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Farmacologia do Sistema Nervoso Simpático

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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Farmacologia 
 
A farmacologia adrenérgica envolve o 
estudo dos agentes que atuam sobre vias 
mediadas pelas catecolaminas 
endógenas: 
 Norepinefrina (noradrenalina); 
 Epinefrina (adrenalina); 
 Dopamina. 
O sistema nervoso simpático constitui a 
principal fonte de produção e liberação 
dessas catecolaminas. 
 
As catecolaminas (noradrenalina e 
adrenalina), são todas sintetizadas a partir 
da tirosina. Em seguida, estas são 
armazenadas nas vesículas até sua 
liberação. A NA liberada pode estimular os 
receptores αlfa-1, βeta-1 ou βeta-2 
adrenérgicos pós-sinápticos ou os 
autorreceptores αlta2 adrenérgicos pré-
sinápticos. 
Receptores adrenérgicos: agonistas e 
antagonistas; 
Transportadores de monoaminas: síntese, 
armazenamento e recaptura; 
Enzimas metabolizadoras: degradação de 
monoaminas. 
Os receptores adrenérgicos (também 
denominados adrenorreceptores) são 
seletivos para NA e adrenalina. 
 Beta-1;  Alfa-1; 
 Βeta-2;  Alfa-2; 
 Βeta-3. 
 
Os receptores α1 envolve vias mediadas 
pela proteína Gq, que ativam a fosfolipase 
C. Essa enzima cliva o fosfatidilinositol-4,5-
bifosfato, produzindo inositol trifosfato (IP3, 
que mobiliza as reservas intracelulares de 
Ca2+) e diacilglicerol (DAG, que ativa a 
proteinoquinase C). 
Os receptores α1 são expressos no músculo 
liso vascular, no músculo liso do trato 
geniturinário, no músculo liso intestinal, na 
próstata, no coração, no fígado e em 
outros tipos de células. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Farmacologia 
 
Nas células musculares lisas vasculares, a 
estimulação de tais receptores α1 
aumenta a [Ca2+] intracelular – por meio 
da liberação das reservas endógenas de 
cálcio e pelo influxo de Ca2+ do líquido 
extracelular. 
Os receptores α2 ativam Gi, proteína G 
inibitória. Ela exerce múltiplas ações de 
sinalização, como inibição da 
adenilciclase (diminuindo, portanto, os 
níveis de AMPc), ativação dos canais de K+ 
retificadores de influxo acoplados à 
proteína G (causando hiperpolarização da 
membrana) e inibição dos canais de Ca2+ 
neuronais. 
OBS: os receptores α2 pré-sinápticos atuam 
como autorreceptores para mediar a 
inibição da transmissão simpática por 
retroalimentação. 
Os receptores β-adrenérgicos são divididos 
em três subclasses, denominadas β1, β2 e 
β3. As três ativam uma proteína G 
estimuladora, a Gs. 
Os receptores β1-adrenérgicos estão 
localizados principalmente no coração e 
nos rins. Nos rins, são encontrados nas 
células justaglomerulares renais, onde a 
ativação do receptor provoca a liberação 
de renina. A estimulação dos receptores 
β1cardíacos provoca aumento tanto no 
inotropismo (força da contração) quanto 
no cronotropismo (frequência cardíaca). 
Os receptores β2-adrenérgicos estão 
presentes na musculatura lisa do sistema 
respiratório, provocando broncodilatação. 
Pode ser encontrado também nos 
músculos lisos dos vasos, onde provoca 
vasodilatação, diminuindo a resistência 
vascular periférica. 
 
Os simpaticomiméticos são fármacos que 
imitam os efeitos do SNA simpático sobre os 
sistemas orgânicos. Podem ser diretos ou 
indiretos. 
Diretos: atuam sobre os receptores 
adrenérgicos; 
Indiretos: aumentam a concentração de 
NA e adrenalina na fenda sináptica. 
A norepinefrinam, fenilefrina e metoxamina 
são agonistas de alfa1, ou sejam, se ligam 
e geram uma resposta. Nesse caso, 
provocam vasoconstrição, promovendo: 
 Redução da congestão nasal; 
 Combinados com anestésicos 
locais; 
 Aumento da RVP; 
 Aumento da PA. 
Seus usos clínicos estão relacionados a 
hipotensão e a manutenção da pressão 
arterial. 
A clonidina é um agonista dos receptores 
α2 que produz redução da pressão arterial 
por meio de sua ação nos centros 
vasomotores do tronco encefálico, 
suprimindo a descarga simpática na 
periferia. Leva a uma interrupção abrupta 
por isso é utilizada na crise hipertensiva, 
porém, pode ser potencialmente fatal. A 
metildopa também é utilizada na sedação, 
mas é preferível em gestantes. 
A dobutamina se liga ao receptor b1 e 
provoca efeitos inotrópico positivo, ou seja, 
aumenta a força de contração e o débito 
cardíaco. Seu uso clínico é empregado no 
choque cardiogênico e na insuficiência 
cardíaca grave. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM III - Farmacologia 
 
O salbutamol e o salmoterol são agonistas 
dos receptores beta2-adrenérgicos e 
provocam broncodilação, sendo utilizados 
na farmacoterapia da asma. 
São fármacos que produzem efeitos 
opostos aos efeitos da ativação do sistema 
nervoso autônomo simpáticos. São 
antagonistas da noradrenalina, ou seja, 
são chamados de bloqueadores. 
 Antagonistas alfa não seletivos: 
fenoxibenzamina, fetolamina; 
 Antagonistas a1-seletivos: 
prazosina, doxazosina, terazosina; 
 Antagonistas a2-seletivos: ioimbina, 
idazoxano. 
Possuem efeitos farmacológicos 
cardiovasculares, pois diminuem a 
vasoconstrição, ou seja, reduzem a 
resistência e, consequentemente, a 
pressão arterial. São utilizados na 
hipertensão e também para o tratamento 
da hiperplasia prostática benigna (HPB). 
 Antagonistas não-seletivos: 
propranolol; 
 Antagonistas β1-seletivos: atenolol, 
nebivolol; 
 Antagonistas α e β não-seletivos: 
carvedilol e labetalol; 
 Agonistas parciais: alprenolol, 
oxprenolol. 
Esses fármacos são utilizados na 
hipertensão arterial, pois possuem efeitos 
inotrópicos e cronotrópicos negativos, ou 
seja, reduzem a força e frequência 
cardíaca, diminuindo o débito cardíaco e, 
consequentemente, a PA. 
Podem ser associados a um diurético ou 
também a um vasodilatador. Além disso, 
esses fármacos podem ser utilizados na 
farmacologia clínica das cardiopatias 
isquêmicas (redução do trabalho 
cardíaco e da demanda de oxigênio) e 
também arritmias cardíacas (aumento do 
período refratário no nodo AV).

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