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Tut� 02: Objetivo 1: conceituar gastrite aguda e crônica. GASTRITE AGUDA: infiltrado neutrofílico. GASTRITE CRÔNICA: infiltrado linfocitário. Objetivo 2: distinguir (compreender) e explicar os tipos de gastrite (alcoólica, H. pylori e AINEs). GASTRITE ALCOÓLICA: álcool➞maior produção de HCl ➞ irritação da mucosa. ● Gastrite hemorrágica (forma aguda): causa úlceras. ● Gastrite atrófica multifocal (forma crônica): destruição contínua do epitélio ➞ atrofia do epitélio (mecanismo de proteção) ➞ agressão as cél. parietais ➞ anemia megaloblástica (devido a falta de absorção da B12). GASTRITE POR H. PYLORI: ● Aguda: infecção por H. pylori <2 semanas. ● Crônica: infecção por H. pylori >2 semanas. Fisiopatologia: H. pylori na superfície das cél. epiteliais (sem invasão da mucosa) ➞ produção de enzima que se parece com a urease ➞ degradação da uréia em amônia (neutralização) ➞ sobrevivência no meio estomacal. ● O H. pylori tem o gene CagA (induz uma resposta imune mais exacerbada) e o gene VacA (rompe a barreira celular epitelial, suprime a resposta das células T e altera o equilíbrio proliferação-apoptose nas células gástricas). ○ Esses genes influenciam na capacidade da infecção em desenvolver neoplasias estomacais (linfoma MALT e câncer gástrico). Manifestações clínicas: normalmente assintomático, pirose, náuseas, dor no epigastro, … Diagnóstico: EDA + biópsia (teste da urease), teste do antígeno fecal, PCR, teste respiratório da ureia com carbono 14, e teste farmacológico com IBP (antes de tudo por 8 semanas). Tratamento: ● IBP + amoxicilina + claritromicina (ATB por 14 dias e IBP por 30). ● IBP + bismuto + metronidazol + tetraciclina (ATB por 14 dias e IBP por 30). ● O tratamento deve ser realizado em: ○ Sintomático. ○ Se tem risco/histórico de câncer de estômago e linfoma MALT. ○ Se realizar uso de AINEs de forma crônica. ○ Se vai realizar cirurgia de estômago. GASTRITE POR AINEs: Etiologias: uso contínuo de AINEs. Fisiopatologia: uso de AINEs ➞ inibição de COX-1 ➞ inibição na produção de prostaglandinas ➞ menor produção de muco➞ agressão pelo ácido. Tratamento: para de usar AINEs e iniciar uso de IBP. Objetivo 3: descrever a doença ulcerosa péptica (úlcera e gastrite). DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA: lesões em segmentos de mucosa gástrica, secundárias ao efeito do ácido. Fatores de risco: H. pylori, AINEs, tabagismo, álcool, … Manifestações clínicas: ● Duodenais: dor constante, que inicia após a alimentação (dói ➞ come ➞ melhora), clocking (acordar a noite por causa da dor), e ganho de peso. ● Gástrica: come➞ dói. Fisiopatologia: desequilíbrio entre os fatores de proteção e de agressão. ● As úlceras são causadas por um aumento na produção de gastrina, que leva a um aumento na produção de HCl, que causa a lesão. ○ Esse aumento na produção de gastrina pode ser causado pela síndrome de Zollinger-Ellison. Complicações: hemorragia (hematemese), perfuração (abdome agudo perfurativo - abdome em tábua com paciente imóvel) e obstrução. ● Perfuração de úlcera ➞ peritonite (dor súbita extrema que o paciente não consegue se mexer e abdome em tábua - duro) ➞ raio-x sentado (observa-se pneumoperitônio) ➞ cirurgia➞ ATB + IBP. Diagnóstico: EDA (biópsia e teste da urease) e níveis de gastrina (apenas se tiver suspeita de síndrome de Zollinger-Ellister). ● Classificação de Johnson. ● Classificação de Forrest. Tratamento: erradicação do H. pylori (quando presente) e fármacos supressores de ácidos. Objetivo 4: descrever o adenocarcinoma gástrico. ADENOCARCINOMA: ● Classificação de Lauren: ○ Intestinal: bem diferenciado, com presença de glândulas, e ocorre mais no antro. ○ Difuso: pouco diferenciado e ocorre mais na cárdia. ■ Pode levar a células em anel de sinete (produtoras de mucina). Fatores de risco: tabagismo, obesidade, polipose adenomatosa familiar, carência de vitamina A, C e E, fator hereditário (E caderina), gastrite atrófica crônica, … Etiologias: sequência de mutações K-ras, Ki-ras, TP53, DPC-4 e beta-catenina, pH intraluminal baixo, baixo tempo do trânsito do quimo, … Fisiopatologia: ● Via de sequência adenoma-carcinoma (APC/beta-catenina): mutações no gene APC➞ com a perda de função da proteína APC, a beta-catenina fica livre e desloca-se ao núcleo ➞ ativa fatores de transcrição de alguns genes cujos produtos induzem proliferação celular. ● Via de instabilidade de microssatélites (IMS): alterações nos genes de reparação do DNA (aumentam a proliferação celular ou diminuem a apoptose) ➞ em reparo do DNA ➞ erros de replicação não são corrigidos e originam mutações. ○ Microssatélites são pequenas sequências repetitivas de nucleotídeo altamente polimórficas no genoma e muito sujeitas a mutações. Manifestações clínicas (complicado): sinal irmã maria-josé (linfonodo aumentado na região umbilical), sinal de virchow (linfonodo supraclavicular aumentado), linfonodo de Irish (linfonodo aumentado), prateleira de Blumer (nódulos em toque vaginal e retal), hepatomegalia, plenitude gástrica, perda de peso, anemia, emagrecimento, sangue oculto nas fezes, dor contínua que não passa com nada, icterícia, … Diagnóstico: EDA+biópsia (para diagnóstico) e TC e raio-x contrastado torácico e abdominal (para estadiamento). ● Classificação de Borrmann. Tratamento: gastrectomia com linfadenectomia (sem metástases), paliativo (com metástases), e ressecções endoscópicas (em pequenos casos).
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