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aula 1 teoria geral dos procedimentos especiais

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Teoria geral 
Dos procedimentos especiais
A “teoria geral dos procedimentos especiais” 
refere-se à subsidiariedade das normas gerais do 
procedimento comum regulado pelo Livro I do 
Código de Processo Civil. Trata-se de um princípio 
aplicável a todo e qualquer procedimento especial, 
mesmo naqueles casos de procedimentos “muito 
especiais” (como o mandado de segurança ou as 
“ações coletivas”).
Os procedimentos especiais só se justificam na medida em 
que houver a necessidade de adequar regras inconvenientes 
ou insuficientes para prestação jurisdicional eficiente em 
face das peculiaridades do direito material
Cumulação de procedimentos e art. 327, §2º CPC
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, 
ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a 
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais 
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Cumulação de procedimentos e art. 327, §2º CPC
 O art, 327, §2º permite que se preservem “as técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais 
a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o 
procedimento comum”.
Ou seja, haveria a possibilidade de criar procedimentos “mistos” ou “híbridos”, em que a base seria o procedimento 
comum, mas preservadas algumas técnicas de procedimentos especiais fungíveis.
Exemplo da ação de consignação em pagamento do saldo do preço avençado em compromisso particular de venda e 
compra de imóvel, cumulada com pedido de adjudicação compulsória. Apenas a primeira demanda se sujeita a 
procedimento especial, mas a cumulação não acarretará a adoção integral do procedimento comum, preservando-se as 
providências relativas ao depósito inicial da coisa devida (arts. 541 a 543), das quais decorrem importantes 
desdobramentos no restante do procedimento (art. 545, caput, §§ 1.º e 2.º)

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