Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vitória Vital - T4 UCT 19 - SP1 Insuficiência cardíaca FUNÇÕES DO CORAÇÃO - bombear sangue - suprir demanda - sem elevar pressões de enchimento (mecanismo de compensação) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA síndrome clínica caracterizada por desordem estrutural ou funcional que ↓ a habilidade do ventrículo de se encher ou ejetar sangue A. SISTÓLICA ↓ força de e contração (ejeção deficitária) ↓ DC B. DIASTÓLICA ↓ do relaxamento (enchimento deficitário) ↓ DC ETIOLOGIA – IC DIASTÓLICA - HAS - doença coronariana ETIOLOGIA – IC SISTÓLICA - doença coronariana - HAS - valvopatia - doença de Chagas fração de ejeção (FE) é a relação de todo sangue que entrou e saiu do coração - calcular o final da diástole para saber FE total FE = VS ⇨ FE = 70 ⇨ 70% irriga o corpo VDF 100 doença de base cursa com insuficiência cardíaca, podendo ela ser sistólica ou diastólica 1. ventrículo dilatado – relaxando demais→ IC sistólica FE = 40 ⇨ FE de 40%, ou seja, é o que o coração consegue mandar 100 porque ele é “fraquinho” 2. ventrículo hipertrofiado – contrai demais→ IC diastólica FE = 30 ⇨ FE de 60%, ou seja, é o que o coração consegue mandar 50 porque ele é mais “forte”→ entra pouco, sai muito CLÍNICA IC SISTÓLICA CLÍNICA IC DIASTÓLICA dilatação ventricular hipertrofia ventricular FE reduzida FE preservada pressão de enchimento aumentada→ sangue pressão de enchimento aumentada→músculo B3 B4 CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA DA IC A. DIREITA→ repercussão sistêmica B. ESQUERDA→ repercussão pulmonar CLÍNICA IC DIREITA CLÍNICA IC ESQUERDA congestão sistêmica ↓ DC (sinais de má perfusão) e congestão pulmonar cansaço dispneia aos esforços turgência jugular patológica ortopneia refluxo hepatojugular dispneia paroxística noturna hepatomegalia estertoração pulmonar B3 CASO CLÍNICO 1� O achado clínico mais confiável para avaliar IC ventricular direita é: A. estertores bolhoso fino em base B. perfusão periférica diminuída (TEC < 2s) C. estase jugular a 45º D. edema de MMII E. B3 CASO CLÍNICO 2 – UNICAMP SP (2014) Mulher, 67 anos, em tratamento regular para IC congestiva. Queixa-se de dispneia aos esforços e inchaço em MMII. Ao exame físico: FC 122, estase jugular, MV+ com estertor em base, ictus palpável em 6º EICE, bulhas rítmicas sem sopro, presença de B3 em foco mitral; fígado palpável a 4cm do rebordo costal. A presença de B3 é sinal de: - disfunção sistólica de VE ENTENDENDO FISIOPATOLOGIA DA HAS EM PACIENTE COM IC - MEDICAMENTOS - rim mal perfundido→ SRAA - suprarrenal→ catecolaminas→ vasoconstrição em pcte mal perfundido→ retém Na+ e água→ edema→ congestão - devemos agir para evitar vasoconstrição e retenção hídrica (fase inicial) - inibindo catecolaminas com beta-bloq - inibindo SRAA com IECA/BRA - em IC descompensada, tais condutas iniciais não surgem efeito, de tal modo: - evitar remodelamento com antagonistas dos receptores de aldosterona - em pcte edemaciado→ furosemida CASO CLÍNICO 3 Homem, 60 anos, HAS de longa data, dispneia aos esforços, dispneia paroxística noturna, ausculta normal. RX de tórax evidenciando área cardíaca normal e sinais de hipertensão pulmonar. ECO apresentando sinais de hipertrofia de VE e FE de 70%. A melhor definição para o quadro de IC deste paciente é: A. alto DC B. sistólica C. diastólica D. direita CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM (MAIORES E MENORES) – DIAGNÓSTICO CLÍNICO - 2 maiores - 1 maior e 2 menores ESTÁGIOS CLÍNICOS - EVOLUTIVO A. risco de desenvolver IC; sem doença estrutural ou sintomas de IC. B. doença estrutural cardíaca presente; sem sintomas de IC. C. doença estrutural cardíaca presente; sintomas prévios ou atuais de IC. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL NYHA - SINTOMÁTICA I. dispneia aos grandes esforços→ assintomático II. atividades físicas habituais causam sintomas→ sintomas leves III. esforços menores que habituais causam sintomas; limitação importante, porém confortável no repouso→ sintomas moderados IV. sintomas no repouso→ sintomas graves D. IC refratária ao tratamento clínico. CASO CLÍNICO 4 Paciente, 72 anos, masculino, procede de Belém, interna por dispneia em repouso, edema de MMII, tosse produtiva com secreção hialina. AP: HAS, DM, hepatomegalia, sopro em foco aórtico. RX de tórax evidenciando cardiomegalia. ECG em ritmo sinusal, zona inativa de parede inferior. ECO: 34% de FE. Segundo o estágio de progressão funcional e de acordo com a sintomatologia, é correto afirmar que o quadro clínico acima se classifica em: A. classe B; NYHA II B. classe C; NYHA IV C. classe B, NYHA IV D. classe C; NYHA III E. classe D; NYHA III CASO CLÍNICO 5 Paciente masculino, 54 anos, iniciou há 4 dias com dispneia e palpitação durante atividades habituais. É hipertenso em uso regular de medicação. RX de tórax evidenciando área cardíaca aumentada. Qual a classe funcional desde paciente pela NYHA? A. classe I B. classe II C. classe III D. classe IV UCT 19 - SP2 Valvopatias VALVOPATIAS - MITRAL E AÓRTICA A. ESTENOSE - estreitamento do orifício valvar (restrição à abertura→ diástole) B. INSUFICIÊNCIA - alteração valvar/insuficiência (fechamento inadequado→ sístole) SÍSTOLE: contração ventricular 1. ventrículos impulsionam o sangue para a frente 2. valvas T/M fechadas 3. valvas semilunares Ao/P abertas DIÁSTOLE: relaxamento ventricular 1. ventrículos enchem 2. valvas T/M abertas 3. valvas semilunares Ao/P fechadas RESUMO - CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR sangue venoso chega pela VC superior e VC inferior → segue para AD → valva tricúspide → segue para VD → valva tronco pulmonar (semilunar) → artéria tronco pulmonar e artérias pulmonares → segue para os pulmões → volta pelas veias pulmonares→ segue para AE→ valva mitral (bicúspide)→ segue para VE→ valva aórtica (semilunar)→ aorta e artérias sistêmicas ESTENOSE MITRAL - estreitamento do orifício da valva mitral (restrição à abertura durante a diástole) - febre reumática é a principal causa - paciente com história natural de dispneia e congestão pulmonar QUADRO CLÍNICO - há dilatação de AE ● arritmias→ FA ● rouquidão→ AE comprime o nervo laríngeo recorrente esquerdo e provoca rouquidão (síndrome de Ortner) ● disfagia→ AE comprime o esôfago e causa disfagia ● congestão pulmonar - sopro entre B2 e B1 - ruflar diastólico (sangue passa com dificuldade para o ventrículo e de forma acelerada e turbulenta, produzindo o som tipo “ruflar” após B2 e até o início de B1→ som de asas batendo) ESTENOSE AÓRTICA - estreitamento do orifício da valva aórtica (restrição à abertura durante a diástole) - etiologia reumática - degeneração senil, por fibrose e calcificação da valva aórtica (vozinhos) QUADRO CLÍNICO - por aumento da pressão no VE e mecanismo compensatório por hipertrofia concêntrica de VE ● angina→ resulta de isquemia miocárdica quando a demanda de oxigênio do VE excede a oferta à nível de coronárias ● síncope→ perfusão cerebral inadequada (baixo fluxo) ● dispneia→ devido disfunção de VE→ IC - sopro entre B1 e B2 - sopro sistólico (ejeção sanguínea com máxima intensidade na área aórtica) INSUFICIÊNCIA MITRAL - alteração/insuficiência da valva mitral (fechamento inadequado→ sístole) - VE devolve sangue para AE (AE está dilatado) QUADRO CLÍNICO - por aumento/dilatação de AE ● FA ● rouquidão→ AE comprime o nervo laríngeo recorrente esquerdo e provoca rouquidão (síndrome de Ortner) ● disfagia→ AE comprime o esôfago e causa disfagia - sopro entre B1 e B2 - sopro sistólico INSUFICIÊNCIA AÓRTICA - alteração/insuficiência da valva aórtica (fechamento inadequado→ sístole) - regurgitação de sangue da aorta para o VE durante a diástole ventricular - relação com Sd. de Marfan (doença genética do tecido conjuntivo, autossômica dominante); aterosclerose em quadro crônico - dissecção de aorta; endocardite infecciosa em quadro agudo - relacionada à etiologia reumática quando aguda - relacionada à sequela por febre reumática quando crônica QUADRO CLÍNICO - regurgitação → sobrecarga volumétrica (IC) → aumenta pressão em VE → hipertrofia concêntrica compensatória (Lei de Laplace) ● dispneia de esforço e fadiga - ausculta de focoaórtico acessório (3º espaço intercostal) - ictus cordis hiperdinâmico, impulsivo e desviado para a esquerda e para baixo - sopro de Austin-Flint, que se caracteriza por ser mesodiastólico de baixa frequência, auscultado no foco mitral, sendo resultante de vibrações no aparelho mitral geradas pelo grande volume regurgitado - “pulso em martelo d’água” ou “de Corrigan”→ tudo pulsa na insuficiência aórtica (↑ PA aorta) - dança das artérias (carótidas bailarinas) caracterizado por pulsação carotídea - sinal de Musset caracterizado por leve oscilação da cabeça - sinal de Müller caracterizado por balanço da úvula - sopro entre B2 e B1 - sopro diastólico UCT 19 - SP3 Derrame pleural e Pneumotórax DERRAME PLEURAL caracterizado por acúmulo de líquido no espaço/cavidade pleural, devido a: A. doença extrapleural B. doença pleural FISIOPATOLOGIA - patologia sistêmica - patologia pulmonar→ inflamação, infecção, neoplasia QUADRO CLÍNICO ● tendência à dispneia ● tosse que piora com decúbito ● a clínica depende da causa do derrame pleural ○ pneumonia – febre, dor pleurítica do tipo ventilatório-dependente ○ tumor – emagrecimento ○ IC – edema de MMII, dispneia, dispneia paroxística noturna EXAME FÍSICO ● INSPEÇÃO→menor expansibilidade do lado com o derrame ● PALPAÇÃO→ frêmito toraco-vocal diminuído ou abolido ● PERCUSSÃO→maciço ● AUSCULTA→MV diminuído ou abolido EXAMES COMPLEMENTARES - RX de tórax - TC de tórax - USG de tórax COMO SABER QUANDO PUNCIONAR/DRENAR O DERRAME? - RX de tórax em perfil com altura > 5cm - RX de tórax na incidência de Laurell (lateral) > 1cm TORACOCENTESE - punção do líquido da cavidade pleural - saber analisar a cor do líquido pleural se faz muito importante! - 1 e 2� aspecto habitual de um transudato; - 3� amostra de quilotórax; - 4 e 5� amostras de empiema; - 6� líquido pleural hemorrágico por derrame maligno. 1. rotina de líquido pleural - bioquímica (pH, glicose, LDH, proteínas) 2. pesquisa de célula neoplásica 3. ADA 4. cultura TRANSUDATOS X EXSUDATOS - CRITÉRIOS DE LIGHT→ 1 ou + dos critérios caracterizam exsudato! *quando TRANSUDATO, tratar causa base! *EXSUDATO NEUTROFÍLICO A. derrame parapneumônico - simples OU não complicado→ inflamação pleural, sem bactéria - complicado→ bactéria no espaço pleural - bacterioscopia - bioquímica→ glicose < 40 a 60mg/dL; pH < 7,2; DHL > 1000 B. empiema - pus→ puncionar! ex. PNM CONDUTA/MANEJO A. DERRAME SIMPLES→manter ATB B. DERRAME COMPLICADO/EMPIEMA→manter ATB + drenagem *PREDOMÍNIO LINFOCITÁRIO A. TB pleural - predomínio de linfócitos (90%) - proteínas > 4,5 - ADA > 40 - biópsia pleural evidenciando necrose caseosa B. neoplasia - clínica de acordo com a doença de base! - pleura é um sítio comum de metástase pulmonar e de mama - líquido sero-hemorrágico - DHL aumentado C. doença do colágeno - lúpus eritematoso sistêmico - artrite reumatóide - vasculites D. TEP - suspeita clínica + angio TC - sero-hemorrágico PNEUMOTÓRAX caracterizado pela presença de ar livre na cavidade pleural, podendo ser: A. ESPONTÂNEO→ SIMPLES - PRIMÁRIO - ruptura de bolhas (pcte longilíneo) ou lesões pleurais - sem história de doença pulmonar - paciente jovem - fator de risco: genética e tabagismo - SECUNDÁRIO - há história de doença pulmonar conhecida (DPOC) - paciente mais velho B. ADQUIRIDO - IATROGÊNICO - barotrauma - biópsias - acesso venoso central - toracocentese - TRAUMÁTICO→ PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO - RX de tórax evidenciando desvio traqueal para o lado oposto ao do pneumotórax, ou mesmo a ausência da traqueia na fúrcula esternal DIAGNÓSTICO – CLÍNICA & EXAME FÍSICO - dispneia de início súbito + dor torácica do tipo ventilatório-dependente - MV diminuído - frêmito toraco-vocal diminuído - expansibilidade torácica diminuída - hipertimpanismo à percussão UCT 19 - SP4 Doenças glomerulares - Síndrome nefrítica SÍNDROMES GLOMERULARES - síndrome nefrítica - alterações assintomáticas - glomerulonefrite rapidamente progressiva - síndrome nefrótica - trombose glomerular→ hemólise, uremia, plaquetopenia SÍNDROME NEFRÍTICA - também chamada de glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) - glomérulo “ocupado”/infiltrado por células inflamatórias→ aqui há INFLAMAÇÃO - HEMATÚRIA caracterizada por DISMORFISMO ERITROCITÁRIO (para a hemácia atravessar as brechinhas do glomérulo ela fica “amassada” – dismórfica) - TRÍADE: HEMATÚRIA DISMÓRFICA + HAS + EDEMA - outros achados - leucocitúria - cilindros hemáticos e leucocitários → cilindros hemáticos *proteínas que ficam na parede do tubo – cilindro proteicos – hemácias que passam pelo glomérulo grudam nos cilindros → fica pesado e desprende→ sai na urina//também pode acontecer dos cilindros grudarem nas proteínas - proteinúria subnefrótica (150mg – 3,5g/24h) - aumento de ureia e creatinina se oligúria prolongada DOENÇAS QUE CURSAM COM SÍNDROME NEFRÍTICA A. GN PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE) - Strepto B Hemolítico do grupo A (S.pyogenes)→ “gosta de ir para o rim” - fisiopatologia consiste em anticorpos criado que atacam o glomérulo - a fisiopatologia respeita o tempo de incubação do agente patológico→ se garganta 1 a 3 semanas; se pele 2 a 6 semanas QUADRO CLÍNICO DE SÍNDROME NEFRÍTICA “PURA” ● faixa etária de 3 a 15 anos→ ótimo prognóstico ● oligúria até 7 dias ● queda do sistema complemento (C3) em até 8 semanas (devido incubação – faringoamigdalite ou piodermite) ● hematúria micro até 1 a 2 anos de idade! DIAGNÓSTICO GNPE - houve faringite ou piodermite recente? - período de incubação compatível? - a infecção foi estreptocócica? - anti-estreptolisina O (ASLO ou ASO)→ se faringite confirma que foi estreptocócica! - anti-DNAse B→ se lesão característica de piodermite (estreptocócica em pele)! - houve queda transitória de C3? ***resposta SIM para todas confirma GNPE, sem necessidade de biópsia! QUANDO INDICAR BIÓPSIA EM CASOS DE GNPE? - anúria/oligúria > 1 semana (> 72h pela SBP) - hipocomplementemia > 8 semanas - proteinúria nefrótica - HAS ou hematúria macroscópica > 6 semanas - evidência de doença sistêmica ***se foge da história natural, é estranho→ pede biópsia! O QUE VEMOS NA BIÓPSIA? - glomérulo todo infiltrado por células inflamatórias - depósitos eletrodensos subepiteliais ou “gibas” (humps) ou “corcovas”→ característico de GNPE! B. ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS→ DOENÇA DE BERGER - também conhecida como nefropatia mesangial por IgA - pacientes entre 15 a 40 anos de idade - asiáticos - logo após infecção (“sinfaringítica”) QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA DE BERGER - hematúria macroscópica intermitente - hematúria microscópica intermitente ***apenas HEMATÚRIA, mais nada! achado acidental em exame de urina tipo 1 COMO DIFERENCIAR DOENÇA DE BERGER DE GNPE? - faixa etária de 15 a 40 anos - não tem tempo de incubação! ocorre logo após infecção (“sinfaringítica”) - não ativa sistema complemento! complemento normal DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE BERGER - clínico - posso fazer dosagem sérica de IgA - para ter certeza… - biópsia apenas se fugir do padrão (estranha) - HAS - proteinúria > 1g/dia - insuficiência renal C. GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA - lesão glomerular com perda da função renal em dias a meses - achado típico: crescentes (fibrocelulares) em mais de 50% dos glomérulos→ cresce como se fosse uma fibrina→ prejudicando a filtração→ “esmaga” o glomérulo CAUSAS DA GN RAPIDAMENTE PROGRESSIVA→ 3 TIPOS DE LESÕES I. anticorpos antimembrana basal (anti-MB) - imunofluorescência (IF) com PADRÃO LINEAR - principal exemplo é a DOENÇA DE GOODPASTURE II. imunocomplexos - PADRÃO GRANULAR (TODO SALTEADO) - ex. LES, GNPE, BERGER III. pauci-imunes - IF pouco visível - ex. VASCULITES ANCA+ UCT 19 - SP5 Doenças glomerulares - Síndrome nefrótica SÍNDROME NEFRÓTICA - caracterizada por PROTEINÚRIA > 3,5g/dia (ou 50mg/kg/d em criancinhas) - HIPOALBUMINEMIA→ provando extravasamento de líquido para o 3º espaço - EDEMA PERIORBITAL E MATUTINO - lipidúria (cilindros graxos)→ colesterol liga-se nos cilindros // mesma relação da hemácia na sd. nefrítica - hiperlipidemia COMPLICAÇÕES - infecçãopor Pneumococo → diminuí IgG (responsável por combater bichinho encapsulado) desse modo, fica mais propenso à patógeno encapsulado - aterogênese acelerada→ dislipidemia→ risco cardiovascular - metabólicas → diminui T4 total, não tendo proteínas para carregá-lo // diminui Ca+ (precisa de vitamina D para absorver Ca+) desse modo, há perda de proteína → vitamina D não funciona direito // anemia refratária → transferrina é uma proteína→ se há queda de transferrina, há anemia refratária - trombose → por diminuição de antitrombina III, proteínas C e S) → trombose mais comum com síndrome nefrótica e trombose de veia renal → congestão → distensão da cápsula renal → dor aguda em flanco → veias testiculares E drena D para veia renal→ não há drenagem do sangue à nível testicular → VARICOCELE→ TROMBOSE EM VEIA RENAL E→ principais causas são CA renal e síndrome nefrótica por nefropatia membranosa, GN mesangiocapilar, amiloidose CLÍNICA - dor lombar, hematúria, proteinúria e aumento de escórias nitrogenadas - varicocele súbita→ conduta: doppler e anticoagulação CAUSAS DA SÍNDROME NEFRÓTICA - idiopática - DM, HAS - LES - HIV - amiloidose FORMAS PRIMÁRIAS DA SÍNDROME NEFRÓTICA 1. LESÃO MÍNIMA - mais comum em CRIANÇAS entre 1 a 8 anos de idade - achado histológico característico de FUSÃO COM RETRAÇÃO PODOCITÁRIA - clínica associada à proteinúria, apenas proteinúria! pode haver edema, mas a criancinha não fica prostrada, continua correndo e brincando normalzinho! - associada com LINFOMA HODGKIN/AINES - complica por peritonite por Pneumococo - não há queda de complemento - NÃO FAZ BIOPSIA! LESÃO MÍNIMA RESPONDE MUITO BEM À CORTICOIDES! só biopsiar se administrar corticoide e não melhorar 2. GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR - mais comum em ADULTOS NEGROS - achado histológico em < 50% DOS GLOMÉRULOS, EM PARTES (SEGMENTAR) - clínica de síndrome nefrótica clássica - associada à muitas causas, fazer diagnóstico por exclusão - complicação associada à causa base - não há queda de complemento 3. GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL 4. NEFROPATIA MEMBRANOSA - mais comum ADULTOS (2º causa que mais comete adultos) - achado histológico característico de ESPESSAMENTO DE MEMBRANA BASAL - clínica de síndrome nefrótica (sinal clínico/história de LES) - associada à NEO SÓLIDAS (MAMA, PULMÃO, COLO RETAL), HEPATITE B - complica com trombose de veia renal - não cai complemento 5. GLOMERULONEFRITE MESANGIOCAPILAR OU MEMBRANOPROLIFERATIVA - mais comum em CRIANÇA e adulto jovem - achado histológico característico de EXPANSÃO MESANGIAL/DUPLO CONTORNO - clínica de GNPE + NEFRÓTICA + QUEDA DE SISTEMA COMPLEMENTO > 8 SEMANAS - associada à HEPATITE C - complica com trombose de veia renal - há alteração de complemento! D. TROMBOSE GLOMERULAR - há trombo no glomérulo→ cursando com insuficiência renal - SÍNDROME HEMOLÍTICA URÊMICA (SHU)
Compartilhar