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Princípios e Fontes do Direito do Trabalho

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Princípios e fontes do direito do trabalho
APRESENTAÇÃO
O estudo do Direito se inicia a partir de seus princípios, pois, neles, 
o estudioso compreenderá a inspiração das fontes jurídicas e sua validade. As normas jurídicas t
erão eficácia se representarem os 
anseios sociais, servindo, os princípios, como vetores axiológicos. 
Daí a importância de seu estudo. O Direito do Trabalho tem princípios próprios, que visam à pre
servação do emprego e da renda, como o princípio da proteção, que trata da observância da hipo
ssuficiência 
do empregado, ou o princípio do in dubio pro misero, advindo do 
Direito Penal e adequado ao Direito do Trabalho.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre os princípios informadores do Direito 
do Trabalho, suas fontes e hierarquia, que é uma adequação dos demais ramos do Direito. Você 
aprenderá também que, a partir da reforma trabalhista, imposta pela Lei n.o 13.467/2017, houve 
a alteração de paradigma no Direito do Trabalho, com repercussão direta na hierarquia das fonte
s juslaborais.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar os princípios regedores do Direito do Trabalho.•
Analisar as fontes do Direito do Trabalho e sua hierarquia.•
Reconhecer a importância do estudo dos princípios e das fontes do Direito do Trabalho dia
nte de decisões judiciais.
•
DESAFIO
O mundo do trabalho está em constante transformação e as empresas devem se adaptar rapidame
nte às novas realidades impostas pelo mercado. Profissões que foram muito interessantes no pas
sado passaram por mudanças decorrentes dessas adaptações.
A Editora Bom Livro foi um dos maiores livreiros do País, enfrentando severa crise no último a
no em razão da venda de livros digitais. Poucos vendedores externos têm conseguido vender enc
iclopédias para os clientes da Editora. Diante da mudança de mercado, a empresa convencionou 
com seus empregados a adoção do teletrabalho e a redução das férias anuais de 30 para 15 dias, 
considerando que o trabalho será em casa. O acordo será por meio de negociação coletiva e inter
venção do sindicato dos empregados.
Você, advogado, é consultado sobre a possibilidade desse acordo sob o argumento da prevalênci
a do negociado sobre o legislado. Você aconselharia a realização do acordo nesses termos?
INFOGRÁFICO
As fontes formais de Direito são um modo de expressão do Direito e a sua hierarquização tem pr
eocupado juristas desde o surgimento do Direito. A obra Teoria Pura do Direito, de Hans Kelse
n, apresenta uma sistematização hierárquica das fontes que têm sido usadas como paradigma par
a a construção de muitos sistemas jurídicos.
Neste Infográfico, você aprenderá sobre a sistematização hierárquica das fontes formais de Direi
to para o ramo juslaboral e a sua alteração a partir da Lei n.º 13.467/2017. Observe que há a valo
rização da autonomia da vontade ao se dar prevalência ao negociado em detrimento ao legislado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os princípios são estudados em todos os ramos do Direito porque eles apresentam os vetores axi
ológicos a serem considerados pelo intérprete na compreensão da norma jurídica e sua aplicação 
no caso concreto. O Direito do Trabalho se utiliza de uma série de princípios que possibilitam a 
proteção da relação empregatícia e o desenvolvimento econômico. Alguns princípios, como o in 
dubio pro misero, que surge a partir do Direito Pena ou da Proteção do Trabalhador, que prescre
ve a máxima atenção à parte mais fraca da relação de direito material, são alicerces do Direito d
o Trabalho.
No capítulo Princípios e fontes do Direito do Trabalho, da obra Direito do Trabalho I, base teóri
ca desta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre os princípios do Direito do Trabalho q
ue servem para adequar a hierarquia das fontes formais de Direito, especialmente após a Lei n.º 
13.467/2017, que prescreveu a possibilidade de negociação direta entre empregados e empregad
ores, propiciando a alteração de direitos trabalhistas. Veja os possíveis reflexos dessa mudança n
as decisões judiciais.
Boa leitura.
DIREITO DO 
TRABALHO I
Eduardo Zaffari
Princípios e fontes do 
Direito do Trabalho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar os princípios regedores do Direito do Trabalho.
  Analisar as fontes do Direito do Trabalho e sua hierarquia.
  Reconhecer a importância do estudo dos princípios e das fontes do 
Direito do Trabalho diante de decisões judiciais.
Introdução
O Direito, surgido a partir do âmbito social, em que os fatos e valores 
vigentes estão em constante relação, deve representar os anseios sociais 
para manter a sua eficácia. Nesse sentido, os princípios são importantes 
vetores para a realização dos valores sociais, permitindo a leitura atual e 
constante dos textos normativos. Além dos princípios constitucionais, cada 
ramo do Direito apresenta princípios específicos, como se constata no 
Direito do Trabalho, em que a proteção do trabalhador é o principal valor.
Como você vai ver neste capítulo, os princípios do Direito do Trabalho de-
terminam a consideração cuidadosa da hierarquia das fontes. Nesse sentido, 
deve-se sempre levar em conta a proteção do trabalhador como fim último. 
Ao longo do capítulo, você vai estudar os princípios do Direito do Trabalho, as 
suas fontes e a sua hierarquia. Além disso, você vai verificar a importância do 
reconhecimento e do estudo das fontes no contexto das decisões judiciais.
1 Princípios do Direito do Trabalho
Primeiramente, você deve considerar o sentido do termo “princípio”. Isso é 
fundamental para a posterior utilização desse termo e para o reconhecimento 
da sua importância. A palavra “princípio” remete a “início”, “elemento funda-
mental”, “causa primeira”. Essa defi nição vem ao encontro do signifi cado do 
termo. Como você já deve ter estudado, os primeiros fi lósofos (pré-socráticos) 
buscavam explicar o fundamento de tudo o que compõe o universo. Mais 
tarde, Aristóteles, especialmente na Metafísica, abordou a busca pela causa 
primeira, o principii a partir do qual todas as coisas surgiriam.
Delgado (2017) afirma que os princípios têm sido abandonados pelas ciên-
cias porque seriam condicionantes da livre pesquisa e porque não se poderia dar 
limites à ciência, já que ela tem seu ponto de partida nos fenômenos empíricos 
(experimentais). Porém, ele também afirma que a ciência do Direito é distinta 
das demais ciências por estudar o “dever ser”. Por essa razão, o abandono dos 
princípios não se aplica ao Direito.
Entretanto, a análise de Delgado (2017) se debruça somente sobre uma visão 
empirista da ciência, ignorando as ciências racionalistas, como a própria Filosofia. 
Ao prescrever que “todos os homens tendem ao saber” na abertura de sua obra 
Metafísica, Aristóteles apresenta a noção de tendência, de propensão, não de 
condição. Não obstante, a classificação dos princípios do Direito do Trabalho 
proposta por Delgado (2017) talvez seja uma das mais completas do ramo.
A teoria tridimensional do Direito, proposta pelo jusfilósofo brasileiro Miguel Reale, 
incorpora a dinâmica entre fato, valor e norma, demonstrando a relação existente entre 
Sociologia, Filosofia e Direito para a construção do direito positivo.
O primeiro princípio específico do Direito do Trabalho é o princípio da 
proteção, também denominado “princípio tutelar” ou “protetivo”, ou ainda 
“tutelar-protetivo”. Segundo esse princípio, o Direito do Trabalho está estrutu-
rado, por meio de suas regras, institutos, princípios e presunções, para proteger 
a parte hipossuficiente da relação empregatícia, equiparando, no plano jurídico, 
a distinção que há entre empregado e empregador no plano fático (DELGADO, 
2017). Esse princípio serve como vetor de todo o Direito Juslaboral, influindo 
em toda a sua estrutura de relações individuais e coletivas. Ele também re-
percute na imperatividade das normas trabalhistas, naindisponibilidade dos 
direitos pelo trabalhador, na inalterabilidade lesiva dos contratos, entre outras 
formas de proteção. Desse princípio decorrerem ainda outros três princípios 
básicos: in dubio pro operario, prevalência da norma favorável ao trabalhador 
e prevalência da condição mais benéfica ao trabalhador.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho2
O princípio do in dubio pro operario significa que, na interpretação de uma 
norma jurídica que possa suscitar dúvida quanto ao seu real significado e alcance, 
deve-se optar pela interpretação mais favorável ao trabalhador (NASCIMENTO; 
NASCIMENTO, 2015). Delgado (2017) afirma, entretanto, que esse princípio, 
adaptado do in dubio pro reo, apresenta o problema de já estar abarcado pelo 
princípio da interpretação da norma mais favorável ao trabalhador. Além disso, 
para o autor, tal princípio afrontaria o princípio do juiz natural.
O segundo princípio que decorre do princípio protetivo é o da prevalência da 
norma favorável ao trabalhador. Isto é: deve-se escolher a norma mais favorá-
vel ao trabalhador quando dois ou mais dispositivos legais tratarem da mesma 
situação (NASCIMENTO; NASCIMENTO, 2015). Delgado (2017) afirma que 
esse princípio atua na fase pré-jurídica (política) de confecção da norma e na 
fase jurídica, quando se dá a hierarquização das normas pelo intérprete.
O terceiro princípio decorrente da proteção do trabalhador é o princípio 
da condição mais benéfica ao trabalhador. Nesse caso, uma norma que 
revogue outra mais favorável ao trabalhador não se aplica; permanece válida 
a norma mais favorável, mesmo que revogada. Em suma, a condição mais 
favorável permanece válida para o trabalhador, já que passou a integrar o 
seu patrimônio jurídico (NASCIMENTO; NASCIMENTO, 2015). Embora 
Nascimento e Nascimento (2015) trate os três princípios que você acabou de 
ver como subprincípios (por decorrerem do princípio protetivo), boa parte da 
doutrina os considera princípios autônomos.
O princípio da imperatividade das normas trabalhistas prescreve que 
as normas trabalhistas são impositivas, de modo que os contratantes não 
podem dispor das regras trabalhistas, afastando-as da relação contratual. 
Diferentemente do que ocorre no Direito Civil, em que a autonomia privada 
é valorizada e em que se permite que as partes disponham sobre regras dispo-
sitivas, no Direito do Trabalho as normas geram uma restrição à autonomia. 
Nesse sentido, as normas constantes na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT) têm caráter de ordem pública.
Outro princípio de extrema relevância para o Direito do Trabalho é o 
princípio da inalterabilidade contratual lesiva, que advém do princípio do 
Direito Civil expresso no brocardo pacta sunt servanda. Mas no Direito do 
Trabalho esse princípio é adequado e atenuado em favor do trabalhador. Nesse 
ramo, tal princípio determina que qualquer alteração contratual da relação 
empregatícia não terá validade se for lesiva ao empregado. Por outro lado, 
qualquer alteração contratual que seja benéfica ao empregado é possível e vai 
integrar o patrimônio jurídico do trabalhador.
3Princípios e fontes do Direito do Trabalho
A CLT prescreve expressamente a impossibilidade de alterar o contrato de trabalho de 
modo a prejudicar o trabalhador, sejam os prejuízos diretos ou indiretos, como consta 
no Art. 468: “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente 
desta garantia.” (BRASIL, 1943, documento on-line).
O princípio da intangibilidade salarial determina que o salário do empre-
gado seja garantido e preservado — em relação ao seu valor, ao seu montante 
e à sua disponibilidade para o trabalhador. O salário supre as necessidades 
básicas da pessoa humana, atendendo ao princípio da dignidade da pessoa 
humana prescrito na Constituição Federal de 1988. Afirma-se que o salário 
tem caráter alimentar e, nesse sentido, deve ser protegido. Assim, apenas se 
admite a inobservância desse princípio excepcionalmente.
Muito usado na relação processual do trabalho, o princípio da primazia 
da realidade sobre a forma amplia a visão que se deve ter da relação material 
(contrato de trabalho) entre empregado e empregador. Tal princípio permite que 
se valorize a substancialidade, a realidade do que de fato ocorre na relação entre 
empregado e empregador, em detrimento da forma. Esse princípio tem muita 
importância nas situações em que se tenta mascarar a realidade da relação de 
emprego por meio de contratos simulados. Delgado (2017, p. 223) afirma que 
“No Direito do Trabalho deve-se pesquisar, preferentemente, a prática concreta 
efetivada ao longo da prestação de serviços, independentemente da vontade 
eventualmente manifestada pelas partes na respectiva relação jurídica [...]”.
O último princípio específico da relação contratual empregatícia a ser 
destacado é o princípio da continuidade da relação de emprego. Ele deter-
mina que se deve preservar o vínculo empregatício, valorizando-o para que 
o empregado seja integrado na estrutura e na dinâmica empresarial. Uma 
relação contratual contínua e duradoura permite que o empregado se aprimore 
e que a empregadora obtenha melhores resultados da força de trabalho do 
funcionário, que se especializará e auxiliará no desenvolvimento da empresa 
e da sociedade como um todo.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho4
2 Fontes do Direito do Trabalho e sua hierarquia
A palavra “fonte” remete à noção de “origem”. Como defi ne França (2011, 
p. 941), “[...] fonte é o lugar de onde provém alguma coisa. Fonte de Direito 
seria, analogamente, o lugar de onde são oriundos os preceitos jurídicos [...]”. 
A doutrina brasileira é prolífi ca ao tratar das diversas fontes do Direito nos 
diferentes ramos dessa ciência. Entretanto, é no estudo de França (2011), 
doutrinador que atuou do início até meados do século XX, que se encontra a 
melhor explicação sobre as fontes do Direito. Segundo o jurisconsulto, haveria 
uma impropriedade ao se denominar as formas de expressão do Direito de 
“fontes”, já que esse termo é mais apropriado para designar a origem em 
termos de Direito.
O argumento sustentado é que a lei, o costume, etc., usualmente reconhe-
cidos como fontes do Direito, não geram o Direito, tampouco criam o Direito, 
mas são o próprio Direito. Então, não se poderia chamar de “fonte” o que é o 
próprio Direito. Seriam fontes do Direito, conforme afirma França (2011), o 
arbítrio humano e o direito natural. Já as formas do Direito seriam: a lei, os 
costumes, a jurisprudência, etc. Delgado (2017, p. 146) reconhece que “[...] 
fontes do direito consubstancia a expressão metafórica para designar a origem 
das normas jurídicas [...]”, o que remeteria à crítica de França (2011). Todavia, 
Delgado (2017) divide a expressão em fontes materiais e fontes formais, a 
depender da concepção. A seguir, você vai conhecer cada uma delas.
As fontes materiais se constituem nos fatores políticos, econômicos, socio-
lógicos ou filosóficos que, atuando conjuntamente, induzem a elaboração ou 
a modificação do fenômeno do Direito. Elas são o substrato que possibilita o 
desenvolvimento de normas jurídicas para determinada sociedade. As fontes 
materiais seriam, para França (2011), a fonte do Direito em sua genuína acepção. 
Já as fontes formais representam a “[...] exteriorização final das normas jurí-
dicas, os mecanismos e modalidades mediante os quais o Direito transparece 
e se manifesta [...]” (DELGADO, 2017, p. 148). Essas fontes constituiriam, 
na visão de França (2011), as formas de expressão do Direito. A distinção 
entre fontes materiais e formais para designar a origem do Direito e a sua 
forma de exteriorização, respectivamente, é mais disseminada na doutrina 
e na jurisprudência.
5Princípios e fontes do Direito do Trabalho
As fontes formais são consideradas heterônomas quando têmorigem estatal, sem a 
participação dos destinatários. É o caso da Constituição, das leis, das medidas provi-
sórias, dos decretos e de outros diplomas normativos exarados pelo Estado. As fontes 
formais autônomas, por sua vez, são aquelas produzidas com a participação dos 
próprios destinatários das normas, tais como acordos coletivos, contratos coletivos e 
convenções coletivas.
A Constituição Federal está no topo hierárquico da ordem normativa, por 
servir de fundamento de validade para todas as demais normas do ordenamento 
jurídico. A Constituição expressa o pacto social que constitui os órgãos de 
Estado e outorga poderes para que tais órgãos editem leis na medida de suas 
respectivas competências formais e materiais. As leis têm validade e funda-
mento em relação à Constituição por abstração negativa. Ou seja: a legislação 
terá validade e eficácia apenas se não contrariar os preceitos constitucionais, 
sejam regras ou princípios (DELGADO, 2017).
A segunda fonte heterônoma do Direito do Trabalho é a lei, compreendida como 
“toda norma de direito que seja geral, abstrata, impessoal, obrigatória, oriunda de 
uma autoridade competente e expressa numa fórmula escrita”. As leis, nesse caso, 
compreendem qualquer lei emanada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo chefe 
do Poder Executivo, assim como medidas provisórias, decretos e leis delegadas. 
Todas deverão observar o seu sentido material e formal. O sentido material consiste 
na observância do conteúdo possível para cada tipo de norma. Já o sentido formal 
consiste na observância da aprovação conforme o rito específico determinado na 
Constituição Federal (forma e qualidades essenciais) (DELGADO, 2017).
No Brasil, a lei básica e central de toda a legislação trabalhista, em torno da 
qual gravitam vários instrumentos normativos, é o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º 
de maio de 1943 (CLT). A legislação trabalhista consolida normas de Direito 
Individual do Trabalho, Direito Coletivo, Direito Processual do Trabalho e 
Direito Administrativo. Trata-se da norma básica do Direito do Trabalho, 
que vem sendo reiteradamente alterada e reformada desde 1943. Além disso, 
diversas outras leis têm tratado sobre a matéria trabalhista. Por exemplo: Lei do 
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990), 
Lei do Descanso Semanal Remunerado (Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949), 
Lei do Contrato de Trabalho do Empregado Doméstico (Lei Complementar 
nº 150, de 1º de junho de 2015), entre diversos outros instrumentos legais.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho6
A CLT passou por uma profunda reforma por meio da Lei nº 13.467, de 13 de julho 
de 2017. Essa lei alterou dispositivos legais da legislação consolidada e importantes 
paradigmas, como a valorização do negociado sobre o legislado.
No plano internacional, há diversas fontes normativas que podem gerar 
efeitos em território nacional. São elas: tratados, convenções, declarações e 
recomendações internacionais. Os tratados são os documentos firmados por 
duas ou mais partes (Estados) ou entes internacionais (organizações, entidades 
multilaterais, etc.), estabelecendo obrigações, deveres e programas a serem 
observados pelos signatários. As convenções, por sua vez, são documentos 
obrigacionais, com características semelhantes às dos tratados, mas aprovados 
em entidades internacionais ou entre Estados, e os demais Estados podem 
aderir a dada convenção se concordarem com seus termos. As convenções 
são, em geral, fruto de assembleias ou conferências (e mesmo quem não 
participou pode aderir posteriormente). As declarações e recomendações 
são instrumentos internacionais de caráter programático: as declarações são 
oriundas de eventos e congressos em que Estados soberanos expedem suas 
conclusões; as recomendações são enunciados de entidades internacionais 
para aperfeiçoamento normativo das demais entidades ou Estados soberanos.
Os regulamentos normativos (decretos) são normas que objetivam opera-
cionalizar e especificar o sentido constante em leis sobre determinada matéria. 
Usualmente, por decreto expedido pelo Poder Executivo, os regulamentos 
normativos tornam efetiva a lei em razão de explicitar seus conceitos, definir 
seus limites e apresentar elementos para sua concretização. Entre os regula-
mentos, também figuram portarias, avisos, instruções e circulares, atos que 
obrigam os funcionários públicos, não se aplicando aos particulares. Não 
obstante, esses instrumentos direcionados aos funcionários públicos permitem 
a operacionalização de leis, nos limites de suas respectivas atribuições.
As sentenças normativas decorrem da atribuição, conferida pela Constituição 
ao Poder Judiciário, da competência de fixar regras jurídicas trabalhistas nos 
processos de dissídio coletivo. Como destaca Delgado (2017, p. 169–170), a “[...] 
sentença normativa estrutura um espectro de normas gerais, abstratas, impes-
soais, obrigatórias, como resultado de um único e específico processo posto a 
exame do tribunal trabalhista para aquele preciso e especificado fim, no exercício 
de função típica e tradicional do Poder Legislativo (e não do Judiciário) [...]”.
7Princípios e fontes do Direito do Trabalho
As fontes autônomas do Direito do Trabalho incluem a convenção coletiva 
e o acordo coletivo de trabalho, que têm como pressuposto uma organização 
coletiva, usualmente viabilizada por meio de sindicatos. A CLT define as 
duas figuras. A convenção coletiva é “[...] o acordo de caráter normativo, 
pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas 
e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das 
respectivas representações, às relações individuais de trabalho [...]” (BRASIL, 
1943, Art. 611, documento on-line). Já os “Acordos Coletivos [são celebrados] 
com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica [...]”, 
estipulando “[...] condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou 
das acordantes respectivas relações de trabalho [...]” (BRASIL, 1943, Art. 
611, § 1º, documento on-line).
As sentenças normativas têm sido cada vez menos comuns, e ganham relevância 
as convenções e acordos coletivos. A greve, prevista na Lei nº 7.783, de 28 de 
junho de 1989, é um importante meio de pressão da categoria profissional para 
a negociação coletiva.
Não se pode esquecer do contrato individual de trabalho. Firmado entre 
partes determinadas (empregado e empregador), ele pode ser fonte do Direito 
por expressar a pactuação de direitos não previstos em qualquer outra fonte. Um 
exemplo é a pactuação, entre empregado e empregador, relativa ao pagamento 
pelo segundo ao primeiro de despesas de uma pós-graduação.
Por fim, os usos e costumes são especificados no art. 8º da CLT como 
uma fonte do Direito do Trabalho. Afinal, a prática de tais usos e costumes 
incorpora aos contratos de trabalho direitos eventualmente não dispostos em 
lei, conforme o princípio da primazia da realidade. Delgado (2017) diferencia 
uso de costume explicando que o primeiro é uma prática em determinada 
relação contratual, enquanto o segundo se dá num espectro mais amplo, de 
uma empresa, região ou categoria profissional ou econômica.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho8
3 O estudo das fontes e dos princípios 
do Direito do Trabalho
Na seção anterior, você conheceu as fontes formais do Direito do Trabalho, 
que exteriorizam o Direito aplicável às relações de trabalho, seja no âmbito 
individual ou coletivo. Observe que a descrição das fontes heterônomas e 
autônomas seguiu uma hierarquia majoritariamente sugerida pela doutrina, 
da fonte de maior importância (Constituição) para a de menor importância 
(acordo individual). Essa classifi cação hierárquica decorre da doutrina 
concebida pelo jurista austríaco Hans Kelsen (2009) em seu livro Teoria 
Pura do Direito. Ele defende uma “pirâmide normativa” cujo vértice é 
ocupado pela constituição estatal e em que as demais normas do sistema 
jurídico buscam fundamento de validadena norma imediatamente supe-
rior, culminando na constituição (fundamento último). O conhecimento 
das fontes formais e a sua hierarquia doutrinariamente aceita não são o 
sufi ciente para garantir a escolha da norma correta a ser aplicada a cada 
relação jurídica e situação concreta.
França (2011, p. 942) afirma que “[...] as razões de um advogado, o parecer 
de um jurisconsulto, o libelo de um promotor, a sentença de um juiz, a preleção 
de um catedrático, a investigação de um cientista do Direito, jamais [devem] 
prescindir do diuturno, constante e impostergável recurso aos elementos 
fornecidos pelas fontes das relações jurídicas [...]”. Nascimento e Nascimento 
(2015, p. 93), por sua vez, explica a importância das fontes para o Direito: elas 
“[...] partem das normas jurídicas do ordenamento e dos diferentes aspectos 
que apresentam, como a dimensão maior ou menor do espaço ocupado pela 
lei e pelos contratos coletivos, a predominância de um ramo do direito do 
trabalho e a maior ou menor liberdade sindical [...]”. O ponto distintivo no 
Direito do Trabalho quanto ao estudo das fontes juslaborais é apontado por 
Delgado (2017, p. 193):
Desse modo, a necessidade de se adequar o critério de hierarquia jurídica 
à composição normativa diversificada do Direito do Trabalho e ao caráter 
essencialmente teleológico (finalístico) de que se reveste esse ramo jurídico 
especializado, com a hegemonia inconteste em seu interior do princípio da 
norma mais favorável, tudo conduz ao afastamento justrabalhista do estrito 
critério hierárquico rígido e formalista prevalecente no Direito Comum.
9Princípios e fontes do Direito do Trabalho
As fontes do Direito do Trabalho, inobstante a pirâmide normativa proposta 
por Kelsen e reconhecida pela doutrina, devem ser adequadas à realidade 
finalística desse ramo especializado, isto é, à proteção ao trabalhador. Nesse 
sentido, a interpretação das situações surgidas no Direito do Trabalho não 
pode prescindir dos princípios justrabalhistas e de uma necessária adequação 
interpretativa da pirâmide normativa. A prática trabalhista tem determinado, 
historicamente, a prevalência de normas que favoreçam a parte hipossuficiente 
da relação trabalhista, o empregado.
Os princípios da imperatividade da norma trabalhista, da intangibilidade 
salarial, da inalterabilidade contratual lesiva, da primazia da realidade e da con-
tinuidade da relação de emprego prescrevem a impossibilidade da reversão das 
conquistas sociais dos trabalhadores e do chamado retrocesso social. O paradigma 
adotado pelo Direito do Trabalho prescreve a equiparação judicial entre empregado 
e empregador para compensar a natural desigualdade na relação empregatícia. 
Qualquer renúncia ou pactuação desfavorável ao trabalhador não seria considerada 
pelo Poder Judiciário, dados os princípios informadores juslaborais.
Um exemplo da equiparação protetiva no processo de trabalho é a ausência de rigorismo 
técnico na inicial trabalhista. Considera-se suficiente a ação inicial que permita a compre-
ensão do que o trabalhador pretende reclamar. Se for possível inferir o que o trabalhador 
reclama, não se deve considerar a sua ação sem condições de ser processada e julgada.
Em 11 de novembro de 2017 entrou em vigor a Lei nº 13.467/2017, que alterou 
profundamente uma centena de dispositivos legais da CLT, incorporando um 
novo paradigma na relação entre empregado e empregador. Convencionou-
-se chamar de “reforma trabalhista” a alteração na legislação, considerando 
o seu enorme impacto nas relações de trabalho e os seus reflexos na Justiça 
do Trabalho. Fala-se em retrocesso social ou evolução reacionária, e há um 
grande número de ações nos tribunais superiores discutindo a legalidade e a 
constitucionalidade das mudanças propostas. Mudanças significativas — como 
a prescrição intercorrente, o não pagamento das horas de deslocamento do 
empregado, o contrato intermitente e o acordo para a cessação do contrato de 
emprego, entre outras alterações legais — têm sido questionadas pela doutrina, 
pelos sindicatos e pelas associações.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho10
Um dos pontos mais controversos da reforma trabalhista é a possibilidade de os 
empregados negociarem diretamente com seus empregadores regras trabalhistas 
que antes eram consideradas inegociáveis. O Art. 611 da CLT ganhou os acréscimos 
A e B, ou seja, os Arts. 611–A e 611–B. Veja a redação do caput desses artigos: 
“A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei 
quando, entre outros, dispuserem sobre [...]” (BRASIL, 1943, Art. 611–A, docu-
mento on-line) e “Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo 
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos 
[...]” (BRASIL, 1943, Art. 611–B, documento on-line). Os dois dispositivos legais 
alteraram a perspectiva até então considerada no Direito brasileiro, permitindo a 
relativização de muitos dos princípios, o que tem gerado enorme discussão.
A Segunda Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho, realizada 
entre os dias 2 e 5 de maio de 2018 pela Associação Nacional dos Magistrados da 
Justiça do Trabalho (Anamatra), desenvolveu estudos sobre a reforma trabalhista e 
elencou 22 enunciados orientando os magistrados brasileiros quanto à prevalência 
do negociado sobre o legislado. Grande parte dos enunciados propostos consideram 
lícita a negociação coletiva que reduza direitos, desde que não sejam direitos de 
ordem pública nem envolvam negociações que afrontem regras de higiene, segu-
rança e saúde dos trabalhadores. Isso limita a possibilidade de negociação coletiva 
significativamente, dado que a maior parte dos dispositivos legais juslaborais é 
de ordem pública e versa sobre a saúde, a segurança ou a higiene do trabalho.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 29 de junho de 2018, na Ação Direta 
de Inconstitucionalidade nº 5.794, pela constitucionalidade do fim das contribuições 
sindicais obrigatórias, conforme previsto na reforma trabalhista. Essa decisão demonstra 
a tendência da corte suprema de validar os pontos da lei reformista, o que poderá 
ocorrer com a prevalência do negociado sobre o legislado.
Nos enunciados da Anamatra, fica claro que a orientação a ser seguida 
pelos juízes trabalhistas tende à preservação dos princípios protetivos dos 
trabalhadores, não obstante a possibilidade prevista em lei. A reforma tra-
balhista alterou o paradigma para a valorização da negociação entre em-
pregado e empregador, com a consequente prevalência do negociado sobre 
o legislado. Por sua vez, o enfraquecimento das entidades sindicais pela 
11Princípios e fontes do Direito do Trabalho
desobrigatoriedade das contribuições retira dessas representações a força 
necessária para a negociação coletiva equitativa. Os tribunais têm utilizado 
os princípios como forma de proteção do empregado, como se constata na 
seguinte decisão, em que o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região 
considerou a intangibilidade salarial:
PENHORA DE PERCENTUAL DOS SALÁRIOS/PROVENTOS DE APO-
SENTADORIA. A despeito da flexibilização da regra da impenhorabilidade 
de salários com o advento do Código de Processo Civil de 2015, só se admite 
a constrição de parte dos rendimentos auferidos pelo executado quando não 
importe prejuízo a sua subsistência e de sua família, o que não é o caso dos 
autos (BRASIL, 2018, documento on-line).
Veja outro exemplo na decisão seguinte, em que o tribunal dá preferên-
cia ao domicílio do ex-empregado para processar e julgar uma reclamatória 
trabalhista, pois o princípio da proteção do trabalhador intensifica o acesso à 
Justiça e equipara, processualmente, empregado e empregador:
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. A competên-
cia em razão do lugar é regida pelo artigo 651 da CLT, regramento que visa 
a facilitar o acesso do trabalhador à Justiça. Em atenção aos princípios da 
proteção do trabalhador e do acesso à justiça, entende-se que é competente oforo do domicílio do empregado, quando não lhe for mais favorável a regra 
do art. 651 da CLT, relativizando, assim, a regra de competência prevista no 
caput deste artigo (BRASIL, 2019).
Assim, o retorno ao estudo das fontes (ou modos de expressão) do Direito 
ganha força à medida que surge a necessidade de uma nova sistemática inter-
pretativa no Direito do Trabalho. Tal sistemática deve permitir a acomodação 
do texto legal aos princípios específicos do Direito do Trabalho e à realidade 
negocial de empregados e empregadores. As decisões judiciais, como reflexo 
da discordância entre as partes da relação empregatícia, deverão fazer a com-
patibilização entre as fontes na análise do caso concreto. Afinal, mesmo com 
a orientação proposta nos enunciados da Anamatra, houve uma alteração de 
paradigma que se consolidará ao longo do tempo.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho12
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do 
Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.
htm. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Lei complementar nº 150, de 1º de junho de 2015. Dispõe sobre o contrato de 
trabalho doméstico; altera as Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, no 8.213, de 24 de 
julho de 1991, e no 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3o da 
Lei no 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, 
a Lei no 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei no 9.250, de 
26 de dezembro 1995; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp150.htm. Acesso em: 12 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento 
de salário nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l0605.htm. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989. Dispõe sobre o exercício do direito de greve, 
define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da 
comunidade, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l7783.HTM. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8036consol.htm. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 
3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a 
fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (3. Turma). Agravo de Petição 
nº 00639009620085040241. Relator: Des. Janney Camargo Bina, 21 nov. 2018. Disponí-
vel em: https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/650211331/agravo-de-peticao-
-ap-639009620085040241/inteiro-teor-650211521?ref=amp. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (3. Turma). RORSUM nº 0021099-
97.2018.5.04.0021. Relator: Des. Clovis Fernando Schuch Santos, 19 ago. 2019.
13Princípios e fontes do Direito do Trabalho
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
DELGADO, M. G. Curso de direito do trabalho. 16. ed. São Paulo: LTr, 2017.
FRANÇA, R. L. Das formas de expressão do direito: teoria geral do direito. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2011. (Coleção Doutrinas Essenciais: Direito Civil: Parte Geral, v. 1).
KELSEN, H. Teoria pura do direito. 8. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. 
NASCIMENTO, A. M.; NASCIMENTO, S. M. Iniciação ao direito do trabalho. 40. ed. São 
Paulo: LTr, 2015.
Leituras recomendadas
LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
SUSSEKIND, A. Curso de direito do trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010.
TEIXEIRA FILHO, M. A. O processo do trabalho e a reforma trabalhista: as alterações intro-
duzidas no processo do trabalho pela Lei 13.467/2017. São Paulo: LTr, 2018.
Princípios e fontes do Direito do Trabalho14
DICA DO PROFESSOR
As decisões judiciais da Justiça do Trabalho tornam efetivos os 
direitos constitucionalmente garantidos aos trabalhadores, razão pela qual o estudo sobre a inter
pretação do Direito, seus princípios e suas fontes possibilita a compreensão de como ele regerá a
s situações. O conhecimento sobre o pensamento dos juízes e sobre como eles decidirão os casos 
torna-se fundamental.
Veja, nesta Dica do Professor, como os juízes se posicionaram em relação à Reforma Trabalhist
a de 2017 e como a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho orientou os juí
zes brasileiros a decidir, especialmente quanto à hierarquia das fontes do Direito do Trabalho. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) Os princípios são vetores axiológicos que auxiliam na interpretação do Direito. Em re
lação aos princípios, pode-se afirmar que:
A) 
a CLT exclui a possibilidade de utilização do princípio da proteção do trabalhador.
B) 
a proteção do trabalhador é importante como forma de proteção do empregador, tendo cará
ter de indisponibilidade.
C) 
o princípio tutelar serve como fundamento da interpretação benéfica da norma em favor do 
empregado.
D) 
o princípio tutelar difere do princípio de proteção do trabalhador, apresentando finalidades 
diversas.
o princípio da proteção do trabalhador e o princípio tutelar-protetivo são diferentes entre s
E) 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/fb57b4848776c09ae276bec4ae488939
i.
2) A interpretação da norma pelo juiz tornará o direito do trabalhador efetivo, razão da 
importância de seu estudo. Na dúvida entre as duas normas, o juiz deve:
A) 
interpretar favoravelmente ao empregador, pois o capital permite a geração de mais empre
gos.
B) 
interpretar favoravelmente ao empregado, pois este é a parte mais fraca na relação empreg
atícia.
C) 
interpretar a norma de forma equitativa, pois o Poder Judiciário não pode equiparar eventu
ais diferenças entre as partes.
D) 
interpretar a norma observando o melhor interesse da empresa, pois a continuidade da rela
ção de emprego não é relevante.
E) 
interpretar conforme os princípios do Direito Civil, que orientam o Juiz quanto às regras d
e interpretação.
3) O estudo das fontes do Direito é necessário para a criação de direito e compreensão d
a hierarquia entre elas. Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A) 
As fontes materiais são aquelas que levam ao desenvolvimento das fontes formais.
B) 
As fontes formais são a própria expressão do Direito e se confundem com as fontes materi
ais.
C) 
As fontes formais são as leis e o direito natural, que servem de fundamento do arbítrio hu
mano.
D) 
As fontes formais e as fontes materiais são fundamentais no Direito Civil, não se usando n
o Direito do Trabalho.
E) 
As fontes formais e materiais não criam direito, servindo como expressão do direito estata
l.
A hierarquia entre fontes auxilia na interpretação da norma, principalmente conside4) 
rando os princípios juslaborais. Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A) 
A ReformaTrabalhista permitiu que o legislado prevalecesse sobre o negociado a partir de 
negociação coletiva.
B) 
A Reforma Trabalhista não dispôs sobre a possibilidade de negociação entre empregados e 
empregadores.
C) 
Os empregados e empregadores não negociam normas relativas ao vínculo empregatício.
D) 
Os empregados e os empregadores podem negociar qualquer regra trabalhista.
E) 
A Reforma Trabalhista permitiu que empregados e empregadores negociem mediante conv
enção coletiva de trabalho.
5) As decisões trabalhistas consideram as fontes e os princípios na escolha do Direito apl
icável ao caso concreto. Afirma-se que:
A) 
os princípios aplicam-se na relação de direito processual, deixando de interferir na relação 
de direito material.
B) 
os princípios são aplicáveis na relação de direito material e na relação processual.
C) 
os princípios influem na relação de direito material, deixando de influir na relação process
ual.
D) 
os princípios se aplicam na fase de confecção das normas; desconsideram-se os princípios 
na fase de aplicação do direito.
E) 
quando da confecção das normas trabalhistas, os princípios são desconsiderados.
NA PRÁTICA
Os Tribunais trabalhistas têm a prática de observância dos princípios 
de Direito do Trabalho em prol da proteção da parte hipossuficiente da relação empregatícia, co
nsiderando a necessidade de equiparação entre as partes da relação processual. O paradigma ado
tado nos Tribunais brasileiros valoriza a proteção do empregado.
Veja, neste Na Prática, que o Tribunal Regional do Trabalho da 4.ª Região está alterando alguns 
de seus entendimentos sobre algumas matérias, depois da Reforma Trabalhista, relativizando os 
princípios protetivos 
aos trabalhadores. Em uma ação que tramita desde 1992, o Tribunal determinou que os reclaman
tes ajuízem nova demanda para a satisfação de seu crédito.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
TST depende do Supremo para consolidar aplicação da Reforma Trabalhista
Muitas regras trabalhistas, alteradas por meio da Lei n.º 13.467/2017, têm sido questionadas em 
Juízo por afrontarem os princípios juslaborais. Leia esta reportagem, que trata da dificuldade do 
Tribunal Superior do Trabalho em consolidar a sua jurisprudência.
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Negociado sobre o legislado após Reforma Trabalhista
A Reforma Trabalhista trouxe novidades às relações entre empregado e empregador. Uma dessa
s novidades é a possibilidade da hierarquia das fontes do Direito do Trabalho. Assista à explicaç
ão do Presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB do Mato Grosso, Dr. Diego Oliveira, 
sobre a prevalência do negociado sobre o legislado.
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Magistratura do Trabalho - Jornada
As decisões na Justiça do Trabalho criam normas entre as partes envolvidas, tornando efetivo o 
Direito. Assista a este vídeo, do Tribunal Superior do Trabalho, que trata da importância do pap
el dos juízes na pacificação social e implementação do Direito e seus princípios.
https://www.conjur.com.br/2019-jun-01/anuario-tst-depende-stf-consolidar-aplicacao-reforma#top
https://www.youtube.com/embed/DcqHn2384Rs
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