Prévia do material em texto
Nome: José Paulo Fernandes Teixeira Matrícula: 2022300926 Curso: MBA em Gestão de Processos Disciplina: Análise Estratégica em Gestão de Pessoas Profª Denise de Fátima Gabardo N1 – Análise Estratégica em Gestão de Pessoas Introdução Essa dissertativa tem como propósito responder ao seguinte estudo de caso: Trata-se de uma empresa do Estado do Paraná que comercializa produtos tecnológicos e deseja crescer expandindo o seu mercado. O proprietário de uma empresa de produtos tecnológicos precisa elaborar um planejamento que o direcione para tomadas de decisões pertinentes e inteligentes para ampliar e atingir outras localidades com a abertura de novas lojas. No entanto, formar uma equipe de alta performance implica investir no capital humano para conquistar os resultados de excelência com o projeto de expansão dos negócios. Nesse sentido, como esse projeto de expansão deve ocorrer para seu desenvolvimento? Estratégia é “a arte de planejar e colocar em prática ações que objetivam alcançar ou manter posições que privilegiem planos futuros” (ALMEIDA, 2015, p. 6). Oliveira (2013, p. 6) relata que é possível definir o termo “estratégica” como “uma situação em que existe uma identificada, analisada e efetiva interligação entre os fatores externos e internos da empresa, que visa interagir com as oportunidades e ameaças”. Desenvolvimento do Caso De acordo com o cenário acima, para que seja possível criar estratégias e vantagens competitivas, é necessário que se compreendam as dinâmicas interna e externa que envolvem a empresa citada, e na sequência, alinhar a melhor atuação da área de Recursos Humanos. Gerenciar pessoas significa conhecer conceitos de estratégia, gestão e planejamento, além de reconhecer as capacidades do capital humano, os quais são os ativos mais distintivos e renováveis que uma empresa pode adquirir. Para entendermos todo o contexto organizacional que a empresa está almejando, como sugestão seria realizar uma análise de SWOT que é uma ferramenta indicada para elaborar o planejamentos estratégicos, ou seja, se trata de olhar para dentro da empresa e ao mesmo tempo para o mercado e entender qual o cenário atual visando: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Neste caso, é importante reunir as lideranças envolvidas nesta estratégia e levantar as forças e fraquezas internas para analisar os diferenciais e o que precisa melhorar, em seguida, fazer o mesmo com o ambiente externo e encontrar as oportunidades e ameaças que impactam a empresa. O planejamento é um processo que implica “definir objetivos, desenvolver premissas quanto às condições futuras, analisar alternativas de ação, escolher um curso de ação entre as várias alternativas e implementar o plano e avaliar resultados” (CHIAVENATO, 2010, p. 195). “É premissa básica que os profissionais envolvidos tenham pleno conhecimento do assunto em si” (OLIVEIRA, 2013, p. 113). Com a conclusão desta análise, poderá dar início de fazer sua estratégia chegar ao que se pretende e quais dados precisam ser levantados que poderão auxiliar no caminho para o sucesso, por exemplo: ▪ Conhecer os custos de expansão da empresa; ▪ Preparar seus colaboradores para esta nova fase; ▪ Alinhar os objetivos da empresa aos gestores; ▪ Estabelecer indicadores e metas que serão mensurados. O processo decisório é complexo e implica a realização de diversas ações e, como aponta Chiavenato (2010, p. 256), “identificar a situação, obter informação sobre a situação, gerar soluções, avaliar as alternativas e escolher a solução, transformar a solução em ação efetiva e avaliar os resultados obtidos”. Como o proprietário da empresa aposta na força do trabalho, ou seja, na contribuição do capital humano, tal pensamento deve estar alinhado com a política de recrutamento e seleção por meio do Gerente de Pessoas, isto é, a empresa deve estar preparada para receber e escolher os futuros colaboradores. Implantar um departamento de recrutamento e seleção assertivo poderá evitar diversos problemas como: contratar um colaborador que não está de acordo com as premissas da empresa, que não possui as qualificações adequadas, diminuir o turn over (ligado a gastos além do necessário). Para agregar talentos, a empresa poderá ainda selecionar candidatos internamente, no mercado externo ou a partir da combinação de ambos, ficando a critério da gestão. Obter informações sobre o cargo a preencher ou a definição das competências requeridas pela organização são fatores indispensáveis para o processo. O objetivo do processo de seleção “é produzir informações que permitam predizer o desempenho do candidato no cargo a ser ocupado” no mercado (MAXIMIANO, 2011, p. 158). Importante que a vaga seja divulgada de forma efetiva para atingir ao público alvo e ter ferramentas assertivas para a seleção como testes de habilidades, comportamentos e o que mais for necessário de acordo com o perfil da vaga. O processo seletivo, geralmente, combina várias técnicas de seleção e metodologias que variam de acordo com o perfil e a complexidade do cargo a ser preenchido. As técnicas de seleção auxiliam o processo e são agrupadas em categorias, como: “entrevistas, provas de conhecimento ou capacidade, testes psicológicos, testes de personalidade e técnicas de simulação” (CHIAVENATO, 2014, p. 127). É recomendável o uso de tecnologias de apoio para a área de recursos humanos nos processos seletivos, assim, será possível separar as melhores opções para a análise do profissional, com maior assertividade, rapidez e economia. Com a tecnologia, também é possível monitorar e avaliar o desempenho dos candidatos nas entrevistas/dinâmicas realizadas no processo. Para o caminho do sucesso, a empresa deve formar equipes talentosas, ágeis, empreendedoras e dispostas a assumir riscos, e, para isso, o intenso treinamento e a preparação das pessoas se tornam indispensáveis. É de suma importancia que a empresa ofereça meios para que seus colaboradores se qualifiquem, oferecendo treinamentos, cursos, workshops para que desenvolvam suas competências e habilidades, isto impactaria como resultado positivo para a empresa. O propósito do treinamento é “aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos influenciando seus comportamentos” (CHIAVENATO, 2014, p. 310). A formação de equipes de alta performance requer um planejamento eficiente das ações que serão adotadas no desenvolvimento das habilidades e competências individuais para montar uma equipe de qualidade. Um excelente desempenho profissional estimula a produtividade e potencializa melhores resultados. Com isso, o RH surge como um importante aliado tanto da empresa, quanto dos colaboradores, para conectar objetivos e necessidades. Isso ganha força quando é realizado na tarefa, ou seja, quando o funcionário tem a oportunidade de aplicar cada um dos “assuntos aprendidos e começa a ver, na prática, os efeitos dos resultados que o processo de planejamento estratégico vai, ao longo do tempo, proporcionando para a empresa” (OLIVEIRA, 2013, p. 113). Para impulsionar os negócios, é preciso que a empresa conte com competências organizacionais decorrentes do capital humano, como: “habilidades e competências, atitudes, compromisso, adaptabilidade e flexibilidade, desempenho e foco em resultados”(CHIAVENATO, 2014, p. 477). Para a empresa em questão, contar com profissionais especializados na composição das equipes torna-se uma vantagem competitiva no mercado, mesmo assim, os desafios são complexos. A dinâmica do mercado sugere novas e constantes estratégias, como manter a equipe motivada, envolvida, comprometida e em um processo contínuo de treinamento e desenvolvimento para que a empres alcance os resultados esperados. Em vista disso, é preciso que sejam definidas com clareza a estratégia da empresa e se verifique se há alinhamento com o desempenho e os resultados organizacionais desejados. Segundo Stadler (2014, p. 71), as estratégias “não valem nada se não tivermos boas pessoas. As pessoas devem vir em primeiro lugar. As estratégias vêm depois”. O sistema de RH é “o fator crítico da influência estratégica da área de recursos humanos” (BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001, p. 14). A iniciativa da empresa para desenvolver indicadores de ativos intangíveis – capital humano – torna-se indispensável. O desenvolvimento de um sistema de mensuração do desempenho exige a compreensão e a definição da estratégia competitiva e das metas organizacionais, além da identificação das competências e comportamentos dos funcionários para que se atinjam os objetivos da empresa. O Gerente de Pessoas poderá aplicar ferramentas de KPI, pois a mesma fornece resultados mensuráveis e quantificáveis e com as demonstrações de resultados será possível aperfeiçoar o desempenho dos colaboradores, identificando os que estão com o desempenho abaixo e acima do esperado. Com as demonstrações individuais de cada colaborador, incentivaria a trabalharem de forma mais eficaz, podendo até mesmo ser criado um plano de recompensas para atingimento das metas. Conclusão A empresa, para alcançar seus objetivos, precisa de vantagens competitivas e valor perante os concorrentes. Os fundamentos dos conceitos de gestão, planejamento e estratégias tornam-se cada vez mais requisitados pelos gestores que buscam melhores soluções organizacionais. Formar equipe de alta performance passou a ser o desafio para os profissionais de gestão de pessoas que procuram, em uma nova arquitetura organizacional, recrutar, selecionar, treinar e desenvolver o capital humano desejado pelas empresas. Referências Bibliográficas: ROTEIRO DE ESTUDOS, IBMR – Análise Estratégica em Gestão de Pessoas - Autora: Dra. Renata Martinez - Acesso em: 5 mar 2023. ALMEIDA, A. V. (org.). Planejamento estratégico em recursos humanos . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. OLIVEIRA, D. P. R. Administração estratégica : a competitividade para administrar o futuro das empresas. São Paulo: Atlas, 2013. CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos . Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas : o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Barueri: Manole, 2014. MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. STADLER, A. Gestão de pessoas : ferramentas estratégicas de competitividade. Curitiba: Intersaberes, 2014. BECKER, B. E.; HUSELID, M. A.; ULRICH, D. Gestão estratégica de pessoas com scorecard : interligando pessoas, estratégias e performance. Rio de Janeiro: Alta Books, 2001.