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TIPOS DE ABORTO-TICs-SOI IV

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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA 
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
YURI NUNES SILVA 
QUARTO PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE ACADÊMICA 
TICs – TIPOS DE ABORTO – SEMANA 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUANAMBI/BA 
2022 
 
PERGUNTA: 
Quais os tipos de aborto? 
RESPOSTA: 
Ameaça de abortamento 
É definida como todo sangramento via vaginal que ocorra até as 20 semanas, 
independentemente da intensidade, associado a colo uterino fechado e sem 
critérios ultrassonográficos para definir abortamento. Na maioria das situações, 
a etiologia exata não pode ser determinada. Além de aumentar a chance de 
abortamento espontâneo, o sangramento também está associado a diversas 
complicações obstétricas, como hemorragias de terceiro trimestre, ruptura 
prematura de membranas antes do termo, parto pré-termo e restrição de 
crescimento fetal (RCF). 
Cerca de metade das gestantes com quadro de sangramento via vaginal e colo 
fechado evoluirá para abortamento. Essa probabilidade torna-se 
significativamente menor quando os BCFs em gestação de primeiro trimestre 
são confirmados, com incidência de 5,5% de aborto entre as pacientes com 
sangramento comparada ao risco basal de 1,88% (abortamento entre aquelas 
sem sangramento prévio). 
Uma coorte prospectiva com 4.510 gestantes encontrou incidência de 27% 
(1.204) de algum episódio de sangramento de primeiro trimestre e ocorrência de 
12% (517) de abortamentos. Não houve associação entre a ocorrência de 
episódios de sangramento e a evolução para abortamento. Entretanto, 
considerando apenas os casos de sangramento intenso, caracterizado por 
descrição subjetiva de fluxo maior do que um fluxo menstrual habitual com pelo 
menos 1 dia de duração, houve 24% de abortamento, representando risco 
elevado de abortamento subsequente em quase três vezes (razão de chances 
[RC] 2,97; intervalo de confiança [IC] 95%, 1,93-4,46). A análise ajustada por 
idade materna, tabagismo e história prévia de aborto não alterou 
significativamente esse risco (RC 2,84; IC 95%, 1,82-4,43). 
 
 
 
Abortamento retido 
É a retenção do conteúdo do abortamento de uma gestação interrompida por 8 
semanas ou mais. Esse quadro geralmente vem associado à diminuição ou até 
ao desaparecimento completo dos sintomas habituais do início da gestação. 
Porém, com a introdução do uso rotineiro da US no acompanhamento pré-natal, 
esse termo está caindo em desuso, já que o diagnóstico de uma gestação 
interrompida ocorre mais precocemente. Esse quadro geralmente vem 
associado com diminuição, ou até desaparecimento completo, dos sintomas 
comuns do início da gestação. 
 
Gestação anembrionada 
É definida como a presença de um saco gestacional com diâmetro médio de 25 
mm ou mais e que não contém embrião. Pode ser diagnosticada durante 
avaliação ultrassonográfica ou apresentar-se já como um abortamento em curso. 
 
Abortamento inevitável 
É a ocorrência de sangramento vaginal e dor abdominal associada à dilatação 
cervical, podendo também ocorrer exteriorização de líquido amnió-tico, 
indicando ruptura da bolsa amniótica. Geralmente, a evolução para um 
abortamento, completo ou incompleto, ocorre algumas horas após o início dos 
sintomas. 
 
Abortamento incompleto 
Ocorre eliminação espontânea parcial do material intrauterino, e a paciente 
apresenta-se com sangramento via vaginal e dor abdominal significativos, 
podendo haver repercussão hemodinâmica devido à perda sanguínea. Ao 
exame ginecológico, pode ser visualizada a saída de tecido ovular pelo colo 
uterino, e este encontra-se geralmente aberto. 
 
O exame ultrassonográfico tem papel importante na definição desse tipo de 
quadro. A descrição de material ecogênico na cavidade endometrial mostrou-se 
com adequadas sensibilidade (78%) e especificidade (100%) na detecção de 
retenção de restos ovulares. 
 
Abortamento completo 
Todo o conteúdo gestacional é eliminado, com o útero apresentando-se 
involuído ao exame físico e o colo uterino podendo estar já fechado. Nessa 
situação, o sangramento apresenta-se leve ou até mesmo ausente. A avaliação 
por meio de US pode confirmar a ausência de restos ovulares intrauterinos. 
O diagnóstico de aborto completo é inequívoco quando a gestante que possui 
US prévia com diagnóstico de gestação intrauterina se apresenta com história 
de sangramento vaginal com eliminação de material característico de restos 
ovulares com ou sem feto identificado, evoluindo para quadro de redução do 
sangramento e da dor pélvica, presença de colo fechado com sangramento 
residual pequeno ao exame físico e sem achado de gestação à US. 
Se não houver achado de gestação intrauterina à avaliação ultrassonográfica no 
atendimento de emergência, as hipóteses diagnósticas serão, além de aborto 
completo, gestação inicial (< 5 semanas) com ameaça de aborto, gestação 
ectópica e gestação de localização indefinida (PUL, do inglês pregnancy of 
unknown location). 
Nesses casos, é necessária a dosagem quantitativa de β-hCG para seguimento 
comparativo em 48 horas. Se ocorrer decréscimo, confirma-se o diagnóstico de 
aborto completo. Segundo estudo observacional de 152 pacientes com suspeita 
de aborto completo, entre 140 pacientes que apresentaram queda dos níveis de 
β-hCG em 48 horas, 139 (99%) confirmaram aborto completo por seguimento 
semanal de β-hCG até negativação e apenas 1 paciente (1%) apresentou 
diagnóstico de gestação ectópica. Por outro lado, entre as 12 pacientes que 
apresentaram elevação de β-hCG em 48 horas, foram diagnosticadas 8 (66%) 
gestações ectópicas, (17%) gestações intrauterinas, (17%) PULs e nenhum 
 
aborto completo. Dessa forma, a dosagem seriada de β-hCG com 48 horas de 
intervalo auxilia nos casos de dúvida diagnóstica. 
 
Abortamento séptico 
É o aborto mais comumente provocado, associado à infecção uterina. A 
apresentação clínica é bastante heterogênea, sendo algumas vezes detectada 
somente por meio de exames laboratoriais, variando de quadro febril e doloroso 
até casos de choque séptico e morte devidos à infecção intra-abdominal grave. 
Febre, dor abdominal intensa, sangramento vaginal com odor fétido e eliminação 
de secreção piossanguinolenta pelo colo uterino podem estar presentes ao 
exame físico. O colo uterino apresenta-se dilatado e amolecido ao exame físico, 
com dor importante durante o exame. Nesses casos, é essencial a atenção aos 
sinais vitais para a detecção precoce de sinais de sepse, como taquicardia, 
taquipneia, febre e hipotensão. 
Essa infecção costuma ter origem polimicrobiana, envolvendo germes da flora 
vaginal, como Staphylococcus aureus, gram-negativos e anaeróbios, assim 
como também se relaciona a patógenos transmissíveis sexualmente, como 
Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Infecções por Clostridium 
perfringens são bastante associadas ao abortamento ilegal, apresentando-se 
com quadro compatível com síndrome do choque tóxico, em que o aumento da 
permeabilidade vascular leva à falência orgânica múltipla, sendo necessário 
suporte intensivo para o tratamento. 
 
REFERÊNCIAS: 
MARTINS-COSTA, S. Rotinas em Obstetrícia. 7 ed. Artmed: Porto Alegre, 
2017.

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