movimento e de livre escolha de profissão; 
 Poderes e prerrogativas de cargos e posições de autoridade e responsabilidade; 
 Renda e riqueza (instrumento universal de troca em um mercado); 
 As bases sociais do autorrespeito. 
Rawls não se posiciona com relação ao modelo econômico adotado (capitalismo ou socialismo) apesar de ter escrito no 
auge da guerra fia, em 1971. A sua teoria pode ser aplicada tanto com propriedade individual ou coletiva, mas precisa 
ter liberdade (o que não havia na URSS) e precisa haver razoabilidade na distribuição de riqueza entre os cidadãos que (o
não havia no capitalismo). Num momento que havia uma ideia de trade off entre liberdade e igualdade ele conseguiu 
formular teoria conciliando a liberdade e a igualdade . 
Rawls é conhecido nos EUA como um Liberal democrático com preocupação social. Algo próximo a concepção de –
social democracia. Isso não se confunde com comunitarismo, porque em alguns momentos bens coletivos prevalecem 
sobre bens individuais, mas Rawls parte do princípio da liberdade do indivíduo. 
Exigência de imparcialidade 
Como diferenciar o que é um direito inerente (reinvindicação de um salário digno) de um interesse (tentativa de ganhar 
sempre mais). 
 Para que todos sejam tratados com igual respeito e consideração, a escolha dos princípios de justiça para avaliar 
a adequação dos critérios de igualdade das regras jurídicas deve ser imparcial ($25): 
 Eliminação de fatores moralmente arbitrários que podem resultar em favorecimento indevido, como 
características pessoais ou a posição na sociedade de um indivíduo; 
 Desconsideração das concepções abrangentes de bem em favor de uma concepção política que seja 
compatível como pluralismo razoável. 
O procedimento teórico 
O agueto poede de ua fição, de u oo se. 
 Configuração de uma posição original ($6) 
 Carter hipotético 
 Indivíduos autointeressados (não são nem egoístas, nem invejosos mas sempre vão preferir mais que –
menos) 
 Véu da ignorância (não tem como puxar brasa para seu assado) 
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direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 12/03/2023, 11:31:53
ESQUEMA DE ICD II _ DIR 3305 - PROVA 2 SERGIO SOMENZI JR
 
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 Características pessoais (Não vão saber suas características pessoais fracos ou fortes, doentes –
ou não, atraente fisicamente, talentos em matemática ou esportes ) ...
 Posição que ocupará na sociedade (se estarão entre os mais favorecidos ou menos) 
 Concepção abrangente (aque dedicarão na vida, se possuem religião ou não ) se ...
Como garantir que vai ter acesso a maior quantidade de Bens primários possíveis? Usa-se o véu da ignorância, o 
interesse não vai ser contaminado pelo interesse individual, mas terá um interesse puro seja lá qual for sua posição na 
sociedade, suas características o concepção de finalidade de vida. u 
Os princípios escolhidos ($13.1) 
1. Cada pessoa tem o mesmo direito irrevogável a um esquema plenamente adequado de liberdades fundamentais 
iguais que seja compatível com o mesmo esquema de liberdade para todos; e 
2. As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições: 
a. Primeiro, devem estar vinculadas a cargos e posições acessíveis a todos em condições de igualdade 
equitativa de oportunidades; - Igualdade e Oportunidade. 
b. E, em segundo lugar, tem de beneficiar ao máximo os membros menos favorecidos da sociedade 
(princípio da diferença) [utopia realista] 
Um arranjo social de total igualdade pode não ser o melhor, e um arranjo desigual pode ser melhor p todos, desde que a 
desigualdade não seja extrema.

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