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Infecções Cirúrgicas

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Infecções Cirúrgicas 
BIOLOGIA DAS INFECÇÕES CIRÚRGICAS – BARREIRAS NATURAIS 
Primeira linha de defesa: 
 Pele: ácidos graxos 
 Trato respiratório: IgA e cílios 
 Saliva e lágrima: IgA 
 Vagina: leucocitose  preparação pelo contato com o pênis 
 Flora bacteriana normal 
Segunda linha de defesa: 
 Meio extracelular: 
o Processo inflamatório 
 Serotonina 
 Histamina 
o Permeabilidade vascular 
 Marginação vascular 
 Leucócitos – diapedese 
 Neutrófilos – fase inicial 
 Macrófagos – vida longa, neutrófilos mortos, sensibilização de 
linfócitos regionais (produção de Ac específicos) 
SITUAÇÕES QUE FAVORECEM A INSTALAÇÃO DE INFECÇÃO CIRÚRGICA 
Doença cirúrgica primária: 
 Tecido morto 
Complicação de procedimentos cirúrgicos comumente não associados à infecção 
Complicação de procedimentos de suporte: 
 Manobras de emergência 
Implantação de prótese 
 Biofilme  remoção da prótese 
 
RESISTÊNCIA ORGÂNICA 
Fatores Sistêmicos: 
1º neutrófilos 
2º bastonetes 
3º mastócitos 
 Idade 
o ↓ imunidade de jovens e idosos 
 Estado nutricional 
 Diabetes Mellitus 
o Vasoconstrição periférica  dificulta a cicatrização 
 Adrenocorticosteróides 
o Tratamentos longos 
 Choque 
o ↓ volemia 
 Irradiação 
o Deficiência de leucócitos 
 Malignidade 
 Queimaduras 
o Destroem a barreira da pele 
o ↓ volemia  libera exsudato 
 Anestesia geral 
o ↓ diapedese dos leucocitos 
Fatores locais: 
 Estados: 
o Anatômico 
o Fisiológico 
 Cirurgião: 
o Técnica 
o Dedicação 
o Tempo operatório 
Relação bactéria/resistência bacteriana: 
 105 ou 106 microorganismos/g 
 105 ou 106 microorganismos/mL 
 Penetração  nível bacteriano 
o 5 horas 
 
DIMINUIÇÃO NA PERFUSÃO DE FERIDAS 
Preservar vascularização; 
 Fazer ligadura somente onde for necessário 
Remover tecidos desvitalizados; 
Fio inadequado; 
Suturas muito apertadas; 
Corpo estranho; 
Esmagamento tecidual; 
Mau uso do termocautério; 
 
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO CIRÚRGICA 
Hipertermia: 
 Intensidade do trauma 
 Tempo transcorrido 
 Normal: 1 – 2ºC 
 Acima de 3 dias – averiguar complicações 
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS DE ACORDO COM A CONTAMINAÇÃO 
BACTERIANA 
Cirurgia limpa – índice de infecção de 0 a 4,4% 
 Eletivo 
 1ª intenção 
 Ausência de: 
o Dreno 
o Trauma 
o Infecção 
o Quebra de assepsia 
Cirurgia de baixa contaminação – índice de infecção de 4,5% a 9,3% 
 Invasão dos tratos: 
o Respiratório 
o Gênito-urinário 
o Gastrintestinal 
o Sob condições controladas 
o Sem extravasamento 
Cirurgia contaminada – índice de infecção de 5,8% a 28,6% 
 Intervenção em: 
Linha alba – demora para cicatrizar por ter 
pouca vascularização 
Ex.: Orq eletiva 
Ex.: OSH eletiva 
o Ferida aberta (↓ 4h) 
o Tecido com inflamação não-purulenta 
o Extravasamento de conteúdo digestivo 
o Maior quebra de assepsia 
o Trato biliar e urinário 
o Contaminadas 
Cirurgia infectada ou suja 
 Feridas traumáticas: 
o Tecido desvitalizado 
o Corpo estranho 
o Contaminação fecal 
o Ferida aberta (↑ 5h) 
o Vísceras perfuradas 
o Contaminação bacteriana aguda 
o Supuração 
 
PRINCÍPIOS DO EMPREGO DE ANTIMICROBIANOS EM CIRURGIA 
 Não usar 
 Profilático 
 Terapêutico 
Quando não empregar profilaxia antimicrobiana 
 Cirurgias limpas 
 Cirurgias de baixa contaminação em pacientes de baixos riscos 
 Falhas: 
o Falha na escolha da via de administração 
o Escolha de antimicrobiano ineficiente 
o Administração por período além do necessário 
Terapia antimicrobiana 
 Combater infecção já presente 
 3 a 5 dias 
 Cultura e antibiograma 
 Sepse: 
o Dose inicial 
Ex.: Síndrome volvo-gástrica 
Gentamicina  nefro e hepatotóxica 
o Infusão continua 
 
 
 
Quando empregar profilaxia microbiana 
 Ferida limpa-contaminada 
 ↑ 90 minutos 
 Imunossuprimidos 
 Idosos, obesos, nefro e hepatopatas 
 Neoplasias 
 Outra fonte bacteriana 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA 
Procedimentos 
 Eletivos 
o Adiar e estabilizar 
 Emergenciais 
o Estabilizar 
 Pré, trans e pós-operatório 
 
PRINCÍPIOS DE HALSTED 
 Manipulação atraumática dos tecidos 
 Hemostasia cuidadosa 
 Preservação dos vasos 
 Antissepsia e assepsia rigorosa 
 Ausência de tensão nos tecidos 
 Sutura plano a plano 
 Redução adequada do espaço morto anatômico 
 
Infusão contínua de antimicrobianos: 
 Anular janela de dose (terapia ineficiente) 
 Manter Concentração Inibitória Mínima (CIM) 
Ferida contaminada  profilático 
Ferida infectada  terapêutico

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